I Samuel 15

Fenrir

Acauan:
"A Bíblia em I Samuel 15 diz que Deus deu ordem expressa e direta para que os soldados de Israel perpetrassem um massacre do qual crianças de peito não deveriam ser poupadas."

Crente:
"Mas o contexto, mimimimi mimimimi..."

Fenrir:
"Não existe contexto algum que justifique a matança de crianças de peito."


Não entendeu? Sem problemas:

Infanticídio é algo vil, sujo, imoral

Não interessa se foi a mando divino ou do capeta.
Se foi ordem, pedido, sugestão ou coação.
Se foi perpretado por xiitas, judeus ou jedaístas.
Se foi em 500 A.C. ou 1990 D.C.
Se foi em Israel, Palestina, império Maia, Indonésia ou Alderaan.

Fenrir

Diz aí, crente, você que é especialista em interpretações e contextualizações: Como eu arranjo um contexto que justifique um enriquecimento ilícito e aposentadoria precoce?
Afinal, isto é fichinha em comparação infanticídio.
Me ajuda aí, eu quero grana fácil.

Botanico

Como espírita, vejo frequentemente nas obras apologéticas cristãs a citação de que falar com os mortos é ABOMINAÇÃO contra o Senhor. E aí eu costumo usar esse texto para demonstrar que um Deus tão abominável como esse em quem os cristãos acreditam não tem moral alguma para falar em abominação.

Johnny

...ou jedaístas...Alderaan....

Fernando_Silva

Botanico disse: Como espírita, vejo frequentemente nas obras apologéticas cristãs a citação de que falar com os mortos é ABOMINAÇÃO contra o Senhor.

E eu me pergunto por que o profeta Samuel atendeu ao chamado da mãe-de-santo contratada pelo rei Saul e voltou dos mortos para falar com ele. Mas não era proibido?

Fenrir

Neste caso específico o Senhor Javé permitiu. Ou melhor, Ele quis que fosse assim.

Acauan

Fenrir disse: Crente:
"Mas o contexto, mimimimi mimimimi..."

Algumas das desculpas esfarrapadas inventadas por crentes para tentar justificar massacres de bebês ordenados por Deus não se diferem em nada do discurso nazista.

Cameron

Acauan disse: Algumas das desculpas esfarrapadas inventadas por crentes para tentar justificar massacres de bebês ordenados por Deus não se diferem em nada do discurso nazista.

Eu não vejo o menor problema que pessoas no uso de sua liberdade se reunam para ficar cantando ou fazendo outros ritos religiosos, que acreditem que existe um criador para o universo.

O que não entra na minha cabeça de jeito nenhum é ver pessoas boas, honestas e decentes que jamais apoiariam atrocidades, que nunca louvariam um genocida e que se revoltariam contra o assassinato de crianças simplesmente "desligarem" seu senso crítico e moral bastando que tais monstruosidades venham embrulhadas em um "livro sagrado" ou o autor delas receba a alcunha de "Deus".

Botanico

Sabe, Cameron...
O pessoal cético militante vive jogando pedras nas religiões e nos religiosos, acusando-os de mentirosos por tais e quais razões (justificadas). No entanto eu fiquei muito chateado com eles quando os peguei mentindo para defender a fé cética.
Como vê, o "desligamento" por você sugerido também acontece nas mentes brilhantes do pessoal cético sábio, culto, racional e inteligente.

Uma pena

ENCOSTO

Qual cético mentiu? Se mentiu, não fala por mim.

Acauan

Botanico disse: O pessoal cético militante vive jogando pedras nas religiões e nos religiosos, acusando-os de mentirosos por tais e quais razões (justificadas). No entanto eu fiquei muito chateado com eles quando os peguei mentindo para defender a fé cética.

Botanico,

O qualificativo "militante" adicionado a qualquer subgrupo indica por si só que os enquadrados nele defendem e propagam um partidarismo.
Errado é considerar militante qualquer um que assuma uma posição.

Mig29

Ateu fanático é uma pena, mas não interessa para o caso.

A religião não constitui por si um problema. O que me intriga é a capacidade de justificar atrocidades. Porém, esta capacidade não se fica pela religião. Acauan, referiu o discurso nazi, podiam incluir-se muitos mais.
Quando atentos, veremos que pode ocorrer connosco, em algum momento, por algum motivo, justificamos a atrocidade.

Acauan

Mig29 disse: Quando atentos, veremos que pode ocorrer connosco, em algum momento, por algum motivo, justificamos a atrocidade.

Exato.
Neste ponto a ética cristã aplicada independente de crenças místicas é muito válida, uma vez que ordena o exame da própria consciência antes de julgar os outros.

Cameron

Acauan disse: O qualificativo "militante" adicionado a qualquer subgrupo indica por si só que os enquadrados nele defendem e propagam um partidarismo.
Errado é considerar militante qualquer um que assuma uma posição.

Exato, a menos que alguém considere expressar opiniões a respeito de um determinado assunto em fóruns dedicados ao tema como militância, eu não me considero militante, uma vez que meus vizinhos e amigos sequer sabem que sou cética, não por vergonha de minha parte uma vez que prezo muito a minha liberdade de expressão e sim pelo fato do assunto não aparecer e eu não ter a mínima vontade de provocá-lo.

Cada coisa em seu lugar, simples assim.