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Comentários
Em sociedades civilizadas, a única liberdade que não pode ser tolhida é a de pensamento e opinião.
Todas as demais seguem a regra básica de que a liberdade e o direito de um vão até onde começa a liberdade e o direito do outro.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Os pais têm o direito de não receber transfusão, mas não podem proibir que o filho a receba.
Nada justifica a liberdade concedida à religião e religiosos. Padres pedófilos são transferidos de paróquia. Grande punição! O art. 171, do Código Penal, não alcança bispos e pastores de empresas evangélicas que, descoberto o filão, multiplicam-se como pragas. Pragas, efetivamente, são. Multidões de crentes perturbam a ordem pública, como vimos naquele vídeo do metrô, sem sofrerem as consequências de tal vandalismo. Quem mora ao lado de igrejas, bem sabe do que estou falando. Estes são alguns exemplos, além dos já citados pelos colegas e muitos outros podemos elencar.
Felizmente, no Brasil pessoas não são mutiladas ou apedrejadas como ainda ocorre em regiões do mundo dominadas pela barbárie.
A religião é um direito e, como tal, deve ser respeitada. E atrelado a esse direito vem o dever, da religião, de respeitar a todos.
É até onde se admite o direito dos familiares decidirem sobre a questão, independente de suas motivações.
As implicações morais são complexas, uma vez que nossa cultura não considera um cadáver humano como lixo (como fazem os Klingons), mesmo pessoas não religiosas podem alimentar sentimentos sinceros com relação aos corpos de seus entes queridos e ter seus motivos pessoais para recusar a doação.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Obviamente existem instâncias onde os pais, não importa quais forem as suas convicções pessoais, estarão fugindo a responsabilidade que eles assumiram com o resto das pessoas da sociedade de zelar pelo bem estar de seus filhos, e nesse caso esses pais devem ser sancionados pela justiça. Pais que agridam indiscriminadamente ou que matem seus filhos são casos óbvios.
Mas é preciso tomar cuidado com isso.
Muitas pessoas vêem uma situação aparentemente lamentável na realidade e a confrontam com um ideal, sem pensar se esse ideal é de fato uma alternativa plausível concreta.
A alternativa ao poder de decisão das famílias na criação de seus filhos é o poder de decisão de terceiros na criação dos mesmos, e é preciso considerar se esses terceiros terão, em geral, um mesmo interesse ou preocupação com o desenvolvimento dessas crianças do que seus próprios pais.
Ao conferirmos poderes aos pais nós estamos sabidamente assumindo o risco individualizado de que alguns pais prejudiquem seus filhos com a sua incompetência ou displiscência parental, mas esse risco me parece em muitos casos menor do que o risco coletivizado representado por intelectuais e burocratas educando crianças dos outros segundo aquilo que lhes parece ideologicamente adequado.
http://groups.yahoo.com/group/secularismo/message/11895
É a minha forma de encarar a questão, mas não vejo como ela pode ser julgada imoral diante das implicações envolvidas.
Isso é muito diferente de negar a doação de órgãos, ou a transfusão de sangue, por motivos religiosos.
Uma resposta pode ser que as pessoas querem viver justamente para desfrutar destes ritos, como expressar lembrança e respeito pelos entes queridos que se foram e todos os demais que simbolizam os valores que aos olhos de cada um tornam a vida digna de ser vivida.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Sei que soa revanchismo, mas esse me é inevitável, pois me parece de uma nauseante hipocrisia que tal pessoa coloque em primeiro plano suas subjetividades quando é a vida dos outros que está na corda bamba, mas no momento que é a vida dela que está em jogo ela se torne a própria encarnação da objetividade.
Se reduzirmos a vida humana ao que é objetivo nos igualaremos aos animais.
Nossas maiores virtudes estão em nossa capacidade de abstrair e criar o que inclui arte, ciência, honra e amor, coisas que não existem na realidade concreta.
E as pessoas tem sim o direito de receber órgãos transplantados.
A vida em sociedade é uma série de trocas desiguais. Não é porque um médico não constrói casas que não pode morar em uma.
Quem não contribui para o sistema doando órgãos, contribui direta ou indiretamente de outra forma.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Em nenhum outro caso admitimos que a liberdade pessoal de alguém seja ilimitada, principalmente se o resultado dessa entrar em conflito com o inalienável direito a vida, mas nesse caso existe uma (quase?) unanimidade a respeito de que a pessoa tenha a escolha, e principalmente, a faça na pior das circunstâncias, vamos lembrar que em vários casos a pessoa que morreu se manifestou favorável a doação em vida.
Vamos lembrar as alternativas aqui:
1- Não realizar (quando possível) a captação dos orgãos, eles serão enterrados e apodrecerão.
2- Realizar (quando possível) a captação dos orgãos, o que salvará a vida de cerca de três pessoas e irá restaurar a qualidade de vida e a dignidade de pelo menos outras três.
Diante de tais alternativas, me surpreende que a escolha seja delegada a alguém que está emocionalmente abalada, é tão razoável quanto entregar cianeto ao invés de tranquilizantes a essa pessoa, só que com a vida dos outros.
E, neste ponto, você insinuou (talvez tenha sido mais que mera insinuação) que este poder de tomar decisões seja avocado pela autoridade competente, eliminando o risco, a instabilidade emocional dos parentes próximos. É uma proposta ousada e abre um leque promissor neste debate. Por enquanto, perdoe-me, vou me abster de opinar. Você me pegou de surpresa, admito. Um pouco de reflexão vai me ajudar a organizar as idéias.
Sempre sábio, velho Índio. Um pensamento magistral.
Que interessante. Portugal não deve ter, suponho, problemas com a falta de doadores.
Desculpem o excesso de zelo, fui chamada de "Stalin de saias" em outro espaço e gato escaldado tem medo de água fria.
Posso te assegurar que não estou fazendo nenhum juízo de valor de você ou de suas propostas. Estou mais empenhado, e curioso!, em tentar entender o alcance dessas propostas.
Não conheço números.
Os portugueses costumam responder aos apelos de ajuda. Centenas de milhares inscreveram-se na lista de dadores vivos (medula).
Não foi uma insinuação e sim um ponto a se debater.