O Ministério da Educação prepara um novo currículo do ensino médio em que as atuais 13 disciplinas sejam distribuídas em apenas quatro áreas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática).
A mudança prevê que alunos de escolas públicas e privadas passem a ter, em vez de aulas específicas de biologia, física e química, atividades que integrem estes conteúdos (em ciências da natureza).
A proposta deve ser fechada ainda neste ano e encaminhada para discussão no Conselho Nacional de Educação, conforme a Folha informou ontem. Se aprovada, vai se tornar diretriz para todo o país.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os alunos passarão a receber os conteúdos de forma mais integrada, o que facilita a compreensão do que é ensinado.
"O aluno não vai ter mais a dispersão de disciplinas", afirmou Mercadante ontem, em entrevista à Folha.
Outra vantagem, diz, é que os professores poderão se fixar em uma escola.
Um docente de física, em vez de ensinar a disciplina em três colégios, por exemplo, fará parte do grupo de ciências da natureza em uma única escola.
Ainda não está definida, porém, como será a distribuição dos docentes nas áreas.
A mudança curricular é uma resposta da pasta à baixa qualidade do ensino médio, especialmente o da rede pública, que concentra 88% das matrículas do país.
Dados do ministério mostram que, em geral, alunos das públicas estão mais de três anos defasados em relação aos das particulares.
Educadores ouvidos pela reportagem afirmaram que a proposta do governo é interessante, mas a implementação é difícil, uma vez que os professores foram formados nas disciplinas específicas.
O secretário da Educação Básica do ministério, Cesar Callegari, diz que os dados do ensino médio forçam a aceleração nas mudanças, mas afirma que o processo será negociado com os Estados, responsáveis pelas escolas.
Já a formação docente, afirma, será articulada com universidades e Capes (órgão da União responsável pela área).
Uma mudança mais imediata deverá ocorrer no material didático. Na compra que deve começar neste ano, a pasta procurará também livros que trabalhem as quatro áreas do conhecimento.
Organização semelhante foi sugerida em 2009, quando o governo anunciou que mandaria verbas a escolas que alterassem seus currículos. O projeto, porém, era de caráter experimental.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1138074-mec-vai-propor-a-fusao-de-disciplinas-do-ensino-medio.shtml
Comentários
Tirem o Aloizio Mercadante do MEC já! Tirem esse cara do Brasil... Eu acho que o Brasil deveria ter o ostracismo(igual na Grécia antiga) , a gente escolhe um político que fez mais estrago e bane ele do país por 10 anos.
Aquilo que só existe no Brasil, não é jabuticaba e foi proposto pelo Mercadante então...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Como se fundir disciplinas mudasse algo em uma realidade onde professores que não querem ensinar lidam com alunos que não querem aprender.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
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Além do sistema proposto pelo “Mercadente” ser uma burrice sem tamanho, é preciso perceber que o sistema de ensino não só no Brasil, como no mundo, é falho!
O sistema de ensino funciona como um divulgador, um vendedor de ideias pré-concebidas aparentemente consagradas.
Por exemplo, se você entra em uma faculdade de física, a escola vai lhe apresentar as ideias de Newton, de Einstein, de Bohr, de Heisenberg e outros, e lhe ensinará a trabalhar em cima dessas ideias.
Literalmente, o que as escolas fazem é o seguinte:
"Aqui estão as ideias de: fulano, beltrano e ciclano, vocês não precisam pensar mais nesses problemas resolvidos por eles, porque eles já pensaram neles por vocês, então vamos ensina-los a usar os resultados dessas ideias na resolução de outros problemas que se apresentam".
Sendo que o correto, em uma escola ideal, dever-se-ia fazer o seguinte:
Estas são as ideias de: fulano, beltrano e ciclano, vamos ensina-los como estes sujeitos chegaram a essas soluções, vamos ensina-los a pensar criativamente como eles, vamos ensina-los a ter ideias, vamos ensina-los como é o processo criativo, vamos ensina-los a desenvolver ideias filosóficas e ensina-los a colocar à prova as ideias desses pensadores por meio de experimentos, para que, vocês possam encontrar possíveis erros nas ideias desses nossos antecessores e se possível, corrigir essas ideias, se elas estiverem erradas, e se não for possível, vamos ensina-los a criar novas teorias que substituam essas ideias pré-concebidas e ditas consagradas.
