Artistas estrangeiros se unem à campanha contra impeachment
Um grupo de artistas e intelectuais estrangeiros divulgou nesta quarta (24) uma carta de protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff, unindo-se a outras iniciativas recentes nos EUA de apoio público à presidente afastada.
A lista dos 22 signatários reúne nomes como o ator Viggo Mortensen, de "O Senhor dos Anéis", o músico Brian Eno, o cantor Harry Belafonte e o cineasta Oliver Stone.
"Nos solidarizamos com nossos colegas artistas e com todos aqueles que lutam por democracia e justiça em todo o Brasil", diz a carta, redigida em inglês e português.
O texto afirma que a base jurídica para o afastamento de Dilma "é amplamente questionável" e que há "evidências convincentes" de que a principal motivação dos promotores do impeachment foi abafar investigações de corrupção nas quais estão envolvidos.
O abaixo-assinado segue outras manifestações semelhantes de repúdio ao impeachment de Dilma nos EUA, como a carta endossada em julho por 43 membros da Câmara dos Deputados e um comunicado do senador Bernie Sanders, no início do mês.
Sanders, que perdeu a candidatura presidencial democrata para Hillary Clinton após uma disputa acirrada, disse que o impeachment parece um "golpe de Estado" e pediu que o governo dos EUA se posicione contra o processo.
Em sua mensagem, os artistas apelam aos senadores que irão votar no julgamento do impeachment que respeitem o resultado da eleição presidencial de 2014 e alertam para os riscos regionais caso ele seja aprovado.
"Se este ataque contra suas instituições democráticas for bem sucedido, as ondas de choque negativas irão reverberar em toda a região", diz a carta, que também tem as assinaturas dos atores Susan Sarandon e Danny Glover, do linguista Noam Chomsky e da escritora Eve Ensler (autora de "Monólogos da Vagina").
Os outros signatários são Tariq Ali (escritor), Alan Cumming (ator), Frances de la Tour (atriz), Deborah Eisenberg (escritora), Stephen Fry (ator), Daniel Hunt (cineasta), Naomi Klein (escritora), Ken Loach (cineasta), Tom Morello (músico), Michael Ondaatje (escritor), Arundhati Roy (escritora), John Sayles (diretor e roteirista), Wallace Shawn (ator) e Vivianne Westwood (estilista).
Ao mesmo tempo, um grupo de organizações nos EUA divulgou uma declaração no mesmo tom, na qual afirma que a democracia brasileira está "em grave risco". Entre as 44 organizações signatárias estão movimentos de classe, como a poderosa central sindical AFL-CIO, que tem mais de 12 milhões de membros, e grupos sociais diversos.
"Em maio passado, o Congresso brasileiro orquestrou um golpe legislativo, afastando a presidenta Dilma Rousseff em meio a acusações forjadas de má gestão fiscal. Deputados e senadores usaram um discurso de ódio sexista, invocando crenças religiosas e até mesmo elogiado o torturador da presidenta Rousseff (durante o período em que foi presa na ditadura anterior) em sua campanha de difamação", diz a declaração.
Acrescenta que "de acordo com os movimentos sociais brasileiros", a violência contra manifestantes aumentou depois da posse do governo interino.
"Apelamos ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e ao governo Obama, para que defendam a democracia constitucional do Brasil, que se oponham à campanha de impeachment lançada contra a presidenta Dilma Rousseff, e que se recusem a reconhecer o governo ilegítimo de Temer", conclui.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/08/1806495-artistas-estrangeiros-se-unem-a-campanha-contra-impeachment.shtml
Comentários
Se forem esquerdistas, era de se esperar.
Lembrando que, lá fora, grupos terroristas como o MST ainda são vistos como defensores dos pobres.
http://spotniks.com/4-mitos-sobre-o-governo-lula-que-voce-sempre-acreditou/
Mas o que eu pergunto, só por perguntar pois a resposta já é sabida, é se esse bando de intelectualizados e sorbonizados que assinam o documento por acaso estudaram a nossa Constituição, analisaram o andamento do processo, examinaram as causas, os motivos, o motivo real mesmo, que foi a lambança econômica feita pela madame e a crise na qual nos jogou ou se já receberam essa carta pronta, redigida pelos petistas e só assinaram embaixo?
Três opções:
1. Eles são bem intencionados, mas defendem um Brasil imaginário que só existe na cabeça deles e onde Lula e sua quadrilha são uns santos
2. Eles sabem de todas as sujeiras, mas estão cegos pelas ideologias e acham que, para "defender os pobres, os fins justificam os meios". Ou que a esquerda está acima da moral pequeno burguesa da classe média que eles tanto odeiam
3. Eles não querem perder as mordomias
Onde houver fé, levarei a dúvida!