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Mais uma do Arnaldo Jabor - IMPLICÂNCIA FEMINISTA

ENCOSTOENCOSTO Membro


IMPLICÂNCIA FEMINISTA

http://www.rogeriomendelski.com.br/


A modelo Gisele Bündchen sempre que aparece nos meios de comunicação provoca os instintos mais primitivos no meio da companheirada que não aceita o sucesso da gaúcha que conquistou o mundo pelos seus méritos profissionais. Rica, bonita, celebridade mundial Gisele não é, definitivamente, um modelo de “mulher engajada na luta pelas minorias oprimidas”.



Gisele não está nessa luta talvez por que sua identificação seja com uma sociedade moderna, de consumo, de independência financeira e tenha se transformado numa legítima self made woman que não depende de favores para empregos e para se afirmar como porta-voz de alguma ONG.



Quem sabe por isso mesmo é que a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) tenha investido contra o comercial onde Gisele faz uma personagem que para contar que bateu com o carro apresenta-se para o marido com uma peça íntima sedutora.



Foi o suficiente para a SPM pedir a suspensão da campanha publicitária da Hope, fabricante de roupas íntimas, a qual, no entendimento oficial, tratava-se de uma mensagem ofensiva às mulheres.



O surpreendente na atitude censora da SPM é que não se viu qualquer manifestação em defesa da dignidade da mulher quando a deputada federal Jaqueline Roriz é flagrada pegando dinheiro sujo para sua campanha eleitoral ou quando sua colega Ana Arraes ganha um cargo vitalício no TCU apenas por ser mãe de do governador Eduardo Campos.



Responda aí, senhora leitora desta coluna: O que é mais aviltante para uma mulher? Usar seu poder de sedução na intimidade do quarto do casal; ser flagrada metendo a mão no dinheiro do povo, ou ganhar um cargo no TCU por causa do filho?



Ser mulher objeto é uma ofensa que para a SPM tem variantes não do ponto de vista da defesa da integridade feminina, mas por um olhar com fortes conotações ideológicas para não dizer estéticas.



Gisele Bündchen é bem diferente das mulheres que todos os dias a televisão nos mostra vendendo cervejas com a bunda, fazendo sexo na novela das nove, promovendo favores em postos oficiais importantes, enfiando dinheiro sujo nas bolsas Louis Vitton e assumindo cargos em tribunais de contas pela condição materna.



Pela forma como a Secretaria de Políticas para as Mulheres tratou o caso da calcinha de seda de Gisele Bündchen, o comercial da Hope deveria mostrar a nossa top model de burca, ou de calcanhar sujo e pernas cabeludas, gritando com o marido e dizendo-lhe: “Bati com o carro. Vai encarar? Te encho de porrada com qualquer bronca.” Isso é ser mulher, pela atual conjuntura do feminismo chapa branca.



Está fazendo falta às lideranças feministas uma leitura do aforismo criado por Millor Fernandes que disse, certa vez, quando Betty Friedman veio ao Brasil pregar a queima de sutiãs pela liberdade feminina; “O melhor movimento feminista que conheço é o movimento dos quadris”.



Menos rigor na ideologia feminista, gente! Primeiro por que Gisele Bündchen deveria ser uma referência de alguém que venceu por conta própria. Segundo por que feminismo está fora de moda. E nada pior do que uma mulher desatualizada nas idéias e no visual.
O ENCOSTO
Onde houver fé, levarei a dúvida!

Comentários

  • 15 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Nos idos de 2005 eu já alertava neste espaço que toda esta propaganda doentia anti-modelo é coisa de macaca peluda.

    A ministra e a opinião feminista acerca do comercial apenas comprovou o mesmo.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    É do Jabor ou do Rogério Mendelski?
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2011 Vote Up0Vote Down
    ENCOSTO disse: Está fazendo falta às lideranças feministas uma leitura do aforismo criado por Millor Fernandes

    Está fazendo falta às lideranças feministas um tanque de roupa suja prá lavar.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Penso que liberdade inclui a liberdade de se tornar um objeto sexual ou de ganhar a vida com o corpo.
    Ou de ficar em casa lavando roupa, cozinhando e cuidando dos filhos.

