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Johnny, antropóloga qr saber como você usa o Ubuntu

ReidReid Membro
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Antropóloga Charline Poirier, da Canonical, veio ao Brasil observar como as pessoas usam tecnologia e o Ubuntu




São Paulo - Quando estava no começo de sua carreira no Vale do Silício,
nos Estados Unidos, a antropóloga britânica Charline Poirier conversava
muito com designers.

Costumava ouvi-los dizer que se entendessem
melhor os usuários poderiam desenhar melhor os produtos. Percebeu,
então, que ao observar o comportamento das pessoas, suas atitudes e seu
comportamento poderia traduzir as descobertas para os designers
melhorarem os produtos. Agora ela veio ao Brasil estudar a usabilidade
do Ubuntu e conversou com a INFO.

Info: Como é o estudo que você está conduzindo sobre a usabilidade do Ubuntu?

Charline:
Na Canonical fazemos estudos de usabilidade, sobre o mecanismo do
Ubuntu e os produtos da comunidade. Outra parte das pesquisas está
ligada à inovação. Para isso uso métodos exploratórios para ver as
pessoas em seu contexto. Vou à casa delas para entender como usam
tecnologia e determinar como podemos inovar.

Info: Como é a pesquisa no Brasil

Charline:
Há dois tipos de pesquisa aqui. O primeiro é de usabilidade. Recrutamos
pessoas que representam grupos, mostramos a eles o Ubuntu, pedimos para
realizarem determinadas tarefas e observamos o que eles fazem, o que
não conseguem realizar, que estratégias usam para fazer algo no
computador. Essa observação tem nos dado muitas ideias para mudar alguns
pontos no design que temos, baseando-nos na usabilidade. Também tenho
feito visitas às casas das pessoas para ver como elas usam tecnologia em
geral, que aparelhos têm e em que contexto usam tecnologia. No final
poderemos criar um produto para o Brasil em que as pessoas se reconheçam
e não achem que ele pertence a outra cultura, usando-o apenas como uma
ferramenta.

Info: Há  exemplos desse trabalho em outros países?

Charline:
Estamos trabalhando assim na China. Lá a contextualização foi além da
tradução para o idioma local, mas também acrescentou fatores culturais. É
maravilhoso tentar entender como tornar um produto parte de uma
cultura, de forma que as pessoas o compreendam intuitivamente. Quando
elas estão fazendo algo no computador, há um fator emocional muito
grande. Se são bem-sucedidas, é importante saber se elas se sentem
confortáveis, orgulhosas de si mesmas.

Info: Como você consegue relacionar o que vê na casa das pessoas com a inovação, para pensar a médio ou longo prazo?

Charline:
No momento de pensar na inovação para o futuro temos que observar como
as pessoas pensam nas coisas e como elas são relacionadas. Quando você
faz uma pesquisa do ponto de vista do usuário percebe que ele vê o mundo
de forma muito diferente. Ele faz conexões que as companhias geralmente
não fazem. Olhamos o que os consumidores fazem como um quebra-cabeça e
tentamos resolvê-lo com o uso do design. É um desafio, mas funciona. Nos
anos 90 conseguimos identificar que as pessoas estavam interessadas em
ser parte de uma comunidade. A ideia já estava lá e pudemos ver isso. Há
formas de entender o futuro olhando para o comportamento atual das
pessoas.

Info: E que você  consegue ver para os próximos anos?

Charline: No momento não sei. Não fiz pesquisas específicas sobre isso recentemente.

Info: Mas estamos nos tornando mais conectados, usamos mais plataformas móveis...

Charline:
As coisas estão se tornando menores e mais baratas. Uma coisa que
observei é que as pessoas têm um relacionamento emocional com
determinados aparelhos. Isso é interessante. Hoje a tecnologia não é só
uma ferramenta, é algo que se torna cada vez mais personalizável e
individual.

Info: Do ponto de vista antropológico, que diferenças existem entre os usuários de Ubuntu e dos outros sistemas operacionais?

