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Bolsa família dá LUCRO

Alguns desperdiçam as oportunidades, a maioria aproveita e MELHORAM de vida.

O discurso conservador sempre disse que o aumento real do saláio mínimo ia quebrar a previdência social. Baseado nesta concepção os conservadores faziam questão de que o salário mínimo FOSSE o mínimo possível.

O aumento real e constante do salário mínimo no governo do PT faz com que o Brasil cresça e se desenvolva.

O problema real do INSS não são as aposentadorias. É a sonegação. Como o dinheiro da sonegação fica no bolso de determinadas pessoas os conservadores fazem leis que DIFICULTAM a punição destas pessoas. É a grande aliança conservadora em ação.

Já o Bolsa Família, chamado Bolsa esmola pelos adversários e inimigos do PT, dá lucro para o Brasil.

O governo federal investe por volta de R$ 60 bilhões de reais por ano neste programa. Este dinheiro gira na sociedade. Movimenta a economia, gera impostos, empregos, mais impostos, mais empregos e no fim o que é arrecadado é MAIS do que o que foi investido.

Isto mesmo: o Bolsa Família dá lucro.

O Bolsa Família Milionária dá prejuízo. Saiba mais sobre este "programa": http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/09/o-bolsa-familia-milionaria-e-muito.html

Já o Bolsa Família dá lucro.

Recebi uma mensagem de um sujeito que conseguiu emprego em uma empresa que está aumentando a produção da abastecer o programa Minha Casa Minha Vida.

O dinheiro colocado nos programas sociais caminha por toda a sociedade. É isto que faz a economia se fortalecer.

Bolsa família move o comercio do Brasil , pois distribui renda na mãos dos pobres que vão poder comprar e comercializar esse dinheiro, é bom até para o capitalismo. O sujeito recebe o dinheiro do Bolsa Família, compra no mercadinho que contrata mais empregados, compra mais das fábricas, a fábrica compra mais matérias primas e contrata motorista para distribuir mais produtos, a mulher do motorista compra produtos da vendedora da Avon, que paga o cabelereiro, que contrata um seguro saúde, que faz convênio com um laboratório, que contrata mais um biomédico, etc, etc, etc.

Quantas pessoas estão emrpegadas graças ao Bolsa Família?

Muita gente.

O bolsa família dá lucro.

O que precisamos é acabar com o "Bolsa Família Milionária", que são as dezenas de formas dos mais ricos NÃO PAGAREM IMPOSTOS.

Sobre este "programa" os conservadores e seus comentaristas comprados não falam nada...
Post edited by querosaber on
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Comentários

  • 25 Comentários sorted by Votes Date Added
  • querosaber disse: Já o Bolsa Família, chamado Bolsa esmola pelos adversários e inimigos do PT, dá lucro para o Brasil.

    Não sou inimigo do Pt, e isso é bolsa esmola sim.
    Lula veio com aquela balela falando sobre dignidade em pegar o dinheiro com um cartão no caixa eletrônico, não há dignidade nenhuma em receber algo de graça.
    Dinheiro ganho de graça porque se necessita chama-se esmola. Não tem outro nome.
    Que se coloque gente para cavar um buraco e outro para cobrir o mesmo buraco, pague bem se convier, mas de graça não.

    Quer contruir um país digno?
    Fortaleça o trabalho pagando bem para quem o faz.


  • Lula antes de assumir a criação do presidente "neoliberal" que se inspirou em outro "neoliberal", este um representante do "imperialismo".
    A essência da intolerância é recusar aos outros os direitos que você exige para si próprio. Tal intolerância é inerentemente incompatível com a liberdade, embora muitos esquerdistas fiquem chocados de serem considerados oponentes da liberdade. (Thomas Sowell)
  • Neuromancer disse: Quer contruir um país digno?
    Fortaleça o trabalho pagando bem para quem o faz.
    Para mim o Bolsa Esmola não passa de compra de voto legalizada, e pessoas que venderam seus votos por R$ 60,00 (valor do Bolsa Esmola na reeleição de Lula) não tem a menor dignidade para censurar o deputado que vendeu seu voto no escândalo do mensalão por valores muito acima disso.

    Come with me if you wanna live.
  • querosaber disse: O discurso conservador sempre disse que o aumento real do saláio mínimo ia quebrar a previdência social. Baseado nesta concepção os conservadores faziam questão de que o salário mínimo FOSSE o mínimo possível.

