Imaginem que o universo fosse um grande jogo de xadrez aonde tivessemos que entender as regras apenas observando movimentos lentos de vários jogos, a princípio tudo pareceria sem sentido até o momento que começassemos a diferenciar padrões lógicos e consistentes.
Em algum determinado momento alguém notaria o fato dos bispos nunca mudarem a cor das casas aonde estão, talvez até sugerisse que uma das regras do jogo seria Bispos não podem mudar a cor de suas casas no tabuleiro, com observação mais acurada alguém acabaria por perceber uma constante, que bispos se movimentam na diagonal, ou seja, a primeira explicação não estava errada mas a segunda é melhor por explicar melhor e de forma mais abrangente que a primeira uma regra importante do jogo.
Conceitos falhos seriam criados por limites da observação, alguém poderia sugerir que uma das regras seria Regra da conservação das peças, ou seja, as peças jamais se alteram, uma torre é sempre uma torre e um peão é sempre um peão independente de quantos lances tenham uma partida, no entanto, em eventos extremos que raramente poderiam ser observados esse tipo de regra seria quebrada, como no caso da promoção do peão (geralmente quando tal é inevitável se abandona a partida), assim como parece estar sendo o caso ainda sendo investigado de partículas sub-atômicas poderem viajar em velocidades acima da luz.
Faço esse exercício de imaginação para especular e principalmente criticar o ideal solipsista que abusa das limitações humanas para decretar que nenhuma verdade é objetiva e tudo é relativo e em última escala incognoscível e só resta nos conformarmos com isso.
Pelo que se tem observado das descobertas nos últimos séculos da ciência, o acúmulo cada vez maior de teorias que explicam de forma satisfatória um número cada vez maior de fenômenos me parece mais provável que o universo tenha verdades objetivas, assim como são as regras do xadrez, ainda que de dificílima averiguação dada nossas severas limitações ao contrário do que o pântano relativista quer nos fazer acreditar.
Pode até ser otimismo ingênuo de minha parte, aqueles que me conhecem dizem que sou a última pessoa a defender otimismos ingênuos, mas parece que se assim não fosse não teríamos chegado tão longe em um espaço de tempo que comparado as proporções astronômicas é insignificante.
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Comentários
Interessante.
Uma vez eu li uma analogia com o jogo de xadrez bem parecida com essa num livro do Feynman (ou sobre ele).
Leia Feynman, voce vai gostar bastante.
Desse jeito fica parecendo que você exige uma tragédia grega épica de qualquer gibi do Pato Donald, rs :P
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