Com tantas crises, talvez o modelo escandinavo seja um dos melhores. Olhe para a Suécia, por exemplo. Formada por partidos de esquerda, com uma politica com preocupações sociais.
Eu estava lendo um pouco sobre o IR, afinal de contas comecei a perceber meus primeiros salários no meio do ano passado e já estou recebendo documentos referentes a declaração do imposto. Enfim, já estava na hora de saber um pouco mais sobre o principal tributo federal.
Comecei lendo o artigo (muito elucidativo por sinal) do site How Stuff Works, e na passagem que diz respeito a história do imposto, vem a lista dos países onde são cobradas as maiores alíquotas:
# Dinamarca - 59,74% (Europa)
# Suécia - 56,60% (Europa)
# França - 55,85% (Europa)
# Bélgica - 53,50% (Europa)
# Holanda - 52% (Europa)
# Finlândia - 50,90% (Europa)
# Áustria - 50% (Europa)
# Japão - 50% (Ásia)
# Austrália - 48,50% (Oceania)
# Canadá - 46,41% (América do Norte)
# Alemanha - 45,37% (Europa)
# Espanha - 45% (Europa)
# Itália - 44,10% (Europa)
# Suíça - 42,06% (Europa)
# Portugal - 42% (Europa)
# Irlanda - 42% (Europa)
# Polônia, Grécia, Reino Unido e Noruega - 40% (Europa)
# Estados Unidos - 39,76% (América do Norte)
Todos desenvolvidos, com bem-estar social, com serviços públicos universais e de qualidade. Diferente do Brasil.
No Brasil, a alíquota máxima é de 27,5% para quem tem os maiores rendimentos.
A pergunta é:
Por que que demo-tucanos defendem a diminuição dos impostos para os ricos no Brasil, se eles estão num país que cobra pouco imposto de renda pra eles? E, pior, por que diminuir se o Brasil ainda é um país subdesenvolvido e carente de recursos para universalizar os serviços públicos e dar-lhes qualidade?
Medo do Estado fazer o seu verdadeiro papel de pegar dos ricos e (re)distribuir aos pobres?
É por isso que o que está na agenda demo-tucana é:
Diminuição dos impostos (para os ricos);
Diminuição da ação do Estado (Estado mínimo).
Sem contar que era através da CPMF (que eles cortaram) que se tinha uma das principais ferramentas de fiscalização do IR. Além de assegurar recursos para a saúde e outros.
Por que esse medo de distribuir a renda?
Comentários
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Na verdade, Robin Hood havia se rebelado contra a cobrança abusiva de impostos.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O governo de lá não está "tomando dos ricos" e sim os ricos estão pagando por um serviço que lhes é prestado.
A velha e idiota mentalidade comunista de "rico malvado x pobre bonzinho".
A primeira coisa a se observar e que aliquotas maximas de imposto de renda nao sao a mesma coisa que nivel de tributacao global.
Aliquotas maximas de IR representam o quanto o quantil de maior renda esta entregando em impostos. O nivel de tributacao representa o quanto de tudo o que e produzido e confiscado pelo governo.
O Brasil tem aliquotas de IR relativamente baixas, mas somando a todos os demais impostos arrecadados ele possui um nivel de tributacao bem alto. E quando se leva em consideracao o nivel de sonegacao mais alto dada a dimensao da economia informal, os contribuintes brasileiros provavelmente estao entre os mais extorquidos do mundo.
Esse e o problema com dados economicos estaticos. Eles nao servem para muita coisa.
A Escandinavia nao se tornou desenvolvida por conta do seu welfare state ou por suas altas aliquotas de impostos para os mais ricos.
Esses paises ja eram relativamente industrializados e ricos antes que ideias de teor socialista surgissem. Eles atravessaram os periodos de conflito moderno com seus parques industriais quase intactos, eles gastaram pouco em conflitos e imperialismo. No maximo tiveram que se defender de agressoes moderadas de russos e alemaes, ou eventualmente sucumbir rapido ao poderio maior desses paises, sem maiores prejuizos.
A ocupacao da Dinamarca e da Noruega pelo 3o Reich foi bem menos complicada do que a da Franca ou Belgica, onde a populacao organizou resistencia mesmo apos a queda de suas capitais. A retorica racista nao era tao repugnante afinal eles compartilhavam heranca etno-cultural com os auto-intitulados "teutoes". A Finlandia era um aliado militar dos paises do eixo no seu conflito com a URSS e a neutra Suecia era um parceiro comercial da Alemanha.
Esses paises nao participam de grandes esforcos militares desde as epocas das expidicoes Viking, e possuem um historico de estabilidade monetaria e politica que depreciou muito menos o capital de seus cidadaos do que o das nacoes continentais.
Alem disso, eles sao paises independentes pequenos e cultural e demograficamente homogeneos. Ausencia de conflitos internos e sentimento de identidade, alem de um tamanho total administravel e que tornam o welfare state desses paises viavel, alem e claro, do dinheiro. Mas o mesmo e valido para o emirado de Dubai ou para certos estados nos EUA, talvez ate mais, e que nem por isso cobram impostos escandinavos.
Acreditar que a receita para o Brasil e copiar apenas a parte dos impostos e esquecer o resto da historia de respeito a propriedade privada, liberdade economica e nao-intervencionismo desses paises; alem de desconsiderar a relevante diferenca de proporcoes envolvida, e simplesmente patetico.