As escolas são apenas vendedoras de ideias pré-concebidas, são divulgadoras de supostos sistemas “consagrados”.
As escolas não ensinam o saber, as escolas apenas divulgam (vendem) o saber pré-estabelecido e dito “consagrado”, e se apenas divulgam, é lógico pensar que muitas ideias que podem estar erradas, continuam a ser divulgadas como verdades, como ideias corretas, como ideias “consagradas”.
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Discutindo no outro fórum com um crente eu vejo o quanto o conhecimento básico faz falta, e o quanto as pessoas precisam saber, até mesmo a fórmula de baskara ajuda.
O governo quer acabar mesmo com a educação, senão não proporia esses absurdos, e já que vamos voltar pra antiguidade onde só tinha analfabetos que acreditavam em tudo que um padre dizia, então vamos voltar pra valer e criar a lei do ostracismo.
O ostracismo seria, os brasileiros teriam a chance de eleger um político e banir esse político por 10 anos do país. O critério seria, quem fez mais estrago e quem não fez boas coisas enquanto governava. Quero ver só se assim teria tantos candidatos, e se os políticos iam só votar nome de rua.
com erivelton? aquilo eh uma tristeza mesmo... :/
Basicamente, é mais ou menos o método usado nos cursos das áreas de Propaganda e Artes Plásticas, por exemplo, onde se estuda o trabalho passado e se cria condições para analisar essas ideias e ensinar a ter idéias melhores que as dos antecessores.
Já sobre o ostracismo, eu tenho outra ideia, talvez mais viável, mas ainda preciso amadurece-la para torna-la prática...
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Ignorá-lo geraria tensões partidárias e era impensável ter aquele mala no centro das decisões.
Pergunta: Onde podemos alocar o mala em um cargo de prestígio, mas longe do poder real?
Resposta: No Ministério da Educação.
É isto que este Ministério é no Brasil de hoje.
Um lugar onde alocar o entulho partidário.
Que Monã nos proteja.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Existe um conjunto de conhecimentos básicos que os alunos devem absorver. Mais tarde, se quiserem se especializar, então poderão procurar por erros ou melhorias.
Sim, mais tarde. Na universidade, talvez. Depois que os alunos estiverem capacitados a questionar alguma coisa por já disporem das ferramentas para tal.
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Ah, sim, claro Grande Fernando!
Esta proposta não seria para a área do ensino fundamental, o ensino fundamental é a base, eu aplicaria esse método, do final do ensino médio para cima, talvez eu não tenha deixado isso claro, pois para mim, está mais do que lógico que para aplicar esse método, é preciso primeiro a base do ensino fundamental.
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Mas é difícil conseguir alguém especialista em duas matérias diferentes, quem domina Física não entende nada de Biologia, e vice versa.
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Fabi, mas de onde você tirou a ideia de que eu apoio o projeto do "Mercadente"?
O que eu falei, não tem nada sobre usar um professor lecionando várias matérias diferentes.
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A criatividade na solução dos problemas educacionais brasileiros é tão grande por parte dos petralhas que esta é a fotografia da situação atual do nosso ensino básico:
...53º de uma amostra de 65 países.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/em-ranking-dominado-pela-asia-china-e-o-pais-lider-em-educacao-no-mundo
Minha matéria preferida era ciência quando estava no primário e ginásio. Eu apenas absorvia os conhecimentos, sem me preocupar com métodos. Isto veio depois.
Infelizmente nenhuma surpresa.
Surpresa para mim foi ver a Argentina em 58º.
Tive a oportunidade de conferir pessoalmente aspectos do ensino fundamental público em Buenos Aires e vê-los disputando a rabeira com o Casaquistão, Azerbaijão e Quirquistão (às vezes me pergunto se estes países existem mesmo) vai contra a imagem que uma cidade transbordando de livrarias transmite.
Pois é...
A Argentina era rica e ficou pobre.
Era culta e ficou burra.
Que nos sirva de exemplo de aonde o populismo leva.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Aula de Ciências na escola era fascinante (como dizia um personagem).
Mesmo naquelas condições paupérrimas, carentes de laboratórios e audiovisual.
O que não fariam os professores de então com os recursos de hoje?
E o que fazem os professores de hoje?
Nós, Indios.
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Se voltássemos cem anos na história a população daria tudo pra ser alfabetizada e ter conhecimento, assim não seriam enganadas facilmente.
