Água pode subir até 760% em algumas zonas do País
Reestruturação do setor das águas retira cobrança às autarquias, cria empresas semelhantes à EPAL e obriga à uniformização das tarifas. Há locais onde as faturas subirão oito vezes.
O "jornal i" escreve que as câmaras municipais vão deixar de cobrar a água aos seus munícipes, à semelhança do que acontece em Lisboa, onde a EPAL presta esse serviço. Outra mudança de fundo: o preço da água tenderá a ser uniforme em todo o País, cerca de dois euros e meio por metro cúbico, o que significa que haverá locais onde os consumidores passarão a pagar a água oito vezes mais cara do que atualmente.
A ERSAR terá ainda um papel idêntico ao que hoje é desempenhado pela ERSE no setor da energia, ou seja, vai fixar os preços com uma determinada periodicidade para todo o País - o que se traduz num reforço das competências enquanto entidade reguladora do setor.
O novo modelo deverá entrar em funcionamento em 2004.
http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2552077&especial=Revistas+de+Imprensa&seccao=TV+e+MEDIA&success=1
Comentários
No lugar de liberarem o acesso à livre concorrência, vão retirar o poder das autarquias, para o entregar a uma identidade publica centralizada ( antecâmara de uma privatização).
Num grande numero de câmaras o setor é muito bem gerido, apesar de não existir concorrência ( por mim nem precisava mudar).
Podemos admitir a privatização num quadro de livre mercado como positivo. Contudo, temos observado em casos semelhantes, o governo cria legislação para garantir a lucratividade de uma empresa que vai entregar nas mãos dos lacaios em regime de monopólio.
A imposição de tarifas não augura nada de bom para os portugueses.
Quem realmente presta o serviço não é importante se o Governo fiscalizar. E fiscalizar e proteger os cidadãos é a sua função básica desde o passado remoto.
Fiscalizar sim, decidir os preços nem por isso. O governo deve fiscalizar o cumprimento integral do contrato estabelecido. Também, deve instituir contratos concorrenciais em que vence o de valor mais baixo.
Não necessariamente. As estradas privatizadas no Brasil que cobram pedágios mais altos são, de modo geral, mais bem cuidadas que as privatizadas por Lula, que escolheu as que propuseram cobrar menos (o tal do 'pedágio social') e agora não têm recursos para prestar o serviço.
O critério de Lula não foi o preço mais baixo, mas populismo eleitoral.
Seu exemplo de má gestão é bem menos nefasto que o português. Aqui, os governos anteriores entregam uma concessão a privados prometendo pagar possíveis perdas que estes venham a ter. Não satisfeitos com os acordos ruinosos, aboliram portagens (pedágios)nas estradas do interior, porém pagando-as à empresa privada.
Escusado é dizer, a crise veio acabar com a festa.
Correção. Quase acabou com a festa (as parcerias publico privadas atingem muitos outros setores da sociedade). A chantagem dos privados exige mão firme e gente não corrupta para dizer basta.
Não é interessante que os países europeus em pior situação sejam justamente os que mais gastaram com demagogia?
O problema da Europa é mais complexo. Os estados mais fortes são os possuidores de maior proteção social - Não é espantoso?
Direi que não.
Na Europa (Bruxelas) tomaram-se decisões no estilo de planeamento central. Eliminando-se a concorrência industrial (fingindo incentivar a concorrência). Instituíram-se cotas de produção agrícolas para também diminuir a concorrência.
Como?
Subsidiando. Por vezes, pagou-se para abandonar a produção.
Nota: São Paulo pelos padrões internacionais é um estado muito desenvolvido, mas o Brasil no seu todo não. Na Europa ainda não se entendeu o significado de união e a respetiva necessidade de uma politica econômica comum.
Na minha opinião, invés de continuar nesta senda de destruição. O melhor é deixar cada nação voltar a ser livre e produzir o que conseguir produzir. Ter divisa própria - Certamente, a Alemanha não iria gostar.