PEQUENO MANUAL PARA ENTENDER OS ESQUERDISTAS

emmedrado

@Acauan a ideia está lançada .

emmedrado

Resumo em uma palavra : fanáticos .

Acauan

Preciso acabar o outro, depois, a sugestão é boa.

Gorducho

Entrementes caso alguém eventualmente ainda não leu, vá lendo o Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano.

ENCOSTO

Eu entendo mais os crentes ultimamente.

Huxley

Um pequeno resumo do que um esquerdista típico pensa:

* Capitalismo e mercado livre são vistos como coisas extremamente ligadas a conflito de interesses, talvez mais até que união de interesses. Não passa pela mente do esquerdista típico que jogos de soma não-zero sejam tão abundantes. Dificilmente você verá um esquerdista dizer que um problema de mercado existe porque uma oportunidade de lucro não foi explorada.

* O ceticismo descrito em relação ao mercado não encontra o mesmo grau naquele demonstrado pelo Estado. O Estado é visto como uma estrutura identificável em que se pode jogar a culpa no caso de permanência de conflitos de interesses, mas não é visto pelo esquerdista típico a magnitude do conflito de interesses entre a elite política e a sociedade como um todo (como o caso de que um político típico dificilmente tem vontade de votar num projeto impopular, ainda que necessário).

* Também não é percebido que não existe "almoço grátis". No sentido de não se perceber que as intervenções estatais geram inúmeros efeitos colaterais, nem sempre imediata ou facilmente visíveis, e que se existisse alguma "pílula mágica" de resolução de interesses, o mercado provavelmente teria encontrado. Daí a crença que decretos estatais podem facilmente resolver o problema da distribuição de renda na marra.

* Ignorância em relação ao conceito de escassez. Crença num estado natural de abundância, mesmo quando um país apresenta uma quantidade de capital por trabalhador baixa. A abundância é vista na renda dos que estão no extremo topo da pirâmide, como se o produto da economia fosse meramente um bolo mal-repartido.

* Desprezo pelo empirismo. Não percepção da semelhança entre as ideias de que defende e os fracassos observados na União Soviética e no Reino Unido pré-Thatcher. Não percepção da semelhança entre as ideias que seus opositores intelectuais defendem e os sucessos observados em Hong Kong e Singapura (nações em que até os serviços sociais como previdência, educação e saúde são bastante privatizados).

* Não entender que a motivação humana responsável por criar as coisas mais fabulosas que existem em termos de cooperação foi o "interesse próprio". E que acreditar que compaixão, preocupação e "entender a dor do outro" foram os atos que mais trouxeram desenvolvimento socioeconômico faz as pessoas se tornarem vítimas fáceis de charlatães, impostores, escroques e vigaristas.

* Polilogismo. Quem demonstra opiniões mais favoráveis ao mercados é vítima da insinuação de estar defendendo a lógica dos seus "interesses de classe burgo-direitista" em detrimento dos pobres e excluídos. Como se não existisse burguesia de Estado e egoísmo de corporativismo do setor público explorador de pobres, como se liberalismo não impusesse restrições também aos ricos (as oligarquias nacionais sofreriam com a diminuição do protecionismo em relação a concorrência externa e ausência de subsídios) e como se não fosse possível estar interessado numa verdade e estar certo ao mesmo tempo.

Claudio

Gorducho disse: Entrementes caso alguém eventualmente ainda não leu, vá lendo o Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano.

Eu já li o Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano. Não indico a ninguém a leitura. No livro a palavra idiota aparece repetida em todos os parágrafos. Típico discurso de ódio contra quem pensa diferente.

Acauan

Claudio disse: Típico discurso de ódio contra quem pensa diferente.

E qualquer crítica agora é chamada de discurso de ódio.

Claudio

Huxley disse: Um pequeno resumo do que um esquerdista típico pensa:

* Capitalismo e mercado livre são vistos como coisas extremamente ligadas a conflito de interesses, talvez mais até que união de interesses.

