CLAUDIO ON: Sim, Mises está ultrapassado. Prova disto é que o site que leva seu nome tem que ficar o tempo todo batendo na Venezuela. Pois este país, que de tão atrasado, está vivendo a mesma quebra institucional que o Brasil viveu na década de trinta. Se é para eles baterem em países cujo Estado é grande e forte, deveriam bater na Alemanha, na Suécia etc.
Como a Suécia (ainda) se beneficia de seu passado de livre mercado
O desejo de "ser como a Suécia" está ubiquamente presente nos debates políticos de quase todas as democracias do mundo, das mais pobres às mais ricas. Não é incomum ver autoproclamados "democratas socialistas" dizendo ter o objetivo de copiar o "bem-sucedido modelo sueco de bem-estar social".
O mais interessante nisso tudo é perceber que tais pessoas olham para um país rico como a Suécia e automaticamente concluem que o alto padrão de vida daquele país não tem nada a ver com seu passado de laissez-faire, com uma baixa dívida pública, com sua independência monetária, com a ausência de um salário mínimo estipulado pelo governo, com uma robusta proteção dos direitos de propriedade, com um Banco Central equilibrado, com baixas alíquotas de imposto de renda para pessoa jurídica, e até mesmo com as graduais adoções de privatização no sistema de saúde, no sistema previdenciário, e na educação.
Ao contrário, tais pessoas olham para a Suécia e, não apenas ignoram estes fatos, como ainda naturalmente pressupõem que o alto padrão de vida da população sueca é produto de sua alta carga tributária e de suas mundialmente desconhecidas empresas estatais.
Imagine se LeBron James [astro da NBA] começasse a fumar. Qualquer sucesso que ele continuasse apresentando nas quadras seria apesar desse hábito destrutivo e não por causa dele. O êxito econômico sueco ocorreu apesar de sua alta carga tributária sobre pessoas físicas, e não por causa dela.
Dado que a Suécia sempre é citada por progressistas como o paraíso na terra e o modelo a ser seguido, este artigo irá se concentrar apenas neste país. Uma (extremamente) breve história deste fascinante país pode nos ajudar a entender melhor o atual alto padrão de vida da Suécia e as várias maneiras nas quais o "socialismo" sueco impôs um desnecessário limite sobre a produtividade do país.
Suécia: da pobreza lancinante à prosperidade inesperada por meio do capitalismo laissez-faire
Duzentos e cinquenta anos atrás, a área que hoje é conhecida como "Suécia" era apenas uma tundra congelada e habitada por uma massa de camponeses esfomeados. Suas vidas eram rigidamente controladas por uma série de reis, aristocratas e outros homens artificialmente respeitados. Como explicou o premiado escritor sueco Johan Norberg, neste excelente tratado sobre a história da Suécia, foi necessário o surgimento de uma série de indivíduos empreendedores e de mentalidade liberal-clássica para arrancar o controle das elites e colocar a Suécia no caminho da prosperidade.
Poderosos que ditavam quem poderia e quem não poderia receber licenças profissionais, um opressivo sistema de guildas corporativas que proibia a liberdade de associação e o livre empreendedorismo, e uma litania de onerosas regulações sobre as liberdades comerciais e de empreendimento — tudo isso foi ou dramaticamente reduzido ou simplesmente abolido.
No século entre 1850 e 1950, a população dobrou e a renda real dos suecos decuplicou. Não obstante a quase não-existência de um estado assistencialista ou de qualquer grande controle estatal sobre os setores da economia, em 1950 a Suécia já era a quarta nação mais rica do mundo. O extraordinário crescimento da Suécia durante aquele século rivalizou até mesmo com o dos EUA — e o fato de a Suécia não ter participado de nenhuma das duas grandes guerras, o que deixou sua infraestrutura intacta e não destruiu sua economia, sem dúvida ajudou bastante.
Com efeito, a formação de capital e a criação de riqueza se mostraram tão abundantes na Suécia durante a depressão global de 1930, que até mesmo os social-democratas do governo da época praticaram uma forma de "negligência salutar" para garantir que a prosperidade continuaria.
Como em qualquer outro país, o impressionante estoque de capital da Suécia foi construído por empreendedores operando em um sistema de livre mercado.
(Tudo isso foi relatado em detalhes neste livro bem como neste excelente tratado).
