O jornalístico da Record teve acesso às gravações de telefonemas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso acusado por 15 delitos, o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e mostra o esquema em que o contraventor controlava o que seria publicado na principal revista da editora Abril.
Os documentos a que o Domingo Espetacular teve acesso com exclusividade trazem provas de que as informações trocadas entre Cachoeira e o diretor da Veja resultaram ao menos em cinco capas da revista de maior circulação do País.
As gravações registram ainda que a influência esbarra em outras esferas do poder, como na pressão para demissão da cúpula do Ministério dos Transportes, que havia se desentendido com um dos aliados do contraventor, a construtora Delta. Por meio do que Cachoeira passava para ser publicado na Veja, vários funcionários do ministério foram afastados.
Cachoeira se orgulha de “plantar” notícias na Veja em benefício próprio e sabe até quando determinadas matérias sairão.
Veja a transcrição de alguns trechos dos diálogos.
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/domingo-espetacular-mostra-a-influencia-de-carlinhos-cachoeira-sobre-a-revista-veja-20120506.html
Comentários
O fato é que apesar de suas motivações é um dos poucos mecanismos para, pelo menos, causar incômodo nos corruptos já que punição efetiva nesse país é fantasia.
"Abaixo, escrevo um post sobre o rigor jornalístico da TV do “bispo Macedo”. Cumpre não esquecer que ele também se considera um teólogo. Nada como rever três momentos, então de seu apuro teológico. No primeiro vídeo, ficamos sabendo que foi o capeta que derrubou aqueles dois prédios no Rio só para se vingar de “obreiros” da Igreja Universal; no segundo, ele defende a expulsão dos fetos do útero materno; no terceiro, com um chicote, expulsa o demônio do corpo de um homossexual. Peguem um crucifixo e assistam."
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O que isso tudo tem a ver com a reportagem levado ao ar ontem? Tudo! A emissora de Macedo emprega no jornalismo o mesmo rigor que ele emprega na teologia. Ele é hoje a principal referência de jornalismo de uma banda do PT. Em seu blog, José Dirceu, o “chefe de quadrilha” (segundo a PGR), orienta seus fiéis a se informar pela Record.
Que coisa! Os petistas começaram citando Karl Marx e terminaram no colo de um exorcista amador. Faz sentido! É essa gente que aparece com ar sério na TV para dar exemplo de ética.
Ora, sempre digo tudo. Macedo poderia ter feito coisas ainda mais asquerosas do que as que se veem acima, e nada disso impediria que o jornalista da VEJA tivesse cometido algum crime. Mas, como resta evidente, não cometeu. A acusação, reitero, não passa de satanização politicamente orientada."
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/os-petistas-comecaram-citando-karl-marx-e-terminaram-no-colo-de-um-exorcista-amador/
"As gravações exibidas como 'provas' provam apenas que um jornalista da VEJA tinha, entre suas fontes, Cachoeira e seus serviçais. E daí? Tentar transformar isso em crime é uma tentativa de criminalizar o próprio jornalismo investigativo. Pergunto: o jornalista da revista usou aquelas informações para ganhar dinheiro? Usou aquelas informações para fazer negócios em seu nome ou da revista? Usou aquelas informações para obter algum benefício? Não! Com elas — e recorrendo sempre a outras fontes que ajudaram a desvendar a infiltração de criminosos no governo —, colaborou para desbaratar quadrilhas que estavam infiltradas no Estado. Dilma não se livrou de seis ministros-problema para ficar de bem com a VEJA. Ela se livrou de seis ministros-problema — e mais a camarilha que estava no Dnit — porque constatou, quando menos, evidências de lambança.
Na reportagem da Carta Capital e da Record, não por acaso, ignoram-se os dados levantados pela Corregedoria Geral da União. Eles demonstravam a lisura de procedimentos? Não! Eles demonstravam a roubalheira.
Aquilo que a “reportagem” da Record apresenta como evidências contra a VEJA é uma fraude montada a partir de fragmentos de conversas que mal esconde o intento — é uma exigência! — de transformar, sempre ele, José Dirceu, o “chefe de quadrilha” (segundo a Procuradoria Geral da República), em uma pobre vítima das armações de Cachoeira. Vítima? Dirceu organizava um governo paralelo num quarto de hotel, no momento em que o chefe da Casa Civil era defenestrado, o que foi denunciado por VEJA, e essa gente fala em investigar a revista? Ora…"
"Qualquer jornalista responsável, de posse das mesmas informações que tinha o jornalista da VEJA, faria o que ele fez: reportagens! Se Cachoeira e outros tantos gostavam ou não dela, isso é irrelevante. ESSA PATACOADA SÓ ESTÁ NO AR AGORA PORQUE ALGUMAS DAS REPORTAGENS QUE TENTAM DEMONIZAR CONTRARIARAM O INTERESSE DE QUADRILHAS INFLUENTES."
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
A fonte da Record é o próprio Satanás:
Com certeza, esta sabe mais sobre os pecados que cada um cometeu.