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Comentários
Ok.
E se a urna A tivesse a distribuição 1 bola azul e 99 vermelhas. E a urna B fosse completamente desconhecida.
Você ainda estaria indiferente?
Pessoalmente, arriscaria a B, mas é algo mais de sentimento e não uma conclusão lógica, ou seja, entre apenas 1% garantidos numa e qualquer coisa na outra, ficaria com a possibilidade de ter algo maior que 1% na B.
e ainda q n a B fosse 0,5%, como para 1% n seria muita diferença, acho q a escolha acabaria sendo qlquer uma mesmo, pelo menos no meu caso
Pois é. Ao meu ver, esse problema não tem uma solução lógica.
A maioria dos estatísticos trataria o problema segundo o princípio baesiano.
Eles interpretariam o fato de você não conhecer a distribuição de bolas na urna B como equiprobabilidade de distribuições. Assim, os pares ordenados de bolas azuis e vermelhas (0,100), (1,99), (2,98),..., (99,1), (100,0) seriam equiprováveis, e a probabilidade de retirar uma bola azul na ausência de informação suplementar seria 50% (o que é óbvio por um argumento de simetria).
Ou seja, um estatístico baesiano hardcore deveria escolher a urna desconhecida B nos dois cenários.
Mas quando o experimento é feito com pessoas de carne e osso, as pessoas tendem a preferir a urna A, que possui uma distribuição conhecida, mesmo quando ela é marginalmente inferior a 50%, que seria a distribuição baesiana da urna B desconhecida.
As pessoas, nesse tipo de problema, tratam o não-conhecimento da urna B de forma especial. Eles acreditam que há alguma espécie de trambique. O jogo foi arranjado e eles não sabem, e na urna B só existem bolas vermelhas. Elas preferem correr um risco conhecido do que correr um risco desconhecido.
As pessoas pressupõe um outro jogador tentando vencê-las nesse jogo, i.e., alguém que não quer perder o dinheiro da aposta, e que pode escolher a distribuição da urna B que minimizaria sua chance de perder.
Outra maneira de ver o problema é através do princípio do não-arrependimento. Existe um viés em abandonar uma circunstância conhecida por algo desconhecido que se mostre pior.
2- A pergunta seria, qual a margem de risco conhecido que valeria apostar no desconhecido? Do meu ponto de vista pessoal eu escolheria a urna desconhecida em qualquer situação que a urna conhecida me proporcionasse uma chance inferior a 30%.
Ok.
Considere agora o seguinte problema:
Você possui duas urnas, A e B. Você possui 50 bolas azuis e 50 bolas vermelhas na urna A. A urna B é desconhecida.
Você tem o direito de escolher qual tipo de bola e de qual urna ela será removida. Se você escolher "vermelha" e "A", uma bola será removida da urna "A" e se ela for vermelha você ganhará 100 dólares.
Qual das urnas você prefere?
Você sabe que na urna B existem bolas vermelhas ou azuis, você só não sabe como elas estão distribuídas.
E você pode escolher a priori qual cor você espera extrair. Você não é obrigada a extrair uma bola vermelha.
Na outra urna o dinheiro não está garantido. Você tem 50 bolas vermelhas e 50 bolas azuis. Se você escolher vermelha você tem 50% chance e se você escolher azul também.
Então escolhendo a urna A você tem 50% de chances.
A pergunta é qual é a sua probabilidade de ganhar escolhendo a urna B?
Sim você escolhe a cor e a urna antes. Depois você tira uma bola da urna escolhida e ve se a cor e a mesma que a cor escolhida.
Nesse caso, você prefere jogar em A ou em B?
No exemplo anterior, e interessante perceber q ao impor uma cor especifica como condicao de vitoria, existe uma assimetria entre as distribuicoes mais vitoriosas e mais perdedoras, e as pessoas em geral assumem q o jogo e enviezado contra elas, e por isso escolhem a urna conhecida A, como o Fernando explicou.
Mas o jogo q eu te propus nao pode ser enviezado, porque e voce escolhe a cor ganhadora em antecipacao.
Nesse caso, para urna B, nao faz sentido supor uma probabilidade a priori para azul diferente de 50%, ja que nesse caso bastaria escolher azul se ela fosse maior ou vermelha se ela fosse menor.
Por simetria, a unica probabilidade a priori razoavel e 50/50 e entao as duas urnas sao identicas.
Conforme voce disse, a resposta racional seria ser indiferenca no caso de premios identicos.
Se o premio fosse 1% maior ao escolher urna A as pessoas escolheriam apenas a urna A, e se o premio fosse 1% maior ao escolher urna B as pessoas escolheriam apenas a urna B.
Mas no que ficou conhecido como paradoxo de Ellsberg, as pessoas apresentam uma tendencia real a optar pela urna A.
Uma interpretacao e que a urna A e envolve uma loteria equilibrada em prospecto e retrospecto. 50 bolas de cada cor, voce tem uma chance em duas de ganhar. Voce nao controla nada, exceto a cor da bola, q nao parece afetar nada.
A urna B, embora ofereca as mesmas chances para alguem q escolha aleatoriamente entre as duas cores, em retrospecto parece privilegiar uma das cores. E isso parece fazer as pessoas sofrerem arrependimento por suas decisoes, mesmo que elas de fato nao tenham impacto prospectivo nenhum.