    Impossível isso ocorrer. A previdencia já estava quebrada desde o tempo do Vale Leite.

    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    querosaber disse: O problema real do INSS não são as aposentadorias. É a sonegação.

    O problema do INSS são as aposentadorias do setor público, cujos funcionários se aposentam com salário integral, sem teto e recebem como benefício muitas vezes mais do que o montante com o qual contribuíram, diferente dos aposentados pela iniciativa privada que em média recebem muito menos do que quando na ativa.
    querosaber disse: Já o Bolsa Família, chamado Bolsa esmola pelos adversários e inimigos do PT, dá lucro para o Brasil.

    Ao contrário do que dizem os clichês da propaganda ideológica, muitos liberais defendem o bolsa família como o melhor modo de reduzir a miséria absoluta.
    Basta comparar os programas atuais de auxílio direto com os antecessores, como por exemplo distribuição de cestas básicas:
    No caso das cestas, montava-se uma autarquia estatal para administrar o programa, esta autarquia contratava milhares de funcionários para cadastrar os beneficiários, comprar, armazenar e distribuir as cestas básicas. Nisto a grande maioria das verbas ia para os salários dos nababos estatais, para o bolso dos empresários que engordavam os preços via corrupção, para o estômago dos ratos que consumiam os produtos que ficavam apodrecendo nos armazéns e para as casas de funcionários e transportadores ladrões que sempre davam um jeito de surrupupiar uma cesta aqui e outra ali. Como resultado da lambança, de cada mil dólares investidos no programa de cestas básicas, alguns centavos iam terminar beneficiando quem de fato precisava e que no fim recebia um pacote de alimentos que jamais compraria se pudesse escolher.

    Com os programas de auxílio direto o dinheiro é sacado pelo próprio beneficiário, praticamente sem custo intermediário, que compra o que quiser e bem entender com ele. Se gastar tudo em cachaça, a desculpa para manter a lambança dos programas tutores, problema dele.

    Simples e cristalino, como o liberalismo ensina.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    querosaber disse: O bolsa família dá lucro.
    O que precisamos é acabar com o "Bolsa Família Milionária", que são as dezenas de formas dos mais ricos NÃO PAGAREM IMPOSTOS.
    Sobre este "programa" os conservadores e seus comentaristas comprados não falam nada...

    A indigência intelectual do discurso de propaganda ideológico é de dar pena.

    Para além das patacoadas ditas no post de abertura, que para nada serve além de puxar o saco do partido no governo, os programas de auxílio direto tem sim um efeito econômico benéfico de longo prazo, ao contrário dos críticos que negam isto também por razões ideológicas.

    Como dito, o texto de abertura é um arrazoado de bobagens.
    Efeito multiplicador, que é o resumo da coisa, ocorre toda vez que poupança se transforma em consumo, assim, até a corrupção e o tráfico de drogas pode ativar a economia caso os corruptos e traficantes gastem o dinheiro obtido no Brasil. Obviamente que efeito multiplicador é insuficiente para criar economias sustentáveis, se fosse tão simples, a fórmula da riqueza seria quanto mais consumo mais prosperidade, o que contraria o senso de qualquer pessoa normal que entende que o consumo só gera riqueza se na outra ponta alimentar um eficiente sistema de produção - o que geralmente não ocorre com programas estatais, mas este é outro assunto. Caso não haja esta correspondência entre aumento de consumo e de produção o resultado final é aumento dos índices de inflação e não crescimento econômico. Já vimos este filme.

    O verdadeiro benefício do bolsa família, para além da pobreza das picuinhas o PT é bom, o bolsa família é bom x o PT é ruim, o bolsa família é ruim, é que programas de auxílio direto corrigem as distorções do mercado de trabalho nas regiões miseráveis.

    Nestas regiões o valor do trabalho não é definido pela lei da oferta e da procura, pois há um oligopólio da oferta, que explora a necessidade extrema para manter os salários no nível mínimo de sobrevivência.
    As leis do mercado - segundo o liberalismo clássico - deveriam corrigir isto com o tempo, mas a experiência demonstra que esta situação cria uma cultura perniciosa que deprecia o valor do trabalho, não apenas financeiramente, mas também moral, cultural e psicologicamente, o que prende o mercado de trabalho em um círculo vicioso.

