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Morre Christopher Hitchens

RaphaelRaphael Administrador
Morre Christopher Hitchens, autor de 'Deus não é grande'
Escritor e jornalista britânico foi vítima de um câncer no esôfago.
Nos EUA desde 1981, ele morreu em Houston.

16/12/2011 05h30 - Atualizado em 16/12/2011 06h30
O escritor e jornalista britânico Christopher Hitchens, autor do célebre livro 'Deus não é grande', morreu em Houston (EUA) vítima de um câncer no esôfago, informa em sua edição digital a revista 'Vanity Fair'.

christopher-hitchens.jpg

Nascido em 1949 em Portsmouth (Reino Unido), Hitchens morreu na noite de quinta-feira (15) no hospital MD Anderson Cancer Center, em Houston, da mesma doença que levou seu pai.

A detecção da doença aconteceu quando o escritor promovia sua última obra, as memórias intituladas 'Hitch-22'.

Considerado um dos intelectuais mais polêmicos e influentes do cenário internacional nos últimos 30 anos, Hitchens se mudou para os Estados Unidos em 1981 e colaborou com as publicações mais prestigiadas nos dois lados do Atlântico: 'Vanity Fair', 'Slate', 'The Nation', 'The New York Review of Books', 'The Times' e 'National Geographic', entre outras.

Além de 'Deus não é grande', Hitchens também escreveu 'Cartas a um jovem contestador', 'A vitória de Orwell', 'O julgamento de Kissinger' e 'Amor, pobreza e guerra'.


Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/12/morre-christopher-hitchens-autor-de-deus-nao-e-grande.html

Comentários

  • 13 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Também escreveu "The missionary position", desmascarando a 'santa' Madre Teresa.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Aguardo comentários entusiasmados dos crentes sobre algum 'castigo de Deus'.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: Também escreveu "The missionary position"

    O duplo sentido do título já dá idéia do conteúdo.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    http://ateusdobrasil.com.br/p/57/
    A “Santidade” de Madre Teresa de Calcutá

    Publicado em 11 de janeiro de 2007 por Fernando Silva

    Madre Teresa de Calcutá é considerada uma santa. Assim a opinião pública decidiu — e daí para a frente sua santidade não foi mais questionada, fizesse ela o que fizesse. Pelo contrário, suas ações passaram a ser julgadas com base em sua reputação e não o contrário. Até o Vaticano, que via suas esquisitices com reservas, devido a seu tradicionalismo e oposição s mudanças introduzidas pelo Concílio Vaticano II, aceitou o “fato” e passou a capitalizar sobre sua imagem.

    O papa João Paulo II abriu o processo de sua beatificação a partir de um “milagre” ocorrido na Índia pouco tempo após sua morte, sem esperar os 7 anos regulamentares. A mídia americana evita criticá-la, por medo de serem acusados de conspiração com os judeus.

    Mas a verdade, que as pessoas preferem não saber, é que ela era uma fanática religiosa, de extrema direita, e o melhor que podemos supor a seu respeito é que ela acreditava no que fazia — mas também acreditava que os fins justificam os meios.

    A imagem que ficou dela é muito positiva. Talvez inspire favoravelmente as pessoas. Talvez as leve a lutar para fazer deste mundo um lugar melhor, a ser como elas pensam que foi Madre Teresa. Mas a verdadeira Madre Teresa não foi necessariamente uma santa. Assim como grande parte dos santos da Igreja Católica, sua fama provelmente se baseia mais em mitos que em realidade.

    Madre Teresa nasceu na Albânia e seu verdadeiro nome era Agnes Bojaxhiu. Sua organização, as Missionárias da Caridade, tem 4.000 freiras e 40.000 voluntários leigos. Sua fama começou com um filme sobre sua vida (e mais tarde um livro, “Something Beautiful for God”) feito pelo político inglês Malcolm Muggeridge em 1969. Malcolm era extremamente crédulo e se encantou com ela, a ponto de ver milagres ocorrendo durante as filmagens, como uma “aura” que apareceu no filme, na verdade o resultado do uso durante o dia de uma película mais apropriada para filmagens noturnas. Mas ele não quis saber de explicações técnicas…

    O inglês Christopher Hitchens preparou um documentário sobre suas atividades, com farto material filmado, transmitido pela BBC, e publicou um livro em 1995, “The Missionary Position: Mother Teresa In Theory And Practice”, onde chega conclusão de que ela apoiava os ricos e poderosos e tudo lhes perdoava, enquanto pregava obediência e resignação aos pobres. Seu trabalho provocou muitas reações de repúdio. Seus críticos citaram abundantemente os Evangelhos e o acusaram de crueldade com uma mulher idosa, santa e humilde — mas em nenhum momento contestaram os fatos apresentados.

    O livro cita, por exemplo:

    Sua abjeta bajulação a todas as ditaduras sangrentas do mundo, principalmente as direitistas, como a de Franco, na Espanha, os Duvalier, no Haiti, Enver Hoxha, na Albânia e os esquadrões da morte na Nicarágua e Guatemala. Há registros em filme de suas visitas a esses países e do modo servil como posava ao lado de seus ditadores (ou levava flores para seus túmulos).

