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Mulheres israelenses fundamentalistas usam burca tão fechada que não vêem e precisam de guia

Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/aumenta-numero-de-mulheres-seguidoras-de-seita-radical-em-israel/n1597389801026.html
Aumenta número de mulheres seguidoras de seita radical em Israel
Segundo a seita religiosa, que considera que a burqa afegã não é decente o suficiente, mulheres devem andar completamente cobertas

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Seita obriga que mulheres cubram olhos, cabelos, mãos e pés

Cresce o número de mulheres judias israelenses que seguem os preceitos de uma seita radical e andam cobertas da cabeça aos pés "para preservar a decência". A maneira de se vestir dessas mulheres lembra a burqa usada no Afganistão, e daí vem o apelido de "mulheres-Taleban", pelo qual ficaram conhecidas na imprensa israelense.

No entanto, para elas a burqa não é "decente" o suficiente, pois com apenas uma camada de roupa, as curvas do corpo da mulher ficam expostas.

Segundo a seita, também conhecida como "mulheres dos xales", para evitar tornar-se uma "tentação para os homens", a mulher deve vestir-se com dezenas de camadas de xales, de modo a tornar-se uma montanha de panos disforme para que as curvas de seu corpo não transpareçam.

A seita foi fundada há cerca de cinco anos pela rabina Bruria Keren, na cidade de Beit Shemesh, perto de Jerusalém. Há 3 anos Keren foi presa por abusar de seus 12 filhos e condenada a quatro anos e meio de prisão. A rabina, que foi acusada de maltratar as crianças, alegou que "queria educá-las segundo os preceitos da decência".

Na liderança da seita, ela foi substituída por outras mulheres que a consideram "santa" e seguem seus ensinamentos.

Desafio

O número de mulheres que aderiram à seita está crescendo e, segundo as avaliações, já chega a mais de mil. Elas próprias afirmam que já são mais de 10 mil. Essas mulheres vivem principalmente nas cidades de Jerusalém, Beit Shemesh e Elad, onde há grandes concentrações de judeus ultraortodoxos.

No entanto os próprios ultraortodoxos veem o fenômeno como um desafio aos preceitos da religião judaica, afirmando que essas mulheres "foram longe demais". Segundo os preceitos da seita, as meninas também devem andar totalmente encobertas desde pequenas.

Para o rabino reformista Arik Asherman, os preceitos da seita "não fazem parte do judaísmo". "Não conheço tradição alguma dentro do judaísmo que defenda tal ocultação da mulher e considero problemática a imposição desses preceitos às crianças" disse Asherman à BBC Brasil.

O crescente número de comunidades de mulheres adeptas da seita também preocupa o Ministério da Educação de Israel, pois elas não concordam em matricular os filhos nas escolas públicas e os educam dentro das comunidades, sem qualquer controle do Estado.

Para a seita, a ocultação total da mulher é o preceito principal e deverá acelerar a "salvação do povo de Israel". Elas se reúnem e estudam maneiras de ocultar o corpo, inclusive os olhos e os cabelos, para evitar que "até as paredes as vejam".

'Aprimorando' a ocultação

Em um vídeo filmado clandestinamente por uma jornalista que se infiltrou na seita disfarçando-se de simpatizante, é possível ver diversas maneiras de como as integrantes "aprimoram" a ocultação de si mesmas.

Elas costumam se pentear embaixo dos panos, mesmo quando estão sozinhas, e raramente tomam banho, pois a operação acaba sendo extremamente complicada com todas as camadas de panos que as encobrem.

De acordo com a diretora da prisão onde se encontra a rabina Keren, o hábito de tomar poucos banhos é a razão principal pela qual ela é mantida em uma cela individual.

A cobertura total dos olhos faz com que as mulheres da seita não enxerguem por onde andam e, para poder se locomover, geralmente utilizam seus filhos como guias.


Para o rabino Uri Regev, presidente da ONG Hidush, em prol da liberdade religiosa e da igualdade, "o crescimento de um grupo fundamentalista como a seita das mulheres de xale, faz parte do processo geral de radicalização do público religioso em Israel".
Post edited by Fernando_Silva on

Comentários

  • 8 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Espero que o ridículo acorde os judeus fundamentalistas "normais".

    Os laicos perdem terreno todos os dias e, isto, não agoura nada de bom para o futuro.

    Futuro: O nacionalismo racialista surge onde menos se esperava.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Mig29 disse: Espero que o ridículo acorde os judeus fundamentalistas "normais".

    Como não existem "rabinas fundamentalistas" no judaísmo, este grupo de malucos é apenas uma seita herética.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Acauan disse: Como não existem "rabinas fundamentalistas" no judaísmo, este grupo de malucos é apenas uma seita herética.

