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Fascismo está vivo na França

Resultado da extrema-direita, que obteve quase 20% dos votos, preocupa líderes europeus


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/hollande-sarkozy-cortejam-votos-de-candidatos-derrotados-4713127#ixzz1szqg2qlC

Comentários

  • 8 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Sempre haverá fascistas, em qualquer sociedade.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fernando_Silva disse: Sempre haverá fascistas, em qualquer sociedade.

    Se bem que, no discurso de propaganda da Esquerda, todo desafeto ideológico é fascista.
    Coisa mais comum é esquerdista botando no mesmo saco defensores do genocídio e quem faz oposição democrática ao PT.

    Acauan dos Tupis
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  • Mig29Mig29 Membro
    edited abril 2012 Vote Up0Vote Down
    França é uma sociedade conservadora paternalista. A estagnação da economia desperta o desejo de ser cuidado pelo pai. A figura paterna pode assumir a imagem de um deus, de um presidente ou na instituição Estado.
    Isto explica de forma simples o crescimento da extrema direita.
    Post edited by Mig29 on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited abril 2012 Vote Up0Vote Down
    Mig29 disse: Isto explica de forma simples o crescimento da extrema direita.

    Se é que a extrema direita realmente cresce.

    O que caracteriza os extremismos políticos é a disposição de impor sua ideologia à custa da ruptura da ordem institucional democrática.
    Alguns partidos da direita francesa tem um discurso agressivo contra certos dogmas esquerdistas, mas são raras as vozes que inspiram temores quanto à preservação da democracia francesa ou dos direitos e garantias individuais de sua população nativa ou imigrante.

    Como para a Esquerda em geral quem não está com eles está contra e, por consequência, é um fascista-racista-homofóbico-xenófobo-feio-bobo-cara-de-melão, sua ladainha cai no vazio, pois quando todo mundo é qualifcado de fascista, resulta que ninguém o é ou os verdadeiros deixam de ser distinguidos como tal. A velha incompetência da propaganda esquerdista, que só convence quem já estava convencido.

    Falar contra a imigração ilegal, por exemplo, é perfeitamente democrático, uma vez que o qualificativo ilegal encerra a discussão quanto a única posição admissível de um defensor das instituições quanto ao problema.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Mig29Mig29 Membro
    edited abril 2012 Vote Up0Vote Down
    Crescer é sempre um termo forte; pensei na linha de bom resultado eleitoral.
    FN é fascista, não é discurso de esquerdista dize-lo. Não é menos verdade, o FN liderado por Marine Le Pen tem dados passos rumo à normalidade (soberanista).

    O meu cuidado: Se os Nazis tinham os judeus, o FN tem os muçulmanos, aqui reside toda a minha atenção. Geert Wilder, o holandês, é a minha referência europeia da linha de perigo. Wilders mostrou-se um cachorro que ladra sem morder. Não encontro nenhum líder da extrema direita que possa morder mais do que o holandês. Então, acabo por serenar.

    P.S. anti-imigração é diferente de anti-muçulmanos.
    Post edited by Mig29 on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Mig29 disse: FN é fascista, não é discurso de esquerdista dize-lo. Não é menos verdade, o FN liderado por Marine Le Pen tem dados passos rumo à normalidade (soberanista).

    Le Pen é xenófobo, antissemita e propagandista da intolerância.
    O suficiente para torná-lo - no mínimo - anacrônico na democracia ocidental moderna.
    Mesmo assim, cabe reflexão antes de classificar a FN como fascista, uma vez que a vulgarização do uso do termo só serve para proteger os verdadeiros fascistas, que se beneficiam na diluição do significado do termo.

    As ditaduras de Franco, Salazar e Pinochet foram brutais, direitistas sem dúvida, mas fascistas de modo algum - nem toda ditadura de direita é fascista, a menos que se redefina o termo para significar exatamente isto.

    O fascismo surgiu no século XX como ideologia de reação ao comunismo, combatendo a ideologia da luta de classes com a exacerbação dos sentimentos nacionalistas, mas copiando do inimigo comunista o controle de todos os aspectos da vida civil pelo Estado, o controle do Estado pelo partido único no poder, o controle do partido pela liderança executiva e, geralmente, mas não necessariamente - o controle da liderança executiva do partido pelo líder carismático.

