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Radicais criticam MST por "movimentar a massa dentro da lei" e abandonam o movimento

Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador

Radicais criticam MST por "movimentar a massa dentro dos limites da ordem".

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/grupo-critica-submissão-ao-governo-e-deixa-mst
Grupo critica submissão ao governo e deixa MST


Um grupo de 51 militantes e apoiadores do Movimento dos Sem-Terra (MST), a maioria veteranos na luta pela reforma agrária, divulgou carta na qual anuncia o desligamento da organização por discordar de seu projeto político atual. Na avaliação do grupo, o MST, além de burocratizado e institucionalizado, está integralmente subordinado às políticas do governo federal.

'Vem se conformando uma ampla aliança política, consolidando um consenso que envolve as principais centrais sindicais e partidos políticos, MST, Movimento dos Trabalhadores Desempregados, Via Campesina, Consulta Popular, em torno de um projeto de desenvolvimento para o Brasil, subordinado às linhas políticas do governo', diz a carta. Na avaliação dos signatários, trata-se de uma 'esquerda pró-capital' e destinada a 'movimentar a massa dentro dos limites da ordem e para ampliar projetos assistencialistas'.

Trata-se de uma crítica radicalmente de esquerda. O texto afirma que, além de perder a combatividade a partir de 2003, com a chegada do PT ao poder, o MST deixou de lutar pelo socialismo. A direção nacional do MST não quis comentar publicamente o documento. Preferiu tratar o episódio como parte dos debates e das divergências políticas que sempre fizeram parte da história da organização.

Nos bastidores, porém, alguns dirigentes acusaram o golpe. Lamentou-se sobretudo a deserção de militantes históricos do Rio Grande do Sul. Do total de assinaturas, 28 são daquele Estado, onde o movimento foi idealizado, na década de 1980, e no qual surgiu seu líder mais conhecido, João Pedro Stédile. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

  • 13 Comentários sorted by Votes Date Added
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited novembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Na verdade o MST foi vítima de um efeito colateral dos programas assistenciais do governo.
    Se antes o movimento podia incorporar miseráveis a troco da promessa de uma cesta básica e uma barraca de lona, com o Bolsa Família ficou mais difícil arregimentar buchas de canhão dispostos a obedecer cegamente as lideranças, carregar bandeiras, acampar em beira de estradas, invadir terras e destruir patrimônios, com os riscos inerentes a estas atividades criminosas, por mais que o governo petista lhes fornecesse costas quentes.

    Porém ninguém se iluda.
    O MST não abandonou o discurso ou as intenções revolucionárias comunistas - declaradas publicamente em seus documentos.
    Recuos estratégicos são especialidade da esquerda brasileira, sempre pronta para retroceder um passo para avançar dois, coisa que vem fazendo com sucesso desde o fim do regime militar.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • O Stédile é formado em Economia na Puc e tem uma pós-graduação no exterior (tudo bem que é no México, mas podia ter feito por aqui mesmo).

    Diante das oportunidades que esse cara teve, o rumo que escolheu se torna mais lamentável ainda...
  • Se bem que, se tornando um economista respeitável, ou exercendo qualquer outra função digna na sociedade, dificilmente teria sido homenageado na Câmara dos deputados.

    joao_pedro_recebe_medalha_camara.preview.jpg

    http://www2.camara.gov.br/noticias/institucional/noticias/medalha-merito-legislativo-sera-entregue-dia-1o-de-dezembro

    Essa cena, de um líder e idealizador de uma quadrilha como o MST recebendo um título do próprio governo, deveria fazer pensar sobre o quanto a política desse país está no rumo certo, deixando de lado um pouco a economia, que é só o que parece interessar para a maioria das pessoas.
  • Quando eu falo que o socialismo marxista é contra a melhoria de vida do proletário ninguém acredita... Mas tá tudo lá no manifesto comunista, não tem uma linha daquele "livro" que Mao Tse Tung e Pol Pot não fizeram.


    E como o MST é maoísta e marxista, portanto são contra qualquer tipo de melhoria de vida dos pobres e miseráveis, eles só querem derrubar a burguesia e usar estas pessoas miseráveis para esse fim.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fabi disse: Quando eu falo que o socialismo marxista é contra a melhoria de vida do proletário ninguém acredita... Mas tá tudo lá no manifesto comunista, não tem uma linha daquele "livro" que Mao Tse Tung e Pol Pot não fizeram.

    Marx desprezava os proletários.
    Para ele o sujeito da História era o Proletariado, um coletivo abstrato, místico e imortal a quem pertencia o futuro, pouco importando se para este futuro chegar - só Deus sabe quando - milhões ou bilhões de proletários tivessem que morrer.

    Isto fica claro e específico quando declara no fim do Manifesto que os proletários não tem nada a perder, somente seus grilhões.
    Ora, aqueles proletários tinham a perder seus trabalhos, suas fontes de renda, sua liberdade, sua integridade física ou sua vida.
    Nada disto importava claro, quando o sujeito era o Proletariado místico, que continua não importa quanto de suas células constituintes sejam destruídas.


