Escrevi alguns anos atrás mas, faz sentido ainda nos dias de hoje (Só dei uma reduzida) :
Petistas diziam que FHC não cuidava da saúde, da educação e da segurança. Hoje, depois de tantos anos no poder estes serviços estão ainda pior do que estavam e eles agora acham que está tudo bem e que o país teve vários avanços. Eu não consigo ver avanço nenhum.... A situação do pobre hoje é viver na favela, sem saúde, sem educação, sem segurança, sem esgoto e ganhando o bolsa família e achando que está tudo bem. Em 12 anos o PT não investiu nada em saneamento básico e se tem 90 milhões de pessoas no país que não tem esgoto em casa. O único programa do PT que eu realmente acho bom é o minha casa minha vida mas mesmo assim é muito mal executado pela incompetência deles e os resultados são pífios. Enfim, uma quantidade enorme de pessoas já perceberam que o país está mal e tende a piorar e as condições de vida da população não estão boas e ainda podem piorar mais, principalmente se a inflação continuar subindo... A receita de esquerda que o PT tanto apoia está sendo adotada pela Argentina e pela Venezuela e os dois países estão em crise grave, com inflação de 30% aa e desabastecimento. A Argentina está perto de um outro calote na dívida. A receita que o PT passou a dotar a partir da crise americana de 2009 é muito parecida com a de Argentina e Venezuela. Se o PT não mudar o rumo no próximo mandato ele vai pelo mesmo caminho. Ninguém mais vai confiar no Brasil, os investimentos vão cair e o PIB sempre vai crescer pouco pois o país não tem dinheiro para investir sem investimento direto estrangeiro. esquerdistas pensam que o país pode investir e crescer, pensa que é uma questão de vontade. Como não entendem nada de contas públicas não sabem que o país não tem dinheiro para investir. Por isso que o investimento do governo há anos não passa de 1% do PIB. Sem o setor privado e sem investimento estrangeiro o país não vai crescer. O PT vai ter que resgatar a credibilidade que ele perdeu e vai ter que fazer ajustes dolorosos ou vai se dar muito mal. Apesar de ser ruim para a economia no curto prazo, se eles não fizerem o ajuste, vai ser um aprendizado definitivo para a população sobre a incapacidade da esquerda de conduzir o país.
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A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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Longe de mim querer defender o governo PSDB, que se desfez de muitos legados do Plano Real. Ele não soube governar, mas há de se reconhecer o que fez de bom e também nenhum governo petista foi bom o suficiente. Se o governo Lula fosse tão bom, não teria deixado uma bomba-relógio para a Dilma, prestes a explodir. O governo Lula foi a maior enganação da história, pois ele não fez nada para a economia crescer, apenas viu a China crescer grandiosamente e, com isso, comprar as commodities do Brasil. Enquanto vocês agradecem ao Lula, eu agradeço aos chineses., por não estar pior ainda as coisas .
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O único programa do PT que eu realmente acho bom é o minha casa minha vida mas mesmo assim é muito mal executado pela incompetência deles e os resultados são pífios.
Sem falar que houve grandes desvios de verba, projetos abandonados pela metade, casas e prédios mal construídos que tiveram que ser demolidos porque ameaçavam desabar etc.
emmedrado disse: O governo Lula foi a maior enganação da história, pois ele não fez nada para a economia crescer, apenas viu a China crescer grandiosamente e, com isso, comprar as commodities do Brasil.
Lula viu o país ser inundado pelo dinheiro da venda das commodities e saiu esbanjando com esmolas eleitoreiras (as mesmas que ele condenava quando era oposição), sem investir no futuro (infraestrutura, por exemplo).
O resultado é que, quando o dinheiro acabou, o país não estava preparado para gerar mais e quebrou.
Ainda por cima, saiu dizendo que a fartura daquela época era mérito dele e, de tão arrogante que era, quis ensinar ao mundo civilizado como governar um país. Pois bem, o mundo civilizado está aos poucos saindo da crise e o Brasil só faz afundar.
Petistas não sabem mensurar o tamanho desta merda .
A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
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Realmente o PT deixa muito a desejar no campo social. Poderia estar fazendo muito mais. Mas, mesmo assim prefiro o PT ao PSDB e darei aqui algumas razões.
1) O PT pode errar, mas pelos menos quem está errando são brasileiros. Quando o PSDB governava o país, quem realmente mandava era o FMI. Os brasileiro sequer tinham a chance de errar. Outros erravam por nós;
2) Toda a grande imprensa é contra o PT e isto é bom. Pois, qualquer corrupção que acontece, vira notícia. Depois, são feitas as investigações. Se fosse o PSDB a imprensa não iria fazer oposição alguma ao governo;
3) O Governo do PSDB foi autor do maior caso de corrupção da história do Brasil, conhecido como a privataria tucana. Onde 2,4 bilhões de dólares foram perdidos. Fora outros casos de corrupção que a imprensa fazia vista grossa.
4) Por último, os números do governo do PT são bem melhores do que o governo do PSDB.
47. Operações da Polícia Federal:
Governo FHC – 48
Governo PT – 1.273 (15 mil presos)
48. Varas da Justiça Federal:
2003 – 100
2010 – 513
49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C)
50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria
Prova de todas estas melhorias na vida da população brasileira pode ser visto hoje 16/12/2015 nas manifestações que ocorrem em apoio ao governo Dilma e que juntaram já milhares de pessoas.
Mercado Popular
121007-Lulismo
Política
Não foi o PT quem tirou 36 milhões de pessoas da miséria
Por Pedro Menezes @omercadopopular · Em 08/06/2015
Ao fim do último mês de março, quando pesquisas de opinião apontavam que 3 dentre 4 brasileiros já não confiavam na presidente Dilma, e a rejeição ao seu partido parecia difícil de esconder, os diretórios estaduais do PT lançaram um manifesto oficial, onde se lê:
“Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras.”
É importante notar que não se diz que o partido contribuiu decisivamente para a redução da miséria extrema no país, mas que foi o PT, enquanto organização, quem diminuiu em 36 milhões o número de brasileiros miseráveis, sendo o responsável único e exclusivo por este acontecimento. O mesmo discurso é repetido com frequência por quase todas lideranças do partido ou simpáticas a ele nas campanhas eleitorais de 2006, 2010 e 2014, e constituiu-se como a principal força aglutinadora da militância partidária desde então.
Quase toda a metafísica que inspira corações e mentes petistas nos dias de hoje passa, necessariamente, pela narrativa que dá ao PT o mérito por um combate à miséria de sucesso extraordinário, inquestionável e “nunca antes visto na história deste país”, como dizia o ex-presidente Lula. Como consequência lógica deste discurso, tudo o que é externo ao petismo é imediatamente retratado como favorecimento a elites que não suportam a ascensão social de quem ontem era pobre “e hoje anda de avião”.
Digo isso, inclusive, com base na minha experiência pessoal: como filho de um ex-petista outrora orgulhoso (e, por alguns anos, desgostoso pela minha “conversão reacionária”), cresci nos mais diversos círculos militantes, assistindo a comícios e comemorando apurações na rua, e até hoje tenho no armário camisetas brancas com uma estrela vermelha no peito. Durante todos esses anos, nenhum argumento foi mais importante para ratificar internamente o meu petismo do que as estatísticas de redução da miséria e desigualdade durante o governo Lula, assim como minha futura rejeição ao partido passou necessariamente pela desmistificação deste discurso.
Deixei de ser petista, dentre outros motivos, justamente depois de me convencer sobre o que escrevo neste artigo: o Partido dos Trabalhadores NÃO foi responsável, nem exclusivo e nem majoritário, pelos 36 milhões de brasileiros e brasileiras que deixaram a miséria extrema.
A desigualdade começou a cair em 2001, antes da eleição de Lula
Em maio do ano passado, técnicos do governo federal lançaram o documento “Sobre o processo de desenvolvimento inclusivo no Brasil da última década”. O mais famoso dos autores é Ricardo Paes de Barros, um economista reconhecido por sua contribuição para a criação do Programa Bolsa Família e que, durante o primeiro mandato de Dilma, foi subsecretário de Ações Estratégicas da Presidência da República. Dentre os gráficos, há um que merece especial atenção:
NT3-Desigualdade-Distr-Renda
O gráfico acima mostra a evolução da desigualdade de renda no Brasil desde 1976. A medida adotada é o Coeficiente de GINI, tido como padrão internacional para mensurar a desigualdade de renda. Um coeficiente de 0.5 significa que, naquele país, a distância média entre a renda de duas pessoas de um país é igual a 50% da renda média da população. A definição pode ser complicada para os não-iniciados em economês (ou mais especificamente, em estatistiquês), mas o essencial é notar que, quanto menor o Coeficiente de GINI, menor é a desigualdade de renda dentro de um país.