O experimento sueco com o "socialismo nórdico" é relativamente recente e tem se mostrado desastroso para o crescimento econômico
Nas décadas seguintes a este impressionante crescimento econômico, aconteceu aquilo que parece inevitável: grandes empresários em busca de proteção do governo contra a concorrência se aliaram a políticos ambiciosos e a líderes sindicais para forçar o governo a adotar políticas socialistas. As décadas de 1970 e 1980 viram um estado assistencialista crescendo descontroladamente, ampliando enormemente suas áreas de intervenção.
Vários novos benefícios governamentais foram criados; leis trabalhistas extremamente rígidas foram introduzidas; setores estagnados da economia passaram a receber amplos subsídios do governo; as alíquotas de impostos sofreram aumentos drásticos, sendo que algumas alíquotas marginais chegaram a ultrapassar os 100%.
Com o tempo, os gastos do governo mais do que duplicaram, e os impostos sobre determinados setores da economia foram dobrados e até mesmo triplicados.
Ainda em 1970, a OCDE classificava a Suécia como o quarto país mais rico do mundo. No entanto, no ano 2000, a Suécia já havia despencado para a 14ª posição. Em um artigo (infelizmente disponível apenas em sueco) publicado em 2009 no periódico Ekonomisk Debatt, da Associação de Economia Sueca, os economistas Bjuggren e Johansson, do Ratio Institute, mostraram a triste verdade. Baseando-se em dados públicos divulgados pela agência governamental Estatísticas Suecas ("SCB" em sueco, um acrônimo para Bureau Central de Estatísticas) e utilizando um novo sistema de classificação para designar o tipo de propriedade das empresas, eles descobriram que não houve absolutamente nenhum emprego criado no setor privado de 1950 a 2005.
Sim, você leu corretamente: não houve nenhum aumento líquido no número de empregos no setor privado na Suécia durante um período de 55 anos. Em outras palavras, em um período que começou cinco anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, a economia sueca ficou completamente estagnada.
O socialismo nórdico congelou no tempo um povo que outrora era empreendedor e próspero. Com algumas poucas exceções, as grandes empresas suecas têm muito poucos incentivos para inovar (e elas não inovaram), e várias empresas sobrevivem hoje exclusivamente graças a contratos de fornecimento para o governo, contratos esses cujos valores são impossíveis de serem corretamente determinados sem um sistema de livre mercado capaz de estabelecer preços para bens e serviços.
A Suécia conseguiu viver confortavelmente por décadas apesar de suas políticas "socialistas" somente porque um grande estoque de capital e riqueza já havia sido criado nas décadas anteriores por seus laboriosos empreendedores. Primeiro a Suécia enriqueceu e acumulou muito capital (e tal tarefa foi auxiliada por uma continuamente austera política monetária, que fez com que a Suécia jamais conhecesse um período prolongado de alta inflação de preços). Depois, só depois de ter enriquecido, é que o país começou a implantar seu sistema de bem-estar social no final da década de 1960.
No entanto, o consumo deste capital acumulado está erodindo a riqueza da Suécia.
[N. do E.: para que uma economia que faz uso maciço de políticas assistencialistas continue crescendo, sua produtividade tem de ser muito alta. E para a produtividade ser alta, seu capital acumulado já tem de ser muito alto. Apenas um alto grau de capital acumulado pode permitir uma alta produtividade. Ou seja, o país tem de já ser muito rico.
Apenas um país que já enriqueceu e já acumulou o capital necessário (e já alcançou a produtividade suficiente) pode se dar ao luxo de adotar abrangentes políticas assistencialistas por um longo período de tempo. Assistencialismo é algo que só pode funcionar — e, ainda assim, por tempo determinado — em sociedades que já enriqueceram e já alcançaram altos níveis de produtividade. Não dá para redistribuir aquilo que não foi criado. Adotar um modelo sueco em um país sudanês não daria muito certo...]
Em 2007, o professor Mark J. Perry, da George Mason University demonstrou que, se a Suécia se tornasse o 51º estado americano, ela seria o estado mais pobre em termos de desemprego e renda familiar média. Sim, seria mais pobre até mesmo do que o Mississipi. Com efeito, o atual estado assistencialista da Suécia suprime a renda das famílias de modo tão efetivo, que um estudo de 2012 descobriu que os americanos que moram na Suécia vivenciam praticamente a mesma taxa de desemprego dos suecos, mas ganham, em média, 53% mais em termos anuais.
