Apesar de proibida a discriminação, homens gays não podem doar sangue
21/04/2012 - 11h34
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Motivado por uma campanha da empresa onde trabalha, em Belo Horizonte, o produtor cultural Danilo França, de 24 anos, decidiu doar sangue pela primeira vez. Junto com um grupo de colegas, seguiu as etapas previstas: preencheu a ficha de inscrição e foi para a entrevista com o médico do hemocentro. Na momento da conversa, França descobriu que não poderia doar sangue porque mantém um relacionamento homossexual. “Fiquei atordoado, sem graça. Fiquei chateado e me senti discriminado”, disse França.
Uma norma nacional considera inapto à doação qualquer homem que tenha se relacionado sexualmente com outro homem no período de 12 meses. O mesmo vale para heterossexuais que, no mesmo período, se relacionaram sexualmente com várias parceiras.
Entidades de defesa dos direitos dos homossexuais reclamam da restrição e querem reacender o debate sobre o tema. “A cada fato novo, a gente tem que abrir a discussão. Se a pessoa usa preservativo e não tem comportamento de risco, não pode ser impedida de doar”, argumenta Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
A regra do Ministério da Saúde, que vigora há mais de sete anos e vale para todos os hemocentros, foi baseada em estudos internacionais que apontam que o risco de contágio pelo vírus da aids (HIV) é 18 vezes maior nas relações entre homossexuais masculinos, na comparação com relações entre pessoas heterossexuais. O motivo é a prática do sexo anal, que aumenta o risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST). Foi essa determinação que fez com que a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (Hemominas) negasse ao produtor cultural a possibilidade de doar sangue.
Em junho de 2011, o ministério baixou uma portaria que proíbe os hemocentros de usar a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade) como critério para seleção de doadores de sangue. “Não deverá haver, no processo de triagem e coleta de sangue, manifestação de preconceito e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, hábitos de vida, atividade profissional, condição socioeconômica, raça, cor e etnia”. Mas, na prática, os homossexuais masculinos ativos sexualmente seguem impedidos de doar sangue. Para as lésbicas, não há restrições.
O coordenador de Sangue e Hemoderivados do ministério, Guilherme Genovez, alega que a norma brasileira é avançada quando comparada à legislação de outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, um homem que tenha tido, no mínimo, uma relação sexual com outro homem fica proibido de doar sangue pelo resto da vida. “Acima de tudo, está o direito de um paciente receber sangue seguro”, alega o coordenador, lembrando que os testes não identificam imediatamente a presença de vírus em uma bolsa de sangue.
Desde o ano passado, o governo federal está implantando o NAT, sigla em inglês para teste de ácido nucleico, para tornar mais segura a análise do sangue colhido pelos hemocentros. O exame reduz a chamada janela imunológica, que é o período de tempo entre a contaminação e a detecção da doença por testes laboratoriais. Com o NAT, o intervalo de detecção do vírus HIV cai de 21 para dez dias. Até agora, 59% do sangue doado no país passam pelo NAT. A previsão é que a tecnologia chegue a todos os hemocentros até julho.
Edição: Vinicius Doria
FONTE: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-21/apesar-de-proibida-discriminacao-homens-gays-nao-podem-doar-sangue
AgênciaBrasil
"In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
Comentários
Oh, coitadinho dos caras que comem a mulherada geral. Eles são vítimas dessa sociedade machista patriarcal onde...
Uai, pera aí...
Perdoem a minha ignorancia, mas pessoas heterossexuais tambem não praticam sexo anal?
Eu não conheço muitas lésbicas, mas elas não costumam usar "brinquedinhos" uma nas outras? Fazendo um troca-troca com os "brinquedinhos"? Não se chupam uma nas outras? Tem mulher que curte um chupão no..no...orificio.
Isso também não vale para pessoas heterossexuais??
Ta bom. Então pra doar sangue, voce so pode fazer sexo uma vez por ano?
Olha, até entendo a questão da segurança e tal, mas não existem meios de se fazer testes no sangue coletado pra saber se ele está contaminado ou não? Isso pouparia muito trabalho e processos desnecessarios.
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Do ponto de vista da saúde pública, a proibição de homossexuais doarem sangue é absolutamente correta.
Não cabe falar em preconceito, pois preconceito é o julgamento prévio que condena antes de conhecer o que se está julgando, enquanto neste caso as estatísticas provam matematicamente que homens homossexuais tem uma probabilidade muito maior de serem portadores do vírus. Trata-se, portanto, de uma decisão técnica, visando o bem estar da população e a segurança clínica do receptor de sangue, contra a qual não cabem xiliques ideológicos de grupos de pressão.
Esta decisão se justifica plenamente na comparação dos riscos envolvidos: A proibição de homossexuais doarem sangue no máximo pode ferir os sentimentos de um bem intencionado candidato homossexual à doação, enquanto a alternativa de aquiescer ao sentimentalismo ou pressão ideológica pode custar vidas inocentes.
A decisão certa é óbvia.
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As estatísticas provam que riscos de contaminação envolvendo pessoas EXCLUSIVAMENTE heterossexuais são extremamente menores que as envolvendo homens homossexuais, mesmo quando os comportamentos sexuais são análogos (sem trocadilho).
Isto se deve a pelo menos três fatos médicos e estatísticos:
1. O risco imensamente maior de contaminação no intercurso anal receptivo;
2. A proporção imensamente maior de contaminados pelo HIV no grupo homossexual do que no grupo heterossexual;
3. O número médio de parceiros sexuais, estatisticamente muito maior no grupo homossexual.
A ponderação destas três taxas pode determinar que o risco de um homem homossexual contrair HIV pode ser até mil vezes maior que a de um homem exclusivamente heterossexual.