Reproduzi o gráfico da forma como ele foi elaborado pelos técnicos do próprio governo, adicionando uma barra vermelha no ano de 2001, quando a desigualdade começa a cair no Brasil. E em 2001 e 2002, como se sabe, Lula ainda não havia vencido as eleições para presidente do Brasil. Não me parece que, fora do governo, Lula ou o PT tenham exercido alguma influência mágica para reduzir a desigualdade por aqui. Além disso, a queda verificada nos primeiros anos de governo dificilmente pode ser vista como mérito do presidente, já que não faz sentido imaginar que as políticas de Lula tenham surtido efeito imediato a partir do momento em que o ex-presidente chegou ao poder.
Questão de educação
Mostrar que a redução da desigualdade começou antes da chegada do PT ao poder, porém, não é suficiente para explicar por que todo esse processo de inclusão social e redução da miséria aconteceu no Brasil. A resposta a esta pergunta é aquela que, com frequência, decepciona os discursos simplistas: os pesquisadores que estudaram a questão quase sempre atribuem a uma conjunção de fatores. Alguns têm relação com coisas que aconteceram dentro do Brasil (ou seja, que podem ser influenciadas por um presidente) e outras entram na conta dos acontecimentos internacionais, que não guardam a menor relação com o fato de o PT ter chegado ao poder.
Dentre os acontecimentos internos que foram decisivos para este processo de redução da miséria e desigualdade, o próprio Paes de Barros (que, repetindo, foi o assessor da Presidente Dilma sobre o assunto) reconhece que o maior deles antecede e muito o ano de 2002. Ele poderia atribuiu tudo à expansão do Programa Bolsa Família (elogiado neste site em diversas oportunidades), o que até lhe afagaria o ego, já que foi ele o responsável técnico pelo programa em seu início, mas Paes de Barros considera que o Bolsa Família funcionou “mais como aditivo, contudo, do que como causa principal”. O Bolsa Família teria sido responsável por entre 10 e 15% do processo de inclusão social. É natural: o que aconteceu no Brasil foi profundamente estrutural – ou seja, mexeu com as dinâmicas mais profundas da economia brasileira. Apesar de suas inegáveis qualidades, a atuação do Bolsa Família é emergencial e pontual. Em uma analogia simples, é como se o programa atuasse retirando as famílias que estão rodeadas por um incêndio num barraco de madeira. O que aconteceu no Brasil, porém, é muito maior: as famílias não apenas saíram do incêndio, mas passaram a ter uma nova casa de material não-inflamável e instalaram alarmes para evitar que desastres voltassem a acontecer no futuro.
O gráfico abaixo, elaborado pelo Centro de Políticas Públicas do Insper, ilustra aquela que, para Paes de Barros, foi a mudança interna mais decisiva para a redução da miséria e desigualdade no Brasil – e que, como se pode ver, começou antes da eleição de Lula:
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Ele mostra que, durante os últimos 20 anos, cada vez mais crianças brasileiras passaram a ter acesso à escola, fazendo crescer significativamente a escolaridade média da população brasileira. Entre 1992 e 2013, o número de adultos brasileiros com 4 anos de estudo ou menos caiu pela metade, enquanto o grupo com mais de 9 anos de estudo dobrou em tamanho. O gráfico abaixo, embora seja mais complicado, mostra o fenômeno de forma um pouco mais detalhada:
Screen Shot 2015-06-07 at 6.17.01 AM
Ele retrata a porcentagem de crianças e jovens matriculados em algum curso regular, dividindo-os por idade e tipo de curso. Em 1983, o gráfico se parece com uma montanha: à esquerda, vemos que a educação básica era um privilégio de poucas crianças com menos de 7 anos; à direita, o ensino superior aparece também como privilégio. Ao longo do tempo, o pico da montanha se alarga e vai para cima, mostrando que mais jovens passaram a ter acesso à escola por um período maior. Em 2003, a situação já era muito melhor do que em 1983: a área cinza (representando os jovens com acesso à faculdade) aumenta consideravelmente; o acesso à pré-escola, abaixo dos 30% em 1983, já chegava a 70% das crianças de 2003; o acesso ao ensino fundamental já era realidade para quase todos os jovens brasileiros; entre as crianças de 7 e 13 anos, mais de 95% tinham acesso à escola em 2003. Uma melhora significativa e histórica, mesmo quando consideramos a péssima qualidade da educação pública no país.
As crianças e jovens que puderam estudar pela primeira vez não fazem parte da elite econômica do país. Os filhos de famílias ricas sempre tiveram alguma escolaridade, assim como seus pais. Quem sentiu a diferença neste processo foram os filhos de famílias pobres. Em resumo, com o intenso aumento do acesso à escola no Brasil, o que caiu foi a desigualdade de escolaridade – ou desigualdade educacional. O abismo na formação dos filhos de famílias ricas e pobres diminuiu consideravelmente. Ou, como fica claro em reportagem da revista piauí:
“Entre 1996 e 2009, a escolaridade média de quem procurava emprego passou de 5,4 anos de estudo para 7,3 – um aumento, em 13 anos, de 35% na qualificação dos trabalhadores. Investimentos decorrentes de exigências da Constituição de 88 e da ampliação de verbas para o ensino fundamental no governo Fernando Henrique fizeram com que a desigualdade educacional, que antes crescia, começasse afinal a cair, no início dos anos 2000.”
Como todos sabem, as mães estão certas quando dizem aos filhos que quem estuda terá um salário melhor no futuro. Após algum tempo, quando os jovens e crianças envelhecem e saem da escola rumo ao mercado de trabalho, era natural imaginar que a redução na desigualdade educacional levaria a alguma redução da desigualdade de renda e da miséria com o passar dos anos. Antes, o filho do pobre nem entrava na escola, enquanto o filho do rico estudava nas melhores instituições de ensino do país. Isso mudou – e não foi por causa do PT.
[Nota: Semanas após a publicação deste texto, um leitor enviou o paper de Naércio Aquino Menezes e Alison Pablo de Oliveira, que utilizou técnicas de economia e estatística para medir a influência da educação na queda da desigualdade durante a década passada. O resultado? Entre 25 e 40% da redução na desigualdade de renda pode ser atribuída à redução na desigualdade de escolaridade. O estudo, que pode ser lido aqui, se soma às outras evidências científicas que dão força ao que escrevi.]
Crescimento econômico e cenário favorável
Só há um jeito de combater miséria e desigualdade: crescimento econômico. Para que as pessoas melhorem de vida, e o abismo entre ricos e pobres diminua, a renda das famílias mais pobres precisa crescer – e crescer mais do que a renda das famílias mais ricas. Mas nada disso é possível se a economia brasileira não crescer como um todo. O economista Ricardo Paes de Barros, já citado neste texto, afirma que o crescimento econômico explica mais do que a metade deste processo de inclusão social. E, de fato, durante o governo Lula a economia brasileira cresceu mais do que antes de sua chegada ao poder. Mas por que?
Antes de entrar no assunto, vale um parênteses: certamente não foi por causa do petismo, enquanto conjunto de ideias econômicas. Como é de conhecimento geral, Lula começou o seu governo admitindo que, no campo da economia, ele se limitaria a fazer rodar o software econômico vindo do governo anterior. Lula começou o governo indicando Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central, um ex-banqueiro que havia acabado de eleger-se deputado federal pelo PSDB. Um tucano legítimo. Já no Ministério da Fazenda, o titular era Antônio Palocci, conhecido dentro do PT como um rebelde quando o assunto é economia, pois discordava de quase todos os seus colegas de partido e elogiava abertamente a política econômica tucana, chegando a declarar publicamente que “A mais importante reforma dessas quatro décadas foi a adoção do regime de metas para inflação, quando aqui esteve Armínio Fraga e, na Fazenda, o colega Pedro Malan”. Armínio Fraga, neste caso, é aquele mesmo que foi escolhido por Aécio Neves como ministro da fazenda em um eventual governo. Quanto a isso, não há prova maior do que o fato de Palocci ter escolhido Marcos Lisboa e Joaquim Levy (ele mesmo), dois economistas formados pela Universidade de Chicago (conhecida como antítese do petismo econômico) e ideologicamente muito distantes do seu partido, para ocupar as duas secretarias mais importantes do ministério, respectivamente as secretarias de Política Econômica e do Tesouro. A política econômica do governo Lula, ao menos até 2008, pode ser acusada de tudo, menos de petista. Desta forma, o crescimento econômico no Brasil certamente não ocorreu pela adoção de políticas inovadoras após 2003, mas justamente pela repetição do que havia sido feito durante o governo FHC.