    O modo como aceitava dinheiro e favores de ladrões e corruptos. Um dos casos mais famosos é o de Charles Keatings, do Lincoln Savings and Loan, da Califórnia. Charles era um católico fundamentalista. Foi condenado a 10 anos de prisão por roubar em torno de 252.000.000,00 dólares de 17.000 fundos de aposentadoria de gente humilde. Mas deu a ela mas de um milhão de dólares e lhe emprestava com frequência seu avião particular. Em troca, ele fazia uso de seu prestígio como “santa”.

    Quando a fraude — e os donativos — foram descobertos, ela enviou ao juiz (Lance Ito, o mesmo do caso O. J. Simpson) uma carta no estilo “freirinha ingênua”, bem diferente de seus outros escritos, em que pintava o acusado como um homem bom que sempre ajudara os pobres. Pedia ao juiz que olhasse no fundo de seu coração antes de emitir seu julgamento e se perguntasse o que Jesus faria naquele caso. O promotor, Paul W. Turley, respondeu-lhe explicando que o dinheiro que ela tinha recebido era produto de roubo e deveria ser devolvido, já que representava as economias de toda a vida de milhares de pessoas humildes. E perguntava a ela o que Jesus faria se recebesse um dinheiro como aquele. Não teve resposta.

    Quando a Irlanda organizou um referendo popular para decidir a continuidade ou não da proibição ao divórcio, Madre Teresa voou até lá e fez veementes discursos exortando o povo a votar a favor da proibição. Entretanto, quando sua amiga, a princesa Diana, se divorciou, ela declarou publicamente: “Foi melhor assim. Ela não era feliz nesse casamento”. Fica a dúvida se, neste caso, ela falou com o coração ou se, para os poderosos, tudo é permitido.

    Quando a fábrica da Union Carbide explodiu em Bhopal, matando milhares de pessoas, ela saiu pelo país dizendo: “Perdoem, perdoem, perdoem”. Tudo bem se perdoar a negligência de uma multinacional. Mas, aparentemente, não há perdão para uma pobre mãe que se divorcia do marido bêbado que a espanca e abusa dos filhos.

    Ela sempre foi radicalmente contra todo e qualquer controle da natalidade. Quando lhe perguntaram se não nasciam crianças demais na Índia, ela respondeu: “Não concordo. Deus sempre provê. Provê para flores e os pássaros, para tudo o que ele criou. E as criancinhas são sua vida. Nunca nascerá o bastante”. É de se perguntar qual a função das Missionárias da Caridade, neste caso.

    As pessoas enviavam a ela milhões e milhões de dólares em donativos para que ela construísse seus hospitais. Apenas numa conta nos EUA, havia mais de 50 milhões de dólares. O resto estava espalhado pelo mundo (menos na Índia, onde ela teria que prestar conta pelo que recebia). Entretanto, esse dinheiro era usado para construir novos conventos da ordem pelo mundo. Quando ela morreu, as irmães já estavam instaladas em 150 países.

    Seus hospitais eram, na verdade, galpões rústicos e mal equipados onde as pessoas iam para morrer. Não havia médicos nem higiene e os “diagnósticos” eram feitos por leigos, como as irmãs e os voluntários. E não havia interesse em se encaminhar os doentes para hospitais de verdade. A idéia era a de que se deitassem nas macas ou no chão e sofressem até morrer. Em todos eles havia um quadro na parede que dizia: “Hoje eu vou para o Céu”.

    Faltava morfina, anestésicos e antibióticos. Apesar dos milhões nos bancos, que permitiriam a contrução de hospitais-modelo, a economia era a palavra de ordem. As injeções, quando havia o que injetar, eram feitas com agulhas lavadas na torneira e que eram usadas até ficarem rombudas e provocarem enorme sofrimento nos doentes. Penalizadas, as voluntárias pediam dinheiro para comprar agulhas novas mas as irmãs insistiam na virtude da pobreza. E quando uma irmã ficava doente? “Reze”, era a resposta.

    Aliás, Madre Teresa dava grande importância ao sofrimento. Dizia que o sofrimento dos pobres purificava o mundo e que eles davam um belo exemplo (e, naturalmente, não fazia nada para reduzí-lo). Será que alguém perguntou a opinião dos pobres? Note-se, contudo, que quando ela própria ficava doente, corria a internar-se nos melhores e mais caros hospitais, jamais em suas “Casas de Moribundos”.

    Para sermos honestos, Madre Teresa nunca afirmou que seu objetivo era dar assistência médica. São as pessoas que se auto-iludem. Assim, elas têm a quem enviar seus donativos, sem perguntar o que é feito deles, e podem aliviar sua própria consciência e seu sentimento de culpa pela pobreza do Terceiro Mundo. É claro que Madre Teresa nunca fez nada para desmentir esta falsa impressão.

