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Prémio Nobel da Medicina denuncia: “As farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não sã

Prémio Nobel da Medicina denuncia: “As farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis”
25 de Agosto de 2013 15 32738
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O Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes Farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à Saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.

Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas Farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas Farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da Saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.

A investigação pode ser planeada?

Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pela Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.

Parece uma boa política.

Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada …

E não é assim?

Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.

Como nasceu?

A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.

Uma aventura.

Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.

Foi cientificamente produtivo?

Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.

O que descobriu?

Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de intrões no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing (manipulação genética).

Para que serviu?

Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.

Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?

É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espectacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de Saúde… Eu tenho as minhas reservas.

Entendo.

A investigação sobre a Saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.

Explique.

A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais …

Como qualquer outra indústria.

É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa Saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.

Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.

Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.

Por exemplo…

Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença …

E por que pararam de investigar?

Porque as empresas Farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.

É uma acusação grave.

Mas é habitual que as Farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.

Há dividendos que matam.

É por isso que lhe dizia que a Saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.

Um exemplo de tais abusos?

Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.

Não fala sobre o Terceiro Mundo?

Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.

Os políticos não intervêm?

Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.

Há de tudo.

Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais Farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…

18 de Junho, 2011

http://paradigmatrix.net/saude/farmaceuticas/premio-nobel-da-medicina-denuncia-as-farmaceuticas-bloqueiam-medicamentos-que-curam-porque-nao-sao-rentaveis/
A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif

Comentários

  • 11 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Teoria da conspiração.

    Qual doença que era curável em poucos dias e agora ficou cronica?

    Do resto, seria estranho uma empresa buscar o prejuízo e não o lucro. Estatais fazem isso, sabemos, mas na iniciativa privada seria novidade.



    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • SilvanaSilvana Membro
    edited agosto 14 Vote Up0Vote Down
    Saudações emmcri


    A investigação pode ser planejada?

    Richard J. Roberts disse: Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pela Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.


    Grandes alquimistas... Grandes pelejas... :)


    Mas, sobre Políticas Públicas para recursos antroposóficos (Ita Wegman- Rudolf Steiner).

    O SUS já aposta nessa linha de recursos naturais...

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fitoterapia_no_sus.pdf


    Porém, nem tudo pode ser tratado de forma a negligenciar agentes agressores em indivíduos com pré-disposição genética e, que não tenham boa aderência ao tratamento... Por exemplo, como no caso de bactérias nos processos infecciosos...

    Uma Tuberculose por exemplo... Em que o indivíduo abandona e recomeça o tratamento sucessivas vezes... Seja por quais motivos forem, vícios como o uso do álcool, depressão, por motivos diversos, pobreza e desinformação... Claro que, só poderia dar no que está ocorrendo... A Tuberculose já apresenta resistência ao tratamento convencional.

    Já para as anemias do tipo hemolíticas com traços genéticos envolvidos, como no caso das DF e Talassemias, onde mutações estão envolvidas... Dizem alguns especialistas que no caso das DF's (anemia falciforme) essa mutação ocorre no 6o. Códon do Cromossomo 11, ocorreu por causa de sucessivos contágios da malária em populações de países do continente africano, num processo de milhares de anos...

    Essas mutações hj já tem uma heterogeneidade à nível mundial, trazendo prejuízos à saúde pública e aos indivíduos que a herdam...

    Nesses casos entraria a Farmacogenômica, farmacogenética...

    Parece uma boa política.

    Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada …

    A pesquisa básica investiga possibilidades mais intrínsecas ao problema, demora muito...

    Já aplicada desenvolve sobre os resultados (embora demore tb um tempo convencional dado as exigências às pesquisas clínicas)... Mesmo assim, ainda é o princípio mais simplificado de se buscar a síntese de medicamentos para o combate de determinadas patologias...

    Um exemplo simplificado: Alopatia = O princípio segue através do combate do contrário à doença. Os opostos... Diferente do princípio dos semelhantes...

    Mas, sabemos que nem sempre isso é o suficiente... Como no caso da DF... Por ser um processo genético, o que se tratam são os agravamentos fisiopatológicos decorrentes do processo da Hemólise e das consequências dessa degradação no organismo...