Ainda assim, isso não é suficiente para explicar por que o Brasil cresceu. Analisando comparativamente, a situação dos dois governos é bem parecida: tanto com Lula quanto com FHC, a economia brasileira cresceu pouco mais do que a média dos vizinhos latinoamericanos. A diferença é que, durante o governo Lula, a taxa de crescimento dos países da América Latina foi 72% maior do que durante o governo tucano. Não é que Lula tenha inventado a roda com políticas públicas geniais que beneficiaram os trabalhadores. O motivo é mais simples: no início da década passada, o mundo se tornou um lugar muito mais agradável para países como o Brasil.
Um dos motivos certamente foi a subida nos preços internacionais nas commodities, mercadorias primárias como comida e minérios. Para um país como o Brasil, muito forte em setores como a agricultura, isso basicamente significa que as coisas que são produzidas aqui ficaram cada vez mais caras quando comparadas com o que é produzido fora daqui. O cenário perfeito para uma economia que precisa crescer.
O gráfico abaixo representa, em economês, o índice dos termos de troca da economia brasileira. Em português, trata-se da divisão entre o preço internacional de tudo o que os brasileiros vendem para outros países, dividido pelo preço internacional de tudo o que os brasileiros compram de outros países (exportações/importações). Não é razoável imaginar que Lula ou o PT tenham exercido qualquer influência nos preços internacionais e os números são claros ao demonstrar que as condições externas melhoraram muito durante o início do governo Lula. O fenômeno demonstrado no gráfico abaixo só pode ser explicado pela pura e simples sorte.
Os termos de troca internacionais da economia brasileira, que estavam piorando consistentemente, começaram a melhorar no início do governo do PT
Os termos de troca internacionais da economia brasileira, que estavam piorando consistentemente, começaram a melhorar no início do governo do PT
Para mostrar quão relevante foi a melhora, basta dizer que, em 2011, os termos de troca do Brasil chegaram ao seu melhor nível em mais de 50 anos.
Além do crescimento ter se acelerado de forma generalizada em toda a América Latina, desde a Colômbia governada pela direita à Venezuela bolivariana, e dos termos de troca terem melhorado consistentemente, há ainda um último fato que explica o crescimento econômico e a redução da miséria e desigualdade no Brasil. De acordo com os dados disponíveis, nunca antes na história humana tantas pessoas saíram da pobreza em tão pouco tempo ao redor do mundo. Em 20 anos, 1 bilhão de pessoas saíram da pobreza. No Brasil o mesmo aconteceu, mas não por causa de uma mudança repentina nos governantes brasileiros, mas porque a mesmíssima coisa aconteceu em todos os países emergentes do mundo. O gráfico abaixo, elaborado pela revista The Economist com dados do Banco Mundial mostra o que digo: apenas entre 2005 e 2008, 111 milhões de pessoas saíram da pobreza ao redor do globo:
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A década perdida entre 2003 e 2012
O erro mais comum de quem trata a inclusão econômica e social dos últimos anos como obra exclusiva do PT é antigo. Trata-se de uma velha falácia lógica conhecida como post hoc ergo propter hoc – em português, seria algo como “depois disso, logo, por causa disso”. Quase todo o processo aconteceu depois da eleição de Lula, logo, simpatizantes do ex-presidente tendem a deduzir que ela aconteceu por causa da eleição de Lula. Como vimos, não foi bem assim. Acontecimentos internacionais, que o ex-presidente não poderia controlar, assim como dinâmicas internas anteriores à sua chegada ao poder foram mais influentes do que qualquer medida tomada por ele durante a presidência. Claro que há algum mérito a ser reconhecido. A expansão do Bolsa Família, já citada, deve ser considerada. O estudo que citarei a seguir reconhece ainda outras contribuições importantes do governo Lula, como as reformas microeconômicas do primeiro mandato, em especial a Lei de Falências.
Ao reivindicar o mérito exclusivo por tudo o que aconteceu no Brasil, Lula está agindo como qualquer outro político o faria em seu lugar. Quem deve estudar economia são os economistas. Os políticos agem de outra forma, tentando acumular poder a partir dos fatos do dia. E Lula, com sua habilidade política e personalidade carismática, soube capitalizar como poucos a imagem de combatente incansável contra a pobreza. Ninguém jamais chegará ao poder mostrando gráficos complicados, discutindo dinâmicas que reduziram a desigualdade de escolaridade ou explicando o que são termos de troca. A política já era assim antes de Lula e continuará sendo assim depois dele.
Existe, porém, uma forma de avaliar o desempenho das políticas públicas do presidente: comparar, com os melhores controles estatísticos possíveis, os avanços no Brasil com o que aconteceu em países parecidos com o Brasil. Foi o que fizeram os economistas João Manoel Pinho de Mello (professor do Insper, Ph.D pela Stanford University), Vinicius Carrasco (professor da PUC Rio e Ph.D pela Stanford University) e Isabela Duarte (mestre pela PUC Rio) em um estudo publicado recentemente.
O método foi simples: para que a conclusão do estudo fosse mais precisa, em cada quesito foi feita uma comparação entre o Brasil e o que se chama de “grupo de controle sintético” – um grupo de países que pode ser tomado como o melhor possível para uma comparação justa. A conclusão foi assustadora: o Brasil “cresceu, investiu e poupou menos; recebeu menos investimento estrangeiro direto e adicionou menos valor na indústria; teve mais inflação; perdeu competitividade e produtividade, avançou menos em Pesquisa e Desenvolvimento e piorou a qualidade regulatória; foi pior ou igual em quase todos os setores importantes; a distribuição de renda, a fração de pobres, e a subnutrição caíram em linha ou um pouco menos; a escolaridade avançou menos, a despeito de maiores gastos; a saúde andou em linha, sem grandes diferenças”. O único critério em que avançamos mais do que os países de comparação foi no mercado de trabalho, mas mesmo nele os pesquisadores julgaram que apenas “avançamos na margem mais fácil: colocar as pessoas para trabalhar”. Em tarefas mais difíceis, como a já citada produtividade – que seria capaz de garantir empregos de melhor qualidade e com salários maiores -, o Brasil foi pior.
Há algo ainda mais grave: em muitos aspectos, o Brasil tinha uma tarefa mais fácil do que os países comparados. Nossa sorte foi tamanha que, mesmo dentre os emergentes, tivemos termos de troca muito mais favoráveis no período analisado e mais disponibilidade para investir a renda externa. Ainda assim, nossos resultados foram quase todos piores. Por isso, o estudo foi chamado de “A década perdida: 2003-2012”. Os leitores mais curiosos (ou mesmo que duvidem da conclusão, que é muito diferente do senso comum criado sobre o tema), podem acessa-lo aqui e conferir com os próprios olhos. A linguagem, em geral, é amigável para leigos em economia e estatística.
O povo brasileiro discorda de você e demonstrou isso em 3 eleições!
É verdade: os eleitores brasileiros demonstraram, desde 2006, sua satisfação com o governo do PT, o que alguns enxergam (com boa dose de razão) como “retribuição” por todo esse fantástico processo de redução da miséria. O que precisamos lembrar é que eleitores não estão certos por definição. Na verdade, muitos economistas e cientistas políticos dizem que, em democracias, temos ótimos incentivos para não estudar a realidade antes de votar: ninguém jamais será capaz de distinguir perfeitamente quem merece levar o capital (ou o ônus) político por um episódio histórico e estudar o que os pesquisadores mais reputados dizem sobre o assunto envolve um custo imenso sem benefício claro, já que dificilmente um eleitor sozinho definirá as eleições, não importa quão consciente seja o seu voto.
Uma pesquisa do King’s College de Londres e da Royal Statistical Society é esclarecedora nesse sentido: ela nos mostra que a população do Reino Unido está errada em quase tudo o que diz. O povo britânico errou clamorosamente alguns fatos básicos em perguntas sobre imigração, criminalidade, programas sociais e gravidez na adolescência. Até mesmo num país onde o acesso a educação de qualidade e informação é muito superior ao Brasil, a opinião pública é formada através aparências e impressões gerais que podem estar simplesmente erradas. Por que seria diferente no Brasil? Será que nós somos melhores e mais inteligentes do que os britânicos?
Apoio popular e razão nem sempre andam juntos. A aprovação de Lula durante o seu período na presidência é compreensível, assim como suas vitórias eleitorais de 2002. Lula provavelmente seria igualmente popular em qualquer outro país do mundo que passasse por tudo o que o Brasil nos últimos anos, mas a voz do povo não é a voz de Deus. Dar ao povo a razão em tudo o que diz não é nada inteligente, ainda mais num país como o Brasil, onde desde Floriano Peixoto nada é impossível quando o assunto é populismo. Conceder tons divinos ao voto popular é, também, conceder uma aura divina a nossa larga tradição de políticos autoritários. http://mercadopopular.org/2015/06/nao-foi-o-pt-quem-tirou-36-milhoes-de-pessoas-da-miseria/
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Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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Claudio disse: 3) O Governo do PSDB foi autor do maior caso de corrupção da história do Brasil, conhecido como a privataria tucana. Onde 2,4 bilhões de dólares foram perdidos.
