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Fóssil de verme revela origens do homem
Verme que viveu há 500 milhões de anos é o ancestral mais antigo dos vertebrados
Verme é o mais primitivo dos vertebrados conhecidos até agora
Paleontólogos britânicos e canadenses rastrearam as origens dos seres humanos e outros vertebrados a partir do estudo do fóssil de um verme que nadava nos oceanos há 500 milhões de anos, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (5).
Uma nova análise de fósseis encontrados nas Montanhas Rochosas do Canadá, na jazdida conhecida como Xisto de Burgess, na província da Columbia Britânica, determinou que o extinto Pikaia gracilens é o membro conhecido mais primitivo da família dos cordados, que inclui peixes, anfíbios, aves, répteis e mamíferos.
A pesquisa, publicada na revista britânica Biological Reviews, identificou uma notocorda (estrutura primitiva) que se tornaria parte da coluna vertebral dos vertebrados, assim como tecidos musculares chamados miômeros em 114 espécimes fósseis desta criatura.
Também encontraram um sistema vascular.
"A descoberta de miômeros é a prova irrefutável que vínhamos buscando há muito tempo", disse o autor principal do estudo, Simon Conway Morris, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
"Agora, com miômeros, um cordão nervoso, uma notocorda e um sistema vascular, todos identificados, este estudo situa claramente Pikaia como o cordado mais primitivo do planeta", afirmou Morris.
"Assim, da próxima vez que pusermos uma foto de família sobre a chaminé, lá no gundo estará o Pikaia", acrescentou.
Os primeiros exemplares de Pikaia gracilens foram coletados pelos exploradores pioneiros do Xisto de Burgess em 1911. No entanto, os cientistas passaram por alto pelos espécimes, considerados um antepassado das minhocas e das enguias.
Só na década de 1970, Morris sugeriu que este animal com cinco centímetros de comprimento, chato dos lados, e um pouco parecido com as enguias, que provavelmente nadavam movimentando seu corpo com curvas dos dois lados, poderia ser o membro mais antigo conhecido da família dos cordados.
Um espécime de Pikaia gracilens está em exibição no Museu Real de Ontário (ROM), e uma exposição maior no sítio de Burgess será organizada.
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Comentários
Apenas ressalto que existe uma diferença gritante entre acreditar em um criador do universo e da vida e ser literalista bíblico e acreditar que a Terra tenha 6.000 anos de idade.
Concordo que existe uma diferença entre acreditar num criador do universo e levar a Bíblia "ao pé da letra". Mas a ideia de um "criador" leva à inevitável pergunta: "de onde veio esse criador?", ou "o que esse criador fazia ANTES da criação?".
Acreditar que o universo teve início com o Big Bang, e que a vida surgiu nele após bilhões de anos, e foi evoluindo através do tempo pela seleção natural, me parece muito mais lógico - e encontra respaldo da ciência (astronomia, paleontologia, estratigrafia). A crença num "criador", não necessariamente o Deus da Bíblia, é apenas uma "questão de fé".
A melhor resposta é "não sei".
A evolucao nao e e nao pode ser compreendida como um metodo de "criacao inteligente", exceto num sentido metaforico. A verdade e mais precisamente o contrario, a "criacao inteligente" sendo um metodo evolutivo.
O ser humano compreende escassamente o processo segundo o qual ele mesmo cria e inventa coisas.
O que se sabe sistema nervoso cria correspondencias arbitrarias entre os padroes detectados em estimulos sensoriais e que um processo de selecao se passa e constroi nossa ideia de mundo segundo um modelo inferencial. Isto e, podemos rodar uma simulacoes de realidade na nossa cabeca e tentar inferir como coisas se relacionam causalmente.
Certas padroes basicos sao presentes antes de experiencias sensoriais, codificados nas instrucoes geneticas. O resto e construido a partir da modelagem da experiencia atraves de um processo de selecao de respostas mais adequadas.
O processo de construcao da realidade mental e da criatividade e um processo de selecao de ideias. Conexoes aleatorias sao criadas e aquelas que aparentam ser mais robustas sao conservadas e reforcadas.
Selecao em meio aleatorio explica nao apenas a diversidade biologica mas a propria atividade criativa humana que nos chamamos de inteligencia.
Inteligencia nao e uma essencia misteriosa, mas e o resultado da interacao de uma rede neural complexa modelando um ambiente ao seu redor com a finalidade de orientar um automato a cumprir certos diretrizes primarias basicas (e eventualmente secundarias abstratas).
Em suas formas mais primitivas esses sistemas de estimulo e resposta bioquimicos guiavam criaturas unicelulares para gradientes maiores de nutrientes e menores de toxicinas, assumindo formas mais complexas em criaturas multicelulares dotadas de orgaos sensorias diferenciados, capacitando-as a identificar e capturar presas ou fugir de predadores, ou interagir de forma complexa com outros organismos. Esses padroes de interecao criam complexidade retro-alimentada que produziu sistemas nervosos cada vez mais complexos, ate chegar ao nivel humano de capacidade abstrativa e de comunicacao de estados mentais.
Processos de inteligencia nao podem ser apontados como origem de sistemas complexos, pois esses processos dependem de sistemas complexos para se produzir.
Dado que a discussao subsiste da necessidade de uma causa para a complexidade aparente, o postulado de uma inteligencia demiurgica e uma peticao de principio que derrota a proposta do proprio debate.
Vou citar o exemplo dos minotauros, um ser metade homem metade touro, temos como saber se existe ou não na imensidão do universo algum minotauro? Não, não temos, temos alguma razão plausível para acreditar que existam? Não, não temos, até que isso mude, ou seja, alguma evidência de que algum minotauro exista nós não acreditamos neles, penso eu que o mesmo raciocínio deva ser aplicado a todos os seres já imaginados pelo ser humano, divindades inclusas.
Compreendo o seu ponto de vista: embora seja extremamente IMPROVÁVEL que existam seres como o minotauro, não temos evidência suficiente para negar que, num planeta qualquer, tenham evoluído seres idênticos ao monstro bíblico. Se aplicarmos o mesmo raciocínio à ideia de um criador, então "é extremamente difícil - mas NÃO impossível - que haja um deus criador; então, até surgir a prova em contrário, nada podemos afirmar sobre a existência ou não desse deus criador". Sagan disse algo parecido, algo como "estar absolutamente certo da existência ou não de deus exige um conhecimento do universo que ainda não temos".
Boa semana!
Apatico disse:Parto do pressuposto que pessoas de inteligência mediana, em pleno século XXI, que usam internet e conhecem os avanços da ciência sabem que não há um caminho da evolução, muito menos um que tenda à racionalidade.
O fato é que, no planeta Terra, existe uma espécie inteligente (Homo sapiens); e os chimpanzés, elefantes, golfinhos e cachorros apresentam, pelo menos, uma inteligência rudimentar. Ainda não sabemos quanto à vida em outros planetas, mas TALVEZ a evolução POSSA culminar em seres inteligentes, quando as condições forem adequadas (não necessariamente TEM QUE chegar a seres inteligentes como um objetivo).