Pessoal, tenho uma grande dúvida e gostaria que a sabedoria de vocês me ajudasse com suas opiniões, elas são sempre ótimas...
A alguns dias enquanto pesquisava sobre Plebiscitos feitos no Brasil,achei esta matéria da Veja relembrando o famoso Plebiscito de 1993 em que o Brasil escolheu entre 3 regimes de governo: Presidencialismo, Parlamentarismo e Monarquia.
http://veja.abril.com.br/blog/caca-ao-voto/uncategorized/entre-o-parlamentarismo-e-a-monarquia-o-brasil-resolveu-continuar-presidencialista/
A primeira votação foi República (66%) contra Monarquia (10%). Depois foi o sistema Presidencialista (55,4%) contra Parlamentarista (24,6%).
Segundo informações, votação claramente manipulada e montada, desinformando o povo.
A fim de comparar, pesquisei os 20 primeiros no Indíce de Desenvolvimento Humano, e o regime mais usado é o Monarquista Constitucional com 11, depois vem República Parlamentarista com 6.
Os menos usados são o Presidencialista e Semi-Presidencialista com apenas 3 países.
Pesquisando registros históricos, pode-se ver que o Brasil Império era muito mais respeitado e avançado do que quando a República foi proclamada, tinha a segunda melhor marinha do mundo, um dos primeiros países a adotar a telefonia, e era sempre chamado para mediar questões complexas entre países desenvolvidos em conflito.
Eu queria saber a opinião do pessoal se após quase 20 anos, com todos os acontecimentos e a quantidade de informação disponível, a Monarquia Parlamentar seria possível hoje no Brasil?
Na época eu tinha 8 anos e nem sonhava com essa merda de política que hoje me preocupa tanto, e vendo tudo isso, percebo mais como o Brasil é podre desde a instauração dessa "República" feita pelos militares que até hoje só ferrou o Brasil e se mantém com golpes e ditaduras dizendo que o "povo" é dono do país.
Encontrei muito material sobre o movimento monarquista, que na época não existia, e me espantei com a quantidade de informação e pessoas falando sobre o assunto querendo fazer um novo Plebiscito para o povo escolher.
Parece bastante viável, tendo em conta que já foi tentado uma vez, mas sei lá... é Brasil, né?
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
Winston Churchill
Comentários
Monarquia: Vai ter um vagabundo que vai receber o dinheiro do povo como tributo e não irá fazer porra nenhuma, servindo apenas como peça para figuração que servira, no minimo, como representante oficial do país. E o que é pior...vai passar de pai pra filho a vagabundagem. Não vamos nem poder escolher quem será o nosso representante imperial, pois por herança, vai ser a familia Bragança e Orleans. Agora, qqem vai mandar mesmo aqui no Brasil será o Primeiro Ministro.
Parlamentarismo: Nos mesmos moldes da Monarquia, poderemos escolher o presidente, mas o papel dele será o mesmo que o monarca, ou seja, um zero a esquerda recebendo sem poder fazer nada. Quem irá mandar será o Primeiro Ministro.
Presidencialismo: Na teoria, quem manda...da a palavra final é o presidente da republica, mas quem manda mesmo são todos os ministros que estão lá em Brasilia enchendo o rabo de dinheiro. Mas, pelo menos, quem assina alguma altorização ou não, quem tem a ultima palavra é o presidente.
Pronto, pode escolher o menos pior. >:-)
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Impor a monarquia nos dias de hoje não daria o mesmo resultado. Os países ricos que ainda são monarquistas apenas mantêm uma tradição de muitos séculos. A cabeça deles é diferente como resultado desse tempo todo, de uma lenta evolução. A cabeça dos brasileiros não iria mudar.
Os países escandinavos não eram lá essas coisas há uns 100 anos. Eles evoluíram rápido, mas não necessariamente porque eram monarquistas. Há muitos outros fatores.
Monarquias só fazem sentido quando sustentadas por uma forte tradição e a tradição monárquica imperial brasileira foi uma experiência natimorta.
É possível que se o Império tivesse sobrevivido a História Política do Brasil tivesse sido mais estável, mas isto, claro, é pura especulação.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Apenas acho que tendo um poder moderador ajudaria a diminuir a corrupção e dar uma continuidade maior na administração do país.