    Alguns resultados para terapias com transplantes de medula óssea, estão sendo realizadas no sentido de tentar uma possível cura... Ou melhoria na qualidade de vida desses pacientes.

    Ou seja, tratar (corrigir) o mecanismo dessa patologia não é tão simples de se reverter...


    Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais Farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…

    Porém... Respeito a opinião do médico... Afinal, ele é um Nobel...

    Qual interesse teria em se prejudicar lançando essa polêmica ?





    abraços fratternos a todos
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • HuxleyHuxley Membro
    edited agosto 13 Vote Up0Vote Down
    Se fosse verdade que as farmacêuticas "detém o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade", então teríamos um desabastecimento, nas farmácias, dos remédios que já usei para me curar da amebíase e da pneumonia. Só seria possível a rentabilidade ser inviável na estrutura de mercado através da busca pela cura se uma ou mais empresas competidoras da empresa buscadora de remédios cronificadores nunca pudesse roubar a participação de mercado através do maior número vendas únicas superar o efeito do uso repetido nas vendas.

    Ademais, grande parte da causa de ser difícil achar medicamento "que cura tudo" se deve aos efeitos da iatrogenia. É claro que é difícil encontrar remédio que não tenha efeitos colaterais negativos. Se medicamento geralmente fosse uma solução do tipo "almoço grátis", a evolução biológica provavelmente a teria encontrado através da seleção natural.
    Post edited by Huxley on
  • SilvanaSilvana Membro
    edited agosto 14 Vote Up0Vote Down
    Saudações Huxley

    Huxley disse: Só seria possível a rentabilidade ser inviável na estrutura de mercado através da busca pela cura se uma ou mais empresas competidoras da empresa buscadora de remédios cronificadores nunca pudesse roubar a participação de mercado através do maior número vendas únicas superar o efeito do uso repetido nas vendas.

    Huxley, existem no mercado de pesquisa a guarda de patentes quando descobertas novas moléculas viáveis... O que isso significa... Que antes de se pesquisarem moléculas com potencial de eficácia, a mesma passa por modelos computacionais primeiramente...

    Depois seguem para outras etapas de pesquisa clínica... E quando isso ocorre a indústria farmacêutica que, já fez todo um processo de certificação junto aos órgãos sanitários...

    Adquire a patente podendo explorar o uso do medicamento por um período de dez anos... Até que novos "genéricos" ou similares sejam lançados como indicam a condição para livre concorrência... Ou seja, é um mecanismo dos governos para equilibrarem (incentivar) o investimento da indústria farmacêutica e o interesse da economia e ao acesso das populações mais pobres de terem direito e acesso a esses medicamentos ...

    Pois o investimento nesses casos podem chegar a casa dos milhões... Mas, ao delimitarem o uso exclusivo do período das patentes... Não existem competições e a industria que pesquisou a nova molécula e tornou a mesma em um medicamento, poderá ter seu retorno de investimento ... Não impedindo porém que nesse tempo não ocorra a espionagem industrial...rs

    Mas, uma hora o mercado vai explorar a competitividade desse novo medicamento, pois os prazos de uso de exclusividade irão acabar... Daí os preços baixam e deixam de ser de uso exclusivo de uma ou outra indústria... Pois se o mesmo for de relevante importância à saúde pública, o próprio governo vai tentar empreender mecanismos para que outras fabricantes produzam o mesmo produto com valores mais acessíveis..

    Eis aí a questão... O Doutor não está falando sobre medicamentos já "descobertos" e no mercado ...

    Ele está falando de sabotagem... Ele insinuou que alguma farmacêutica (que ele supostamente deve ter conhecimento) - Vamos supor que ele não esteja delirando, ok ?!

    Então... Essa indústria detém já moléculas viáveis em seu arsenal de pesquisa, mas faria uma alteração na estrutura molecular da mesma, para assim torná-la cronificante...

    Pois... Se a mesma curar... Não haveria como vc muito bem citou:

    - "Número vendas únicas superar o efeito do uso repetido nas vendas"

    Essa tal molécula (transformada em medicamento) que supostamente poderia vir a curar, seria então de domínio público... rs

    Como ocorreu com doenças que, se tratam pelo princípio das vacinas, só para facilitar o entendimento de quem está lendo... ;)

    Ou seja, não seria mais um medicamento terapêutico, mas sim profilático.