    Programas como o bolsa família contribuem nestas regiões para elevar os salários acima do nível mínimo de subsistência, uma vez que obviamente ninguém se disporá a trabalhar para receber um valor inferior ao que pode receber gratuitamente.
    O efeito direto imediato é a quebra dos oligopólios de oferta de renda e o efeito indireto de longo prazo - o melhor de todos - é alimentar a cultura do valor do trabalho, criando nas novas gerações a associação entre trabalho e progresso individual, não mais entre trabalho e sofrimento para sobrevivência imediata e miserável.

    Não há, a priori, conflito entre o liberalismo e programas como o bolsa família. E isto não é de hoje. Quem leu Adam Smith (a esquerda, em geral, não lê nem Karl Marx) sabe que a necessidade do capitalismo atender demandas sociais já é comentada em A Riqueza das Nações.

    Mas é esperar demais que na bobajada do discurso de propaganda ideológico, seja de direita ou esquerda, o nível suba acima das profundezas do pântano.




    Post edited by Acauan on
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Acauan disse:Com os programas de auxílio direto o dinheiro é sacado pelo próprio beneficiário, praticamente sem custo intermediário, que compra o que quiser e bem entender com ele. Se gastar tudo em cachaça, a desculpa para manter a lambança dos programas tutores, problema dele.
    Na minha firma, durante anos se distribuiu cesta básica aos funcionários. O problema era que vinha um monte de coisas que nem todos queriam, tipo uns 8kg de açúcar e apenas 2kg de feijão. Além disto, as embalagens às vezes arrebentavam, a caixa era pesada e difícil de levar para casa, a armazenagem era problemática e sujeita a ataque de ratos, ocupava vários funcionários etc.

    Hoje, um valor fixo é disponibilizado todo mês num cartão de débito que pode ser usado em supermercados, num processo automatizado.
  • HuxleyHuxley Membro
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    querosaber disse: O problema real do INSS não são as aposentadorias. É a sonegação. Como o dinheiro da sonegação fica no bolso de determinadas pessoas os conservadores fazem leis que DIFICULTAM a punição destas pessoas. É a grande aliança conservadora em ação.

    Tadinho de nossos velhinhos, eles têm tão poucos benefícios estatais:

    Untitled.png

    Previdencia.png

    Fonte: http://maovisivel.blogspot.com/2011/08/quer-ficar-preocupado.html

    Post edited by Huxley on
  • Me chamem de radical de direita se quiserem, mas eu só consigo encarar dinheiro doado e dignidade humana na mesma frase como contradição.

    Façam esse pessoal trabalhar um dia sequer em alguma benfeitoria pública como limpeza de praças ou algo parecido e pague o benefício por esse único dia de trabalho que já fica muito melhor.

    É questão de se criar em nosso país uma cultura de valorização do trabalho ao invés dessa perniciosa e retrógrada cultura de privilégios com todos brigando para puxar a brasa para sua sardinha e que se dane o resto.
    Come with me if you wanna live.
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Cameron disse: Me chamem de radical de direita se quiserem, mas eu só consigo encarar dinheiro doado e dignidade humana na mesma frase como contradição.
    Eu não diria melhor.

    emoticon45.gif
    Cameron disse: Façam esse pessoal trabalhar um dia sequer em alguma benfeitoria pública como limpeza de praças ou algo parecido e pague o benefício por esse único dia de trabalho que já fica muito melhor.

    Incentivar o trabalho. Isso sim é digno.
    Cameron disse: É questão de se criar em nosso país uma cultura de valorização do trabalho ao invés dessa perniciosa e retrógrada cultura de privilégios com todos brigando para puxar a brasa para sua sardinha e que se dane o resto.

    emoticon45.gifemoticon45.gif
    Post edited by Neuromancer on
  • O que pega é justamente a ideologia de que as pessoas são boas e não trabalham porque não podem, que são exploradas e talz. Ninguém lembra nessa hora dos irresponsáveis que têm filhos aos montes sem ter como criá-los. O sujeito enche a casa de filhos e quando eles começam a passar fome, pôe a culpa na sociedade injusta e insensível. O sacana quer passar a obrigação dele para os outros. Sou contra dar incentivos baseados em número de filhos, nisso concordo com a china em seu programa de incentivo ao filho único.
  • BuliwyfBuliwyf Membro
    edited março 2014 Vote Up0Vote Down
    .
    Post edited by Buliwyf on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down

    Stupid op is stupid.

