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Morre o ditador Kim Jong-il, da Coreia do Norte
PYONGYANG e SEUL - A TV estatal da Coreia do Norte informou nesta segunda-feira que o governante do país, Kim Jong-il, morreu no último sábado, às 8h30m (horário local, 21h30m de sexta-feira pelo horário de Brasília). O ditador, de 69 anos, enfrentava sérios problemas de saúde e já tinha sofrido um derrame, em 2008. Segundo fontes, ele estava em estado de apoplexia há alguns meses. De acordo com um despacho norte-coreano publicado pela agência sul-coreana Yonhap, Kim morreu por causa de "fadiga mental e física" e teve um ataque cardíaco durante uma viagem.
O anúncio da morte do ditador, que governou o país com mão de ferro por 17 anos, foi transmitido pela TV estatal com um pronunciamento emocionado de uma apresentadora vestida de preto: "Nosso grande líder morreu".
O ditador morto sábado - que recebeu o comando da Coreia do Norte de seu pai - já havia escolhido o mais novo de seus três filhos, Kim Jong-un, para sucedê-lo. A TV estatal anunciou oficialmente: "Kim Jong-un é o grande sucessor e líder do partido (dos Trabalhadores), das Forças Armadas e do povo"
Mas há desconfianças sobre o futuro político do país comunista, que há anos vive uma séria crise econômica e fortes tensões com os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, países que Kim Jong-il já ameaçou atacar.
Reações tensas nos vizinhos e nos mercados
As forças armadas sul-coreanas entraram em alerta e a bolsa de Seul - país constantemente ameaçado pela Coreia do Norte - teve forte baixa após o anúncio da morte do ditador. Motivo: as incertezes envolvendo o vizinho comunista. O governo sul-coreano convocou uma reunião de emergência.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca informou que está monitorando de perto a situação. O presidente Obama e seu colega sul-coreano, Lee Myung-bak, conversaram por telefone logo após o anúncio da morte do ditador.
No Japão, o primeiro-ministro Yoshihiko teve uma reunião especial de segurança com seu gabinete e disse a seus ministros que se preparassem para qualquer circunstância inesperada, incluindo uma queda acentuada das bolsas ou "questões fronteiriças". Ao mesmo tempo, o governo japonês expressou condolências pela morte do ditador norte-coreano.
"O governo expressa suas condolências após o anúncio repentino da morte inesperada do presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte, Kim Jong-il. O governo japonês espera que isso não tenha consequências negativas para a paz e a estabilidade na península coreana", disse o comunicado.
Na Austrália, o ministro do Exterior, Kevin Rudd, pediu "calma" aos governos da região para manter a situação controlada perante a "ambiguidade e incerteza" provocadas pela morte do líder norte-coreano.
O governo chinês, país da região que tem as melhores relações com o regime norte-coreano, expressou condolências e disse que continuará buscando com a Coreia do Norte "a establidade regional".
Um líder exótico, mas perigoso
A morte de Kim Jong-il, considerado um líder exótico mas que vinha dando muita dor de cabeça ao ocidente por seu programa nuclear, pode amenizar ou agravar a situação no país comunista, que busca ter armas nucleares e sofre um embargo econômico liderado pelos EUA, enquanto a maior parte de sua população vive na miséria. Há quem acredite que o país poderia enfrentar uma convulsão social após a morte de seu "líder supremo".
A questão da sucessão norte-coreana sempre foi tão sigilosa que só o círculo familiar imediato e confidentes do dirigente tem alguma noção clara da situação. Na Coreia do Sul, por outro lado, especulações sobre a saúde de Kim e sua sucessão sempre foram um assunto recorrente.
O provável sucessor, Jong-un, nasceu no final de 1983 ou começo de 84 e foi educado em Berna, na Suíça. Segundo amigos, era um aluno inteligente e sociável na adolescência. Aprendeu basquete com um israelense e é fã de mangás japoneses e de Arnold Schwarzenegger. Porém, sua juventude sempre foi considerada uma barreira à sua ascensão, numa sociedade que tradicionalmente preza a experiência dos mais velhos. No ano passado, porém, com menos de 30 anos de idade ele foi nomeado general de quatro estrelas e vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores.