Não entendi porque a referência especial a esse imposto e a posterior citação da palavra “ricos”. Quem paga IR é rico, é isso? É rico alguém que recebe renda mensal tributável de R$ 2.347,86? (Se referir a quem paga a alíquota de IR de 27,5%, isso ainda é absurdo, imagine chamar de "rico" quem recebe renda de R$ 3.911,64 em São Paulo)
Subdesenvolvimento do Brasil não é causado por carência de recursos, mas por carência de vergonha na cara mesmo. Países como Chile e Argentina tem serviços públicos bem melhores com cerca da metade da carga tributária do Brasil. Costa Rica tem renda per capita um pouco menor, carga tributária menor e também indicadores sociais bem melhores do que o Brasil.
Um outro exemplo de distorção. No Brasil, segundo o economista José Márcio de Camargo, só 7% do dinheiro gasto com o sistema de pagamento de aposentadorias fica com os 20% mais pobres. Os 20% mais ricos recebem 30% do total:
http://veja.abril.com.br/230102/p_082a.html
Alíquota maior de IR só serve para “intelectual” impostista de classe média diminuir suas obrigações perante os pobres. Como vazio de barriga de pobre não estraga férias de “intelectual” impostista na Europa (ou no Nordeste), eles precisam da contribuição forçada dos mais ricos para se sentirem melhor.
Aumentar imposto no Brasil só serve para perpetuar um gasto público de péssima qualidade, como já demonstrei. Estão certos aqueles que defendem uma redução horizontal de impostos. Uma redução horizontal de impostos beneficiaria os mais pobres, já que a carga tributária neles é maior.
postado originalmente em
http://realidade.org/forum/index.php/topic,11861.0.html
É hora de libertarmos este grande país do constante sequestro feito por socialistas em seus discursos de adoração ao Estado.
Vamos ver quão socialista é a Suécia.
http://www.heritage.org/index/Country/Sweden
Ela é considerada um dos países mais livres do mundo. Por quê?
Ou seja, a Suécia é um país "entreguista" aos investidores estrangeiros, onde o direito à propriedade é garantido e facilitado de forma exemplar em relação ao resto do mundo, com quase a totalidade de seus bancos estando nas mãos na iniciativa privada, seu mercado financeiro sendo regulado pelo próprio mercado, sua situação jurídica garantindo a soberania das leis e a estabilidade, e uma democracia que permitiu a eleição recente de um partido de centro-direita com o discurso de cortar gastos.
Seus impostos realmente estão entre os mais altos do mundo, só que a qualidade dos serviços oferecidos pelo Estado também.
http://en.wikipedia.org/wiki/Sweden#Public_policy
However...
Ou seja, como não existe mágica na economia, o país já foi obrigado a diminuir a arrecadação e os gastos do Estado pra não empobrecer, e está sendo mais uma vez, inclusive tendo um partido de centro-direita no poder atualmente, eleito com essa proposta.
Os esquerdistas são críticos ferrenhos de quase todos os aspectos da democracia sueca. Se agarram no welfare state do país como se não estivesse inserido em uma sociedade profundamente capitalista, o completo oposto do que consideram uma sociedade desenvolvida. Esse discurso é totalmente incoerente.
Pois e.
O Welfare State escandinavo nao e a razao do sucesso desses paises.
Ao contrario, o Welfare State la so sobrevive porque esses paises sao institucionalmente solidos.
E como cheirar cocaina.
Cheirar cocaina te deixa pobre e nao rico.
Mas o habito de cheirar cocaina com frequencia so pode ser mantido por pessoas com reservas para sustenta-lo.
Um esquerdista olharia estatisticas de patrimonio pessoal e consumo de cocaina e concluiria que cheirar cocaina da dinheiro.
Pois e. Toda vez que um paspalho esquerdista se refere com autoridade a um pretenso "modelo escandinavo de desenvolvimento" fica parecendo que o Welfare State foi introduzido por la nos tempos de Leif Ericson.
Pois pelo que eu vejo, a coisa vai mais ou menos dessa forma: o socialista fica deslumbrado com a riqueza muito superior desses países e, como todo bom esquerdista, logo imagina que isso é fruto de um "modelo", isto é, de medidas racionalmente concebidas e implantadas por tecnocratas, tudo de cima para baixo.
Daí propagandeia que deveríamos ter também esse "modelo" aqui, como se este fosse uma coisa tangível que pudesse ser copiada de lá e colada aqui, CTRL+C e CTRL+V mesmo. E que se isso não foi feito até hoje, é unicamente porque falta vontade política ou porque há interesses por trás.
O socialista age mais ou menos do mesmo jeito: dotado de uma mentalidade mágica, acredita que seu país ficará igual aos países ricos se copiá-los nos aspectos mais superficiais.
Se os socialistas pesquisassem um pouco, saberiam que não tanto tempo atrás historicamente a Suécia era um país pobre o suficiente para ser um grande exportador de imigrantes para os Estados Unidos, apesar de sua pequena população.
População pequena, ferro para os nazistas e petróleo norueguês são algumas respostas simples para explicar riqueza antes de elucubrar modelos.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Sim, mas para isso o economista tem que reconhecer que poupanca e producao nao consumida, e o que torna possivel o acumulo de capital.
Uma boa parte deles parece pensar que o consumo e o que deve ser estimulado. Consumo, na misteriosa contabilidade keynesiana, e igual a crescimento.
Marx recomendou um monte de medidas absurdas para países como Alemanha e Inglaterra, se tivesse acontecido a tal da revolução proletária, nem sei a que pé estaria a economia desses países, talvez mais gente tivesse morrido, e eles conseguiriam manter as aparências por um bom tempo.
A presença de sistema de tributação indireta não apresenta qualquer correlação necessária com a baixa propensão marginal a consumir. A presença exclusiva de sistema de tributação indireta pode implicar forte progressividade tributária ou forte regressividade tributária, dependendo da presença ou ausência de IVA e de como é feita a definição das alíquotas de diferentes tipos de bens.
Sem comentários para o espantalho.