Há conflito de interesses quando o patrão quer uma coisa e o empregado não quer. Advinha quem é que acaba ganhando a parada? Pessoas querendo maximizar seus lucros entram em conflito entre si.

Huxley disse: * O ceticismo descrito em relação ao mercado não encontra o mesmo grau naquele demonstrado pelo Estado.

A esquerda já deixou de ser estatista há muito tempo.

Huxley disse: * Também não é percebido que não existe "almoço grátis".

Exatamente por não acreditar em almoço gratis é que a esquerda incentiva as pessoas a lutarem por seus direitos, pois ninguém recebe nada de mão beijada, é necessário luta.

Huxley disse: * Ignorância em relação ao conceito de escassez.

O capitalismo trabalha com a escassez porque ele visa o lucro. Enquanto mais escasso um produto é, mais lucrativo ele fica. Mas, quando o lucro não é visado, busca-se a abundância.

Huxley disse: * Desprezo pelo empirismo. Não percepção da semelhança entre as ideias de que defende e os fracassos observados na União Soviética e no Reino Unido pré-Thatcher.

O meio acadêmico é composto majoritariamente por pessoas com visão de esquerda. Há pensadores de esquerda e de direita. Ambos procuram usar o máximo de dados empíricos.

Huxley disse: * Não entender que a motivação humana responsável por criar as coisas mais fabulosas que existem em termos de cooperação foi o "interesse próprio".

O fato dos ser humano ser egoísta não significa que um deve se subordinar aos interesses de outro. Cada um deve buscar sua autossuficiência e agir de comum acordo para que ninguém seja servo de ninguém.

Huxley disse: * Polilogismo. Quem demonstra opiniões mais favoráveis ao mercados é vítima da insinuação de estar defendendo a lógica dos seus "interesses de classe burgo-direitista"

O mercado busca o lucro e não o interesse coletivo. Se produzir bombas atômicas der mais lucro do que produzir pão, o mercado irá produzir bombas atômicas. Se plantar coca der mais lucro do que plantar arroz, o mercado irá plantar coca. Se construir presídios der mais lucro do que construir escolas, o mercado irá construir presídios e por ai vai. A crítica da esquerda sobre o mercado ocorre sempre que ele vai contra a coletividade.

Claudio

Acauan disse: E qualquer crítica agora é chamada de discurso de ódio.

O Manual do Idiota Latino-Americano busca atacar a dignidade das pessoas que não concordam com o neoliberalismo. Estas pessoas são chamadas de idiotas em todos os parágrafos do livro, entre diversos outras agressões. O livro ataca as pessoas e não as ideias. Chamar de idiota é o primeiro passo para depois chamar de bandido, para depois chamar de terrorista, para depois mandar matar.

Marcio

Fernando_Silva

Claudio disse:Há conflito de interesses quando o patrão quer uma coisa e o empregado não quer. Advinha quem é que acaba ganhando a parada? Pessoas querendo maximizar seus lucros entram em conflito entre si.

O empregado está lá para desempenhar uma função em troca de um salário e não para dar palpite na administração, a menos que esta seja sua função.
Ele não é escravo e pode sair se não estiver satisfeito.

Lembrando que, se trabalhar fosse bom, o patrão cobraria ingresso em vez de pagar salário.

Claudio disse: Exatamente por não acreditar em almoço gratis é que a esquerda incentiva as pessoas a lutarem por seus direitos, pois ninguém recebe nada de mão beijada, é necessário luta.

Esta luta inclui passar o dia fazendo trabalhos de que a pessoa pode não gostar, mas que ela aceita porque nada cai do céu.

Já as esquerdas parecem achar que é preciso lutar por benefícios que ela não explica de onde virão. Ah, sim, serão tomados dos ricos malvados...

Claudio disse: O capitalismo trabalha com a escassez porque ele visa o lucro. Enquanto mais escasso um produto é, mais lucrativo ele fica. Mas, quando o lucro não é visado, busca-se a abundância.