Não dá nem para discutir com gente que acha que as privatizações de FHC foram uma coisa ruim.
E, entretanto, fecham os olhos enquanto Dilma vende a Petrobras, as empresas geradoras de eletricidade etc. aos pedaços para os chineses e outros estrangeiros.
Ou dizem que é apenas "concessão", como se mudasse alguma coisa.
Claudio disse: Prova de todas estas melhorias na vida da população brasileira pode ser visto hoje 16/12/2015 nas manifestações que ocorrem em apoio ao governo Dilma e que juntaram já milhares de pessoas.
Correção: milhares de sindicalistas, membros de movimentos terroristas e funcionários públicos constrangidos a comparecer.
Em manifestações durante a semana, quando toda essa gente vestida de vermelho deveria estar trabalhando, ao contrário das manifestações das "zelites", sempre nos fins de semana.
"Zelites" vestidas de verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil em vez de balões da CUT e bandeiras do MST.
Fernando_Silva disse: Correção: milhares de sindicalistas, membros de movimentos terroristas e funcionários públicos constrangidos a comparecer.
Em manifestações durante a semana, quando toda essa gente vestida de vermelho deveria estar trabalhando, ao contrário das manifestações das "zelites", sempre nos fins de semana.
"Zelites" vestidas de verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil em vez de balões da CUT e bandeiras do MST.
As manifestações da esquerda costumam ocorrer durante os dias úteis. Isto porque participar de um protesto significa estar revoltado contra alguma situação. Para mostrar sua insatisfação, a classe trabalhadora abre mão da maior fonte de sua alegria e realização pessoal que é o trabalho. Então abrir mão de algumas horas de trabalho é um sacrifício que o trabalhador faz com o fim de atingir algum objetivo maior.
Assim como a elite tem o direito de protestar e ainda ter organizações como a FIESP para organizar os protestos, a classe trabalhadora também tem o direito de protestar. Para isto ela se organiza através de suas entidades classistas. A CUT representa os trabalhadores urbanos, já o MST representa os trabalhadores rurais. Outras entidades também representam e organizam os protestos. Elas são necessárias para dar voz e direitos aos trabalhadores.
Sindicalistas que participam de manifestações não são terroristas e funcionários públicos não são obrigados a ir nestes eventos. O Brasil mudou muito. Até uns trinta anos atrás, as pessoas tinham muito medo de participar de protestos, pois durante muito tempo esta participação foi tida como caso de polícia. Mas, felizmente, hoje em 2015, as pessoas perderam o medo e vão nestas manifestações de livre e espontânea vontade. Como é o meu caso.
Muitos continuam a criminalizar os movimentos populares, este é mais um motivo para que eles continuem cada vez mais atuantes.
É claro que o governo do Fernando Henrique Cardoso (PSDB) teve seus méritos. Ele foi um avanço enorme em relação ao governos do Sarney e do Collor. O mais importante feito deste governo foi controlar a inflação e dar estabilidade à econômia. Muitas coisas começaram a avançar a partir dai.
Só que o governo do PT (Dilma e Lula) foi um avanço ainda maior do que o do PSDB. Após 2003, pela primeira vez na minha vida, eu comecei a ouvir falar de crescimento econômico, de redução do desemprego, de redução da pobreza e da miséria, de gigantescos programas sociais. De repente, eu que estava acostumado a ver só pobreza ao meu redor, pude ver todas as pessoas progredindo materialmente. Hoje só não faz faculdade quem não quer. A vida está muito mais fácil. Pois um partido que se originou a partir de movimentos populares chegou ao poder.
Se o PSDB estivesse no poder, nada disto estaria acontecendo. Pois o compromisso deste partido é unicamente com o capital financeiro internacional. Seria um governo voltado apenas para atender as elites. Se algum avanço social que ameaçasse privilégios começasse a ocorrer, ele seria imediatamente cortado por pressão dos ricos.
Ainda existem graves problemas na saúde e na educação no Brasil, mas eles estão sendo enfrentados. Claro que o PT não é nenhum mar de rosas. Assim como o PSDB, ele também é um partido bancado por bancos. Mas pelo menos podemos dizer que os avanços sociais são inegáveis.
Claudio disse: Para mostrar sua insatisfação, a classe trabalhadora abre mão da maior fonte de sua alegria e realização pessoal que é o trabalho. Então abrir mão de algumas horas de trabalho é um sacrifício que o trabalhador faz com o fim de atingir algum objetivo maior.
Mas você não disse que os pobres trabalhadores oprimidos vivem infelizes com seu trabalho desagradável e sem sentido?
Para que "revolução popular" se estão todos tão felizes trabalhando?
Claudio disse: A CUT representa os trabalhadores urbanos, já o MST representa os trabalhadores rurais.
A CUT e o MST são órgãos do governo petista, financiados por nosso dinheiro suado para criar problemas e praticar violência.
Não têm o direito de levar gente para engrossar as passeatas usando ônibus pagos com nosso dinheiro ou ambulâncias que deveriam estar transportando doentes. Não têm o direito de oferecer dinheiro e sanduíches de mortadela para quem comparecer.
Não têm o direito de comprar uniformes vermelhos para todos com nosso dinheiro.
Claudio disse: Se o PSDB estivesse no poder, nada disto estaria acontecendo. Pois o compromisso deste partido é unicamente com o capital financeiro internacional. Seria um governo voltado apenas para atender as elites.
No intuito de bloquear tentativas de golpe contra a presidenta Dilma, alguns podem cometer erros. Entretanto estes erros não são absolutamente nada diante dos erros que são cometidos nas manifestações a favor do golpe.
Segue abaixo um vídeo gravado na manifestação pro-impeachment do dia 13/12/2015 em Copacabana no Rio de Janeiro. Nele um garoto de 12 anos, acusado de ter furtado um celular, quase é linchado pelos manifestantes. A polícia teve que invervir. O garoto levou vários tapas e xingamentos. Vejam a mentalidade dos coxinhas:
Neste outro vídeo, também feito em Copacabana durante o protesto pro-impeachment do dia 13/12/2015, os manifestantes encontram um grupo de skatistas, a maioria negros e pardos. A política é imediatamente chamada pelos manifestantes, que achavam que os skatistas eram petistas infiltrados, e desce o cacete nos jovens que estavam apenas participando de um encontro anual deste esporte. Veja o vídeo para ver a mentalidade racista desta gente que quer dar um golpe numa presidente democraticamente eleita.
Você tem todo o direito de apoiar o governo ou facção criminosa que quiser, mas repetir as idiotices que os analfabetos funcionais repetem sem entender bulhufas já é demais!
É como debater sobre ciência com crentelhos que nem sabem qual é a fórmula da água mas ficam reproduzindo as abobrinhas ditas pelos pastores para invalidar a ciência.
Só falta você concordar que "não merece ser estuprada" significa "eu sou estuprador".
Aqui o "golpe"!
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
TÍTULO IV - Da Organização dos Poderes (Redação da EC 80/2014)
CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO
Seção III - Da Responsabilidade do Presidente da República
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
"A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União." (Súmula Vinculante 46.)
“A definição das condutas típicas configuradoras do crime de responsabilidade e o estabelecimento de regras que disciplinem o processo e julgamento das agentes políticos federais, estaduais ou municipais envolvidos são da competência legislativa privativa da União e devem ser tratados em lei nacional especial (art. 85 da CR).” (ADI 2.220, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 16-11-2011, Plenário, DJE de 7-12-2011.)
“O Estado-membro não dispõe de competência para instituir, mesmo em sua própria Constituição, cláusulas tipificadoras de crimes de responsabilidade, ainda mais se as normas estaduais definidoras de tais ilícitos tiverem por finalidade viabilizar a responsabilização política dos membros integrantes do Tribunal de Contas. A competência constitucional para legislar sobre crimes de responsabilidade (e, também, para definir-lhes a respectiva disciplina ritual) pertence, exclusivamente, à União Federal. (...) Súmula 722/STF.” (ADI 4.190-MC-REF, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 10-3-2010, Plenário, DJE de 11-6-2010.)
