Os Estados Unidos elogiaram nesta terça-feira a luta do governo da presidente Dilma Rousseff contra a corrupção, no momento em que o Congresso discute a instalação de uma CPI com o objetivo de investigar o envolvimento de políticos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
"Seu comprometimento [de Dilma] com abertura e transparência, sua luta contra a corrupção estão estabelecendo um padrão global", disse a secretária de Estado americana Hillary Clinton, durante encontro da Parceria para Governo Aberto - iniciativa liderada pelo Brasil e pelos EUA que reúne 55 países dispostos a melhorar suas práticas para aumentar a transparência e combater a corrupção.
Dilma, por sua vez, cobrou mais transparência do setor privado. "A transparência e o compromisso com o bem público também devem ser exigidos dos agentes privados, cujas condutas afetam diretamente a vida dos cidadãos".
"Nós sabemos que a corrupção mata o potencial de um país", disse Hillary. "A cura a para corrupção é abertura."
Escândalos
O elogio de Washington ocorre no momento em que integrantes do PT se mobilizam para adiar - não barrar, segundo o partido - a instalação da CPI do caso Cachoeira.
A comissão pretende investigar suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e contrabando envolvendo Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM) e os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), além de diversos servidores.
O clima político é ainda agravado pela proximidade do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) do caso "mensalão", o escândalo de pagamento de propina que envolveu parlamentares em 2005, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Todo o quadro de turbulência política se delineia após a presidente demitir seis ministros sob suspeita de corrupção em 2011, seu primeiro ano de governo.
Transparência
Ao cobrar transparência do setor privado, a presidente Dilma criticou principalmente a falta de monitoramento em fluxos financeiros internacionais.
"[Os fluxos] são passíveis de manipulação, com prejuízo para toda a economia mundial e para as conquistas sociais dos países", disse.
Segundo Dilma, "a transparência deve ser qualificada pelo resultado que as ações públicas causam na vida das pessoas".
"De parte do meu governo, nós buscarmos sempre a eficiência para garantir a boa qualidade do serviço prestado à população e não teremos tolerância com nenhum malfeito", afirmou a presidente.
A presidente citou o "aperfeiçoamento dos mecanismos de controle de gastos públicos" e disse que o Brasil tem hoje instituições mais preparadas para evitar desvios e punir sua ocorrência.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/04/120417_hillary_corrupcao_ac.shtml
Comentários
Agora que já criou fama de 'faxineira', pode voltar a ignorar e até a acobertar a sujeira. Além do quê, ninguém foi realmente punido e sim apenas tirado de cena.
Mas nem isto vai durar. O Lula não gostou da faxina e, agora que está se recuperando do câncer, já começou a interferir no governo de novo.
Risco da CPI faz base aliada negociar "operação abafa"
Uma das estratégias é poupar políticos de diversos partidos citados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que levou à prisão o contraventor Carlinhos Cachoeira
Agência Estado
Diante do alerta do Palácio do Planalto sobre os riscos de desgaste do governo, tomou corpo no Congresso, com ajuda da base aliada, uma “operação abafa” na Comissão Parlamentar de Inquérito do Cachoeira, a ser instalada nos próximos dias. Uma das estratégias é poupar políticos de diversos partidos citados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que levou à prisão o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Ficariam fora do radar deputados flagrados em escutas com integrantes do esquema, os governadores petista Agnelo Queiroz (DF) e o tucano Marconi Perillo (GO), além do ex-ministro José Dirceu. A única exceção seria o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que teve 298 conversas telefônicas com Cachoeira grampeadas pela PF nos últimos três anos. O senador está sendo investigado também pelo Conselho de Ética e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A “operação abafa” é resultado da pressão da presidente Dilma Rousseff para que setores do PT defensores da CPI do Cachoeira tenham calma e não usem a comissão como palco de vingança, o que poderia causar danos políticos ao governo.
Dilma conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a CPI na sexta-feira, em São Paulo, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo.
O movimento em gestação no Congresso visa a salvar os políticos ao mesmo tempo em que tentará fazer com que a CPI concentre suas investigações no contraventor Carlinhos Cachoeira e nos empresários mais citados nos grampos da Polícia Federal, como Fernando Cavendish, dono da Delta Construções S.A. e Cláudio Abreu, representante da empresa no Centro-Oeste.