    Nao vejo muito a acrescentar aos comentarios ja feitos sobre o que foi postado pelo autor do topico.

    Apenas apontar que a ideia principal nao foi defender o programa por suas pretensas virtudes humanistas.

    A ideia, explicita no titulo, foi a de dizer que o programa da lucro.

    Nao ficou claro o que o autor quis dizer com lucro.
    Ora ele falou de crescimento economico ("lucro" para o povo), ora de arrecadacao de impostos (lucro para o governo).

    Num trecho ele parece sustentar que o programa gera mais renda em impostos do que ele custa. Isso e uma temeridade tao inconsequente que sequer merece ser considerada.

    E a falacia do "movimento do dinheiro na economia", que confunde todo mundo, ate economistas bem menos ignorantes do que o camarada ai.

    O bolsa familia nao gera lucro. Porque simplesmente nao pode gerar.
    Se gerasse era bem facil, bastava aumentar o bolsa familia para mil reais, e depois para 10 mil, ate 1 milhao de reais, sem nunca incorrer em um problema de balanco, ja que afinal, ele gera "lucro".
    Como a economia cresce e pode pagar por um bolsa familia cada vez maior, entao temos uma maquina do eden.

    Para resolver essa falacia e importante lembrar, mais uma vez, que a economia e baseada em bens consumiveis e o capital que os produz, e nao em dinheiro, que e apenas o meio empregado de troca.

    Criar ou transferir dinheiro nao tem qualquer efeito magico sobre o estoque de coisas economicas que podem ser trocadas por meio dele. O efeito e apenas a distribuicao de poder de decisao entre a populacao sobre o que fazer com esse estoque.

    O que o bolsa familia faz entao e transferir uma capacidade de consumo e poupanca.
    Pessoas que nao podiam consumir ou poupar num certo nivel passam a poder. Pessoas que antes podiam consumir ou poupar num certo nivel passam a poder menos.

    Se esse dinheiro for transferido de pessoas que poupam mais para pessoas que consumem mais, o que em geral e o caso, havera aumento do consumo total, e correspondente diminuicao da poupanca.

    Aumento do consumo nao e crescimento. Crescimento deve ser medido pelo aumento da capacidade de producao e dos estoques reais, ou seja, o aumento do capital na economia. Isso se da atraves de poupanca, e nao do consumo. Uma maior capacidade de consumo e uma consequencia do crescimento, nao a sua causa. Nao se pode consumir mais do que se produz indefinidamente. Aumento do consumo pode ser um indicador de aumento de riqueza, mas tambem pode ser um indicador do empobrecimento e endividamento se nao for acompanhado por um aumento de producao que o sustente.

    Isso pode parecer meio obvio, mas e um erro cometido nao apenas por petistas ignorantes, como o autor.

    Estimular o consumo atraves da transferencia de renda nao cria crescimento, ao contrario, o retarda.

    Entao o que explica o crescimento?
    O autor comete o erro banal de dizer que o crescimento se deu em funcao do bolsa familia, simplesmente pela ordem em que as coisas se passaram.

    Ou seja, se eu fumar dois macos de cigarro por dia e morrer aos 100 anos de causas naturais isso quer dizer que o cigarro me deu uma saude de ferro? Ou seriam outros fatores responsaveis pela minha longevidade, que se deu a despeito desse vicio?

    Imprecisoes a parte das estatiscas de crescimento (que por exemplo, costumam sobrevalorizar o consumo imediato como indicador de renda e nao estimam corretamento efeitos sobre o estoque de capital de medio longo prazo, alem das maracutaias contabeis e monetarias diversas que eu nao abordarei aqui...), a verdade e que o desenvolvimento e modernizacao da economia se tornou observavel em tempos recentes.

    Lula e o PT souberam capitalizar suas imagens nessa bonanca, atribuindo-a as suas politicas.

