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Destruição Intelectual

20/02/2016 - 14h44 - Atualizado em 25/02/2016 - 08h48
Autor: Gabriel Tebaldi | gab_meira@hotmail.com

Destruição Intelectual

“Vá estudar História!”: esse é o novo argumento da pseudo-esquerda. Mantendo a mania de sentir-se iluminado, o militante vulgariza os demais e usa a agressão para encobrir seu real despreparo. Algo grave, porém, tem ocorrido: a militância chegou à sala de aula, agora como professor.

Algo é certo quando abordo a Educação por aqui: pais e professores entram em contato relatando a doutrinação dos alunos nas escolas. Os casos vão desde as críticas ao capitalismo e elogios cubanos, até ao professor que apresenta Che Guevara como “o maior ser humano do século XX”.

O ranço marxista das universidades formou os docentes que, convictos de que a sala é o aquecimento da revolução, cospem uma versão unilateral, acrítica, corrupta e tendenciosa dos fatos. Apoiando-se no idealismo da juventude, os professores que gritam “Vá estudar História” repetem ideias medíocres que meia dúzia de páginas bastariam para contrapor.

Porém, em tempos de uma geração recheada de informação e carente de conhecimento, a luta de classes encanta, a exploração encobre o fracasso e a vitimização facilita a vida de quem não aprecia o trabalho. Somado aos modismos, a alienação forma empunhadores de bandeiras que sequer conhecem o que defendem.

A ignorância não é surpresa num país em que 70% da população não lê sequer um livro por ano e 55% não participa de atividades culturais. Pasme: 50% dos universitários apresentam analfabetismo funcional. Fazer barulho e promover rótulos é a arma de quem não tem o que dizer. Assim, as paixões ideológicas transformam empreendedores em opressores, riqueza honesta em pecado e resume a vida intelectual do jovem ao combate à burguesia (leia-se: você).

O fato é simples: não há conscientização sem leitura, aprendizado sem estudo e conhecimento sem esforço. A inteligência não se constrói com romantismo ou grito de ordem. Nas palavras de Milton Santos, “a força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos quando apenas conseguem identificar o que os separa e não o que os une”.

Gabriel Tebaldi é graduado em História pela Ufes

http://www.gazetaonline.com.br/_conteudo/2016/02/opiniao/colunas/outro_olhar/3929691-destruicao-intelectual.html

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