Entre os parlamentares poupados, neste momento, estão os tucanos Carlos Alberto Leréia (GO), que admitiu ser mesmo amigo de Cachoeira e saber que ele estava envolvido com o jogo ilegal, e Leonardo Vilela (GO), pré-candidato à prefeitura de Goiânia. Também foram citados nas gravações Jovair Arantes (GO), líder do PTB na Câmara, Sandes Júnior (PP-GO), Rubens Otoni (PT-GO), gravado em vídeo negociando financiamento de campanha com o empresário preso, e Stepan Nercessian (PPS-RJ), que tomou um empréstimo de R$ 175 mil do contraventor.
Oposição
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), disse ter a certeza de que o governo usará a imensa maioria que terá na CPI para impedir investigações mais aprofundadas. Dos 30 titulares da CPI os partidos de oposição vão nomear apenas 6. Caberá ao governo preencher as outras 24 vagas.
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), e os senadores Vital do Rego (PMDB-PB) e Humberto Costa (PT-PE) encontram-se nesta terça com o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para pedir acesso ao inquérito que apura as relações de Cachoeira com políticos. A investigação está sob sigilo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/04/noticias/minuto_a_minuto/nacional/1194579-risco-da-cpi-faz-base-aliada-negociar-operacao-abafa.html
Mas os puxa-sacos do PT como o (não)querosaber, vão falar que é tudo mentira do PIG.
- “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
Agora os jornailistas chamam politicos estrangeiros pelo primeiro nome?
Que porra ridicula.
Ué, mas o Lula, no governo dele, não mandou o FHC calar a boca porque "ex-presidentes não dão palpite"?
Por que o Lula não se recolhe à sua insignificância de ex-presidente?
Onde houver fé, levarei a dúvida!
BRASÍLIA – A situação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, pode se complicar na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, em decorrência de uma nova denúncia contra ele, por ter viajado em jatinho cedido pelo empresário João Dória Júnior, em outubro do ano passado. Segundo informação do Portal Terra, Pimentel acompanhava a presidente Dilma Rousseff em viagem à Europa, e utilizou um avião fretado pelo empresário João Dória Júnior para ir da Bulgária, onde estava com a comitiva presidencial, até a Itália, para participar de um encontro com empresários brasileiros e italianos.
O artigo 7º, o Código de Conduta de Conduta da Alta Administração Federal diz que “a autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar duvida sobre a sua probidade ou honorabilidade”. Com base neste artigo, o PPS dá entrada nesta sexta-feira, 18, na Comissão de Ética do Planalto, com uma nova representação contra o ministro Pimentel, que será analisada na próxima reunião do conselho, dia 11 de junho.
A assessoria de imprensa do MDIC confirma a informação de que Pimentel usou o avião do empresário. O ministro disse que o evento com os empresários foi decidido de última hora e que, por isso, o ministro usou o avião do João Dória. Ainda de acordo com a assessoria, Pimentel não teria como usar avião oficial porque a aeronave era a presidencial que estava sendo usada por Dilma e comitiva. Pimentel, segundo o MDIC, foi autorizado a deixar a comitiva presidencial para ir ao evento com os empresários. “Saí da comitiva da presidente e fui mesmo para Roma, mas não fui em avião oficial porque o compromisso não fazia parte da agenda da presidente. Não tinha como ir de avião oficial. Ele (João Dória Júnior) mandou um avião e eu usei a aeronave que ele colocou pra mim naquele momento”, disse Pimentel, conforme a assessoria.
Ao Portal Terra, João Dória Júnior negou ter enviado avião para pegar Pimentel e disse não saber como o ministro chegou a Roma. O próprio Pimentel, no entanto, confirmou ter usado o jato oferecido pelo empresário.
Pimentel já devia explicações à Comissão de Ética, em relação às denúncias de suspeita de tráfico de influência porque a sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, teria faturado mais de R$ 2 milhões com consultorias entre 2009 e 2010, que foram entregues ao órgão, com atraso, o que foi considerado “grave” pelo presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence. Mas a Comissão não tomou medidas contra isso de imediato e ia analisar as explicações apresentadas depois, decidindo que caminho tomar em relação a Pimentel.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Ela já estava complicada meses atrás. Ele deveria ter sido o próximo na lista de ministros afastados, mas Dilma disse a ele para resistir e ficar no cargo.
Ela achou que já tinha contruído sua imagem de faxineira e não precisava afastar mais nenhum corrupto.