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Falam os experts: "O mouse não terá muita aplicação. Ninguém vai querer usá-lo" (1984)

Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
http://www.hardware.com.br/noticias/2012-05/windows8-aero.html
Uma delas foi a popularização do mouse, já que agora a moda é popularizar a interação por toque. Quase ninguém da mídia especializada considerava o mouse útil para trabalho sério, sempre ridicularizando com comentários gerais o novo estilo de interação com os computadores - estilo esse que ainda está longe de morrer, mesmo depois de tantos anos. Há citações de diversas revistas. Numa matéria da Computerworld de 1983, por exemplo: "O mouse torna o computador mais acessível, mais amigável, para determinados públicos-alvo, como executivos? A resposta é não." John C. Dvorak com comentários críticos também soltou, em 1984: "Não há [nenhuma] evidência de que as pessoas querem usar estas coisas".

Hoje em dia num PC desktop não imaginamos seu uso sem o apontador controlado pelo mouse. O trackpad, comum em notebooks e em alguns casos desktops (pelo menos enfatizado pela Apple) em suma leva o mesmo conceito do mouse: é necessário mover o cursor para alcançar itens na interface. Esta é uma tecnologia de que muitos duvidavam, mas no final ela foi bem-sucedida. Diversos tipos de operações são impraticáveis com o teclado físico, embora ele continue lá com a sua função sem nenhum substituto em vista para o futuro próximo (tanto é que muita gente quer um teclado para iPad, e os tablets com Windows 8 aceitarão teclados USB).

Cena de Star Trek em que o Scott não sabe o que fazer com um mouse:


Ações como o duplo clique também eram vistas como difíceis, e hoje são corriqueiras. O nível de dificuldade encontrado pelo usuário no teste é comparável ao que muitos alunos de cursos de introdução à informática passam. Usar o mouse de forma eficiente não é lá tão intuitivo como pode parecer.

Teste de usabilidade do Windows 95 - Vídeo de 1993
O usuário se atrapalha todo para dar um duplo clique.

http://media.ch9.ms/ch9/4a95/8e5a19e3-d5b7-40d8-ae5a-d8e2302d4a95/Win95UsabilityTesting1993_high.mp4

Comentários

  • 24 Comentários sorted by Votes Date Added
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    A revolução digital pegou os futurólogos - TODOS - no contrapé.
    Mesmo quando a tecnologia do microcomputador já estava pronta e disponível, continuaram acreditando nos grandes mainframes que segundo eles cresceriam continuamente em tamanho e poder até o surgimento do HAL 9000, a máquina autoconsciente.

    Basta lembrar o primeiro filme The Terminator, lançado em 1984 junto com o Macintosh.
    Skynet é o super mainframe Bicho Papão. A ficção científica repetia um clichê do passado quando o futuro já dava seu segundo grande passo.


    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    No terceiro Terminator, já é um vírus que se espalha pela Internet.

    =====

    Bill Gates subestimou a Internet, na visão dele apenas uma brincadeira de estudantes. Até o Windows 3.11, era preciso instalar os programas, de terceiros, para acessar: discador, navegador, email etc.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fernando_Silva disse: No terceiro Terminator, já é um vírus que se espalha pela Internet

    Um dos remendos do terceiro filme, que de tão remendado foi esquecido na sequência Terminator Salvation.
    Fernando_Silva disse: Bill Gates subestimou a Internet, na visão dele apenas uma brincadeira de estudantes. Até o Windows 3.11, era preciso instalar os programas, de terceiros, para acessar: discador, navegador, email etc.

    O que visto em retrospectro é assombroso.
    Algumas descobertas científicas só revelam todo seu potencial de aplicação com o tempo, mas o da Internet já era óbvio desde o início.


    Acauan dos Tupis
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Voltando ao mouse.
    Na ficção científica sempre se imaginou que o auge da tecnologia seriam os computadores obedientes a comando vocal.
    É possível que tornem esta interface mais amigável que o mouse, mas hoje cabe uma comparação.
    O que é mais fácil, ditar para a máquina o comando "computador abra o site de Internet Religião é Veneno ponto org" ou clicar um link?
    Imaginem um escritório cheio de gente, com todas dando ordens verbais ao seu computador.
    Ou então conversando com seus tablets no metrô.
    Acauan dos Tupis
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    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Não sejam tão rigorosos com a ficção científica, como entretenimento ela é obrigada a ser dramática e poética, realismo e funcionalidade são secundários.
    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: Não sejam tão rigorosos com a ficção científica, como entretenimento ela é obrigada a ser dramática e poética, realismo e funcionalidade são secundários.

    Pelo contrário.
    Julio Verne, no século XIX e sem qualquer informação mais confiável sobre o que estava por vir acertou mais sobre eventos do século XX do que ficcionistas dos anos 80 acertaram sobre os anos 90.


    Acauan dos Tupis
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  • Acauan disse: Pelo contrário.
    Julio Verne, no século XIX e sem qualquer informação mais confiável sobre o que estava por vir acertou mais sobre eventos do século XX do que ficcionistas dos anos 80 acertaram sobre os anos 90.
    Ele não conta, era um gênio inigualável, como Mozart. <g>

    Ficção científica certeira é para raríssimos


    Come with me if you wanna live.
  • mouse sumir? e pior q tem gente q acredita nisso... o maximo q pode substituir um mouse e olhe la seria algo como aqueles sistemas de movimento como kinect ou wii e similares
  • Fernando_Silva disse: Bill Gates subestimou a Internet, na visão dele apenas uma brincadeira de estudantes. Até o Windows 3.11, era preciso instalar os programas, de terceiros, para acessar: discador, navegador, email etc.