    A verdade e que efeitos economicos positivos sao resultados da maturacao das transformacoes institucionais promovidas por governos precedentes que modernizaram a economia. O controle da inflacao, a desestatizacao e desregulacao de certos setores, e a relativa abertura comercial. Isso alem da reputacao que o pais conseguiu com credores internacionais ao atravessar de maneira estavel um periodo complicado para nacoes emergentes no final dos anos 90. Reputacao que tinha sido prejudicada por coisas relativamente recentes na epoca, como a moratoria, o congelamento de precos, a criacao de reservas de mercado para tecnologia, uma quase hiper-inflacao de 3 ou 4 digitos e o confisco de poupancas. Recuperar reputacao leva tempo.
    E ainda ha muito espaco para modernizar coisas como o sistema tributario, previdenciario e o famigerado funcionalismo publico.

    O que o Lula e o PT fizeram "de bom" foi nao arruinar completamente esse processo em andamento com suas bobagens.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Acauan disse: Nestas regiões o valor do trabalho não é definido pela lei da oferta e da procura, pois há um oligopólio da oferta, que explora a necessidade extrema para manter os salários no nível mínimo de sobrevivência.
    As leis do mercado - segundo o liberalismo clássico - deveriam corrigir isto com o tempo, mas a experiência demonstra que esta situação cria uma cultura perniciosa que deprecia o valor do trabalho, não apenas financeiramente, mas também moral, cultural e psicologicamente, o que prende o mercado de trabalho em um círculo vicioso.

    Em uma situação como essa, não seria melhor o Estado fiscalizar de forma eficiente as condições de trabalho oferecidas? As leis trabalhistas existem pra evitar que esse tipo de coisa aconteça.

    Me parece que, nesse caso, existe uma boa chance das coisas ficarem como estão, já que uma pequena renda extra como essa só é capaz de melhorar a vida das pessoas de forma imediata, representando apenas um conforto pra elas continuarem a vida que estão levando.
  • ufka_Cabecao disse: O que o Lula e o PT fizeram "de bom" foi nao arruinar completamente esse processo em andamento com suas bobagens.
    Eu vivo dizendo isso, como o PT não fez nada para ao menos reduzir dois entraves a nossa economia que é a carga tributária absurda e abusiva e a corrupção impune, qualquer resultado positivo da economia do país se dá APESAR do governo e não por CAUSA dele.

    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down
    Darkside disse:
    Darkside disse: Nestas regiões o valor do trabalho não é definido pela lei da oferta e da procura, pois há um oligopólio da oferta, que explora a necessidade extrema para manter os salários no nível mínimo de sobrevivência. As leis do mercado - segundo o liberalismo clássico - deveriam corrigir isto com o tempo, mas a experiência demonstra que esta situação cria uma cultura perniciosa que deprecia o valor do trabalho, não apenas financeiramente, mas também moral, cultural e psicologicamente, o que prende o mercado de trabalho em um círculo vicioso.

    Em uma situação como essa, não seria melhor o Estado fiscalizar de forma eficiente as condições de trabalho oferecidas? As leis trabalhistas existem pra evitar que esse tipo de coisa aconteça.

    Uma pergunta a ser colocada é "por que até hoje não se fiscalizou as leis trabalhistas de modo eficiente nas regiões miseráveis"?
    A resposta ideológica padrão é "por falta de vontade política".
    A resposta correta e óbvia é porque são regiões miseráveis.
    Os efeitos imediatos do acirramento da fiscalização trabalhista em áreas miseráveis são a corrupção dos fiscais, na proporção em que estes se mostrem venais ou intimidados pelas oligarquias locais ou o desaparecimento das poucas oportunidades de trabalho existentes, caso os fiscais realmente fiscalizem.

    Um fato óbvio, e absurdamente ignorado, é que é impossível corrigir miséria estrutural por decreto.
    Como a legislação trabalhista ignora as diferenças econômicas regionais, os encargos sociais são os mesmos nas regiões ricas e nas miseráveis do país, ficando claro que se for para gastar o mesmo, é muito mais lucrativo investir nas regiões ricas, onde a produtividade do trabalho é muito maior.

    Darkside disse: Me parece que, nesse caso, existe uma boa chance das coisas ficarem como estão, já que uma pequena renda extra como essa só é capaz de melhorar a vida das pessoas de forma imediata, representando apenas um conforto pra elas continuarem a vida que estão levando.

    Na verdade a lavagem cerebral maciça produzida pela propaganda do Partido do governo tem aliciado até seus opositores distraídos.
    A reversão da miséria no semi árido e outras regiões miseráveis não começou com o bolsa família, mas com as aposentadorias rurais, que até hoje contribuem mais na renda das famílias daquelas regiões que os programas de auxílio direto, uma vez que boa parte destas famílias são sustentadas pelo benefício recebido pelos velhos, nunca inferior a um salário mínimo.