    E assim sendo... De domínio público dos governos e das organizações de saúde.

    Mas, claro, estamos falando de conjecturas... ;)



    abraços fraternos a ti
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • HuxleyHuxley Membro
    edited agosto 14 Vote Up0Vote Down
    Silvana disse: Saudações Huxley

    Huxley disse: Só seria possível a rentabilidade ser inviável na estrutura de mercado através da busca pela cura se uma ou mais empresas competidoras da empresa buscadora de remédios cronificadores nunca pudesse roubar a participação de mercado através do maior número vendas únicas superar o efeito do uso repetido nas vendas.

    Huxley, existem no mercado de pesquisa a guarda de patentes quando descobertas novas moléculas viáveis... O que isso significa... Que antes de se pesquisarem moléculas com potencial de eficácia, a mesma passa por modelos computacionais primeiramente...

    Depois seguem para outras etapas de pesquisa clínica... E quando isso ocorre a indústria farmacêutica que, já fez todo um processo de certificação junto aos órgãos sanitários...

    Adquire a patente podendo explorar o uso do medicamento por um período de dez anos... Até que novos "genéricos" ou similares sejam lançados como indicam a condição para livre concorrência... Ou seja, é um mecanismo dos governos para equilibrarem (incentivar) o investimento da indústria farmacêutica e o interesse da economia e ao acesso das populações mais pobres de terem direito e acesso a esses medicamentos ...

    Pois o investimento nesses casos podem chegar a casa dos milhões... Mas, ao delimitarem o uso exclusivo do período das patentes... Não existem competições e a industria que pesquisou a nova molécula e tornou a mesma em um medicamento, poderá ter seu retorno de investimento ... Não impedindo porém que nesse tempo não ocorra a espionagem industrial...rs

    Mas, uma hora o mercado vai explorar a competitividade desse novo medicamento, pois os prazos de uso de exclusividade irão acabar... Daí os preços baixam e deixam de ser de uso exclusivo de uma ou outra indústria... Pois se o mesmo for de relevante importância à saúde pública, o próprio governo vai tentar empreender mecanismos para que outras fabricantes produzam o mesmo produto com valores mais acessíveis..

    Eis aí a questão... O Doutor não está falando sobre medicamentos já "descobertos" e no mercado ...

    Ele está falando de sabotagem... Ele insinuou que alguma farmacêutica (que ele supostamente deve ter conhecimento) - Vamos supor que ele não esteja delirando, ok ?!

    Então... Essa indústria detém já moléculas viáveis em seu arsenal de pesquisa, mas faria uma alteração na estrutura molecular da mesma, para assim torná-la cronificante...

    Pois... Se a mesma curar... Não haveria como vc muito bem citou:

    - "Número vendas únicas superar o efeito do uso repetido nas vendas"

    Essa tal molécula (transformada em medicamento) que supostamente poderia vir a curar, seria então de domínio público... rs

    Como ocorreu com doenças que, se tratam pelo princípio das vacinas, só para facilitar o entendimento de quem está lendo... ;)

    Ou seja, não seria mais um medicamento terapêutico, mas sim profilático.

    E assim sendo... De domínio público dos governos e das organizações de saúde.

    Mas, claro, estamos falando de conjecturas... ;)



    abraços fraternos a ti
    Silvana

    Ou seja, o doutor Nobel supôs que a busca privada do lucro era O fator chave do problema, mas talvez ela seja o instrumento mais indicado para resolver o problema. Pois o empecilho que você citou poderia ser drasticamente minimizado se não houvesse a intervenção inconveniente de um governo garantindo monopólio sobre propriedade intelectual. Bota novas moléculas viáveis recém-descobertas na mão de várias concorrentes para ver o que acontece. Eu tenho forte ceticismo dessa ideia que direito de propriedade intelectual é indispensável para o sucesso das firmas. As razões estão descritas nesse artigo aqui: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=17

    Resumindo, grande parte do problema pode ser resolvido com subtração do que é frágil, em vez de adição de regulamentação e/ou intervenção governamental. Acho que fazemos muito melhor criando sistemas à prova de ganância do que tentando mudar o comportamento de ganância de lucro das pessoas. Por outro lado, eu queria saber o que a estratégia puramente "anti-ganância de lucro" já fez pela saúde da humanidade. Qual ou quantas Pfizer a União Soviética já criou?
    Post edited by Huxley on
  • SilvanaSilvana Membro
    edited agosto 16 Vote Up0Vote Down
    Saudações Huxley

    Huxley disse: Ou seja, o doutor Nobel supôs que a busca privada do lucro era O fator chave do problema, mas talvez ela seja o instrumento mais indicado para resolver o problema.