    Acauan dos Tupis
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  • Essa desumanização de Marx é um erro tão grande e tem consequências desastrosas. Foi a mesma coisa que Hitler fez com os judeus, tratando os judeus como se fossem um coletivo abstrato e não seres humanos, e o que aconteceu? Holocausto, campos de concentração....não foi muito diferente do que aconteceu com a ex-URSS e seus expurgos e gulags.

    Acho que Marx ficou muito impressionado com a Revolução Francesa, e como as estruturas sociais mudaram bruscamente. Mas ele esqueceu que o homem foi adquirindo conhecimento científico e gradualmente as explicações sobre biologia, cosmologia começaram a ser feitas pela ciência e não pela religião.

    O homem já não era mais o centro do universo, e nem a coisa mais importante que existe no universo. A biologia mostrou que somos todos iguais, e não existe sangue azul, e nem nenhuma diferença natural entre nobres e camponeses, são todos humanos. Era natural que uma hora as pessoas começariam a questionar sobre o por que nobre é nobre, por que existiam reis, e com as coisas que estavam acontecendo na França...é claro que aquilo era uma bomba prestes a explodir. Mas aí Marx viajou na maionese e inventou uma explicação non-sense sobre luta de classes...
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited novembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Fabi disse: Essa desumanização de Marx é um erro tão grande e tem consequências desastrosas.

    Qualquer um que cheque a biografia de Karl Marx lerá sobre um homem que nunca teve laços afetivos com ninguém.
    Fez gato e sapato dos pais, da esposa e dos filhos, engravidou a empregada e não reconheceu a paternidade, além de passar parte da vida parasitando o amigo Engels, a quem tratava como uma vaca leiteira.

    Esta é a hora em que os esquerdistas - pelo menos a minoria que conhece a biografia de Marx - gritar aos quatro ventos que pouco importa a vida privada do homem e sim sua obra científica.

    Bullshit!

    Quando interessa, a Esquerda espalha o mito de um Karl Marx humanista, cheio de compaixão pelos pobres e oprimidos, enquanto é óbvio que um indivíduo que comprovadamente nunca ligou a mínima nem para os próprios filhos jamais iria morrer de dores por estranhos com os quais nunca teve nenhum tipo de contato humano.

    O proletariado para Marx era um objeto de estudo e um personagem que ele escolheu para protagonizar sua literatura de como o mundo deveria ser.
    Nada que envolvesse coisas pequeno burguesas como reconhecimento de humanidade.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Simpatizantes e defensores ideológicos do MST tentam justificar os atos terroristas do grupo lançando dúvidas sobre a legitimidade da propriedade privada da terra, geralmente rebaixando todo produtor rural ao nível de ladrões, o que tornaria gente do tipo de um João Pedro Stédile uma espécie de Robin Hood do proletariado rural.

    Bullshit.

    O MST caga e anda para questões "pequeno burguesas" como legitimidade e basta que um produtor rural seja bem sucedido para se tornar alvo da rapinagem, mesmo que sua família tenha suado no cabo da enxada por gerações antes de se tornarem prósperos.

    Muitos produtores rurais do Rio Grande do Sul são descendentes de imigrantes italianos que chegaram aqui com as malas de roupas, compraram seus primeiros pequenos lotes com a poupança de toda uma vida trabalhando de domingo a domingo, com a esperança de que seus filhos ou netos tivessem uma vida melhor.
    Quando estes filhos e netos finalmente materializam o sonho de seus pais e avós, chegam as hordas bárbaras e seus puxa sacos ideológicos para acusá-los de ladrões e exploradores...

    Pois é...


    Acauan dos Tupis
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  • Não sacralizo a propriedade, mas tampouco vejo o proprietário como explorador.

    Detesto esses revolucionários que invadem e tomam fazendas alheias, sem qualquer intenção de produzir.
    No Zimbabué, os "veteranos" invadiram e tomaram as fazendas produtivas, retiraram proveito imediato e depois, não replantaram, pois é trabalhoso. A fome foi a consequência.




  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Mig29 disse: Não sacralizo a propriedade, mas tampouco vejo o proprietário como explorador.
    No Brasil, o MST invadiu as terras de uma cooperativa formada por lavradores assentados em terras expropriadas porque eles tinham unido suas terras e estavam produzindo e ganhando dinheiro, enquanto que o 'combinado' era que cada família se limitasse ao seu pedaço de terra.
    Mig29 disse: Detesto esses revolucionários que invadem e tomam fazendas alheias, sem qualquer intenção de produzir.
    No Zimbabué, os "veteranos" invadiram e tomaram as fazendas produtivas, retiraram proveito imediato e depois, não replantaram, pois é trabalhoso. A fome foi a consequência.

    O mesmo acontece no Brasil: os assentados queimam, desmatam e logo desistem. No início, ainda havia agricultores de verdade precisando de terras. O que há agora são urbanóides que nunca pegaram numa enxada.

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Publicado em "O Globo" há 50 anos (18/07/1962):
    O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu mandado de segurança impetrado pelos proprietários de 13 mil hectares de terras da zona da Barragem de Capané, contra o decreto do governador Leonel Brizola, que desapropriara a gleba para distribuição aos rurícolas sem terra.
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