    A esperança para estas regiões é que a garantia da sobrevivência básica elimine ou reduza as distorções do mercado de trabalho, permitindo a este fazer o seu papel que é remunerar conforme a produtividade, o que gera o ciclo virtuoso de aumento da produtividade e renda que fez a riqueza do sudeste, sul e centro-oeste do país.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Acauan disse: Uma pergunta a ser colocada é "por que até hoje não se fiscalizou as leis trabalhistas de modo eficiente nas regiões miseráveis"?
    A resposta ideológica padrão é "por falta de vontade política".
    A resposta correta e óbvia é porque são regiões miseráveis.

    Na verdade, eu sou um opositor dessa idéia de que falhas do governo, e até mesmo de empresas em geral, acontecem por apenas falta de vontade ou de iniciativa. Já até quase me incomodei sério no serviço por questionar da direção da empresa se a apatia em resolver questões que estão gritando não é uma forma consciente de manter certos vadios em posições de liderança com uma vida mais mansa do que merecem, hahah.

    A inércia só parece uma atitude muito interessante pra um administrador quando ele está em uma situação confortável, ou quando isso favorece aos interesses dele de alguma forma, pois todos nós temos na ponta da língua como o trabalho de diversos administradores que conhecemos deveria estar sendo feito, mas dificilmente os mesmos são observados comendo mosca quando isso resultaria em uma vida pior pra eles, como aconteceria se esquecessem de pagar as contas de luz ou água até cortarem o serviço.


    Acauan disse: Os efeitos imediatos do acirramento da fiscalização trabalhista em áreas miseráveis são a corrupção dos fiscais, na proporção em que estes se mostrem venais ou intimidados pelas oligarquias locais ou o desaparecimento das poucas oportunidades de trabalho existentes, caso os fiscais realmente fiscalizem.

    Um fato óbvio, e absurdamente ignorado, é que é impossível corrigir miséria estrutural por decreto.
    Como a legislação trabalhista ignora as diferenças econômicas regionais, os encargos sociais são os mesmos nas regiões ricas e nas miseráveis do país, ficando claro que se for para gastar o mesmo, é muito mais lucrativo investir nas regiões ricas, onde a produtividade do trabalho é muito maior.

    Bom, o problema parece ser a própria "cultura da exploração", digamos assim, onde foi estabelecida uma forma de equilíbrio no mercado onde os empregados recebem muito pouco e os empregadores não aceitariam pagar mais caso fossem obrigados, preferindo tentar a sorte onde podem escolher mão de obra mais qualificada, se vão ter que pagar mais de qualquer forma.

    Acho que o ideal seriam leis trabalhistas por região, criadas observando a realidade de cada estado e município, assim como incentivos fiscais para as empresas em regiões menos desenvolvidas. Baixar os impostos em geral, desburocratizar o processo pra abrir empresas e facilitar os aspectos legais nas relações entre as empresas e os empregados também seria ótimo a qualquer momento.
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down

    Acauan,

    Eu concordo que programas de assistencia monetaria direta do tipo "imposto de renda negativo" sao uma forma mais eficaz de "combater" a miseria do que alternativas do tipo distribuicao de racoes e outros servicos.

    Milton Friedman defendia isso. Em particular, ele defendia a privatizacao das escolas publicas, e a distribuicao de cheques para cada familia empregar na educacao de seus filhos, e o mesmo para servicos de saude e etc.

    Isso permitiria uma industria privada se organizar e competir pelo mercado artificialmente criado pela assistencia monetaria aos miseraveis, reduzindo a quantidade de decisoes a serem tomadas por burocratas.

    A objecao obvia e a de que os pobres usariam esses recursos para beber pinga e nao trabalhar. E de fato, isso e verdade para muitos deles. Mas outros aprenderiam a tomar decisoes com o dinheiro.

    De qualquer maneira, mesmo com alguns pobres usando essas transferencias para outros fins que nao a amenizacao de sua propria miseria e de suas familias, o saldo global seria melhor do que o saldo produzido por burocratas tomando todas as microdecisoes no lugar deles.