    Também observei esse facto e questionei-me sobre o quanto a fanatização da sociedade israelita denunciada pelos jornais israelitas é responsável por estas seitas ainda mais doidas.

    http://www.haaretz.com/opinion
  • Isso também acontece no Brasil, mas por motivos religiosos um pouco diferentes...

    mat-josefa-peixotinho.jpg
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/selecao-diaria-de-noticias/midias-nacionais/brasil/o-globo/2011/12/28/israelenses-lutam-contra-o-extremismo-religioso
    Israelenses lutam contra o extremismo religioso


    Ataque de ultraortodoxos a menina de 8 anos desencadeia maior protesto sobre o assunto na História do país

    Daniela Kresch - TEL AVIV. As principais vias de acesso à cidade israelense de Beit Shemesh, nos arredores de Jerusalém, ficaram tomadas ontem por manifestantes, no maior protesto da História do país contra o fanatismo religioso. Mais de cinco mil pessoas se reuniram para reclamar da crescente intolerância de facções ultraortodoxas judaicas em Israel, um assunto que tomou conta do país, onde a grande maioria da população é laica. “Libertem Israel da coerção religiosa”, “Evitem que Israel se torne o Irã”, diziam alguns dos cartazes levados pelos ativistas.

    Beit Shemesh, uma cidade de cem mil habitantes, se tornou o símbolo do radicalismo religioso em Israel depois que uma reportagem do Canal 2 de TV, o maior do país, mostrou, na sexta-feira passada, o cotidiano de uma menina de 8 anos, que teme ir à escola. Pálida e envergonhada , Naamá Margulies chorou em frente às câmeras ao contar que é alvo de cuspes e de gritos por parte de fanáticos religiosos sempre que caminha para o colégio, a 300 metros de distância de sua casa. Tudo porque a escola fica dentro de um bairro ultraor todoxo, e Naamá e suas colegas não cumprem as “leis de vestimenta e comportamento”.

    Uma cidade com “patrulhas da decência”
    Para os ultraortodoxos do bairro, mulheres, mesmo as mais jovens, devem se vestir com saias até os calcanhares, mangas compridas e decotes altos. Quanto mais camadas de roupas, melhor. As casadas devem esconder os cabelos. Há até mesmo “patrulhas da decência” nas ruas da cidade.

    A menina é religiosa, mas não o suficiente para o padrão local. Ela se veste com saia até o joelho e blusa de manga comprida. Mas para os ultraortodoxos, a saia deveria ser ainda mais longa, ela deveria usar meia-calça e outras camadas de camisas.

    A violência contra Naamá levou a diversas manifestações de solidariedade, como uma página dedicada a ela no site de relacionamentos Facebook, que já conta com quase dez mil participantes.

    Para Shimon Peres, alma da nação está em jogo
    Se a convivência entre religiosos e não religiosos nunca foi totalmente pacífica, em Israel, nos últimos meses, muitas vozes têm levantado dúvidas quanto ao futuro do Estado, principalmente quando se trata da discriminação a mulheres. Os ultraortodoxos representam cerca de 10% da população do país, mas são a camada social que mais cresce, devido à quantidade de filhos por casal (muitos têm dez filhos).

    Rabinos renomados insistem que se trata de um fenômeno limitado. Mas, recentemente, grupos ultraortodoxos têm se apropriado cada vez mais do espaço público, limitando até mesmo em que lado da calçada — ou até mesmo por quais ruas — mulheres podem passar. Comerciantes evitam colocar fotos de mulheres em cartazes ou outdoors em algumas cidades, temendo que sejam depredados.

    O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também se declarou publicamente contrário ao fanatismo religioso, dizendo que Israel é um país “democrático, Ocidental e liberal”. Mas o presidente Shimon Peres foi mais direto:

    — Estamos lutando pela alma da nação e pela essência do Estado. É um teste no qual a nação inteira precisa se mobilizar para socorrer a maioria das garras de uma pequena minoria que está despedaçando nossos valores mais sagrados. Eles (os ultraortodoxos) não são os donos desta terra — disse Peres.

    Segregação no ônibus fez passageira ser xingada
    Há outros exemplos de fanatismo. Em cidades como Jerusalém e Bnei Brak, diversas linhas públicas de ônibus, as chamadas mehadrin, observam leis próprias: homens embarcam e sentam na frente. Mulheres, nas últimas cadeiras do veículo. A Suprema Corte israelense proibiu essa divisão, mas ela continua, na prática, já que a polícia costuma não se envolver no assunto.

    Na semana passada, uma jovem de 28 anos, Tanya Rosenblit, virou manchete dos jornais do país ao desafiar a “lei tácita” e fazer o que seria de direito a qualquer mulher no país: sentar-se em qualquer poltrona de um ônibus. Ela enfrentou a fúria dos ultraortodoxos ao embarcar na linha Ashdod-Jerusalém e se sentar na frente do veículo.

    Foi o suficiente para que passageiros ultraortodoxos xingassem a moça, reclamassem com o motorista e exigissem a presença da polícia.
    Tanya Rosenblit acabou ganhando o apelido de “Rosa Parks israelense”, numa referência à ativista negra americana que, em 1955, enfrentou o status quo da segregação racial nos Estados Unidos e se recusou a dar seu lugar no ônibus a um passageiro branco.
  • Mig29Mig29 Membro
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Depois dos padres darem-se ao jogo da vassourada (basílica da natividade) é bom ver os israelenses começarem também a varrer dentro de casa.
    Post edited by Mig29 on
  • "Quando uma pessoa sofre de um delírio, isso se chama insanidade. Quando muitas pessoas sofrem de um delírio, isso se chama religião."
    — Robert M. Pirsig

    Foi apresentado neste tópico um dos melhores casos de aplicação dessa citação...
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