    Sim... Ele sabe bem sobre o que está falando...
    Creio que o Doutor em Bioquímica Molecular e participante do projeto Genoma Humano, seja tão inocente e despreparado... A ponto de não saber como seria possível algum "conserto" de um ou outro erro de alguma síntese proteica... E se estamos falando em ADN...

    Mais ou menos podemos imaginar que tipo de anomalias ele está falando.

    Estive olhando uns trabalhos dele na área... :)

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Roberts

    Huxley disse: Pois o empecilho que você citou poderia ser drasticamente minimizado se não houvesse a intervenção inconveniente de um governo garantindo monopólio sobre propriedade intelectual.

    Huxley, as coisas na área da pesquisa em fármacos não funcionam de forma simples, como funciona no mercado informal... Infelizmente.

    Não estamos falando de simples descobertas... De coisas simples da engenharia eletrônica ou de tecnologias em máquinas... E me perdoem os engenheiros eletrônicos e demais cientistas responsáveis pelos avanços do mundo moderno... Não me refiro a questão de nós os cientistas da área médica sermos melhores que nenhuma área científica, somente me refiro à:

    Na tecnologia farmacêutica, se houverem erros, perdem-se milhares de vidas...

    Uma pesquisa na área de tecnologia em Fármacos requer uma série de etapas... São muito dispendiosas essas pesquisas...

    Para dar um exemplo... A AIDS (SIDA)... Esforços mundiais foram feitos até o momento desde quando foi descoberto na década de 80, e o medicamento que temos atualmente é um modelo do combate à síntese de replicação do Vírus... Pois como sabemos... Não existe cura para tratamentos com vírus, tratamos somente os sintomas.

    Para exemplificar sobre o que estou falando...

    Vamos falar sobre >>> engenharia reversa <<< No caso do HIV esse é um vírus que se multiplicam de forma a atacar os linfócitos T CD4... O Vírus se multiplica usando uma de nossas células de defesa as chamadas Serial Killers... :(

    Observe os modelos (princípios de engenharia farmacêutica) utilizados para o tratamento da HIV.

    Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza.

    Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus.

    Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV.

    Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir.

    Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células.



    Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados... Chamamos de coqueteis... O tratamento é bem complexo...


    Esta explanação foi somente para exemplificar que certas doenças usam vias de contágio em nosso organismo que variam de indivíduo para indivíduo, muitas vezes estão envolvidos variações genéticas (etnias), Pré-disposições sócio-ambientais, etc, etc...

    Huxley disse: Bota novas moléculas viáveis recém-descobertas na mão de várias concorrentes para ver o que acontece.

    Huxley, não existe a menor possibilidade de isso ocorrer entre as industrias farmacêuticas... rs

    Se fosse assim... Recentemente o Barack Obama esteve reunido com os melhores engenheiros geneticistas da área de tecnologia farmacêutica americana... Para tentar solucionar o problema do ZIKA Vírus... Que como todos sabemos... É um Vírus... Então, não tem cura.

    Pelo menos até o momento...

    Eu tenho forte ceticismo dessa ideia que direito de propriedade intelectual é indispensável para o sucesso das firmas. As razões estão descritas nesse artigo aqui: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=17


    Huxley... Não se trata de direito intelectual... Trata-se de que se não houverem incentivos para a industria farmacêutica, não existe a menor possibilidade de novas descobertas...

    Simples assim... rs



    Abraços fraternos a ti
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • SilvanaSilvana Membro
    edited agosto 16 Vote Up0Vote Down
    Saudações a todos


    O Cláudio vai adorar esse vídeo... rs







    O Problema é que vai precisar voltar para a nosso País para poder assistir... A Internet em Cuba é muito cara...rs


    É mais ou menos como venho dizendo pessoal... O Socialismo-democrático pode ser viável ao caminho do meio num sistema capitalista... Na verdade ele é definido como o poder de escolha numa sociedade democrática, nesse vídeo, foi dito por um cidadão Britânico.