Charline:
O Ubuntu, como sistema operacional, tem uma forma única e específica de
organizar a lógica da interação com os usuários, que é muito diferente
do Windows ou do MacOS. Tradicionalmente nossos usuários são pessoas que
conhecem muito sobre tecnologia, apaixonados pelo tema. Agora temos
mais usuários que vêm do público geral, menos avançados tecnicamente. As
pessoas que mudam para o Ubuntu são muito atraídas pela filosofia do
código aberto e realmente veem que ela pode ser um caminho para o
futuro.

Info: Os usuários de sistemas de código aberto são mais engajados?

Charline:
Eles sentem mais que o sistema é deles. O Windows é visto como uma
ferramenta com um fim. Quem usa Mac sente que com o computador usa uma
bela ferramenta, mas não no mesmo sentido do Windows. Com um sistema
aberto, as pessoas percebem que a tecnologia é delas e que fazem parte
de uma comunidade. Elas sentem que suas ideias são importantes e por
isso se manifestam tanto em discussões.


Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ti/antropologa-estuda-usabilidade-do-ubuntu-29062011-15.shl

Post edited by Reid on

Comentários

  • 25 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Acho que ela poderia apenas ler os tópicos do forum Ubuntu Brasil que resolveria o problema. Mas vamos lá:

    Não gosto do gnome e milhões não gostaram do algumacoisa-inty, fora que tinha deixado o sistema redondinho e veio uma merda de uma atualização automática (pressione aceito senão vou ficar enchendo o saco até você atualizar ou entrar no modo de comando para desabiçitar esta porcaria que irrita seu usuário maldito de Microsoft...).

    Se quero usar o kubuntu a própria comunidade diz para não usar porque não presta e bla bla bla, sendo que o único KDE decente que conheci até hoje é o Mandriva, e que ainda estou aguardando a versão 2011 para o final de agosto.

    Então esta antropóloga deveria pegar sua malinha e voltar para seu reduto chato e cheio de boiolinhas sem noção que não tem capacidade sequer de ver nos fóruns os reais problemas enfrentados por quem quer usar Ubuntu.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Uso o Kubuntu com o KDE 3.5.12. O KDE 4 funciona, mas gosto mais do antigo.
    image
  • Fernando, hoje em dia não vejo mais motivo para utilizar versões anteriores ao 4.

    Está mais maduro e muito mais rápido.
  • Fernando, hoje em dia não vejo mais motivo para utilizar versões anteriores ao 4.

    Está mais maduro e muito mais rápido.
    Não é o que TODOS os usuários do Ubuntu forum dizem.

    Abraços
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Fernando, hoje em dia não vejo mais motivo para utilizar versões anteriores ao 4.

    Está mais maduro e muito mais rápido.
    Mas exige muito o uso do mouse e isto me irrita.
  • RaphaelRaphael Administrador
    edited junho 2011 Vote Up0Vote Down
    Não é o que TODOS os usuários do Ubuntu forum dizem.

    Abraços
    ?
    Post edited by Raphael on
  • RaphaelRaphael Administrador
    edited junho 2011 Vote Up0Vote Down
    Mas exige muito o uso do mouse e isto me irrita.
    Como assim?

    As teclas de atalho são altamente configuráveis.
    Post edited by Raphael on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Mas exige muito o uso do mouse e isto me irrita.


    Como assim?


    As teclas de atalho são altamente configuráveis.
    Talvez, mas eu passo o dia fazendo as mesmas operações, já estou acostumado com os atalhos e, o que é pior, não tenho tempo para experiências. Se um dia me derem um computador novo, talvez eu passe um tempo testando configurações.

    A coisa já começa no final do boot: se você quiser selecionar um item do desktop, tem que usar o mouse para levar o foco para lá, enquanto que no 3.5.x o foco já está no desktop e é só usar as setas para chegar ao ícone desejado.
  • Use Coyote...
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Use Coyote...
    O Coyote que eu usei era um roteador que rodava a partir de disquete, e leve o bastante para se poderem aproveitar sucatas tipo 386. Eu instalei um na firma durante um tempo, quando o roteador da banda larga queimou.
  • Mas exige muito o uso do mouse e isto me irrita.


    Como assim?


    As teclas de atalho são altamente configuráveis.


    Talvez, mas eu passo o dia fazendo as mesmas operações, já estou acostumado com os atalhos e, o que é pior, não tenho tempo para experiências. Se um dia me derem um computador novo, talvez eu passe um tempo testando configurações.