    E isto se aplica a homens e mulheres.

    As feministas mais antigas ainda têm essa tendência de querer proibir que as mulheres sejam outra coisa que não profissionais independentes que usam apenas o cérebro para vencer na vida.

    As feministas mais recentes já perceberam que cada um deve ser livre para escolher quais recursos usar. E que o fato de uma mulher ter cérebro e vencer na vida com ele não requer que se masculinize e não impede que use seus atrativos de vez em quando, quando quiser ou quando lhe for conveniente.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2011 Vote Up0Vote Down
    O envolvimento da tal Secretaria do sei-lá-o-que para Mulheres é simplesmente ridículo.
    Preocupação com comercial de calcinha é prova absoluta de não ter o que fazer ou ter e não fazer assim mesmo.

    Ainda se fosse uma ofensa séria e explícita às mulheres vá lá..., poderia se aplicar o mesmo julgamento de um anúncio de conteúdo racista, por exemplo.
    Mas o que se vê na tela é apenas uma gozação inócua sobre o poder da sedução.
    Vá ver chifre em cabeça de cavalo na Politicamentecorretolândia.

    A coisa é muito simples, mulheres que não gostaram do comercial que não comprem o produto.
    Se as vendas caírem a peça publicitária sai do ar hoje mesmo, sem precisar que as burocratas de plantão desçam do salto, quebrem as unhas ou soltem gritinhos estridentes.

    E feminismo xiita é um pé no saco.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Acauan disse: A coisa é muito simples, mulheres que não gostaram do comercial que não comprem o produto.
    Se as vendas caírem a peça publicitária sai do ar hoje mesmo, sem precisar que as burocratas de plantão desçam do salto, quebrem as unhas ou soltem gritinhos estridentes.
    :-))

    Essa foi boa, a inveja sempre acaba voltando para a pessoa, de um jeito ou de outro.
    Come with me if you wanna live.
  • Mig29Mig29 Membro
    edited setembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Li o texto, depreendendo muitas alusões a uma realidade desconhecida, fiquei quieto.
    Entretanto, a noticia chegou ao noticiário português. Vi os brasileiros e brasileiras entrevistados considerarem a campanha engraçada. Todos entenderam, tal como referiu Acauan, o jogo de sedução.
    A Secretaria devia atender as pessoas, deixando-as avaliar.

    Post edited by Mig29 on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Fico muito mais incomodado ao ver que, em todas as recepções a estrangeiros, no Brasil ou no exterior, é obrigatória a presença de mulatas seminuas rebolando.
    Eu me pergunto que imagem isto passa de nós.
  • Come with me if you wanna live.
  • Como muito bem dito no fórum do vito, as descontentes com o comercial são gorilas peludas despeitadas por conta de seu poder de sedução nulo.

    Todas as mulheres do mundo gostam de saber que conseguem manipular homens através de artimanhas femininas, mesmo que aleguem não usar esta ferramenta. Na verdade é uma condição sine qua non para auto-estima feminina.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • O tanque de roupa suja para lavar é, talvez, a sugestão mais prática e eficiente para resolver o problema das feministas.

    De resto, as opiniões dos colegas já fecharam a questão. Todos os aspectos ridículos e inúteis do feminismo foram expostos. Nada a declarar, assino embaixo.

  • Um último comentário, ser contrária a sedução e suas infinitas possibilidades não é ser feminista e sim anti-feminista.
    Come with me if you wanna live.
  • O estereótipo da mulher-objeto é a gostosona burra. Falo por mim, não suporto mulher burra. Um dos atributos mais sedutores, em uma mulher, é a inteligência. E nada impede que ela use um vestidinho curto e saiba cruzar seu belo par de pernas na hora certa.

  • Ao ler as vossas mensagens, pergunto-me sobre o perfil de quem dirige essa Secretaria.
    Parece quase unânime a oposição ao excesso de zelo, se é que podemos falar em zelo numa basbaquice dessas.
    Quem fica sobrando? Feministas?
    Disse Cameron, ser contra a naturalidade da sedução é anti-feminismo.
    Não sobra ninguém, excepto as mentes brilhantes desse gabinete sem nada que fazer de melhor.
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