    Esse sistema me parece muito mais eficaz, entre as alternativas de cunho socialista, porque ele ao menos confere ao miseravel a dignidade de decidir como usar o seu dinheiro, e assim permite empregar o agregado das decisoes que esses miseraveis tomam com esse dinheiro para formar um mercado muito mais eficiente do que os sistemas de educacao e saude e racao publicos centralizados.

    Cada pobre escolheria suas marcas de comida e produtos domesticos, seus medicos e suas escolas, e pagaria pelo servico deles com precos de mercado servindo para selecionar os melhores e eliminar os piores.
    No sistema centralizado, esse processo e completamente eliminado e as decisoes de burocratas deslocados no espaco e tempo que definem as marcas das cestas basicas, os curriculos e profissionais de educacao e a qualidade dos servicos medicos prestados a essas populacoes.

    E claro que esse e no meu ponto de vista um menor dos males.
    Essa alternativa so e a melhor dentro da aceitacao da hipotese de que miseraveis continuarao miseraveis se nenhuma medida governamental for tomada no sentido de transferir renda de pessoas mais ricas para eles a forca.

    Essa hipotese me parece completamente inconsequente e em contradicao com a historia do processo de enriquecimento de todos os povos do mundo, que atesta que miseraveis saem da miseria quando as barreiras para que as oportunidades de trabalho e enriquecimento que lhes impedem de se desenvolver sao removidas, e nao quando um sistema de esmolas compulsorias e criado.

    Dito isso, a crenca de que algum tipo de transferencia de renda burocraticamente centralizada pelo governo deva ocorrer e ainda dominante, ainda que em diferentes niveis de intensidade, mesmo entre a direita.

    Aceitando esse fato, o de que ainda somos iludidos por uma mitologia governamental, alternativas de transferencia direta de renda, i.e., poder de compra para pobres, sao mais simples e melhores, pois permitem usar as decisoes dos pobres para guiar um processo eficaz de alocacao economica.

    E claro que em ultima analise o que deveria estar sendo combatido e a crenca limitante de que uma burocracia central transferindo renda alheia serve para algo de bom.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Gosto de citar o exemplo da Coréia do Sul, investiram e focaram em educação de qualidade, capacitação profissional e valorização do trabalho.

    Em outras palavras, em formar cidadãos e não "coitadinhos".

    Resultado, em apenas duas décadas a Coréia do Sul se tornou uma potência em tecnologia de ponta, enquanto países que tratam sua população como "coitadinhos" que precisam da assistência contínua do estado paternalista sofrem com a massificação da miséria, países comunistas são o exemplo mais bem acabado disso.
    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: E claro que esse e no meu ponto de vista um menor dos males.
    Essa alternativa so e a melhor dentro da aceitacao da hipotese de que miseraveis continuarao miseraveis se nenhuma medida governamental for tomada no sentido de transferir renda de pessoas mais ricas para eles a forca. Essa hipotese me parece completamente inconsequente e em contradicao com a historia do processo de enriquecimento de todos os povos do mundo, que atesta que miseraveis saem da miseria quando as barreiras para que as oportunidades de trabalho e enriquecimento que lhes impedem de se desenvolver sao removidas, e nao quando um sistema de esmolas compulsorias e criado.

    Cabeça,

    Existe um fator cultural a ser considerado e sabemos o quanto a cultura influencia os mercados.
    O problema das regiões miseráveis no Brasil é que não bastam programas emergenciais para conter a deterioração humana destas áreas e nem investimentos públicos e privados para criar e desenvolver mercados produtores e consumidores.
    É preciso romper a cultura da miséria na qual gerações nasceram, se criaram e morreram tendo o trabalho como um fardo terrível que no máximo garante a sobrevivência imediata em condições infelizes. Gente que vive sob esta cultura sempre acreditará piamente que o melhor dos mundos é um provedor que os sustente sem exigir nada em troca, seja este provedor o Estado, o oligarca local ou o chefe do tráfico na favela.

    Este fenômeno já foi estudado em comunidades negras urbanas dos Estados Unidos nos quais grupamentos familiares vivem da assistência social há gerações, refratários a buscar oportunidades de trabalho duradouras entre as infinitas disponíveis por conta de uma visão de mundo que não associa trabalho árduo e progresso pessoal. Claro que para o ideário Politicamente Correto tais estudos são racistas e classistas, pouco importando o fato de suas conclusões se aplicarem também a determinadas comunidades brancas pobres do Sul dos Estados Unidos.

