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1.2 - Cativos nas terras bárbaras - A história extraordinária dos escravos europeus na terra islâmica
Giles Milton / Comentários por Michel Castillon e Nicole Guiraud - 2006 - Petite Bibliothèque Payot
Os muçulmanos entraram pela primeira vez em 714 naquilo que era a França da época. Tomaram Narbonne, que se tornou sua base durante os 40 anos seguintes, e dali partiram para ataques metódicos.
Devastaram o Languedoc de 714 a 725, destruíram Nîmes em 725, devastaram a margem direita do Rhône e subiram até mesmo a Sens.
Em 721, um exército muçulmano com 100.000 soldados montou um cerco diante de Toulouse, defendida por Eudes, o duque de Aquitânia.
Charles Martel enviou tropas para ajudar Eudes. Depois de 6 meses de cerco, Eudes saiu e esmagou os muçulmanos, que recuaram desordenadamente para a Espanha e perderam, ao longo da campanha, 80.000 soldados.
Esta batalha de Toulouse é pouco lembrada porque Eudes era da dinastia merovíngia e os Capetos, que estavam se tornando os reis da França, não queriam admitir uma vitória merovíngia.
Os muçulmanos perceberam que era perigoso atacar a França contornando os Pireneus pelo leste e passaram a atacar passando pelo oeste.
15.000 cavaleiros muçulmanos tomaram e destruíram Bordeaux, depois a região do Loire e montaram um cerco a Poitiers até serem finalmente detidos por Carlos Martel e Eudes a 20km ao norte de Poitiers, em 732.
Os muçulmanos sobreviventes se dispersaram em pequenos bandos e continuaram a causar destruição na Aquitânia. Novos soldados se juntavam a eles de tempos em tempos para participar das pilhagens. Estes bandos só foram finalmente eliminados em 808, por Carlos Magno.
Os ataques a leste continuaram até que, em 737, Carlos Martel desceu em direção ao sul com um exército poderoso e retomou, sucessivamente, Avignon, Nîmes, Maguelone, Agde, Béziers e montou um cerco diante de Narbonne.
Entretanto, um ataque dos saxões ao norte da França obrigou Carlos Martel a deixar a região. Em 759, enfim, Pepino o Breve retomou Narbonne e esmagou definitivamente os invasores muçulmanos. Estes também se dispersaram em pequenos bandos, como tinha acontecido a oeste, e continuaram a devastar o país, principalmente deportando homens para se tornarem escravos castrados, e as mulheres para fazerem parte dos haréns da África do Norte, onde geraram muitos muçulmanos (ainda hoje existem árabes com olhos azuis devido a esses cruzamentos forçados).
A base desses bandos ficava em Fraxinetum (a atual Garde-Freinet, no Massif des Maures, na Provença).
Uma zona com uns 10.000 km² acabou totalmente despovoada.
Em 972, os bandos muçulmanos capturaram Mayeul, o abade de Cluny, na estrada do Monte Genèvre. A repercussão foi imensa.
Guilherme II, conde da Provença, levou 9 anos numa campanha eleitoral para motivar os provençais e, a partir de 983, começou uma caçada metódica aos bandos muçulmanos, grandes e pequenos.
Em 990, os últimos foram destruídos. Eles tinham aterrorizado a França durante 2 séculos.
Mas nem por isso terminou a pressão dos muçulmanos.
Ela continuou durante os 250 anos seguintes por meio de ataques relâmpagos a partir do mar. Os homens capturados eram enviados aos campos de castração na Córsega e, em seguida, aos banhos do Dar al Islam. As mulheres jovens iam para os haréns.
As bases dos piratas muçulmanos ficavam na Córsega, Sardenha, Sicília, nas costas da Espanha e da África do Norte.
Toulon foi inteiramente destruída pelos muçulmanos em 1178 e 1197. Com a população massacrada ou deportada, a cidade ficou deserta.
Finalmente, tendo os muçulmanos sido expulsos da Córsega, Sicília, Sardenha, do sul da Itália e do norte da Espanha, seus ataques ao território francês terminaram, embora tenha continuado os ataques de piratas no mar.
Foi apenas em 1830 que a França, irritada com os ataques, se decidiu a atingir a cabeça da serpente e invadiu a Argélia (que não existia como país na época, já que o país foi criado pela França em 1835) para destruir, em definitivo, as últimas bases dos piratas muçulmanos.
E hoje, mentes esclarecidas da política nos aborrecem com suas histórias de colonização, culpando-nos por atrocidades em muitos casos mentirosas.
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Comentários
― Winston Churchill
O triunfo marca não apenas uma vitória militar, mas a destruição do mito de que os muçulmanos eram superiores aos europeus em tudo na época. Já no século VIII tomaram um pau que os fez tomarem o rumo de casa.
Tá certo que demoraria mais setecentos anos até este rumo de casa se completar, mas pelo menos garantiu que hoje haja um Museu do Louvre em Paris, onde haveria apenas mais uma mesquita se o outro lado ganhasse.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Marseille, por exemplo, já tem áreas que, ao contrário de regiões turísticas como Little Italy em NY ou o bairro da Liberdade em SP, viraram território estrangeiro para os franceses.