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É selvagem nossa humanidade?
No céu, Marte e Plutão se relacionam, o mesmo fazem Vênus e Urano, e a Lua, quase cheia, será vazia das 13h46 às 23h25, horário de Brasília.
Aqui na Terra, nossa humanidade reconhece claramente sua liberdade, pois tudo é permitido nos desejos, o mesmo não acontecendo na realidade concreta. Declara-se aos quatro ventos, com pomposos ares de lógica, que se não houvesse limitações ou severas regras morais, nossa espécie se esbaldaria em excessos. Todavia, o astrólogo aqui declara, sem pompa nem circunstância, que nossa humanidade só é selvagem por causa da severidade excessiva com que é tratada. É um tormento atroz saber-se livre para desejar, mas limitada para realizar o que deseja. Assim é que, em vez de as pessoas se ajudarem mutuamente a serem felizes, e livres para desejar e realizar, pelo contrário, vigiam-se para ninguém sobressair-se ou ser alegre, dado a alegria ser sinal inconfundível de liberdade.
Oscar Quiroga
Publicado em O Estado de São Paulo de sábado, 23 de Abril de 2005
É um tormento atroz saber-se livre para desejar, mas limitada para realizar o que deseja. Assim é que, em vez de as pessoas se ajudarem mutuamente a serem felizes, e livres para desejar e realizar, pelo contrário, vigiam-se para ninguém sobressair-se ou ser alegre, dado a alegria ser sinal inconfundível de liberdade.
Desejo, ciúme, liberdade e amor
O Estado de São Paulo de domingo, 24 de Abril de 2005
No céu, Mercúrio e Júpiter estão em oposição e a Lua é cheia no signo de Escorpião.
Aqui na Terra, nossa humanidade arde interiormente por causa de seus desejos, confirmando nessa dimensão a sua absoluta liberdade, nela se pode tudo.
Todavia, o mesmo não ocorre na dimensão concreta, na qual não apenas as regras, morais e cívicas, limitam a realização dos desejos, como também, e essa é a pior parte, as pessoas se vigiam umas às outras para limitar a expressão criativa dos desejos.
Hoje em dia, por exemplo, considera-se o ciúme uma espécie de prova de amor, mas a realidade passa longe, bem longe disso, sendo seu contrário: o ciúme é o assassinato do amor, é a tentativa de limitar a expressão criativa de alguém, aprisionando essa pessoa numa ilusão de amor, e condenando-a a querer muito, mas ser castigada caso se atreva a realizar algo.O dinheiro é um deus que empobrece
O Estado de São Paulo de segunda-feira, 25 de Abril de 2005
No céu, Mercúrio e Júpiter estão em oposição e a Lua ainda é cheia no signo de Escorpião.
Aqui na Terra, o valor de nossa humanidade se mede por meio dos deuses e deusas que ela cultua, e disso é fácil entender o porquê de a cultura ter enveredado pela mediocridade, dado o deus irrefutável ao qual a imensa maioria rende culto ser o dinheiro. O dinheiro é um deus que empobrece nossa humanidade, pois quem o tem sofre a tentação de se achar em plena segurança e independência, porém, essa dita segurança é a prisão dos blindados e guarda-costas, e também, a suposta independência é absolutamente subordinada aos humores do mercado financeiro. O dinheiro não liberta nem torna ninguém independente, seu falso brilho ilude e raras são as pessoas que o têm e não enveredam pela preguiça, indolência e vício, pois o culto desse deus pede em troca o sacrifício da própria alma.A mística dos governos
O Estado de São Paulo de terça-feira, 26 de Abril de 2005
No céu, Mercúrio e Júpiter estão em oposição, e a Lua começa a minguar no signo de Sagitário.
Aqui na Terra, nossa humanidade tanto quis, e tanto fez para libertar-se das superstições que a fustigavam, que, ao desconsiderar o culto aos deuses ser parte integrante de sua natureza, acabou enveredando na mística do materialismo. Por isso, pensando ter se livrado de Deus, apenas entronou em seu lugar um ídolo, que se chama dinheiro, criando seu próprio reino aqui na Terra, pela invenção dos Estados que governam os diversos países. É admirável que nossa humanidade hipócrita se horrorize quando a religião se intromete nas leis seculares, pois qualquer Estado é influenciado por uma mística, que é o negócio, onde a religião do lucro se sobrepõe ao espírito original do Estado, que é existir em função do bem e segurança da maior quantidade possível de pessoas.A mística do dinheiro
O Estado de São Paulo de quarta-feira, 27 de Abril de 2005
No céu, Mercúrio e Júpiter estão em oposição e a Lua continua minguando no signo de Sagitário.