    Já assisti a alguns filmes em que o único recurso que americanos tem, é sair para Países vizinhos e procurar auxílio para doenças graves e degenerativas de complexo tratamento...

    Amor e outras drogas é um exemplo desse modelo fronteiriço de auxílio a tratamentos de alta complexidade no sistema americano...


    Esse documentário faz a gente pensar...



    Abraços fraternos a todos
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • HuxleyHuxley Membro
    edited agosto 17 Vote Up0Vote Down
    Silvana disse: Eu tenho forte ceticismo dessa ideia que direito de propriedade intelectual é indispensável para o sucesso das firmas. As razões estão descritas nesse artigo aqui: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=17


    Huxley... Não se trata de direito intelectual... Trata-se de que se não houverem incentivos para a industria farmacêutica, não existe a menor possibilidade de novas descobertas...

    Simples assim... rs

    Como não? Não são das patentes que estamos tratando? A ideia de que se houver imitadores não há incentivos suficientes parece errada. Os imitadores de Rolex, Prada e Gucci não solaparam o negócio das marcas famosas, uma prova de que pode-se sim aumentar a competição nas farmacêuticas mesmo com quebra de patentes.
    Post edited by Huxley on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Huxley disse: Como não? Não são das patentes que estamos tratando? A ideia de que se houver imitadores não há incentivos suficientes parece errada. Os imitadores de Rolex, Prada e Gucci não solaparam o negócio das marcas famosas, uma prova de que pode-se sim aumentar a competição nas farmacêuticas mesmo com quebra de patentes.
    Será que existe um fator ostentação no consumo de medicamentos?
    Alguém vai usar a opção mais cara havendo um genérico barato?

  • ENCOSTOENCOSTO Membro
    edited agosto 18 Vote Up0Vote Down
    Os maiores incentivadores para alguém formular remédios são as pessoas doentes e o seu poder de compra. Isso não falta.

    Sou contra patentes. Quem descobrir a cura para o câncer tem todo o direito do mundo de cobrar uma fortuna pelo remédio. Irá ganhar rios de dinheiro até que, em pouco tempo, seja copiado.



    Post edited by ENCOSTO on
    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • HuxleyHuxley Membro
    edited agosto 18 Vote Up0Vote Down
    Fernando,
    Fernando_Silva disse: Será que existe um fator ostentação no consumo de medicamentos?

    Grifes famosas já foram copiadas não apenas nos produtos, mas também nas marcas e nos símbolos de ostentação que representam (via falsificação), sem que tenham entrado em processo de ameaça de extinção por causa disso. A presença de ostentação nem deveria entrar nessa discussão, pois mercadorias do mercado de consumo de massa também sofrem replicação com genéricos e falsificação. Já ouviu falar da gigante chinesa do comércio on-line Alibaba? Segundo levantamentos preliminares, 80% dos produtos comercializados pelo Taobao (que é do Grupo Alibaba) são falsificados: http://www.tecmundo.com.br/comercio-eletronico/88945-alibaba-40-mil-ladroes-empresa-chinesa-continua-vendendo-pirataria.htm Isso foi até tema de uma reportagem de Exame. Eles tentam combater a pirataria, mas parece que isso seria como enxugar gelo, segundo o que li.

    Fernando_Silva disse: Alguém vai usar a opção mais cara havendo um genérico barato?

    Como já descrevi anteriormente, isso já aconteceu bilhões de vezes no mundo, especialmente na China. Windows original frequentemente teve que competir com suas cópias piratas mais baratas. Eu mesmo já comprei remédio original depois de um farmacêutico ter oferecido um genérico. Será que fui irracional por causa disso? Veja essa reportagem e entenda que existem vantagens de eu ter agido assim: http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/genericos-nao-sao-iguais-aos-remedios-originais-diz-pesquisador/ A verdade é que excelentes empresas têm capacidade quase inimaginável de criar escassezes quase incopiáveis ou estar sempre um passo a frente de seus competidores imitadores...
    Post edited by Huxley on
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