“O impeachment na Constituição de 1988, no que concerne ao presidente da República: autorizada pela Câmara dos Deputados, por 2/3 de seus membros, a instauração do processo (CF, art. 51, I), ou admitida a acusação (CF, art. 86), o Senado Federal processará e julgará o presidente da República nos crimes de responsabilidade. É dizer: o impeachment do presidente da República será processado e julgado pelo Senado Federal. O Senado e não mais a Câmara dos Deputados formulará a acusação (juízo de pronúncia) e proferirá o julgamento. CF/1988, art. 51, I; art. 52; art. 86, § 1º, II, § 2º, (MS 21.564-DF). A lei estabelecerá as normas de processo e julgamento. CF, art. 85, parágrafo único. Essas normas estão na Lei 1.079, de 1950, que foi recepcionada, em grande parte, pela CF/1988 (MS 21.564-DF). O impeachment e o due process of law: a aplicabilidade deste no processo de impeachment, observadas as disposições específicas inscritas na Constituição e na lei e a natureza do processo, ou o cunho político do juízo. CF, art. 85, parágrafo único. Lei 1.079, de 1950, recepcionada, em grande parte, pela CF/1988 (MS 21.564-DF).” (MS 21.623, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 17-12-1992, Plenário, DJ de 28-5-1993.)
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Comentários
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
O resultado é que, quando o dinheiro acabou, o país não estava preparado para gerar mais e quebrou.
Ainda por cima, saiu dizendo que a fartura daquela época era mérito dele e, de tão arrogante que era, quis ensinar ao mundo civilizado como governar um país. Pois bem, o mundo civilizado está aos poucos saindo da crise e o Brasil só faz afundar.
Nossa marolinha cresceu um pouquinho:
Resultado:
Petistas não sabem mensurar o tamanho desta merda .
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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1) O PT pode errar, mas pelos menos quem está errando são brasileiros. Quando o PSDB governava o país, quem realmente mandava era o FMI. Os brasileiro sequer tinham a chance de errar. Outros erravam por nós;
2) Toda a grande imprensa é contra o PT e isto é bom. Pois, qualquer corrupção que acontece, vira notícia. Depois, são feitas as investigações. Se fosse o PSDB a imprensa não iria fazer oposição alguma ao governo;
3) O Governo do PSDB foi autor do maior caso de corrupção da história do Brasil, conhecido como a privataria tucana. Onde 2,4 bilhões de dólares foram perdidos. Fora outros casos de corrupção que a imprensa fazia vista grossa.
4) Por último, os números do governo do PT são bem melhores do que o governo do PSDB.
Fonte: https://leonardoboff.wordpress.com/2014/10/11/dados-governos-fhcpsdb-e-lula-dilmapt-por-hildegard-angel-jornalista/
1. Produto Interno Bruto:
2002 – R$ 1,48 trilhões
2013 – R$ 4,84 trilhões
2. PIB per capita:
2002 – R$ 7,6 mil
2013 – R$ 24,1 mil
3. Dívida líquida do setor público:
2002 – 60% do PIB
2013 – 34% do PIB
4. Lucro do BNDES:
2002 – R$ 550 milhões
2013 – R$ 8,15 bilhões
5. Lucro do Banco do Brasil:
2002 – R$ 2 bilhões
2013 – R$ 15,8 bilhões
6. Lucro da Caixa Econômica Federal:
2002 – R$ 1,1 bilhões
2013 – R$ 6,7 bilhões
7. Produção de veículos:
2002 – 1,8 milhões
2013 – 3,7 milhões
8. Safra Agrícola:
2002 – 97 milhões de toneladas
2013 – 188 milhões de toneladas
9. Investimento Estrangeiro Direto:
2002 – 16,6 bilhões de dólares
2013 – 64 bilhões de dólares
10. Reservas Internacionais:
2002 – 37 bilhões de dólares
2013 – 375,8 bilhões de dólares
11. Índice Bovespa:
2002 – 11.268 pontos
2013 – 51.507 pontos
12. Empregos Gerados:
Governo FHC – 627 mil/ano
Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano
13. Taxa de Desemprego:
2002 – 12,2%
2013 – 5,4%
14. Valor de Mercado da Petrobras:
2002 – R$ 15,5 bilhões
2014 – R$ 104,9 bilhões
15. Lucro médio da Petrobras:
Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano
Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano
16. Falências Requeridas em Média/ano:
Governo FHC – 25.587
Governos Lula e Dilma – 5.795
17. Salário Mínimo:
2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)
2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)
18. Dívida Externa em Relação às Reservas:
2002 – 557%
2014 – 81%
19. Posição entre as Economias do Mundo:
2002 – 13ª
2014 – 7ª
20. PROUNI – 1,2 milhões de bolsas
21. Salário Mínimo Convertido em Dólares:
2002 – 86,21
2014 – 305,00
22. Passagens Aéreas Vendidas:
2002 – 33 milhões
2013 – 100 milhões
23. Exportações:
2002 – 60,3 bilhões de dólares
2013 – 242 bilhões de dólares
24. Inflação Anual Média:
Governo FHC – 9,1%
Governos Lula e Dilma – 5,8%
25. PRONATEC – 6 Milhões de pessoas
26. Taxa Selic:
2002 – 18,9%
2012 – 8,5%
27. FIES – 1,3 milhões de pessoas com financiamento universitário
28. Minha Casa Minha Vida – 1,5 milhões de famílias beneficiadas
29. Luz Para Todos – 9,5 milhões de pessoas beneficiadas
30. Capacidade Energética:
2001 – 74.800 MW
2013 – 122.900 MW
31. Criação de 6.427 creches
32. Ciência Sem Fronteiras – 100 mil beneficiados
33. Mais Médicos (Aproximadamente 14 mil novos profissionais): 50 milhões de beneficiados
34. Brasil Sem Miséria – Retirou 22 milhões da extrema pobreza
35. Criação de Universidades Federais:
Governos Lula e Dilma – 18
Governo FHC – zero
36. Criação de Escolas Técnicas:
Governos Lula e Dilma – 214
Governo FHC – 0
De 1500 até 1994 – 140
37. Desigualdade Social:
Governo FHC – Queda de 2,2%
Governo PT – Queda de 11,4%
38. Produtividade:
Governo FHC – Aumento de 0,3%
Governos Lula e Dilma – Aumento de 13,2%
39. Taxa de Pobreza:
2002 – 34%
2012 – 15%
40. Taxa de Extrema Pobreza:
2003 – 15%
2012 – 5,2%
41. Índice de Desenvolvimento Humano:
2000 – 0,669
2005 – 0,699
2012 – 0,730
42. Mortalidade Infantil:
2002 – 25,3 em 1000 nascidos vivos
2012 – 12,9 em 1000 nascidos vivos
43. Gastos Públicos em Saúde:
2002 – R$ 28 bilhões
2013 – R$ 106 bilhões
44. Gastos Públicos em Educação:
2002 – R$ 17 bilhões
2013 – R$ 94 bilhões
45. Estudantes no Ensino Superior:
2003 – 583.800
2012 – 1.087.400
46. Risco Brasil (IPEA):
2002 – 1.446
2013 – 224
47. Operações da Polícia Federal:
Governo FHC – 48
Governo PT – 1.273 (15 mil presos)
48. Varas da Justiça Federal:
2003 – 100
2010 – 513
49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C)
50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria
Prova de todas estas melhorias na vida da população brasileira pode ser visto hoje 16/12/2015 nas manifestações que ocorrem em apoio ao governo Dilma e que juntaram já milhares de pessoas.
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Mercado Popular
121007-Lulismo
Política
Não foi o PT quem tirou 36 milhões de pessoas da miséria
Por Pedro Menezes @omercadopopular · Em 08/06/2015
Ao fim do último mês de março, quando pesquisas de opinião apontavam que 3 dentre 4 brasileiros já não confiavam na presidente Dilma, e a rejeição ao seu partido parecia difícil de esconder, os diretórios estaduais do PT lançaram um manifesto oficial, onde se lê:
“Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras.”
É importante notar que não se diz que o partido contribuiu decisivamente para a redução da miséria extrema no país, mas que foi o PT, enquanto organização, quem diminuiu em 36 milhões o número de brasileiros miseráveis, sendo o responsável único e exclusivo por este acontecimento. O mesmo discurso é repetido com frequência por quase todas lideranças do partido ou simpáticas a ele nas campanhas eleitorais de 2006, 2010 e 2014, e constituiu-se como a principal força aglutinadora da militância partidária desde então.
Quase toda a metafísica que inspira corações e mentes petistas nos dias de hoje passa, necessariamente, pela narrativa que dá ao PT o mérito por um combate à miséria de sucesso extraordinário, inquestionável e “nunca antes visto na história deste país”, como dizia o ex-presidente Lula. Como consequência lógica deste discurso, tudo o que é externo ao petismo é imediatamente retratado como favorecimento a elites que não suportam a ascensão social de quem ontem era pobre “e hoje anda de avião”.