    Fascistas e comunistas se assemelhavam na sacralização de sua ideologia, na organização paramilitar de sua disciplina partidária, no controle dos meios de agitação das massas e do uso maciço da propaganda política.
    Também têm em comum a proposta de construir uma nova sociedade, melhor que a antiga, purificando-a dos elementos que consideram venenosos - a burguesia para os comunistas, os comunistas para os fascistas, os judeus para os nazistas.

    Vemos algumas destas características na Frente Nacional, mas é difícil enxergar todas elas. É óbvio que se equilibram perigosamente no fio da navalha que os separa do fascismo puro, mas não muito mais do que os partidos socialistas latino-americanos.

    Mig29 disse: O meu cuidado: Se os Nazis tinham os judeus, o FN tem os muçulmanos, aqui reside toda a minha atenção. Geert Wilder, o holandês, é a minha referência europeia da linha de perigo. Wilders mostrou-se um cachorro que ladra sem morder. Não encontro nenhum líder da extrema direita que possa morder mais do que o holandês. Então, acabo por serenar.
    P.S. anti-imigração é diferente de anti-muçulmanos.

    A xenofobia direitista na Europa explora a incompetência dos ideólogos do multiculturalismo, cujo projeto era cheio daquelas boas intenções que levam ao inferno.
    Os Estados Unidos da America são possivelmente o país mais multicultural do mundo e tal condição não conflita suas instituições. Seguros delas, os americanos não se sentem ameaçados pela realidade multifacetada de sua nação, pelo contrário, entendem perfeitamente o quanto isto os fortalece - o próprio racismo e xenofobia historicamente intrínseco à sociedade americana no longo prazo funciona como o veneno da serpente, que contém seu próprio antídoto.

    A solução para Europa não é dar voz aos radicais xenófobos, mas pior é confundir enfraquecimento de suas identidades nacionais com tolerância. Quanto mais forte for esta identidade, menos o europeu comum se sentirá ameaçado pelo imigrante ou o diferente, lembrando que movimentos fascistas encontram campo fértil na baixa estima da população, como os alemães humilhados por Versalhes.



    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Mig29Mig29 Membro
    edited abril 2012 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: As ditaduras de Franco, Salazar e Pinochet foram brutais, direitistas sem dúvida, mas fascistas de modo algum - nem toda ditadura de direita é fascista, a menos que se redefina o termo para significar exatamente isto.

    Se estas ditaduras não são fascistas, então, concedo o FN como não fascista.
    Acauan disse: Le Pen é xenófobo, antissemita e propagandista da intolerância.

    Falamos da filha, bem mais leve que o pai.
    Acauan disse: A solução para Europa não é dar voz aos radicais xenófobos, mas pior é confundir enfraquecimento de suas identidades nacionais com tolerância. Quanto mais forte for esta identidade, menos o europeu comum se sentirá ameaçado pelo imigrante ou o diferente, lembrando que movimentos fascistas encontram campo fértil na baixa estima da população, como os alemães humilhados por Versalhes.

    Precisamente, a Europa parece ter perdido o sentido da sua identidade. Os cidadãos não sentem um piloto no leme da nau europeia.
    Acauan disse: A xenofobia direitista na Europa explora a incompetência dos ideólogos do multiculturalismo, cujo projeto era cheio daquelas boas intenções que levam ao inferno.

    Multiculturalismo é uma chaga corrosiva da sociedade. A custo o digo, isto, deve-se a uma natureza específica deste multiculturalismo. A negação da faculdade humana em prover instituições estáveis e duradouras. A busca da reforma (revolução) sem fim.
    Diluir, diluir, diluir, é o que me vem à mente.



    A crise europeia é de identidade, não sabemos quem somos, nem para onde desejamos ir*. Todos os providos de racionalidade sabem o drama que isto constitui para um homem. Não é diferente para muitos homens que vivem em conjunto.

    *Vagamente, este individuo que vos escreve habita a utopia federalista europeia.
    Post edited by Mig29 on
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