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Pastor quer criar cargo de Capelão na Câmara dos Deputados
O deputado federal Silas Câmara,
do PSC do Amazonas, pastor da Assembléia de Deus, apresentou uma
proposta para criar o cargo de capelão parlamentar na Câmara dos
Deputados, com o propósito de dar assistência espiritual e religiosa aos
deputados.De acordo com o seu Projeto de Resolução nº 44/2011,
a figura de capelão parlamentar não implicaria despesas porque seria
uma função não remunerada. No entanto, o presidente da Câmara designaria
um capelão parlamentar para cada início de sessão, abrindo-as com
alguma oração, o que é inconstitucional.Isso que eu não entendo. Todo mundo sabe que brasileiro não vota em
ateu, então praticamente todos os deputados lá já devem ser religiosos e
provavelmente devem ter usado religião para alavancar suas campanhas.
Se eram tão religiosos como diziam nas propagandas obrigatórias que a
gente tinha que assistir, por que diabos precisam de assistência
religiosa?Aliás, como tantos religiosos podem não resolver o problema de
corrupção do país? A menos que religião não faça diferença moral nas
pessoas, como preveem os ateus. Então deveriam era ter assistência
moral, e não espiritual. Precisam de… sei lá… psicólogos parlamentares?Para quem não conhece Silas Câmara, ele
responde a um inquérito do Supremo acusado de embolsar o salário de
funcionários do seu gabinete. No Tribunal Regional Federal do Amazonas, é
acusado pelo Ministério Público por improbidade administrativa. No
Tribunal Regional Eleitoral, responde a três processos, por ilegalidade
em campanha eleitoral e abuso de poder.Como se não fosse suficiente, ele é casado com Antônia Lúcia Câmara,
deputada federal do PSC do Acre, denunciada pelo Ministério Público como
sendo coordenadora de uma quadrilha que usava recursos da Rádio e TV
Boas Novas nas campanhas eleitorais dos dois, além de instruir pastores
das Assembléias de Deus a votarem nos candidatos do PSC (Partido Social
Cristão).Como se isso tudo ainda não fosse suficiente, a Polícia Federal
prendeu seus dois filhos no Acre quando transportavam R$ 472.000,00 em
uma caixa de papelão que seriam o Caixa 2 das campanhas eleitorais dos
dois. A mãe disse que era dinheiro das emissoras da família.O cara tá enrolado até o pescoço com acusações de falcatruas e agora
acha que tem moral pra dizer o que os deputados precisam ou deixam de
precisar espiritualmente e religiosamente?
Fonte:
http://www.paulopes.com.br/2011/07/pastor-suspeito-de-falcatruas-quer.html
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