Digo isso, inclusive, com base na minha experiência pessoal: como filho de um ex-petista outrora orgulhoso (e, por alguns anos, desgostoso pela minha “conversão reacionária”), cresci nos mais diversos círculos militantes, assistindo a comícios e comemorando apurações na rua, e até hoje tenho no armário camisetas brancas com uma estrela vermelha no peito. Durante todos esses anos, nenhum argumento foi mais importante para ratificar internamente o meu petismo do que as estatísticas de redução da miséria e desigualdade durante o governo Lula, assim como minha futura rejeição ao partido passou necessariamente pela desmistificação deste discurso.
Deixei de ser petista, dentre outros motivos, justamente depois de me convencer sobre o que escrevo neste artigo: o Partido dos Trabalhadores NÃO foi responsável, nem exclusivo e nem majoritário, pelos 36 milhões de brasileiros e brasileiras que deixaram a miséria extrema.
A desigualdade começou a cair em 2001, antes da eleição de Lula
Em maio do ano passado, técnicos do governo federal lançaram o documento “Sobre o processo de desenvolvimento inclusivo no Brasil da última década”. O mais famoso dos autores é Ricardo Paes de Barros, um economista reconhecido por sua contribuição para a criação do Programa Bolsa Família e que, durante o primeiro mandato de Dilma, foi subsecretário de Ações Estratégicas da Presidência da República. Dentre os gráficos, há um que merece especial atenção:
NT3-Desigualdade-Distr-Renda
O gráfico acima mostra a evolução da desigualdade de renda no Brasil desde 1976. A medida adotada é o Coeficiente de GINI, tido como padrão internacional para mensurar a desigualdade de renda. Um coeficiente de 0.5 significa que, naquele país, a distância média entre a renda de duas pessoas de um país é igual a 50% da renda média da população. A definição pode ser complicada para os não-iniciados em economês (ou mais especificamente, em estatistiquês), mas o essencial é notar que, quanto menor o Coeficiente de GINI, menor é a desigualdade de renda dentro de um país.
Reproduzi o gráfico da forma como ele foi elaborado pelos técnicos do próprio governo, adicionando uma barra vermelha no ano de 2001, quando a desigualdade começa a cair no Brasil. E em 2001 e 2002, como se sabe, Lula ainda não havia vencido as eleições para presidente do Brasil. Não me parece que, fora do governo, Lula ou o PT tenham exercido alguma influência mágica para reduzir a desigualdade por aqui. Além disso, a queda verificada nos primeiros anos de governo dificilmente pode ser vista como mérito do presidente, já que não faz sentido imaginar que as políticas de Lula tenham surtido efeito imediato a partir do momento em que o ex-presidente chegou ao poder.
Questão de educação
Mostrar que a redução da desigualdade começou antes da chegada do PT ao poder, porém, não é suficiente para explicar por que todo esse processo de inclusão social e redução da miséria aconteceu no Brasil. A resposta a esta pergunta é aquela que, com frequência, decepciona os discursos simplistas: os pesquisadores que estudaram a questão quase sempre atribuem a uma conjunção de fatores. Alguns têm relação com coisas que aconteceram dentro do Brasil (ou seja, que podem ser influenciadas por um presidente) e outras entram na conta dos acontecimentos internacionais, que não guardam a menor relação com o fato de o PT ter chegado ao poder.
Dentre os acontecimentos internos que foram decisivos para este processo de redução da miséria e desigualdade, o próprio Paes de Barros (que, repetindo, foi o assessor da Presidente Dilma sobre o assunto) reconhece que o maior deles antecede e muito o ano de 2002. Ele poderia atribuiu tudo à expansão do Programa Bolsa Família (elogiado neste site em diversas oportunidades), o que até lhe afagaria o ego, já que foi ele o responsável técnico pelo programa em seu início, mas Paes de Barros considera que o Bolsa Família funcionou “mais como aditivo, contudo, do que como causa principal”. O Bolsa Família teria sido responsável por entre 10 e 15% do processo de inclusão social. É natural: o que aconteceu no Brasil foi profundamente estrutural – ou seja, mexeu com as dinâmicas mais profundas da economia brasileira. Apesar de suas inegáveis qualidades, a atuação do Bolsa Família é emergencial e pontual. Em uma analogia simples, é como se o programa atuasse retirando as famílias que estão rodeadas por um incêndio num barraco de madeira. O que aconteceu no Brasil, porém, é muito maior: as famílias não apenas saíram do incêndio, mas passaram a ter uma nova casa de material não-inflamável e instalaram alarmes para evitar que desastres voltassem a acontecer no futuro.
O gráfico abaixo, elaborado pelo Centro de Políticas Públicas do Insper, ilustra aquela que, para Paes de Barros, foi a mudança interna mais decisiva para a redução da miséria e desigualdade no Brasil – e que, como se pode ver, começou antes da eleição de Lula:
Screen Shot 2015-06-07 at 6.56.53 AM
Ele mostra que, durante os últimos 20 anos, cada vez mais crianças brasileiras passaram a ter acesso à escola, fazendo crescer significativamente a escolaridade média da população brasileira. Entre 1992 e 2013, o número de adultos brasileiros com 4 anos de estudo ou menos caiu pela metade, enquanto o grupo com mais de 9 anos de estudo dobrou em tamanho. O gráfico abaixo, embora seja mais complicado, mostra o fenômeno de forma um pouco mais detalhada:
Screen Shot 2015-06-07 at 6.17.01 AM
Ele retrata a porcentagem de crianças e jovens matriculados em algum curso regular, dividindo-os por idade e tipo de curso. Em 1983, o gráfico se parece com uma montanha: à esquerda, vemos que a educação básica era um privilégio de poucas crianças com menos de 7 anos; à direita, o ensino superior aparece também como privilégio. Ao longo do tempo, o pico da montanha se alarga e vai para cima, mostrando que mais jovens passaram a ter acesso à escola por um período maior. Em 2003, a situação já era muito melhor do que em 1983: a área cinza (representando os jovens com acesso à faculdade) aumenta consideravelmente; o acesso à pré-escola, abaixo dos 30% em 1983, já chegava a 70% das crianças de 2003; o acesso ao ensino fundamental já era realidade para quase todos os jovens brasileiros; entre as crianças de 7 e 13 anos, mais de 95% tinham acesso à escola em 2003. Uma melhora significativa e histórica, mesmo quando consideramos a péssima qualidade da educação pública no país.
As crianças e jovens que puderam estudar pela primeira vez não fazem parte da elite econômica do país. Os filhos de famílias ricas sempre tiveram alguma escolaridade, assim como seus pais. Quem sentiu a diferença neste processo foram os filhos de famílias pobres. Em resumo, com o intenso aumento do acesso à escola no Brasil, o que caiu foi a desigualdade de escolaridade – ou desigualdade educacional. O abismo na formação dos filhos de famílias ricas e pobres diminuiu consideravelmente. Ou, como fica claro em reportagem da revista piauí:
“Entre 1996 e 2009, a escolaridade média de quem procurava emprego passou de 5,4 anos de estudo para 7,3 – um aumento, em 13 anos, de 35% na qualificação dos trabalhadores. Investimentos decorrentes de exigências da Constituição de 88 e da ampliação de verbas para o ensino fundamental no governo Fernando Henrique fizeram com que a desigualdade educacional, que antes crescia, começasse afinal a cair, no início dos anos 2000.”
Como todos sabem, as mães estão certas quando dizem aos filhos que quem estuda terá um salário melhor no futuro. Após algum tempo, quando os jovens e crianças envelhecem e saem da escola rumo ao mercado de trabalho, era natural imaginar que a redução na desigualdade educacional levaria a alguma redução da desigualdade de renda e da miséria com o passar dos anos. Antes, o filho do pobre nem entrava na escola, enquanto o filho do rico estudava nas melhores instituições de ensino do país. Isso mudou – e não foi por causa do PT.
[Nota: Semanas após a publicação deste texto, um leitor enviou o paper de Naércio Aquino Menezes e Alison Pablo de Oliveira, que utilizou técnicas de economia e estatística para medir a influência da educação na queda da desigualdade durante a década passada. O resultado? Entre 25 e 40% da redução na desigualdade de renda pode ser atribuída à redução na desigualdade de escolaridade. O estudo, que pode ser lido aqui, se soma às outras evidências científicas que dão força ao que escrevi.]
Crescimento econômico e cenário favorável
Só há um jeito de combater miséria e desigualdade: crescimento econômico. Para que as pessoas melhorem de vida, e o abismo entre ricos e pobres diminua, a renda das famílias mais pobres precisa crescer – e crescer mais do que a renda das famílias mais ricas. Mas nada disso é possível se a economia brasileira não crescer como um todo. O economista Ricardo Paes de Barros, já citado neste texto, afirma que o crescimento econômico explica mais do que a metade deste processo de inclusão social. E, de fato, durante o governo Lula a economia brasileira cresceu mais do que antes de sua chegada ao poder. Mas por que?