Era os primórdios das eleições, apenas os ricos votavam.
Os acontecimentos no último século melhorou muito essa questão.
O governo para o povo é relativo, só importa para o povo quando realmente não tem mais saída.
Também acho, acredito que teria sido um bom Império hoje se tivesse continuado, mas não tem como saber.
Winston Churchill
Realmente. Agora até presidiário pode votar.
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Pois é, está evoluindo até demais...
Winston Churchill
A monarquia na Europa existe por forte tradição e também para manter a união. O Brasil, como referido, não tem a tradição e, não necessita de forçar uma união que é naturalmente forte e constitutiva da própria nação, Brasil.
Olhem a Europa e vejam a minuscula Bélgica a braços com um problema de secessão. Os belgas vivem numa crise interna constante. O rei continua a ser a figura que a todos une, se isto bastará, a ver vamos.
Um Chefe de Estado num sistema parlamentarista (rei ou presidente) não é uma peça para figuração.Talvez para quem esteja viciado num sistema presidencialista haja esta impressão equivocada,mas um poder conciliador ou moderador,é de suma importância em qualquer governo,trata se do quarto poder,é a chave de toda a organização política e,infelizmente,não vemos isso no presidencialismo.De todas as funções moderadoras,a mais valiosa é,sem dúvida,a dissolução do parlamento.A dissolução tem como objetivo poupar o Estado (esfera de competência do Poder Moderador) da possível ingovernabilidade de um parlamento.As dissoluções muitas vezes são necessárias,porque situações novas ou imprevistas requerem governos novos,mas imprevistos são imprevistos,não têm data ou hora marcada para acontecerem.No presidencialismo o governo se renova em datas marcadas,como se a vida não tivesse acontecimentos inusitados.No presidencialismo haja guerras,epidemias ou o que for,o governo só se renova de 4 em 4 anos.
Considero um monarca o melhor moderador,por não ser vinculado a partidos,ideologias (países não são partidos,nem ideologias) e nem dever favores por ocupar seu cargo.
Também é um equívoco achar que num sistema parlamentarista um presidente nunca governa,isso é uma mentira muito fácil de ser mostrada.Os parlamentarismos puros são raríssimos,a França é um exemplo.Embora o regime francês seja chamado de "parlamentarista", o Chefe de Estado (presidente da República) tem várias funções de governo,às vezes até superiores às do primeiro-ministro. O poder é dividido entre os dois.A Alemanha também é parlamentarista e a situação não é diferente da França,a última palavra é sempre do presidente.
Toda vez que a prepotência ocidental tenta democratizar uma nação sem forte tradição democrática, a única coisa que acontece é colocar um novo ditador no poder ainda pior do que o anterior.
Bem... Democracias não dependem de linhagens reais estabelecidas e reconhecidas para funcionar.
Lembrando a diferença entre Monarquia e Império. O Brasil foi um império porque uma linhagem real se estabeleceu pela conquista. Em uma monarquia uma linhagem real é reconhecida pela tradição.
A opção de voltarmos a ser um Império dependeria de sermos conquistados por alguém que resolva colocar a coroa na própria cabeça. Como o Corso fez. Não parece o cenário.
E nossa linhagem real não convence muito em termos de tradição reconhecida.
Nós, Indios.
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Sendo monarquista, eu concordo com o JorgeAlan01. Lembremos que a República foi implantada por um golpe militar, em 1889, sem consulta prévia ao povo. Nas décadas seguintes, diversos levantes, como Canudos, foram realizados por saudosistas da Monarquia. Vendo os exemplos de Japão, Reino Unido, Bélgica, Holanda... fica difícil imaginar que seria PIOR do que a nossa corruptíssima república presidencialista. É inaceitável que boçais como Lula e Dilma cheguem ao poder de uma nação que se pretende civilizada. A Monarquia resolveria, num passe de mágica, TODOS os problemas do Brasil? Não. Mas a figura do monarca, o poder do Parlamento e do Primeiro-ministro me parecem muito bem vindos. Veja o passado recente, os últimos 25 anos: o último bom presidente que tivemos foi Fernando Henrique Cardoso (não, não sou PSDBista). Um rei não estaria subordinado aos "interesses" de um partido político ou de lobistas, parece-me algo mais favorável do que o atual sistema político.