A mídia diz que o filho mais velho de Kim, Jong-nam, com mais de 40 anos - e que apareceu desleixado e obeso em um filme - sempre esteve fora do páreo. Já o segundo, Jong-chol, seria considerado fraco demais para governar. A agência Yonhap disse que Jang Song-taek, cunhado de Kim e dirigente do partido, atuaria como "tutor" do sucessor Kim Jong-un.
O funeral
Kim Jong-il, o ditador exôtico que morreu sábado, era o filho mais velho de Kim Il-Sung, o fundador da Coreia do Norte comunista e idolatrado no país, numa linha de cunho stalinista. Segundo a propaganda oficial, quando Kim Jong-il nasceu, em 1942, surgiram no céu uma estrela e um arco-íris duplo. Desde então, o monte Paekdu, onde teria nascido, é um lugar sagrado. Na Coreia do Sul e no ocidente, no entanto, a versão é diferente: o ditador que morreu sábado teria nascido num campo de treinamento guerrilheiro russo, a partir de onde seu pai empreendeu a guerra de resistência contra o Japão, até 1945.
Após obter um diploma universitário, em 1964, Kim Jong-il fez carreira dentro do Partido dos Trabalhadores. Já em 1980 foi designado por seu pai o sucessor no comando do país. Porém, só em 1994, após a morte do pai, assumiu o controle do Partido dos Trabalhadores e o comando de fato das Forças Armadas.
A agência oficial KCNAO informou que o funeral do ditador será em 28 de dezembro, em Pyongyang, com o país comunista de luto até 29 de dezembro. O ditador deverá ser enterrado no Palácio Memorial de Kumsusan, onde também fica o mausoléu de seu pai .
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Comentários
Coisas da fé comunista.
http://imageshack.us/photo/my-images/178/48208047759e26914fdnq0.jpg
Onde houver fé, levarei a dúvida!
comunismosocialismo deu certo?Aliás, a versão oficial é que o cara morreu devido a um 'grande esforço físico e mental'.
Ou seja, o segundo rei da monarquia comunista morreu no trono:
Nas imagens de satélite à noite, a Coreia do Norte aparece apagada, em contraste com a do Sul, toda iluminada.
http://arquivoetc.blogspot.com/2011/12/ja-foi-tarde-elio-gaspari.html
Quem não chorou o bastante agora está sendo enviado a campos de concentração por pelo menos 6 meses, conforme o jornal sul-coreano "Daily NK".
Uma fonte não identificada da Coréia do Norte disse que o governo está organizando "sessões de críticas" para os transgressores.
Não se sabem quantos serão, mas podem chegar a milhares. Atualmente, há mais de 200 mil nos campos, onde sofrem de má nutrição.
Quanto ao novo ditador, seus feitos são proclamados nas ruas por carros de som de 7 da manhã às 7 da noite.
Comunicado bem ao estilo do Ministério da Fartura...
A Coréia do Norte parece o regime atual mais próximo do 1984 de George Orwell, inclusive com seu Grande Irmão imortal, que morre mas é imediatamente substituído por um filho que encarna o espírito do antecessor e antepassado.
Curioso é que há sites brasileiros glorificando a Coréia do Norte, seu regime e líderes.
O PC do B fez isto oficialmente com a Albânia do Enver Hoxha, a Coréia do Norte dos anos 80, mas hoje este partidinho tá mais ocupado em mamar nas tetas que sobram dos petistas.
Fico pensando o que motiva estes mentecaptos, já que qualquer comunista minimamente são (até onde possível) quer distância de comparações com aquele bando de gangstêrs travestidos de políticos.
Deve ser algum pensamento do tipo, se todo mundo é contra é porque deve ser bom ou se todo mundo é contra, vou dizer que é bom para ser mais comunista que os outros ou sei lá...
Coisa de doido, mesmo,
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
"A Coreia do Norte, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, é o único país do mundo onde o acesso a Internet é inteiramente proibido,[1] sendo somente autorizados alguns participantes da elite do governo norte-coreano."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_na_Coreia_do_Norte
Está explicado...
Acredito que um sistema assim seja insustentável. Não tem como continuar indefinidamente.
Isso parece não corresponder à realidade. Nas regiões de fronteira existe acesso às informações chinesas ou sul-coreana. Pode até existir uma "tolerância" em trocas "comerciais" nessas regiões.