Antes de entrar no assunto, vale um parênteses: certamente não foi por causa do petismo, enquanto conjunto de ideias econômicas. Como é de conhecimento geral, Lula começou o seu governo admitindo que, no campo da economia, ele se limitaria a fazer rodar o software econômico vindo do governo anterior. Lula começou o governo indicando Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central, um ex-banqueiro que havia acabado de eleger-se deputado federal pelo PSDB. Um tucano legítimo. Já no Ministério da Fazenda, o titular era Antônio Palocci, conhecido dentro do PT como um rebelde quando o assunto é economia, pois discordava de quase todos os seus colegas de partido e elogiava abertamente a política econômica tucana, chegando a declarar publicamente que “A mais importante reforma dessas quatro décadas foi a adoção do regime de metas para inflação, quando aqui esteve Armínio Fraga e, na Fazenda, o colega Pedro Malan”. Armínio Fraga, neste caso, é aquele mesmo que foi escolhido por Aécio Neves como ministro da fazenda em um eventual governo. Quanto a isso, não há prova maior do que o fato de Palocci ter escolhido Marcos Lisboa e Joaquim Levy (ele mesmo), dois economistas formados pela Universidade de Chicago (conhecida como antítese do petismo econômico) e ideologicamente muito distantes do seu partido, para ocupar as duas secretarias mais importantes do ministério, respectivamente as secretarias de Política Econômica e do Tesouro. A política econômica do governo Lula, ao menos até 2008, pode ser acusada de tudo, menos de petista. Desta forma, o crescimento econômico no Brasil certamente não ocorreu pela adoção de políticas inovadoras após 2003, mas justamente pela repetição do que havia sido feito durante o governo FHC.
Ainda assim, isso não é suficiente para explicar por que o Brasil cresceu. Analisando comparativamente, a situação dos dois governos é bem parecida: tanto com Lula quanto com FHC, a economia brasileira cresceu pouco mais do que a média dos vizinhos latinoamericanos. A diferença é que, durante o governo Lula, a taxa de crescimento dos países da América Latina foi 72% maior do que durante o governo tucano. Não é que Lula tenha inventado a roda com políticas públicas geniais que beneficiaram os trabalhadores. O motivo é mais simples: no início da década passada, o mundo se tornou um lugar muito mais agradável para países como o Brasil.
Um dos motivos certamente foi a subida nos preços internacionais nas commodities, mercadorias primárias como comida e minérios. Para um país como o Brasil, muito forte em setores como a agricultura, isso basicamente significa que as coisas que são produzidas aqui ficaram cada vez mais caras quando comparadas com o que é produzido fora daqui. O cenário perfeito para uma economia que precisa crescer.
O gráfico abaixo representa, em economês, o índice dos termos de troca da economia brasileira. Em português, trata-se da divisão entre o preço internacional de tudo o que os brasileiros vendem para outros países, dividido pelo preço internacional de tudo o que os brasileiros compram de outros países (exportações/importações). Não é razoável imaginar que Lula ou o PT tenham exercido qualquer influência nos preços internacionais e os números são claros ao demonstrar que as condições externas melhoraram muito durante o início do governo Lula. O fenômeno demonstrado no gráfico abaixo só pode ser explicado pela pura e simples sorte.
Os termos de troca internacionais da economia brasileira, que estavam piorando consistentemente, começaram a melhorar no início do governo do PT
Os termos de troca internacionais da economia brasileira, que estavam piorando consistentemente, começaram a melhorar no início do governo do PT
Para mostrar quão relevante foi a melhora, basta dizer que, em 2011, os termos de troca do Brasil chegaram ao seu melhor nível em mais de 50 anos.
Além do crescimento ter se acelerado de forma generalizada em toda a América Latina, desde a Colômbia governada pela direita à Venezuela bolivariana, e dos termos de troca terem melhorado consistentemente, há ainda um último fato que explica o crescimento econômico e a redução da miséria e desigualdade no Brasil. De acordo com os dados disponíveis, nunca antes na história humana tantas pessoas saíram da pobreza em tão pouco tempo ao redor do mundo. Em 20 anos, 1 bilhão de pessoas saíram da pobreza. No Brasil o mesmo aconteceu, mas não por causa de uma mudança repentina nos governantes brasileiros, mas porque a mesmíssima coisa aconteceu em todos os países emergentes do mundo. O gráfico abaixo, elaborado pela revista The Economist com dados do Banco Mundial mostra o que digo: apenas entre 2005 e 2008, 111 milhões de pessoas saíram da pobreza ao redor do globo:
20120303_FNC667
A década perdida entre 2003 e 2012
O erro mais comum de quem trata a inclusão econômica e social dos últimos anos como obra exclusiva do PT é antigo. Trata-se de uma velha falácia lógica conhecida como post hoc ergo propter hoc – em português, seria algo como “depois disso, logo, por causa disso”. Quase todo o processo aconteceu depois da eleição de Lula, logo, simpatizantes do ex-presidente tendem a deduzir que ela aconteceu por causa da eleição de Lula. Como vimos, não foi bem assim. Acontecimentos internacionais, que o ex-presidente não poderia controlar, assim como dinâmicas internas anteriores à sua chegada ao poder foram mais influentes do que qualquer medida tomada por ele durante a presidência. Claro que há algum mérito a ser reconhecido. A expansão do Bolsa Família, já citada, deve ser considerada. O estudo que citarei a seguir reconhece ainda outras contribuições importantes do governo Lula, como as reformas microeconômicas do primeiro mandato, em especial a Lei de Falências.
Ao reivindicar o mérito exclusivo por tudo o que aconteceu no Brasil, Lula está agindo como qualquer outro político o faria em seu lugar. Quem deve estudar economia são os economistas. Os políticos agem de outra forma, tentando acumular poder a partir dos fatos do dia. E Lula, com sua habilidade política e personalidade carismática, soube capitalizar como poucos a imagem de combatente incansável contra a pobreza. Ninguém jamais chegará ao poder mostrando gráficos complicados, discutindo dinâmicas que reduziram a desigualdade de escolaridade ou explicando o que são termos de troca. A política já era assim antes de Lula e continuará sendo assim depois dele.
Existe, porém, uma forma de avaliar o desempenho das políticas públicas do presidente: comparar, com os melhores controles estatísticos possíveis, os avanços no Brasil com o que aconteceu em países parecidos com o Brasil. Foi o que fizeram os economistas João Manoel Pinho de Mello (professor do Insper, Ph.D pela Stanford University), Vinicius Carrasco (professor da PUC Rio e Ph.D pela Stanford University) e Isabela Duarte (mestre pela PUC Rio) em um estudo publicado recentemente.
O método foi simples: para que a conclusão do estudo fosse mais precisa, em cada quesito foi feita uma comparação entre o Brasil e o que se chama de “grupo de controle sintético” – um grupo de países que pode ser tomado como o melhor possível para uma comparação justa. A conclusão foi assustadora: o Brasil “cresceu, investiu e poupou menos; recebeu menos investimento estrangeiro direto e adicionou menos valor na indústria; teve mais inflação; perdeu competitividade e produtividade, avançou menos em Pesquisa e Desenvolvimento e piorou a qualidade regulatória; foi pior ou igual em quase todos os setores importantes; a distribuição de renda, a fração de pobres, e a subnutrição caíram em linha ou um pouco menos; a escolaridade avançou menos, a despeito de maiores gastos; a saúde andou em linha, sem grandes diferenças”. O único critério em que avançamos mais do que os países de comparação foi no mercado de trabalho, mas mesmo nele os pesquisadores julgaram que apenas “avançamos na margem mais fácil: colocar as pessoas para trabalhar”. Em tarefas mais difíceis, como a já citada produtividade – que seria capaz de garantir empregos de melhor qualidade e com salários maiores -, o Brasil foi pior.
Há algo ainda mais grave: em muitos aspectos, o Brasil tinha uma tarefa mais fácil do que os países comparados. Nossa sorte foi tamanha que, mesmo dentre os emergentes, tivemos termos de troca muito mais favoráveis no período analisado e mais disponibilidade para investir a renda externa. Ainda assim, nossos resultados foram quase todos piores. Por isso, o estudo foi chamado de “A década perdida: 2003-2012”. Os leitores mais curiosos (ou mesmo que duvidem da conclusão, que é muito diferente do senso comum criado sobre o tema), podem acessa-lo aqui e conferir com os próprios olhos. A linguagem, em geral, é amigável para leigos em economia e estatística.
O povo brasileiro discorda de você e demonstrou isso em 3 eleições!
