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Costumava ouvi-los dizer que se entendessem
melhor os usuários poderiam desenhar melhor os produtos. Percebeu,
então, que ao observar o comportamento das pessoas, suas atitudes e seu
comportamento poderia traduzir as descobertas para os designers
melhorarem os produtos. Agora ela veio ao Brasil estudar a usabilidade
do Ubuntu e conversou com a INFO.
Info: Como é o estudo que você está conduzindo sobre a usabilidade do Ubuntu?
Charline:
Na Canonical fazemos estudos de usabilidade, sobre o mecanismo do
Ubuntu e os produtos da comunidade. Outra parte das pesquisas está
ligada à inovação. Para isso uso métodos exploratórios para ver as
pessoas em seu contexto. Vou à casa delas para entender como usam
tecnologia e determinar como podemos inovar.
Info: Como é a pesquisa no Brasil
Charline:
Há dois tipos de pesquisa aqui. O primeiro é de usabilidade. Recrutamos
pessoas que representam grupos, mostramos a eles o Ubuntu, pedimos para
realizarem determinadas tarefas e observamos o que eles fazem, o que
não conseguem realizar, que estratégias usam para fazer algo no
computador. Essa observação tem nos dado muitas ideias para mudar alguns
pontos no design que temos, baseando-nos na usabilidade. Também tenho
feito visitas às casas das pessoas para ver como elas usam tecnologia em
geral, que aparelhos têm e em que contexto usam tecnologia. No final
poderemos criar um produto para o Brasil em que as pessoas se reconheçam
e não achem que ele pertence a outra cultura, usando-o apenas como uma
ferramenta.
Info: Há exemplos desse trabalho em outros países?
Charline:
Estamos trabalhando assim na China. Lá a contextualização foi além da
tradução para o idioma local, mas também acrescentou fatores culturais. É
maravilhoso tentar entender como tornar um produto parte de uma
cultura, de forma que as pessoas o compreendam intuitivamente. Quando
elas estão fazendo algo no computador, há um fator emocional muito
grande. Se são bem-sucedidas, é importante saber se elas se sentem
confortáveis, orgulhosas de si mesmas.
Charline:
No momento de pensar na inovação para o futuro temos que observar como
as pessoas pensam nas coisas e como elas são relacionadas. Quando você
faz uma pesquisa do ponto de vista do usuário percebe que ele vê o mundo
de forma muito diferente. Ele faz conexões que as companhias geralmente
não fazem. Olhamos o que os consumidores fazem como um quebra-cabeça e
tentamos resolvê-lo com o uso do design. É um desafio, mas funciona. Nos
anos 90 conseguimos identificar que as pessoas estavam interessadas em
ser parte de uma comunidade. A ideia já estava lá e pudemos ver isso. Há
formas de entender o futuro olhando para o comportamento atual das
pessoas.
Info: E que você consegue ver para os próximos anos?
Charline: No momento não sei. Não fiz pesquisas específicas sobre isso recentemente.
Info: Mas estamos nos tornando mais conectados, usamos mais plataformas móveis...
Charline:
As coisas estão se tornando menores e mais baratas. Uma coisa que
observei é que as pessoas têm um relacionamento emocional com
determinados aparelhos. Isso é interessante. Hoje a tecnologia não é só
uma ferramenta, é algo que se torna cada vez mais personalizável e
individual.
Info: Do ponto de vista antropológico, que diferenças existem entre os usuários de Ubuntu e dos outros sistemas operacionais?
Charline:
O Ubuntu, como sistema operacional, tem uma forma única e específica de
organizar a lógica da interação com os usuários, que é muito diferente
do Windows ou do MacOS. Tradicionalmente nossos usuários são pessoas que
conhecem muito sobre tecnologia, apaixonados pelo tema. Agora temos
mais usuários que vêm do público geral, menos avançados tecnicamente. As
pessoas que mudam para o Ubuntu são muito atraídas pela filosofia do
código aberto e realmente veem que ela pode ser um caminho para o
futuro.
Info: Os usuários de sistemas de código aberto são mais engajados?
Charline:
Eles sentem mais que o sistema é deles. O Windows é visto como uma
ferramenta com um fim. Quem usa Mac sente que com o computador usa uma
bela ferramenta, mas não no mesmo sentido do Windows. Com um sistema
aberto, as pessoas percebem que a tecnologia é delas e que fazem parte
de uma comunidade. Elas sentem que suas ideias são importantes e por
isso se manifestam tanto em discussões.
Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ti/antropologa-estuda-usabilidade-do-ubuntu-29062011-15.shl
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Comentários
Não gosto do gnome e milhões não gostaram do algumacoisa-inty, fora que tinha deixado o sistema redondinho e veio uma merda de uma atualização automática (pressione aceito senão vou ficar enchendo o saco até você atualizar ou entrar no modo de comando para desabiçitar esta porcaria que irrita seu usuário maldito de Microsoft...).
Se quero usar o kubuntu a própria comunidade diz para não usar porque não presta e bla bla bla, sendo que o único KDE decente que conheci até hoje é o Mandriva, e que ainda estou aguardando a versão 2011 para o final de agosto.
Então esta antropóloga deveria pegar sua malinha e voltar para seu reduto chato e cheio de boiolinhas sem noção que não tem capacidade sequer de ver nos fóruns os reais problemas enfrentados por quem quer usar Ubuntu.
Está mais maduro e muito mais rápido.
Abraços
As teclas de atalho são altamente configuráveis.
A coisa já começa no final do boot: se você quiser selecionar um item do desktop, tem que usar o mouse para levar o foco para lá, enquanto que no 3.5.x o foco já está no desktop e é só usar as setas para chegar ao ícone desejado.
No KDE 4 o conceito de 'desktop' não existe mais, assim como no Unity, do Ubuntu, ou no Gnome 3.
O Gnome 3 é o mais vanguardista, não existem nem conceitos como maximizar ou minimizar.
Sinto que após anos copiando Windows o OS X, as DE de Linux estão tentando muitas coisas novas, ao mesmo tempo.
Só que as diferenças entre os ambientes aumentaram muito.
Também volto o menu "K" (iniciar) para a opção "Clássica".
Parece que chegar à beira da falência e mandar quase todo mundo embora, inclusive alguns diretores, fez bem para a Mandriva. Eles estão acertando em quase todos os pontos.