Nos anos recentes, o país começou, ainda que de maneira lenta, a privatizar fatias de seus setores socializados, como saúde, previdência e educação. Ano passado, a revista Reason mostrou que o uso de planos de saúde privados estão explodindo em um país em que pacientes de câncer podem ter de esperar mais de um ano para receber tratamento no sistema de saúde estatal. E essa tendência só faz crescer. A Suécia, adicionalmente, começou a terceirizar a educação para fornecedores privados e, com isso, vivenciou não apenas uma redução dos custos mas também um aumento na satisfação dos pais e no aprendizado dos alunos.
Social-democratas aprenderam as lições erradas do modelo nórdico
Políticos que prometem copiar o modelo sueco são tão entusiasmados com o regime, que praticamente não prometem apenas iates para os mendigos. O grande problema dessa gente é que eles realmente não entendem de economia. Como Ludwig von Mises já havia demonstrado, o socialismo não é uma teoria econômica; o socialismo é uma teoria sobre redistribuição.
Somente um sistema de livre mercado e de livres transações comerciais pode coordenar empreendedores e seus recursos de maneira a criar bens e serviços que de fato satisfaçam os desejos e as necessidades dos consumidores. Socialistas não participam desse processo de criação de riqueza; eles simplesmente aparecem quando tudo já foi efetuado e exigem os créditos pela proeza. A Suécia vem praticando essa forma de socialismo parasítico sobre sua riqueza acumulada e, com isso, vem significativamente afetando a produtividade de seus cidadãos.
As políticas do "socialismo nórdico" vêm restringindo o crescimento sueco por décadas. A ideia de que é possível implantar um socialismo nórdico em qualquer país sem destruir a mobilidade da mão-de-obra, sem tributar o capital até sua aniquilação, e sem paralisar completamente a inovação é uma ilusão total.
A Suécia está lentamente retornando às suas produtivas raízes capitalistas. Seus pretensos imitadores deveriam querer imitar isso também.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2210
Comentários
A Suécia está em uma fase próspera. Pelo menos em relação a outros países, a Suécia tem se saído muito bem durante a crise financeira. Algumas pessoas, como Paul Krugman, parecem crer que isso se deve aos amplos pacotes de socorro e de estatizações de empresas privadas que ocorreram no início da década de 1990, medidas essas que supostamente "salvaram" a Suécia do desastre imposto pelo mercado. Embora seja verdade que um banco tenha sido estatizado e que bilhões de dólares tenham sido injetados no mercado para manter a coroa sueca artificialmente sobrevalorizada em 1992, essa medida fracassou por completo, e a um alto custo para os suecos pagadores de impostos.
Após um curto período de caos total, quando o banco central sueco elevou as taxas de juros para 500% (sim, quinhentos por cento), a moeda entrou em colapso. É óbvio, uma vez que sua valorização superficial em relação ao dólar não tinha como ser "defendida" contra a valorização muito mais correta exigida pelo mercado, não obstante as várias tentativas sérias feitas pelo governo sueco para tentar manter essa sobrevalorização. A conseqüência foi um pânico político, logo seguido pela finalmente compreendida necessidade de se colocar as finanças públicas em ordem.
Desde aquela época, como explico em maiores detalhes no livro Back on the Road to Serfdom (editado por Tom Woods), o governo sueco — independente de qual partido estava no poder — vem consistentemente mantendo o orçamento equilibrado. O resultado foi uma queda expressiva na dívida nacional. Com efeito, desde 1992 a dívida nacional caiu de 80% do PIB para menos de 40%, de acordo com um recente relatório do Gabinete da Dívida Nacional Sueca. E isso incluindo as medidas antirrecessão adotadas em 2009.
Tais medidas de austeridade dificilmente seriam aprovadas por Krugman e demais keynesianos, mesmo quando eles defendem que os EUA deveriam imitar o caminho exitoso adotado pelos suecos. Ao contrário: eles obstinadamente se recusam a ver as medidas evidentemente malsucedidas implantadas pelo governo sueco antes de o país ser finalmente forçado a adotar medidas mais sensatas, que o levaram para o caminho da recuperação.