Aqui na Terra, a mística do dinheiro e dos negócios continua empobrecendo nossa humanidade, pois a ilusão de segurança, independência e autodeterminação que esses provocam é tão grande, que as pessoas abandonam suas vocações e abdicam seus talentos para, antes de mais nada, garantir dinheiro, e só depois de tê-lo se dedicariam a criar. Todavia, o dinheiro nunca é suficiente, se uma pessoa viaja de avião na primeira classe, com certeza ela já pensa em ter seu próprio jatinho. Nunca o dinheiro é suficiente e, por isso, nunca chega, tampouco, o tempo de as pessoas serem quem elas seriam senão tivessem abdicado suas vocações e talentos para garantir dinheiro. Para que o dinheiro não empobreça, a pessoa que o usa deve ser rica em talentos e em presença de espírito.Aqui, o dinheiro é deus
O Estado de São Paulo de quinta-feira, 28 de Abril de 2005
No céu, Vênus e Netuno estão em quadratura e a Lua míngua no signo de Capricórnio.
Aqui na Terra, nossa humanidade pensou ter se livrado dos deuses e deusas quando determinou que os Estados regentes de países democráticos deveriam ser independentes de quaisquer Igrejas, mas como o impulso místico é parte integrante da natureza humana, esse foi transferido, mascaradamente, para o ídolo "dinheiro". Nenhum governo é verdadeiramente secular, dado prestar culto cotidianamente ao deus dinheiro no templo dos negócios. Qualquer governo, cujas diversas instâncias hierárquicas se ocupem em fazer negócios, é tão ou mais perigoso quanto o infame Talebã, talvez ainda mais vil, pois mascarado com falsa dignidade. Aqui, o dinheiro é Deus e, por isso, política e negócio é uma combinação tão perversa quanto a de Estado e religião.O dinheiro não é deus
O Estado de São Paulo de sexta-feira, 29 de Abril de 2005
No céu, Vênus e Netuno estão em quadratura, e a Lua continua minguando no signo de Capricórnio.
Aqui na Terra nossa humanidade paga o preço de ter se tornado devota de um deus falso, ao qual presta culto diariamente no altar da conta bancária. O impulso místico, que é parte integrante de sua própria natureza, foi desorientado, e hoje a cultura empobrece por causa de os governos se dedicarem a fazer negócios em vez de zelar pelo bem do povo e, também, porque as pessoas, pensando fazer o certo para libertar-se, se tornam escravas ao atrelar sua independência ao dinheiro. O espírito universal, o verdadeiro deus, que também é deusa e criança, precisa ser recuperado, o tempo certo de fazê-lo é agora, e a iniciativa é tomada por todas as almas de boa vontade, que almejam realizar um mundo mais justo e feliz para a maior quantidade possível de seres humanos.
Oscar Quiroga
Título: Livro - Astrologia Real, o que seu signo quer dizer a você
Autor: Oscar Quiroga
Editora: ROCCO
Assunto: ESOTERISMO-ASTROLOGIA
Edição: 1
Número de Páginas: 274
Poder, Amor, Inteligência. Esses são os três aspectos da consciência que Oscar Quiroga destaca em Astrologia real ? o que seu signo quer dizer a você: um novo ponto de vista para a compreensão da humanidade e de sua interação com o cosmos. A arte de interpretar os astros, segundo ele, é a harmonização das atividades e preocupações terrestres com esferas superiores do universo, é a expressão do luminoso, pleno e significativo intercurso de tudo, é a diferença entre a vida poder ser experimentada com sentido ou sem sentido algum.
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Comentários
Pode até ser o caso de quem herdou o dinheiro, mas o resto é rico porque trabalhou para isto. Até mesmo os ilegalmente ricos tiveram que se esforçar de alguma forma.
Ultimamente, nem os herdeiros estão nesta folga toda.
Famílias ricas sabem muito bem que é difícil ganhar e fácil perder fortunas e tentam afastar ao máximo a profecia do pai rico, filho nobre e neto pobre, preparando seus sucessores e propondo blindagens no patrimônio que reduzem o poder dos herdeiros, mas garante a continuidade da vida boa deles. A grande maioria acha que é uma boa troca.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!