A Folha (*) publicou na página 3 artigo do dono e fundador das Casas Bahia, aquela que inventou o “quanto quer pagar ?”:
… após décadas de maturação política e econômica, com marchas e contramarchas, golpes e contragolpes, desencadeamos o círculo virtuoso do desenvolvimento sustentável: em ação surge uma vibrante classe média, cada vez mais numerosa, girando a roda da produção e dos serviços.
Para atender a essa extraordinária nova demanda de consumo em massa, nosso mercado interno cresce a cada ano e, assim, cria mais trabalho, renda e dignidade para a população. De quebra, também acaba protegendo o país da grave crise que vem paralisando algumas das principais economias globais.
Assim como aconteceu na formação de grandes potências mundiais -e os Estados Unidos são sempre a melhor referência histórica de uma formidável democracia alicerçada sobre uma enorme classe média-, o palco socioeconômico brasileiro cresceu e amadureceu.
O que se vê hoje são os novos rostos brasileiros ocupando papéis de protagonistas na vida do país. São pessoas que passaram a deter capacidade financeira para comprar do carro zero ao computador, da casa nova ao pacote de viagens.
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Sem precisar entrar na questão do que veio antes, “o ovo ou a galinha”, não resta dúvida de que as linhas de crédito oferecidas pelas grandes redes varejistas possibilitaram à massa da população o acesso a bens de consumo antes restritos apenas às elites.
Ao impulsionar esse novo consumo, o comércio popular alavancou a produção industrial e desencadeou esse círculo virtuoso que está gerando uma sociedade mais dinâmica, consciente de seus direitos e deveres e, sobretudo, mais justa.
MICHAEL KLEIN é presidente do conselho de administração da Globex, holding que abriga as marcas Casas Bahia e Ponto Frio.