    Engraçado que hoje o cara é processado justamente por não precisar mais instalar software de terceiros para acessar a internet.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Fico imaginando navegar, desenhar, etc sem o mouse. NAvegar acho que até dá. Mas para alguns trabalhos proficionais, é impossível. Não me vejo passando o dedo na tela para fazer alguma coisa...
  • ReidReid Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Johnny disse: Não me vejo passando o dedo na tela para fazer alguma coisa

    q tal usar algo como um "pincel" na tela (touchscreen) ou uma "caneta"? n seria como desenhar num papel?
    Post edited by Reid on
  • Fernando_Silva disse: Teste de usabilidade do Windows 95 - Vídeo de 1993
    O usuário se atrapalha todo para dar um duplo clique.

    Não sei qual foi a primeira vez que eu coloquei a mão num mouse, mas tenho certeza que eu ainda não sabia ler.

    Lembro que por já ter crescido fuçando em computadores, mesmo que em coisas banais como desenhar abstrações no paint, jogar paciência ou algum outro joguinho fuleiro que não vinha no windows, sempre achei que não conseguir efetuar um clique duplo era uma incapacidade nata, uma espécie de retardo mental.

    Também tem aqueles que não conseguem nem mesmo clicar porque não conseguem manter o cursor do mouse parado.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Acauan disse:Algumas descobertas científicas só revelam todo seu potencial de aplicação com o tempo, mas o da Internet já era óbvio desde o início.
    Vannevar Bush, em 1945, previu o hipertexto e um banco de dados com todo o conhecimento humano para acesso universal.
    E alguém, cujo nome não lembro agora, já previu as comunidades virtuais no início dos anos 80.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Voltando ao mouse.
    Na ficção científica sempre se imaginou que o auge da tecnologia seriam os computadores obedientes a comando vocal.
    É possível que tornem esta interface mais amigável que o mouse, mas hoje cabe uma comparação.
    Já existem interfaces por gestos, com o Wii e o Kynetic. E interfaces por comando mental, o que vai ajudar os deficientes. Já ajuda, aliás.

    Interface por voz é útil enquanto se dirige. E também já existe.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Reid disse:
    q tal usar algo como um "pincel" na tela (touchscreen) ou uma "caneta"? n seria como desenhar num papel?

    Para isto, já existem os tablets (os antigos, tipo mesa digitalizadora).
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Apatico disse: Não sei qual foi a primeira vez que eu coloquei a mão num mouse, mas tenho certeza que eu ainda não sabia ler.

    Comecei com os mainframes e os cartões perfurados. Ainda não havia monitores e o resultado só aparecia na impressão.
  • ReidReid Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Post edited by Reid on
  • sybok disse: Uma verdade inegável que qualquer bom nerd de computador conhece é que o trabalho em modo texto usando somente o teclado é mais prático e rápido que em um sistema gráfico baseado em janelas.
    A produtividade e controle conseguidos na linha de comando e nas pontas de dedos que sabem digitar corretamente, é superior aos cliques do mouse.

    Desenhe um boneco animado (destes de CG) via comando....Ou então, uma planta (mesmo que baixa) de uma casa. No ACAD antigo todos usavam linha de comando preferencialmente ao mouse, mas para muitas coisas fica improdutivo. Porém não faz sentido algum depender do mouse para dar comandos no MS Word, Excel entre outros.
  • Fernando_Silva disse: Comecei com os mainframes e os cartões perfurados. Ainda não havia monitores e o resultado só aparecia na impressão.

    Isso foi antes ou depois da extinção dos dinossauros? <g>
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Apatico disse:
    Fernando_Silva escreveu:
    Comecei com os mainframes e os cartões perfurados. Ainda não havia monitores e o resultado só aparecia na impressão.

    Isso foi antes ou depois da extinção dos dinossauros? <g>

    Isso foi circa 1973 AD. E eu era viciado nesse troço. Às vezes, saía de casa num feriado, com chuva, para ir à faculdade e testar uma ideia que eu tinha tido no meio da noite. Não dava para esperar até o dia seguinte.
  • Fernando_Silva disse: Isso foi circa 1973 AD. E eu era viciado nesse troço. Às vezes, saía de casa num feriado, com chuva, para ir à faculdade e testar uma ideia que eu tinha tido no meio da noite. Não dava para esperar até o dia seguinte.

    Credo, isso devia ser uma espécie de crack para os nerds.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Cada tipo de "imput" tem seu nicho.... teclado/mouse
    Eu acredito que o futuro do mouse seja um tipo de tablet, no lugar do mouse pad.
    É inviavel usar touch no monitor, meia hora e vc ja estaria exausto de deixar seu braço suspenso.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    CBuosi disse: Eu acredito que o futuro do mouse seja um tipo de tablet, no lugar do mouse pad

    Os notebooks já usam isto. Não substitui o mouse. É apenas um quebra-galho, a não ser no caso dos tablets com função de mesa digitalizadora, para desenho.
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