Entretanto, Krugman não está sozinho. A crença no grande mito de que a Suécia é algum tipo de experimento socialista exitoso ainda é amplamente difundida. Os próprios suecos em geral creem nesse mito, assim como o fazem várias pessoas em todo o mundo. Frequentemente sou abordado por alguém que vem me dizer o quão extraordinário é o meu país, fazendo ilações sobre como deve ser bom ter tudo "gratuito". E eu sempre fico imaginando sobre o que essas pessoas estão falando e, principalmente, o que as fez crer que essas ideias malucas que elas têm são verdadeiras. Krugman, por exemplo, deveria ser mais bem informado, mas não é.
Porém, talvez o desempenho da Suécia nessa crise recente seja exatamente o tipo de "mito dos sonhos" que os keynesianos sempre estiveram procurando. Afinal, a criação de riqueza sueca durante o século XX se parece muito com uma criação keynesiana: um crescimento artificial continuamente alimentado, e que foi automaticamente estimulado e socorrido várias vezes por circunstâncias que, por acaso, terminaram dando incrivelmente certo para um país localizado no extremo norte do globo.
Após um período de "extremo" livre comércio na segunda metade do século XIX, o estado assistencialista foi criado pouco antes de meados do século XX e, em seguida, enormemente expandido. Não ter participado de nenhuma das guerras mundiais certamente ajudou o país, de modo que sustentar o estado assistencialista foi algo fácil na década de 1960 — afinal, havia uma abundância de riqueza pronta para ser expropriada e "investida" em grandes experimentos de engenharia social.
A saga, entretanto, acabou na década de 1970 — porém, ao que parece, o mito resiste. A crise internacional do petróleo forçou o governo sueco a adotar o keynesianismo puro, e a moeda, como consequência, foi amplamente e frequentemente desvalorizada, por mais de uma década. Os "felizes anos 80" não ofereceram solução alguma para o estado que então já se encontrava falido; foi a bolha imobiliária da época, estimulada justamente pelo crédito fácil, que manteve a aparência de prosperidade.
Foi só no início da década de 1990 que a situação financeira do governo implodiu-se por completo, quando os mercados internacionais finalmente deixaram de ficar embriagados com essa bolha imobiliária e reduziram a entrada de divisas no país. Foi nesse momento que o governo foi forçado, em termos econômicos, a cortar seus gastos e a impor limites nos benefícios oferecidos por meio de uma multiplicidade de sistemas assistencialistas.
Porém, há uma outra verdade sobre a economia sueca, uma verdade que apenas recentemente foi exposta. Agora existem provas de que a Suécia, mesmo em termos das estatísticas do próprio governo, não é tudo o que se imagina; e que, na realidade, não vivenciou nenhum crescimento econômico real (ao menos em termos de empregos reais, os quais deveriam ser de óbvio interesse para os keynesianos) ao longo de mais de 50 anos.
Em um artigo (infelizmente disponível apenas em sueco) publicado em 2009 no periódico Ekonomisk Debatt, da Associação de Economia Sueca, os economistas Bjuggren e Johansson, do Ratio Institute, mostram a triste verdade. Baseando-se em dados públicos divulgados pela agência governamental Estatísticas Suecas ("SCB" em sueco, um acrônimo para Bureau Central de Estatísticas) e utilizando um novo sistema de classificação para designar o tipo de propriedade das empresas, eles descobriram que não houve absolutamente nenhum emprego criado no setor privado de 1950 a 2005.
Sim, você leu corretamente: não houve nenhum aumento líquido no número de empregos no setor privado na Suécia durante um período de 55 anos. Em outras palavras, em um período que começou cinco anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, a economia sueca ficou completamente estagnada.
Os crentes no mito sueco podem querer atacar o sistema de classificação utilizado por Bjuggren e Johansson, porém ele é baseado em um padrão internacional que simplesmente fornece uma visão mais acurada dos setores público e privado, identificando quem é o proprietário real de uma empresa — ao invés de olhar apenas qual o tipo de administração ou qual é a declaração oficial.
Em outras palavras, as classificações utilizadas por esses economistas mostram os efeitos da intromissão do governo nas empresas, identificando quais empresas são de propriedade do governo — e, portanto, consideradas como empresas geridas pelo governo, parte do setor público. Os dados também levam em conta as pessoas autônomas e as empresas de propriedade estrangeira, ambas as quais estão na categoria de "setor privado" (não importa se a empresa estrangeira seja de algum governo estrangeiro).