    Programas de auxílio direto caminham no fio da navalha deste sistema cultural, pois se corretamente administrados podem valorizar o trabalho e desenvolver uma cultura progressista, corrigindo distorções de mercado produzidas pelo oligopólio da oferta, ou sedimentar de vez a cultura da dependência, que foi o erro nos distritos negros americanos onde os programas foram influenciados por ideologias que as justificavam como remissão de culpas e não como instrumentos desenvolvimentistas.

    De qualquer modo, a decência manda conformar-se com o fato de que milhões de brasileiros que não tinham o que comer agora têm graças aos programas de auxílio direto. As consequências negativas podem ser corrigidas ou agravadas conforme as intenções do governo, mas este ganho já é positivo por si só.



    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • CameronCameron Membro
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down
    Acauan, a pergunta que fica é: Com a mesma quantidade de recursos dispensados ao Bolsa Família não seria possível criar frentes de trabalho, decentemente remuneradas ao contrário das oligarquias citadas, ou o subsídio de equipamentos para a formação de cooperativas e treinamento, cursos gratuitos de capacitação, etc...?

    Qualquer coisa que não se resuma ao mero assistencialismo que conhecemos seu fracasso, principalmente quando continua sendo aplicado a médio e longo prazo, como parece ser o caso do Bolsa Família.
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down
    Cameron disse: Acauan, a pergunta que fica é: Com a mesma quantidade de recursos dispensados ao Bolsa Família não seria possível criar frentes de trabalho, decentemente remuneradas ao contrário das oligarquias citadas, ou o subsídio de equipamentos para a formação de cooperativas e treinamento, cursos gratuitos de capacitação, etc...? Qualquer coisa que não se resuma ao mero assistencialismo que conhecemos seu fracasso, principalmente quando continua sendo aplicado a médio e longo prazo, como parece ser o caso do Bolsa Família.

    Isto foi tentado nos governos militares e no governo Sarney.
    A idéia é boa em tese, mas na prática esbarrava nos mesmos absurdos dos programas de distribuição de cestas básicas nos quais a maior parte das verbas ia para os burocratas, para os empresários e para os corruptos e ladrões infiltrados no esquema.
    Para montar e administrar as frentes de trabalho eram contratados uma legião de burocratas e tecnocratas que no fim se limitavam a mandar os sertanejos carregar pedras e cavar buracos, sem nenhuma preocupação sobre a utilidade do trabalho.
    Como falamos em associar uma cultura progressista ao trabalho individual, nada mais danoso para este objetivo do que colocar pessoas carregando pedras prá lugar nenhum por motivo algum, enquanto um bando de sanguessugas recebe mil vezes mais prá ficar à sombra mandando-os carregar pedras.
    Claro que após algum tempo estas frentes de trabalho se transformaram em verdadeiras farsas, com os inscritos fingindo que trabalhavam e os responsáveis fingindo que coordenavam alguma coisa.
    O bolsa família pelo menos suprimiu o teatro.

    A única saída para regiões miseráveis como o semi-árido é a criação de mercados auto-sustentados, que podem começar a se definir com a formação - mesmo que artificial - de um mercado consumidor.
    Com mão de obra abundante e algum poder de consumo, mesmo que estas regiões não se tornem grande coisa, podem iniciar um ciclo virtuoso de crescimento econômico que torne o auxílio direto dispensável, apenas o impulso inicial do processo.

    Isto é um tanto keynesiano, mas mesmo Milton Friedman reconhecia vantagens em programas assim.


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  • CameronCameron Membro
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down
    Pelo que você apresenta o Bolsa Família é uma porcaria mas pelo fato de simplificar o auxílio ele tem menos entraves burocráticos pelos quais os corruptos possam acabar com tudo...

    Devemos nos conformar com o péssimo porque a realidade da corrupção do nosso país não nos deixa escolha...

    Tem horas que eu tenho vergonha de ser brasileira... :(
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: Pelo que você apresenta o Bolsa Família é uma porcaria mas pelo fato de simplificar o auxílio ele tem menos entraves burocráticos pelos quais os corruptos possam acabar com tudo... Devemos nos conformar com o péssimo porque a realidade da corrupção do nosso país não nos deixa escolha...

    Basicamente é isto...

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