E todo mundo esquece que Roma tinha conhecimento, mas era restrito a quem queria (e podia $$), quando o império romano caiu o que aconteceu?
Veio uma igreja queimadora de pessoas que proibia e escondia livros e eram contra o conhecimento (ai quem de que ousasse ler a bíblia por conta própria). E vocês* querem jogar fora anos de lutas sangrentas pra que a gente pudesse ter direito ao conhecimento hoje?
E outra, existe o islamismo, sem conhecimento e com o grau de propagação do islamismo tenho certeza que algo parecido com que aconteceu na Idade Média, com a igreja católica queimando hereges (só que os muçulmanos apedrejariam), aconteceria de novo.
*Genericamente.
Matemática 63º Brasil 386
Ciências 59º Brasil 405
Leitura 57º Brasil 412
http://en.wikipedia.org/wiki/PISA#cite_note-11
Observação:
"^† Participants in PISA 2009+, which were tested in 2010 after the main group of 65.[12]"
No início, o clero também era analfabeto, mas a ICAR percebeu que era preciso algum conhecimento de teologia e da Bíblia para enfrentar os hereges, e então criaram escolas e alfabetizaram seus membros, além de fazer cópias dos livros importantes para eles.
Na Idade Média, era o contrário: os islamitas eram poderosos militarmente e se dedicaram à ciência. A humanidade hoje deve muito a eles. Depois, com as sucessivas derrotas, eles acharam que era castigo de Alá, os fundamentalistas assumiram o poder e deu no que deu.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/mercadante-decide-maquiar-os-numeros-do-ideb-e-prepara-o-desastre-final-no-ensino-medio-que-sera-transferido-para-as-universidades-federais-e-uma-obra-de-gigante-em-parceria-com-dilma/
Há uns 80 ou 70 anos, não havia computadores, nem aparelhos audiovisuais caprichados... era tudo na lousa, giz, livros, cadernos, lápis... E quando falo com essa gente, ouço-os dizer:
_ Saí do meu quarto ano primário sabendo mais coisas do que um aluno de oitava série hoje...
Que estranho: as exigências de conteúdo "memorizativo" caíram pacas em relação aos currículos de antigamente (é, antes tinha grego, latim, e outras tantas coisas) e hoje não tem nada disso e...
O problema da escola são os seguintes:
1 - Falta de cobrança, ou seja, não se avaliam mais os alunos, pois eles ficam traumatizados e desestimulados se forem mal... E, pior ainda, NÃO SE AVALIAM os professores. Sacomé, antigamente professor era não só bem remunerado, como também era uma profissão de "status" social. O cara era professor porque ESCOLHEU SER PROFESSOR. Depois, com o governo revolucionário de 1964, professor virou subversivo potencial e caiu no conceito de "status". O salário também foi caindo. Com a primeira greve que fizeram, ainda no governo Maluf _ notório pelo seu desprezo a essa classe trabalhadora _ eles ganhavam 1.200 cruzeiros contra 1.500 dos lixeiros... Aí professor virou quebra-galho. Enquanto não acha coisa melhor, vai dar aula. Assim, o professor de Física não é um formado e licenciado em Física e sim um engenheiro que não deu sorte e, pra não morrer de fome, vai dar aula de física, sem preparo e sem licenciatura. Mas vai falar em avaliar os professores pra ver o que o sindicato deles diz.
2 - Salseiro ideológico. Extinto o governo militar, já com as escolas e sistema educacional apodrecido, vieram os militantes ideológicos. Agora era importante formar alunos "politicamente esclarecidos". Pode-se ver que até as cartilhas trazem loas e mais loas ao Socialismo e malha-se o Capitalismo. Se bem que as crianças nem conseguem ler essas cartilhas, pois mesmo quando saem da escola, não sabem ainda ler, nem escrever.
3 - Povo brasileiro é burro e cordeiro. E falta líderes que saibam dizer algo além de "Marx foi um grande gênio". Se algum dia aparecer algum que diga algo diferente...
O 'livro sagrado' dessa gente é "Pedagia do Oprimido", de Paulo Freire.
O título já diz tudo.
O plano era "maravilhoso" mas não funcionou porque os professores são preguiçosos.
O tal Mercadante NUNCA vai assumir a culpa pelo fracasso.