Enquanto o setor privado teve zero de criação líquida de empregos, o setor público passou por um monstruoso crescimento durante esse período (veja o gráfico fornecido por esse artigo: a linha azul representa os empregos no setor privado; a marrom, no setor público; a vermelha, a população). E a população cresceu bastante, o que explica tanto as altas taxas de desemprego como o fato de grande parte das pessoas adultas terem voltado para as universidades públicas com o objetivo de "aprofundar sua educação".
Isso, por sua vez, explica por que o governo sueco não foi capaz de estimular continuamente o estado assistencialista desde a década de 1970 até o início da década de 1990. Como não houve guerras internacionais nesse período — algo que estimula, ao menos temporariamente, as exportações de um país que não foi afetado —, o setor exportador encolheu; e como não houve um genuíno crescimento global no qual pegar carona, o blefe não se sustentou e a realidade logo se impôs.
O relativo sucesso da Suécia durante a recente crise financeira não tem nada a ver com estímulos governamentais, aumentos nos benefícios assistencialistas ou estatizações do setor privado. Trata-se do resultado direto de um resoluto e politicamente doloroso programa implementado durante um período de mais de 15 anos, com o objetivo de limpar a bagunça de quase 50 anos de políticas keynesianas que chegaram perto de quebrar uma nação de mil anos de idade.
Krugman pode estar certo ao dizer que os EUA podem aprender com o exemplo sueco — mas isso vale somente para o período após a crise de 1992.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=872
Onde houver fé, levarei a dúvida!
- Quer dizer que o Cláudio escreveu lixo baseado em seu fanatismo cego de novo? - Qual a novidade? kkkkkk
Abraços,
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=632
Embora os países escandinavos apresentem uma quantidade extremamente alta daquilo que Rothbard classificou como intervenção binária - isto é, tributação -, seu ponto forte é sua quantidade relativamente mais baixa de intervenção triangular - isto é, regulamentação. Isso coloca os países escandinavos no mesmo nível de competitividade de outros países desenvolvidos, e ajuda a explicar por que eles são capazes de apresentar um padrão de vida equivalente ou até mesmo maior. O juízo falso de que os outros países ocidentais são muito mais voltados para o livre mercado do que a Escandinávia é algo desastroso, pois alimenta a ideia de que uma maior expansão governamental nesses países traria felicidade e euforia para todos, quando na realidade isso só pioraria as coisas.
Entretanto, a principal conclusão de tudo isso é que, no mundo todo, a liberdade está tão ausente, que mesmo os enormes estados assistencialistas da Escandinávia podem ser considerados como estando entre os países "mais livres" do mundo.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
A Suécia é um país que sempre se organizou da forma mais avançada para sua época. Se hoje ela é uma social-democracia é porque este modelo é que o existe de mais avançado hoje. O texto diz que antes de 1950 a Suécia era mais liberal. Ora, antes de 1960 não existia a social-democracia no mundo. Ela só veio surgir após a Segunda Grande Guerra. Até então o mundo era voltado praticamente para a agricultura e normalmente cada família tinha seu pedaço de terra para trabalhar. O grande trunfo dos suecos sempre foi ser um povo explorador. Isto desde a era dos Vikings na Idade Média. Eles nunca seguiram estes receituários neoliberais. Simplesmente sempre fizeram o que era mais avançado em cada época.
A Suécia pode ter caído no ranking dos países mais ricos, mas continua sendo um dos maiores IDH do planeta. Recentemente, fechou vários presídios por falta de detentos. O que mostra a importância dos investimentos sociais. Do que adianta ser rico como uma França, mas ter ataques terroristas praticados por moradores de suas periferias?
O texto é simplista. Não olha os muitos outros fatores que tornaram a Suécia um país rico. Nem contextualiza a dinâmica época. É verdade que as liberdades comerciais são importantes, mas é também verdade que é importante a existência de um Estado para coordenar tudo. Cada indivíduo deve buscar o seu bem próprio, mas também deve buscar o bem coletivo. O Estado sueco sempre buscou este equilíbrio.