    A coisa já começa no final do boot: se você quiser selecionar um item do desktop, tem que usar o mouse para levar o foco para lá, enquanto que no 3.5.x o foco já está no desktop e é só usar as setas para chegar ao ícone desejado.
    Bom, talvez seja melhor, mesmo.

    No KDE 4 o conceito de 'desktop' não existe mais, assim como no Unity, do Ubuntu, ou no Gnome 3.

    O Gnome 3 é o mais vanguardista, não existem nem conceitos como maximizar ou minimizar.

    Sinto que após anos copiando Windows o OS X, as DE de Linux estão tentando muitas coisas novas, ao mesmo tempo.
  • Bons tempos em que era fácil escolher qual gerenciador de janelas usar entre mais de 4 que vinham junto. Hoje...
  • Hoje geralmente só vem um. As distribuições se conscientizaram e dividiram-se em distrolets, cada uma para um fim específico.

    Só que as diferenças entre os ambientes aumentaram muito.
  • (...) aproveitar sucatas tipo 386.
    E isso ainda existe? Ou você está falando de algo acontecido em mil novecentos-e-minha-avó-era-gostosa?




  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    (...) aproveitar sucatas tipo 386.
    E isso ainda existe? Ou você está falando de algo acontecido em mil novecentos-e-minha-avó-era-gostosa?


    Isto foi por volta de 2005. Peguei o trambolho na sucata e botei para rodar de novo, sem HD e sem nada. Apenas a placa mãe (sem cooler, já que a dissipação era pouca), placa de rede ISO com configuração por jumpers e drive de disquete. Ah, e um monitor 13" preto e branco.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited julho 2011 Vote Up0Vote Down
    No KDE 4 o conceito de 'desktop' não existe mais, assim como no Unity, do Ubuntu, ou no Gnome 3.


    Existe se você configurar o ambiente de trabalho como "folder" em vez dos "plasmóides".
    Também volto o menu "K" (iniciar) para a opção "Clássica".
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Sim, mas o folder view é só é a exibição de uma pasta, sem os recursos do desktop das versões anteriores, tais como montar dispositivos na área de trabalho.
  • (...) aproveitar sucatas tipo 386.
    E isso ainda existe? Ou você está falando de algo acontecido em mil novecentos-e-minha-avó-era-gostosa?




    Isto foi por volta de 2005. Peguei o trambolho na sucata e botei para rodar de novo, sem HD e sem nada. Apenas a placa mãe (sem cooler, já que a dissipação era pouca), placa de rede ISO com configuração por jumpers e drive de disquete. Ah, e um monitor 13" preto e branco.

    NAda impede de se usar ainda. POr exemplo, em escolas, pequenos servidores de micro empresas e até mesmo em uma casa. Claro que com os sitcher mais baratos hoje isso é até meio brega, mas não descartável, principalmente se houver necessidade de autenticação etc..
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Sim, mas o folder view é só é a exibição de uma pasta, sem os recursos do desktop das versões anteriores, tais como montar dispositivos na área de trabalho.
    Pelo contrário: apesar do nome, que cria confusão, a 'folder view' é justamente o estilo antigo, onde você pode criar pastas, atalhos e links para aplicativos.
  • Tem algumas pequenas diferenças, Fernando.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Tem algumas pequenas diferenças, Fernando.
    Provavelmente, mas, como uso mais o KDE 3.5.x, ainda não percebi grandes diferenças no 4.x.
  • Falta 1 mes para o Mandriva 2011
  • Que vai vir excelente.

    Parece que chegar à beira da falência e mandar quase todo mundo embora, inclusive alguns diretores, fez bem para a Mandriva. Eles estão acertando em quase todos os pontos.
  • Que vai vir excelente.

    Parece que chegar à beira da falência e mandar quase todo mundo embora, inclusive alguns diretores, fez bem para a Mandriva. Eles estão acertando em quase todos os pontos.
    Almejar ser a melhor distribuição KDE do mundo, realmente, não é para qualquer um. Resta saber se ela está fazendo a lição de casa e atraindo parceiros, como a Canonical.
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