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Privatizem a Petrobras!
Rodrigo Constantino
A Petrobras possui controle estatal, mas tem capital misto, com milhares de investidores brasileiros e estrangeiros. O uso político da estatal tem custado cada vez mais a esses investidores, cujos interesses são ignorados pelo governo. O prejuízo divulgado na sexta é mais uma prova disso.
O governo mantém o preço dos combustíveis defasado para segurar a inflação, afetando negativamente o lucro da empresa. Além disso, ele demanda grande participação de fornecedores nacionais nos bilionários investimentos da estatal, o que custa mais e atrasa o cronograma. É o uso da empresa para a política industrial de governo, que já arrecada bilhões em royalties e impostos.
Infelizmente, quando o assunto é Petrobras o debate fica tomado pela emoção, sem espaço para argumentos racionais. A esquerda estatizante e a direita nacionalista se unem ideologicamente, alimentadas por muitos interesses obscuros em jogo, e repetem em uníssono que o setor é “estratégico”. A Embraer, a Telebrás e a Vale também eram “estratégicas”.
Ora, justamente por ser estratégico o setor deveria ser retirado da gestão politizada, ineficiente e corrupta do governo. A exploração do petróleo começou pela iniciativa privada nos Estados Unidos. Desde a primeira prospecção de Edwin Drake em 1859, na Pensilvânia, o setor viu um crescimento incrível com base na competição de várias empresas privadas. O Canadá também conta com dezenas de empresas privadas atuando no setor.
Por outro lado, países como Venezuela, México, Irã, Arábia Saudita, Nigéria e Rússia possuem estatais
controlando a exploração de petróleo. Ninguém ousaria dizer que isto fez bem para seus respectivos povos, vítimas de regimes autoritários.
O brasileiro paga uma das gasolinas mais caras do mundo, o país ainda precisa importar derivados de petróleo após décadas de sonho com a autossuficiência, a estatal é palco de diversos escândalos de corrupção, mas muitos ainda repetem, inflando o peito, que “o petróleo é nosso”. Nosso de quem, cara-pálida?
O crescimento da produção de óleo e gás da Petrobras desde que o PT assumiu o governo foi medíocre: somente 2,4% ao ano. Trata-se de um resultado lamentável após tantos bilhões investidos, inclusive com financiamento do BNDES.
A Petrobras, que tinha R$ 26,7 bilhões de dívida líquida em 2007, terminou o primeiro semestre de 2012 devendo mais de R$ 130 bilhões. O endividamento sobe em ritmo acelerado por conta de seu gigantesco programa de investimentos, mas nem os investidores nem os consumidores se beneficiam disso.
A rentabilidade da Petrobras é uma das menores do setor. Seu retorno sobre patrimônio líquido não chega a 10%, metade da média de seus pares internacionais. Os investidores acusam o golpe, e as ações da Petrobras apresentam um dos piores desempenhos no mundo.
Desde 2009, suas ações caíram 5%, enquanto o Ibovespa subiu mais de 40% e a Vale mais de 50%. É o governo destruindo o valor da poupança de milhares de pessoas, incluindo todos que utilizaram o FGTS como instrumento para apostar na empresa.
Por que não há maior revolta então? Por que não há mobilização pela privatização da Petrossauro, como a chamava Roberto Campos? Parte da resposta é o fator ideológico já citado. Outra parte diz respeito a enorme quantidade de grupos de interesse que mamam nas tetas da estatal.
Seus 80 mil funcionários custaram para a empresa mais de R$ 18 bilhões em 2011, ou quase R$ 20 mil mensais por empregado. Claro que muitos merecem o que ganham, mas como negar o uso da estatal como cabide de emprego para os “amigos do rei”?
Fornecedores nacionais ineficientes ou corruptos também agradecem, pois não precisam competir abertamente no livre mercado. O caminho até a estatal muitas vezes é outro, como comprova o caso do Silvinho “Land Rover”, o ex-secretário do PT que ganhou um carro importado de uma empresa fornecedora da estatal.
Artistas e cineastas engajados da “esquerda caviar” também aplaudem a estatal, que destinou mais de R$ 650 milhões para patrocínios culturais de 2008 a 2011. Isso sem falar de blogueiros “chapa-branca”, que recebem gordas verbas da estatal. A lista é longa.
Os políticos, então, nem se fala. Quem esqueceu Severino Cavalcanti negociando à luz do dia, em nome da “governabilidade”, aquela diretoria que “fura poço”? O ex-presidente Lula era outro que adorava usar a Petrobras para seus fins políticos em parceria com Hugo Chávez.
Só há uma maneira eficaz de acabar com esta pouca vergonha que tem custado tão caro aos investidores da empresa: sua privatização!
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Comentários
Vá lá se saber porque.
O Banco do Brasil é apenas um banco.
E a Petrobrás é uma companhia de petróleo, que convenhamos, é uma atividade longe léguas de futurista. Basicamente seu papel é cavar buracos e tirar óleo de dentro deles.
Esta conversa de "empresas estratégicas" é a bandeira sob a qual burocratas e tecnocratas conservam seus nichos de poder.