Sim, não há um consenso sobre a Casa Reinante, mesmo entre os Orleáns e Bragança há controvérsias, mas que poderiam ser solucionadas a médio prazo.
Monarquias antigas se sustentam sobre um forte simbolismo.
O rei encarna a Pátria e o que mantém a nação unida é o amor do povo pelo seu rei.
Deste modo, o patriotismo que em uma República é dirigido a símbolos abstratos como a Bandeira e o Hino, em uma monarquia são dirigidos a uma pessoa de carne e osso, cujo merecimento deste amor simbólico exige renúncia à uma vida pessoal para tornar-se encarnação do Estado acima da sua própria pessoa. Além disto, linhagens reais impedem que aventureiros tomem o Estado de assalto. Ninguém fora da linha sucessória pode se declarar rei por direito, o que restringe as disputas de poder.
Como disse, nas monarquias antigas.
Acredito que no Brasil o povo amava D. Pedro II. Parece ser consenso entre os Historiadores.
Duvido que o povo brasileiro viesse a amar um rei, fosse quem fosse hoje. Os tempos modernos cultivaram um cinismo que bloqueia este tipo de sentimento. O próprio Patriotismo é hoje repudiado pelas ideologias relativistas. E estas ideologias dominam a Política brasileira hoje. Assim, fica difícil imaginar o quanto o simbolismo monárquico possa ser implantado aqui.
Nós, Indios.
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A Revolução Britânica antecedeu a Francesa no tempo e a superou nos resultados. Estranhamente temos a Revolução Francesa como o grande exemplo histórico, sendo que em pouco tempo aquilo degenerou para o Terror sob o comando de um Robespierre maluco, apresentando-se como um deus no Festival do Ser Supremo.
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Na França, o poder migrou aos poucos dos senhores feudais para os reis, sem passar pelo povo. Quando a coisa explodiu, não havia uma estrutura de poder para substituir o rei e a liderança foi disputada a ferro e fogo entre facções revolucionárias rivais.
Há também a influência das particularidades diferenciadoras entre o Iluminismo Francês e o Britânico. Não houve, por exemplo, um Voltaire inglês e também por isto a Revolução Gloriosa não teve o caráter iconoclasta violento da Revolução Francesa. Houve, sim, a intolerância religiosa anti-católica liderada por Oliver Cromwell, mas esta se deu mais dentro dos conflitos da Reforma do que no clima de supressão do passado que norteou as maluquices de Robespierre.
Nós, Indios.
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"Quem não chorou quando a monarquia brasileira caiu não tem coração, e quem a essa altura do campeonato defende que a monarquia volte, não tem cérebro"
(Sem ofensas pessoas a membros, só pra ficar parecido com o que o Churchill disse)
Concordo, Acauan! Estive em Petrópolis com minha esposa, no mês passado - a cidade respira história, e o povo nas ruas fala com respeito do passado. Mas, como você disse corretamente, o cinismo dos tempos modernos seria um FORTE obstáculo à Monarquia. Prova disso é que o Plebiscito realizado nos anos 90 do século passado decidiu pela República Presidencialista, nossa corruptíssima república... É triste saber que a Monarquia brasileira não vai voltar, mas precisamos respeitar a democracia, a legitimidade daquele plebiscito.
Príncipe pede que monarquistas não participem de manifestações
Yahoo! Brasil – qui, 20 de jun de 2013
O príncipe dom Luiz de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil, se mostrou insatisfeito com a onda de protestos que toma conta do país e divulgou nota pedindo que os apoiadores da restituição da monarquia no país se mantenham afastados das manifestações.
O herdeiro da Coroa brasileira classificou a mobilização popular como manifestações anarquistas que não devem ser compartilhadas pelos monarquistas.
"Em vista da onda de protestos que se generaliza por todo o País, refletindo um fundo de insatisfação geral e evidenciando que pode haver nos bastidores quem esteja procurando tirar proveito desses acontecimentos, e ademais considerando o risco de envolvimento em atos de anarquismo, (o príncipe) julga que a prudência impõe aos monarquistas absterem-se de qualquer participação em tais manifestações", informa comunicado divulgado pela Casa Imperial do Brasil.
FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/príncipe-pede-que-monarquistas-não-participem-de-manifestações-145040682.html
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