Para a sorte da Suécia, eles nunca seguiram estes gurus neoliberais. Sabemos da tragédia que estas ideias representaram para a América Latina durante a década de 90. Sabemos também que toda vez que o mercado foi totalmente desregulamentado, como esses ideólogos querem, tragédias indescritíveis se abateram onde isto foi feito.
Eu nunca vi você escrever aqui dissertações como as que eu escrevo. Você só sabe ficar zoando. Chamar os outros de fanático é fácil. Quero ver você conseguir expor ideias em mais de um parágrafo. Quero ver você conseguir questionar os interesses imperalistas.
Então você deve ter lido apenas o título.
O texto argumenta de forma robusta que o sucesso da Suecia se deve ao LIVRE MERCADO e não a social democracia. Fato.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
- Bem, se voltar lá no início quando você voltou ao fórum verá que tentei um debate de nível mais alto contigo, acho que todos tentaram, mas desisti, como os demais, quando percebi que você é um fanático impenetrável, daquele tipo mais incurável, que repete palavras de ordem, que vive em outra realidade, que idolatra pessoas, que relativiza qualquer coisa, inclusive a moralidade mais básica, que se dispõe até à violência.
- Infelizmente, você não é sensível a argumentos, nem mesmo à lógica simples, você se tornou o que combateu quando inaugurou este espaço, embora seja incapaz de perceber.
- Virou um fanático religioso esquerdista tão caricato, tão hermeticamente fechado a qualquer argumentação, que só restou rir de você, não é que eu só sei zoar, é que só restou zoar.
- Olha só o que você escreve, quer dizer que só considerará o que eu postar se eu escrever o que você gosta de ler?!?!? – “Interesses imperialistas” é apenas um mantra de sua religião, tipo “Fora Temer!”, depois não quer que eu zoe, kkkkkkkk.
Abraços,
Quando a gente questiona os interesses do imprerador cubano, você dá piti!!!!!!
Onde houver fé, levarei a dúvida!
- Depois não quer ser zoado, kkkkkk
Abraços,
Discordo. O sucesso da Suécia deve-se a vários fatores. É claro que a liberdade comercial e o investimento no comércio exterior foram importantes numa época em que o capitalismo ainda estava se firmando. Entretanto, este não foi o único fator.
Um dos fatores foi a mentalidade do povo de lá. Eles possuíam e ainda possuem uma consciência social muito forte. São muito nacionalistas. Valorizam suas tradições, sua cultura, sua etnia etc. Tudo isto são fatores importantes para o desenvolvimento nacional que depende das iniciativas de cada um. É necessário que o indivíduo busque o seu sucesso , mas também é importante que ele busque o sucesso da sua coletividade. Porque se cada um só pensa em si, todos se anulam entre si. Mas se o bem social é uma preocupação de todos, então todos saem ganhando. Isto foi um fator determinante para o sucesso sueco. Tem outras mais. Não dá para isolar uma só variável.
Esta mentalidade mais colaborativa deles fez eles criarem um sistema político onde os políticos são cidadãos humildes como qualquer outro. Sem nenhum tipo de privilégio. Estando sujeito a todo o tipo de prestação de contas e não possuem nenhum poder sobre o patrimônio público. O que impede bastante a corrupção entre eles. Portanto, é uma sociedade menos hierarquizada e menos autoritária do que a brasileira.
Cláudio, vc realmente vive dando... Vou utilizar uma expressão popular... "Tiro no pé !!!"
Uma hora fala que precisamos criar uma sociedade baseada em liberdade sem governança... Então... Vários foristas questionaram vc sobre a inoperância de um modelo social sem um centro de governança aos processos coletivos...
Seus discursos e oratória não são mais confusos... Pois o que nos "assusta" (dado a pessoa humana que vc é) são suas intermináveis contradições ... Pelo simples fato de que vc fala conforme o tópico... rsrsrs
Se o tópico fala sobre socialismo... Vc defende uma pseudo-submissão do povo( segundo seus vários discursos) ...
Se o assunto do tópico aborda o tal imperialismo... Vc passa a combater veementemente o modelo e aponta a tese dos: Pássaros Coletores (linguagem figurada).
hahahahaha
Nobre, vc ainda não entendeu que o socialismo é um meio - Ele busca o equilíbrio...