Lembro-me de uma amiga, cujo marido era funcionário da Petrobrás, que fazia propaganda militante da empresa, pregando que as reivindicações salariais daquela turma - maridão incluso - era questão de interesse nacional. Tenho certeza que era do interesse dela, do meu, duvido muito, mesmo porque, da última vez que vi, funcionário da Petrobrás não tinha muito do que reclamar da vida neste aspecto.
A Esquerda conseguiu transformar a palavra privatização em palavrão.
E a ausência da Direita forneceu o vácuo no qual esta versão ideológica se espalhou.
Quem deveria ter defendido seu legado, o PSDB, acabou se tornando cúmplice de Petistas e partidos sindicalistas satélites, confirmando a vocação dos Tucanos para a extrema incompetência político-ideológica.
Como disse o Constantino - com quem nem sempre concordo - nenhum brasileiro acordou em algum dos círculos do inferno no dia seguinte à privatização das Teles, da Embraer ou da Vale. No caso da Embraer, vale o quem te viu e quem te vê. Aquela fábrica de monstrengos como o Bandeirante, hoje faz aviões dos bons.
E por aí vai.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
E eu não consigo entender como a esquerda ambientaleira consegue conciliar o seu discurso de sustentabilidade, energias renováveis e impacto ambiental com a defesa da Petrobrás.
Se privatizarem, não duvido que o litro da gasolina passe a custar mais de R$2,50
Onde houver fé, levarei a dúvida!
O Banco do Brasil, como já disseram, é apenas um banco. Assim como o Banco Central.
E a GM, FORD e Cia Ltda tem que parar de mamar nas tetas do governo. COmo assim tem carros no pátio? Se não estava vendendo, por que continuaram a produzir?
Demissões? Demitam. O governo tem que estinular a economia sim, mas reduzir IPI para aliviar pátio de indústria deficiente? Ah, me poupem.
Até hoje não vi nenhum rascunho de plano de desenvolvimento tecnológico para o país ou seja, continuaremos nas comodities, comprando tecnologia a preço de diamantes...
Diamantes não são frutos da tecnologia. Se não são considerados commodities, é devido ao preço bastante variado.
A expressão mais usada é "a preço de ouro", uma clássica commodity.
É que brasileiro adora pagar muito mais por muito menos.
Vou contar uma historinha fresquinha. Estou de mudança e tem alguns móveis que descartei por serem muito fracos e então parti para avaliar alguns novos. Sò para começar, um rack que eu havia comprado em Aracaju e que veio do sul (para eles tudo o que vem da Bahia para baixo é sul...) ficou na área de serviço de casa, pegou umidade e começou a desfarelar. A primeira coisa que me veio na cabeça foi "tudo bem, deve ser de aglomerado (MDP). Fiquei pasmo quando verifiquei que nem mesmo isso era. O móvel foi feito em pó de fibra de vidro prensado.
Bem, voltando ao assunto, fomos ao shopping dar umaolhada. Entramos em duas lojas grandes, uma a Etna e outra a Tok&Stok. Estavamos à procura de um rack para TV, mas que não fosse muito baixo como os de agora. Vimos alguns feinhos e outros menos feios, na medida aproximada de 1,6 a 1,80 pela bagatela de 1200 a 1500 reais. Vimos também outros móveis daquela madeira de lei, muito nobre que estão vendendo agora, um tal de EUCALIPTO ECOLOGICO, por preços similares. Eu nem pensaria em procurar moveis de madeira à essa altura.
Mas sabe como é mulher....Entramos numa loja que só vende móveis de madeira (do Sul-RS). Compramos um rack lindo, de madeira, da altura desejada, com 2,20m de comprimento por 1720,00. E como meu colchão está em frangalhos faz 15 anos e minha cama é a desde que casei, uma tipo "padrão rangente", resolvi só por curiosidade perguntar o preço das camas. Ela me passou uma Queen francesa (mesmo) já com um cenhor colchão (também francês) por 1400,00. Duas lojas antes tem duas lojas de colchões, onde estão cobrando ó o colchão, a bagatela de 1200,00
Agora me digam, brasileiro é burro, é ingênuo ou é otário mesmo?
Você insinua que devemos parar de exportar commodities e importar tecnologia, alegando este ser o motivo do alto preço de produtos tecnológicos no Brasil, mas ao mesmo tempo de uma expressão que cita um commodity como exemplo de mercadoria cara.
Sua observação procede, é que, para variar, misturei alhos com bugalhos.
O fato é que alguns pregam que nosso país não precisa desenvolver tecnologia pois ela já existe. Isto é correto até certo ponto. Desenvolver tecnologia não é necessariamente inventar o que ainda não foi inventado (SIC) e sim agregar conhecimento e tecnologia para que nós mesmos tenhamos capacitação técnica para desenvolver produtos próprios, sem pagar para outros por utilizá-los.
A não ser que dessemos uma de FHC e chutássemos a bunda dos donos da bagaça e fizéssemos a lei da tecnologia genérica....
Seria ótimo que os estaleiros nacionais dessem conta do recado, mas eles fabricam navios e plataformas pelo dobro do preço ou mais e atrasam a entrega. É estratégico termos nossa própria indústria naval, mas algo está muito errado se, depois de décadas de experiência, ainda não somos competitivos.
Tem mais erros na argumentação do Johnny (espirita) burrinho:
O Johnny quer estimular a economia aumentando o IPI e demais impostos.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Vá à merda, porra!