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Siiiiiiim! Você leu direito. O novo mangá de Akiko Higashimura, Himo Zairu (ヒモザイル), é, segundo a autora, baseado em fatos e pessoas reais e trata dos chamado "himo", homens sem emprego, ou expectativas de progresso na vida e que vivem às custas de mulheres, suas namoradas, ficantes e outras. A série mostra um dojo que treina esses homens para que eles consigam ganhar a vida desse jeito.
Higashimura, que é conhecida pelo seu humor e crítica social, criou a série com a ajuda de seu assistente (*um homem*) e a resumiu em uma frase "Sem dinheiro, impopular, sem emprego. Porque eu sou inútil na melhor das hipóteses, vou me tornar um himo! A cortina sobe para o dojo formação himo-man de Akiko Higashimura!" O fato é que, segundo a Kodansha, as críticas dos leitores foram tantas que o mangá foi colocado na geladeira. A série foi acusada de discriminar e difamar os homens e que mostrava o desprezo da autora por eles.
O ANN explicou que há um pedido de desculpas na página da revista explicando que o mangá não estaria na edição da Morning Two lançada em 22 de outubro. O pedido de desculpas é tanto para os leitores que aguardavam o capítulo, quanto para os ofendidos... A própria autora se desculpou e disse que iria repensar a série.
Olha, o nome disso é auto-censura e uma revista tem todo o direito de fazê-lo. A Kodansha é uma empresa e a tradição nipônica, muito positiva, aliás, é manter o diálogo com os leitores-consumidores. Dito isso, vamos ao ato em si. Quantas vezes você se sentiu ofendida com a forma como um mangá de qualquer demografia retratava as mulheres? Quantas vezes você ouviu falar de um mangá sendo suspenso após o primeiro capítulo? Quantas vezes você ouviu falar de um mangá suspenso - em qualquer momento - por ser ofensivo às mulheres? Misoginia já causou cancelamento de mangá? E mais uma: você acha que Higashimura inventou os himo?
Realmente, não acredito que a indústria de mangás japonesa tão ciosa de sua liberdade criativa - há antologias especializadas em pornografia com bebês e crianças - se importasse com o trabalho de um autor ou autora criticando práticas sociais femininas, ou mesmo detonando as mulheres. Pegue, por exemplo, um mega-sucesso como Death Note (デスノート) e como as mulheres são retratadas nele. Não acredito que Higashimura tenha feito um mangá tão ruim (*vou atrás desse primeiro capítulo agora*), não creio, também, que uma autora consagrada e premiada como ela passasse por esse constrangimento desses em uma revista josei*.
Meu conselho, que não serve para nada, aliás, é Higashimura, pegue seu mangá e vá para a Cocohana ou a Feel Young ou a Kiss e seja feliz, porque eu duvido que sejam mulheres as principais críticas do seu mangá. É isso.
http://www.shoujo-cafe.com/2015/10/manga-seinen-de-akiko-higashimura-entra.html
*Josei - Mangá para público feminino adulto.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Josei
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