Chico Anysio: um mestre do humor em 209 personagens
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RIO DE JANEIRO - Aos 80 anos, Chico Anysio morreu nesta sexta-feira (23), às 14h52, deixando muitas saudades em seus fãs e um vácuo na arte brasileira. Ele estava internado no CTI do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, desde o dia 22 de dezembro, por conta de uma hemorragia digestiva.
Nos últimos meses, o humorista travou uma luta contra diversas complicações. No início de 2011, ele ficou internado por cerca quatro meses por problemas cardiorrespiratórios. Já no final de novembro, Chico teve que retornar ao centro hospitalar por causa de uma infecção urinária.
Na quarta-feira (21), ele passou por uma sessão de hemodiálise e estava sendo fortemente medicado para controlar a pressão arterial. O humorista respirava com a ajuda de aparelhos.
Na manhã desta sexta-feira (23), ele sofreu uma parada cardíaca e chegou a ser reanimado. Porém, no início da tarde, os médicos não conseguiram sucesso. Leia aqui a nota oficial do hospital sobre a morte de Chico.
Vida e obra
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu em Maranguape, no Ceará, no dia 12 de abril de 1931. Mestre em interpretação e humor, o comediante criou cerca de 209 personagens e foi responsável por muitos risos.
De família rica, seu pai era dono de uma empresa de ônibus e tinha cinco filhos: Elano, Lupe, Lilia e Zelito, além do próprio Chico. Um incêndio na garagem dos ônibus mudou o destino da família, que perdeu todo o patrimônio para o fogo. Aos oito anos, Chico pegou um navio em Fortaleza e se mudou com os parentes para o Rio de Janeiro.
Tímido, apaixonado por futebol e torcedor do Vasco, sonhava em ser jogador de futebol como todo menino. Mas o destino lhe reservava mais uma surpresa. Começou sua carreira artística no rádio, aos 17 anos.
Sua facilidade em imitar vozes o levou para os programas de calouros. Em setembro de 1947, ganhou o primeiro lugar no programa “Papel Carbono” na Rádio Nacional. Depois de colecionar inúmeros primeiros lugares em programas do Rio de Janeiro e de São Paulo, Chico Anysio não era mais aceito nas competições. Em 1949, a Rádio Guanabara descobriu seu talento e ele atuou ao lado de grandes humoristas como Grande Othelo e Haroldo Batista, um dos primeiros a acreditar na vocação de Chico. Foi Haroldo quem o levou para a Rádio Mayrink. E foi nessa rádio que surgiu o Professor Raymundo, um dos mais famosos personagens de sua carreira.
Na década de 50 se aventurou como autor de diversas chanchadas e chegou a atuar também. Estreou na TV em 1957, no programa "Noite de Gala", da TV Rio. Em 1968 estreou na TV Globo, onde alcançou sucesso com diversas atrações.
Chico se casou seis vezes. Sua atual esposa era Malga di Paula. Ele deixou oito filhos: Lug de Paula (do casamento com a atriz Nanci Wanderley); Nizo Neto e Ricardo (ambos da relação com Rose Rondelli); André Lucas (adotado); Cícero (da união com Regina Chaves); Bruno Mazzeo (do casamento com a atriz Alcione Mazzeo); Rodrigo e Vitória (da relação com a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello).
Eu sou o Doutor. Venho do planeta Gallifrey da constelação de Kasterborous. Com a minha nave, a TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço) eu viajo por varios mundos e épocas combatendo as injustiças em minhas explorações. Eu o convido para me acompanhar em minhas aventuras, a maioria delas perigosas. Voce quer me acompanhar?
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Comentários
Foram anos de Coalhada fazendo flexão e quicando no lugar, anos de Alberto Roberto repetindo as mesmas frases, anos de Pantaleão... e assim por diante. Prá não falar daquele personagem Profeta, que tomara não tivesse a pretensão de ser levado a sério.
Não era culpa do Chico Anysio, que certamente era talentoso e competente, mas uma consequência da produção em massa na TV.
Séries americanas sofriam do mesmo mal, mas a maioria das produções eram de episódios de vinte minutos (descontados os comerciais) e com temporadas curtas, o que permitia roteiros criativos mesmo em programas de vida longa, como Seinfeld.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Ele começou bem antes da Globo sequer existir.
Que pode servir muito bem como uma parodia aos nossos pastores atuais.
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Mas também faço parte daquelas pessoas que esse tipo de humor não agrada.
Acho que não. Os atuais são escrotos e apelativos. Antigamente, eles tentavam passar uma imagem de família de anúncio de margarina.
Apesar do nome Tim Tones se referir ao Jim Jones, o personagem estava mais para clássicos do tele-evangelismo americano como Rex Humbard e Jimmy Sweggart do que para tenebrosa onda de pregadores televisivos que se abateu sobre o Brasil nas décadas seguintes.
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