Decisões ideologicamente orientadas construíram o mito do "comportamento de risco" em detrimento de "grupo de risco" nas campanhas de prevenção à AIDS, omitindo de modo negligente que quando um determinado comportamento é típico de determinado grupo, a distinção deixa de ter qualquer utilidade prática do ponto de vista médico.
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Independente de suas práticas íntimas, as estatísticas evidenciam que mulheres exclusivamente homossexuais são o grupo de menor risco quanto ao contágio do HIV.
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Independente do chororô, 20% da população gay masculina tem aids. Ser gay já é um comportamento de risco.
Infelizmente os testes não são eficazes antes de um certo período, por conta de baixa atividade/concentração do vírus. Durante este período, a pessoa pode transmitir a doença.
Candidatos bem intencionados, mesmo se ficassem com o sentimento ferido, entenderiam o motivo da proibição, já que os próprios portais gays alertam para o risco de transmissão elevado entre homossexuais.
Priorizar o seu desejo de ajudar à saúde quem precisa da ajuda não faz o menor sentido.
E gostaria de saber como uma proibição que também vale para homens héteros promíscuos e não vale para lésbicas poderia ser taxada de homofóbica.
Esta turma toda é psicopata.
Correto. É discriminação. O problema incide no valor absurdo que a palavra, discriminação, adquiriu. Discriminar é separar, distinguir entre duas coisas diferentes. Isto é o que está em causa e não, qualquer juízo de valor.
Podemos perguntar se a discriminação é necessária no caso. A resposta é sim, trata-se de um problema referente à saúde pública dos cidadãos. Já mencionado por Acauan, os homossexuais masculinos constituem um grupo de risco superior.
A defesa inocente dessas bandeiras é verdade apenas para os imbecis que repetem esses mantras sem a menor noção dos riscos envolvidos.
Os que lançam a campanha sabem muito bem o que pode acontecer e não ligam a mínima. A ausência do sentimento de culpa é a definição mais pura de psicopatia.
E eu não estava me referindo a isso, mas à vitimização patológica deste povo, outro sintoma de psicopatia. Se homens héteros de vida promíscua também não podem doar, como a proibição seria homofóbica? Homofobia contra macho alfa comedor?
Fico pensando quando vamos ver o primeiro processo por um homofobia por um cara rejeitou ter relações sexuais com um gay alegando que não gosta de homens e o gay se sentiu discriminado.
Se já não tiver ocorrido algo semelhante, aposto que não tarda para acontecer.
Homossexual vai doar sangue e descobre que não pode. Acusa toda a humanidade de estar numa cruzada contra ele.
Pessoas com tatuagens permanentes no corpo também eram impedidas de doar, pelo risco de contaminação por agulhas reutilizáveis, mesmo sem evidência estatística de que tatuados apresentassem incidência do vírus em grau significativamente maior que a média.
Como da última vez que fui ao hemocentro reparei que na sala de espera havia alguns sujeitos cujas tatuagens os faziam parecer outdoors ambulantes, é possível que a restrição tenha sido revogada.
Espero que chegue o dia em que as estatísticas sobre contaminação por HIV no grupo homossexual masculino permita a revogação da proibição de doar sangue.
Até lá, só a irresponsabilidade e covardia ante à chantagem ideológica pode explicar qualquer iniciativa neste sentido.
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Este é o ponto chave. Enquanto as estatísticas provarem que trata-se de um grupo de risco não há que se falar em permitir a doação de sangue por esse grupo.
Não adianta querer ajudar quando pode-se trazer consequências irremediáveis.
O problema é que os ideólogos e militantes do Politicamente Correto só se interessam pelas estatísticas que favorecem suas bandeiras.
Neste caso a militância PC vai pressionar as autoridades da saúde pública para revogar as proibições, utilizando a chantagem das denúncias de preconceito, mesmo sabendo que isto porá em em risco vidas inocentes.
Como não há que se falar em preconceito quando as decisões são baseadas em fatos provados e incontestáveis, resta esperar que o bom senso mais que a política guie as decisões das autoridades médicas nesta questão.
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Primeiro gostaria de parabenizar à administração do fórum. Gostaria de tê-lo conhecido antes, mas já me sinto em casa.
Não sou contra a militância gay, uma vez que trabalham para minorar possíveis danos ao grupo, mas discordo veementente de muitas de suas ações e opiniões, dentre elas a questão da doação de sangue.
O preconceito existe e precisa ser combatido, mas sem sombra de dúvidas estão transformando uma discriminação positiva em preconceito.
Seja bem vindo.
Organizações militantes político-ideológicas frequentemente nascem de algum idealismo e quando adquirem fontes de financiamento e relativo poder político passam a atuar em proveito próprio, não dos grupos que dizem representar.
As organizações militantes gays seguem a regra, mesmo que exceções possa haver.
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Bem vindo, Tilo. Sinta-se em casa.
Em relação à doação de sangue ser restrita, infelizmente tem que ser assim. Não se pode arriscar a vida das pessoas só pra contentar um pequeno grupo de pessoas que PENSAM que estão fazendo o bem para os seus "congeneres" vamos dizer assim. Temos que separar o que é uma situação puramente preconceituosa das que visam proteger vidas por causa de situações de riscos.
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