Em toda a história da humanidade, nunca houve tanta abundância quanto a proporcionada pelo capitalismo.

Claudio disse: O mercado busca o lucro e não o interesse coletivo.

O padeiro não constrói uma padaria para beneficiar a comunidade. O açougueiro não abre um açougue porque é bonzinho.
Ambos estão visando o lucro, o benefício pessoal.
E, no entanto, é este o sistema que funciona melhor e acaba beneficiando a todos.

emmedrado

Fernando_Silva disse: Em toda a história da humanidade, nunca houve tanta abundância quanto a proporcionada pelo capitalismo.

@Fernando_Silva se você não voltar pro face vou te dar uma Bíblia de presente no encontro do RV .

Acauan

Claudio disse: O livro ataca as pessoas e não as ideias. Chamar de idiota é o primeiro passo para depois chamar de bandido, para depois chamar de terrorista, para depois mandar matar.

Não viaja na maionese, Claudio.
Quem tem ideias idiotas é idiota, logo, neste caso, pessoas e ideias estão definidas no mesmo adjetivo.
E você vem mostrando uma duplicidade moral alarmante.

Apoia qualquer tipo de brutalidade vinda do governo cubano, mas se escandaliza com a palavra idiota escrita em um livro que não faz mais que apresentar críticas inofensivas e perfeitamente aceitáveis em um debate democrático.
Quem não gostar do livro que demonstre que idiota é o autor.

Já quem é mandado prá cadeia por discordar de um regime, como fazem o ditadores que você idolatra, não tem a mesma oportunidade de revidar nos mesmos termos.

Claudio

Acauan disse: Apoia qualquer tipo de brutalidade vinda do governo cuban

Eu não apoio as brutalidades do governo cubano. Apenas tento entender os motivos pelos quais elas aconteceram e analisar como tudo poderia ser diferente. A principio, pensei que violações aos direitos humanos só ocorreram na época da revolução, mas com a ajuda dos amigos do fórum descobri que elas se estenderam. Eu condeno estas violações, mas apoio o governo atual de Cuba por ter garantido um alto índice de desenvolvimento humano à ilha. Quando eu for lá, terei uma ideia melhor de tudo e poderei escrever com mais domínio do assunto.

Claudio

emmcri disse: Fernando_Silva disse: Em toda a história da humanidade, nunca houve tanta abundância quanto a proporcionada pelo capitalismo.

Karl Marx já dizia isto. Só que ele criticava a distribuição das riquezas geradas.

Fernando_Silva

Claudio disse: A principio, pensei que violações aos direitos humanos só ocorreram na época da revolução, mas com a ajuda dos amigos do fórum descobri que elas se estenderam. Eu condeno estas violações, mas apoio o governo atual de Cuba por ter garantido um alto índice de desenvolvimento humano à ilha.

Isto é o mesmo que ser contra a prisão de um sujeito que abusa da própria filha pequena só porque ele é um cara legal, que faz caridade.

"Ah, é uma pena que a criança esteja sendo abusada, mas, pelo menos, os pobres estão tendo uma vida melhor! "

Fernando_Silva

Claudio disse:

Fernando_Silva escreveu:

Em toda a história da humanidade, nunca houve tanta abundância quanto a proporcionada pelo capitalismo.

Karl Marx já dizia isto. Só que ele criticava a distribuição das riquezas geradas.

Elas são distribuídas, só que não do jeito que os comunistas defendem.
Se a riqueza foi conseguida honestamente, não é crime ficar com ela. É um direito.

Se a riqueza foi conseguida honestamente, ela não foi roubada. É uma riqueza nova, que não existia antes e passou a existir devido ao esforço de quem enriqueceu.

Acontece que os comunistas acham que toda riqueza foi roubada de alguém, que ficou mais pobre por causa disto.

São incapazes de perceber que, quando alguns poucos ficam ricos, todos melhoram de vida.

Para eles, desigualdade é crime.