É verdade: os eleitores brasileiros demonstraram, desde 2006, sua satisfação com o governo do PT, o que alguns enxergam (com boa dose de razão) como “retribuição” por todo esse fantástico processo de redução da miséria. O que precisamos lembrar é que eleitores não estão certos por definição. Na verdade, muitos economistas e cientistas políticos dizem que, em democracias, temos ótimos incentivos para não estudar a realidade antes de votar: ninguém jamais será capaz de distinguir perfeitamente quem merece levar o capital (ou o ônus) político por um episódio histórico e estudar o que os pesquisadores mais reputados dizem sobre o assunto envolve um custo imenso sem benefício claro, já que dificilmente um eleitor sozinho definirá as eleições, não importa quão consciente seja o seu voto.
Uma pesquisa do King’s College de Londres e da Royal Statistical Society é esclarecedora nesse sentido: ela nos mostra que a população do Reino Unido está errada em quase tudo o que diz. O povo britânico errou clamorosamente alguns fatos básicos em perguntas sobre imigração, criminalidade, programas sociais e gravidez na adolescência. Até mesmo num país onde o acesso a educação de qualidade e informação é muito superior ao Brasil, a opinião pública é formada através aparências e impressões gerais que podem estar simplesmente erradas. Por que seria diferente no Brasil? Será que nós somos melhores e mais inteligentes do que os britânicos?
Apoio popular e razão nem sempre andam juntos. A aprovação de Lula durante o seu período na presidência é compreensível, assim como suas vitórias eleitorais de 2002. Lula provavelmente seria igualmente popular em qualquer outro país do mundo que passasse por tudo o que o Brasil nos últimos anos, mas a voz do povo não é a voz de Deus. Dar ao povo a razão em tudo o que diz não é nada inteligente, ainda mais num país como o Brasil, onde desde Floriano Peixoto nada é impossível quando o assunto é populismo. Conceder tons divinos ao voto popular é, também, conceder uma aura divina a nossa larga tradição de políticos autoritários.
http://mercadopopular.org/2015/06/nao-foi-o-pt-quem-tirou-36-milhoes-de-pessoas-da-miseria/
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
PQP q fonte FDP ...
Eu quero a Verdade .
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E, entretanto, fecham os olhos enquanto Dilma vende a Petrobras, as empresas geradoras de eletricidade etc. aos pedaços para os chineses e outros estrangeiros.
Ou dizem que é apenas "concessão", como se mudasse alguma coisa.
Em manifestações durante a semana, quando toda essa gente vestida de vermelho deveria estar trabalhando, ao contrário das manifestações das "zelites", sempre nos fins de semana.
"Zelites" vestidas de verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil em vez de balões da CUT e bandeiras do MST.
de Marx.
Assim como a elite tem o direito de protestar e ainda ter organizações como a FIESP para organizar os protestos, a classe trabalhadora também tem o direito de protestar. Para isto ela se organiza através de suas entidades classistas. A CUT representa os trabalhadores urbanos, já o MST representa os trabalhadores rurais. Outras entidades também representam e organizam os protestos. Elas são necessárias para dar voz e direitos aos trabalhadores.
Sindicalistas que participam de manifestações não são terroristas e funcionários públicos não são obrigados a ir nestes eventos. O Brasil mudou muito. Até uns trinta anos atrás, as pessoas tinham muito medo de participar de protestos, pois durante muito tempo esta participação foi tida como caso de polícia. Mas, felizmente, hoje em 2015, as pessoas perderam o medo e vão nestas manifestações de livre e espontânea vontade. Como é o meu caso.
Muitos continuam a criminalizar os movimentos populares, este é mais um motivo para que eles continuem cada vez mais atuantes.
Só que o governo do PT (Dilma e Lula) foi um avanço ainda maior do que o do PSDB. Após 2003, pela primeira vez na minha vida, eu comecei a ouvir falar de crescimento econômico, de redução do desemprego, de redução da pobreza e da miséria, de gigantescos programas sociais. De repente, eu que estava acostumado a ver só pobreza ao meu redor, pude ver todas as pessoas progredindo materialmente. Hoje só não faz faculdade quem não quer. A vida está muito mais fácil. Pois um partido que se originou a partir de movimentos populares chegou ao poder.
Se o PSDB estivesse no poder, nada disto estaria acontecendo. Pois o compromisso deste partido é unicamente com o capital financeiro internacional. Seria um governo voltado apenas para atender as elites. Se algum avanço social que ameaçasse privilégios começasse a ocorrer, ele seria imediatamente cortado por pressão dos ricos.
Ainda existem graves problemas na saúde e na educação no Brasil, mas eles estão sendo enfrentados. Claro que o PT não é nenhum mar de rosas. Assim como o PSDB, ele também é um partido bancado por bancos. Mas pelo menos podemos dizer que os avanços sociais são inegáveis.
Para que "revolução popular" se estão todos tão felizes trabalhando? A CUT e o MST são órgãos do governo petista, financiados por nosso dinheiro suado para criar problemas e praticar violência.
Não têm o direito de levar gente para engrossar as passeatas usando ônibus pagos com nosso dinheiro ou ambulâncias que deveriam estar transportando doentes. Não têm o direito de oferecer dinheiro e sanduíches de mortadela para quem comparecer.
Não têm o direito de comprar uniformes vermelhos para todos com nosso dinheiro.
"Parece que a CUT quer tirar a Dilma, sei lá..."
http://www.folhapolitica.org/2015/12/prefeitura-paulista-obrigou.html
Segue abaixo um vídeo gravado na manifestação pro-impeachment do dia 13/12/2015 em Copacabana no Rio de Janeiro. Nele um garoto de 12 anos, acusado de ter furtado um celular, quase é linchado pelos manifestantes. A polícia teve que invervir. O garoto levou vários tapas e xingamentos. Vejam a mentalidade dos coxinhas:
[]
GOLPE???????
Você tem todo o direito de apoiar o governo ou facção criminosa que quiser, mas repetir as idiotices que os analfabetos funcionais repetem sem entender bulhufas já é demais!
É como debater sobre ciência com crentelhos que nem sabem qual é a fórmula da água mas ficam reproduzindo as abobrinhas ditas pelos pastores para invalidar a ciência.
Só falta você concordar que "não merece ser estuprada" significa "eu sou estuprador".
Aqui o "golpe"!
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
TÍTULO IV - Da Organização dos Poderes (Redação da EC 80/2014)
CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO
Seção III - Da Responsabilidade do Presidente da República
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
"A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União." (Súmula Vinculante 46.)
“A definição das condutas típicas configuradoras do crime de responsabilidade e o estabelecimento de regras que disciplinem o processo e julgamento das agentes políticos federais, estaduais ou municipais envolvidos são da competência legislativa privativa da União e devem ser tratados em lei nacional especial (art. 85 da CR).” (ADI 2.220, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 16-11-2011, Plenário, DJE de 7-12-2011.)
“O Estado-membro não dispõe de competência para instituir, mesmo em sua própria Constituição, cláusulas tipificadoras de crimes de responsabilidade, ainda mais se as normas estaduais definidoras de tais ilícitos tiverem por finalidade viabilizar a responsabilização política dos membros integrantes do Tribunal de Contas. A competência constitucional para legislar sobre crimes de responsabilidade (e, também, para definir-lhes a respectiva disciplina ritual) pertence, exclusivamente, à União Federal. (...) Súmula 722/STF.” (ADI 4.190-MC-REF, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 10-3-2010, Plenário, DJE de 11-6-2010.)
“O impeachment na Constituição de 1988, no que concerne ao presidente da República: autorizada pela Câmara dos Deputados, por 2/3 de seus membros, a instauração do processo (CF, art. 51, I), ou admitida a acusação (CF, art. 86), o Senado Federal processará e julgará o presidente da República nos crimes de responsabilidade. É dizer: o impeachment do presidente da República será processado e julgado pelo Senado Federal. O Senado e não mais a Câmara dos Deputados formulará a acusação (juízo de pronúncia) e proferirá o julgamento. CF/1988, art. 51, I; art. 52; art. 86, § 1º, II, § 2º, (MS 21.564-DF). A lei estabelecerá as normas de processo e julgamento. CF, art. 85, parágrafo único. Essas normas estão na Lei 1.079, de 1950, que foi recepcionada, em grande parte, pela CF/1988 (MS 21.564-DF). O impeachment e o due process of law: a aplicabilidade deste no processo de impeachment, observadas as disposições específicas inscritas na Constituição e na lei e a natureza do processo, ou o cunho político do juízo. CF, art. 85, parágrafo único. Lei 1.079, de 1950, recepcionada, em grande parte, pela CF/1988 (MS 21.564-DF).” (MS 21.623, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 17-12-1992, Plenário, DJ de 28-5-1993.)
http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item= 950