Ele nunca será a força... Ele não suprime, ele concentra os meios em si... Mas, para que possa haver a expansão é necessário o capitalismo e o livre mercado... Um não sub-existe sem o outro... rs
Capitalismo = Força > Sociedade < Socialismo = Equilíbrio
Um expande o outro equilibra as desigualdades, compensando a "expansão desordenada" dos modelos neoliberias (como vc gosta de apontar)...
Mas, os modelos de Cuba e outros iguais... Nunca foram nem serão SOCIALISMO... Eles sim, são formas de feudo, de imperialismo, de atraso...
A maioria fala sobre socialismo-democrata sem entendê-lo...
Abraços fraternos a ti e a todos
Silvana
Cuba, atraso??? Dê uma olhada no vídeo que segue abaixo. Ele foi feito hoje (03/08/2016) ai na Baixada Fluminense, bem perto de onde você mora. Mostra os policiais abrindo a bala o caminho para a passagem da tocha no meio do povo. São os tempos temerosos em que o Brasil vive. Cenas como estas jamais aconteceram em Cuba. Dai você diz que Cuba é atraso.
Eu defendo uma utopia: o comunismo. Só que para provar que esta utopia é possível, eu defendo sistemas que fazem parte da realidade e que de certa forma convergem para que no futuro o comunismo seja possível. Procuro destacar nestes sistemas o que existe para se contrapor ao pensamento único neoliberal.
Se o apego a uma ideologia faz passar por cima das ações de ditadores, que inclui genocídio e escravidão, é porque já não há qualquer espaço para debates racionais, infelizmente o fórum se reduziu ao Claudio fazendo a mais ralé panfletagem socialista e os outros tirando sarro da cara dele.
Deu uma saudade de um passado não tão distante assim...
Se você tem sucesso, certamente existem várias pessoas que automaticamente estão sendo ajudadas por você. Se você monta uma empresa de sucesso, irá contratar pessoas, gerar empregos.
É automático.
Não precisa dar parte do que você construiu para o Estado.
Por isso, e somente isso, o capitalismo e a liberdade foram os responsáveis pelo acumulo de capital nas décadas anteriores, e que agora estão sendo torrados com politicas sociais.
O texto mostra isso. Você não leu. A Suécia era uma merda.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
O vídeo que você postou prova que, no Brasil, ainda temos liberdade para protestar abertamente contra o governo.
O fórum é ele fazendo panfletagem na aparentemente infantil esperança de que alguém vá levar a sério e/ou não conferir as "fontes" dele; e todos outros tirando sarro.
Que coisa...
De acordo com organizações internacionais de Direitos Humanos, há em Cuba 93 presos políticos. Entretanto o governo de lá discorda deste número e diz que não há presos políticos lá.
Dessas 93 pessoas listadas:
- 10 viajavam constantemente para os EUA e estavam atuando como espiões;
- 7 estão condenadas por delitos comuns, tais como furto, vendas ilegais e se recusar a pagar multas;
- 5 foram condenados por espionagem e revelação de segredos de Estado;
- 61 estão presos por atos de violência como assassinato e tentativa de assassinato;
- 9 estão presos por desacato.
É claro que todas estas 93 pessoas entraram em contato com estas organizações para tentar se safar de suas penas, dizendo-se prisioneiros políticos, mas eles não são. Cometeram delitos que em qualquer país daria cadeia.
Cuba não possui presos políticos. Cuba também, desde 1959. nunca colocou sua polícia, ou seus militares, para atacar cidadãos cubanos. Conforme fez a polícia brasileira ontem em Duque de Caxias durante a passagem da tocha olímpica.
Pronto! Já defendi Cuba suficientemente por hoje. Agora minha próxima mensagem será direto de Havana. Daqui a pouco, estarei indo para o aeroporto. Hasta Luego! Hasta la victoria siempre!
Onde houver fé, levarei a dúvida!
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160322_cuba_presos_tg
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,grupo-opositor-de-cuba-denuncia-8-9-mil-prisoes-politicas-em-2014,1615709
- O Cláudio nega ser fanático, mas como chamar uma pessoa que papagaia palavras de ordem, idolatra indivíduos por mais escrotos que sejam, tem fé incondicional em ideologias, demoniza seus adversários e até se predispõe à violência?
- Se alguém conhecer alguma definição menos ofensiva, por favor me diga.
Abraços,
Como deve estar feliz espiando o mar na expectativa da Ilha aparecer no meio da névoa 37000' embaixo!