    Madre Teresa dizia que a AIDS era o castigo de Deus por um comportamento sexual inadequado (o que não explica por que esposas fiéis também pegam AIDS de seus maridos e crianças pegam de suas mães).
    Apesar de toda sua fortuna, Madre Teresa insistia em manter a imagem de uma ordem de irmãs pobres e mendicantes. Tudo tinha que ser mendigado a cada dia: comida, roupas, serviços. Se a coleta fosse pequena, comia-se menos. Em certa ocasião, as irmãs receberam um grande carregamento de tomates e, para que não se estragassem, fizeram extrato. Foram severamente repreendidas por Madre Teresa: “Quem guarda comida de um dia para o outro, está duvidando da Providência Divina”.

    Ela procurava manter uma imagem pública de pessoa humilde — mas não via nada de mais em aceitar as ofertas para viajar de primeira classe que as linhas aéreas lhe faziam. E foi assim que ela viajou a Roma para o seu primeiro encontro com o papa. Ao desembarcar, vestiu seu humilde sari e tomou um ônibus. É claro que, no dia seguinte, todos os jornais a retrataram como a freirinha humilde que andava de ônibus e se vestia pobremente, sem se perguntar como é que ela teria conseguido viajar até a Itália.

    Agora o Vaticano quer beatificá-la s pressas, sem esperar que se passem os 7 anos regulamentares de sua morte para iniciar o processo. E o milagre que foi aceito como evidência de sua santidade é, no mínimo, supeito: Monica Besra, 30 anos, analfabeta, da aldeia de Dangram, a noroeste de Calcutá, em 1998, um ano após a morte de Madre Teresa, se disse curada de um tumor no ovário após tocá-lo com uma medalha da “santa”.

    Os médicos do hospital Balurghat afirmam que a cura foi resultado do tratamento a que ela foi submetida e nem seu marido, Seiku Murmu, acredita nela. Em agosto de 2001 o “milagre” foi informado ao Vaticano e aceito duas semanas depois, tendo início o processo de beatificação. A irmã Betta, das Missionárias da Caridade, pediu para ver o prontuário da paciente, onde sonografias e relatórios mostravam a evolução do tratamento, e agora se recusa a devolvê-lo ou a fazer comentários.

    Fontes: Christopher Hitchens – “The Missionary Position: Mother Teresa In Theory And Practice” e notícias diversas na Internet
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Assim como Carl Sagan morreu "novo", digamos.
  • Os cretes vão dizer que é praga de Deus.
  • querosaber disse: Os cretes vão dizer que é praga de Deus.

    Minha praga é que todos os crentes morrerão. Dou 100% de certeza.
    O preto véio aqui é forte....
  • Fernando_Silva disse: ...enquanto pregava obediência e resignação aos pobres.

    Ela era indiana, na Índia ,até onde eu sei, existe a crença no carma, castigo ou sofrimento que alguém tem de passar para "evoluir".
    Não é lá onde existe o sistema de castas? Onde a pessoa tem de aceitar seu destino com resignação?
    Interessante notar que apesar dela ser católica, ela carregava consigo uma mistura de crenças espiritas/budistas.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Neuromancer disse: Ela era indiana, na Índia ,até onde eu sei, existe a crença no carma, castigo ou sofrimento que alguém tem de passar para "evoluir".

    Ela dizia que o sofrimento dos pobres era benéfico para a humanidade.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Neuromancer disse: Ela era indiana, na Índia ,até onde eu sei, existe a crença no carma, castigo ou sofrimento que alguém tem de passar para "evoluir". Não é lá onde existe o sistema de castas? Onde a pessoa tem de aceitar seu destino com resignação? Interessante notar que apesar dela ser católica, ela carregava consigo uma mistura de crenças espiritas/budistas.

    Ela nasceu na Macedônia, filha de pais albaneses e foi para a Índia jovem, mas já adulta.
    Difícil acreditar que suas posições fossem influenciadas por algum tipo de sincretismo com o hinduísmo, mesmo porque o formato real desta religião - inclusive o conceito de Karma - é muito diferente das versões esotéricas ocidentais, como o espiritismo kardecista e misticismo New Age.

    Mais provável que em meio ao inferno na Terra que devia ser Calcutá nos anos vinte e trinta, a única resposta de um religioso cristão era confiar na outra vida, porque esta, naquele lugar, tava condenada a ser uma merda mesmo.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando_Silva disse: eram feitas com agulhas lavadas na torneira e que eram usadas até ficarem rombudas e provocarem enorme sofrimento nos doentes. Penalizadas, as voluntárias pediam dinheiro para comprar agulhas novas mas as irmãs insistiam na virtude da pobreza

    Sadismo?

  • Acauan disse: Mais provável que em meio ao inferno na Terra que devia ser Calcutá nos anos vinte e trinta, a única resposta de um religioso cristão era confiar na outra vida, porque esta, naquele lugar, tava condenada a ser uma merda mesmo.

    isso de alguma forma se aplica em muitos lugares, por isso ha religiões
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