O Politicamente Correto Ditando Regras Para a Arte.
Roy Thomas, um dos criadores do Iron Fist, super-herói da Marvel que acabou de ganhar uma série homônima na Netflix, soltou o verbo numa entrevista para o site Inverse sobre os gritos de “whitewashing” envolvendo o seu personagem, criado em 1974. Ele admite que o personagem é fruto de outra época, mas que não tem vergonha da sua criação.
“Ele era um personagem para uma revista em quadrinhos de outra época. É muito fácil analisar tudo posteriormente. Você pode falar sobre Tarzan, você pode dizer que todo personagem de antigamente não é considerado politicamente correto pelos padrões de hoje. Okay, você pode então fazer ajustes. Se eles quisessem matar o Iron Fist e substitui-lo por um que não é caucasiano, isso não me incomodaria, mas eu também não tenho vergonha por ter feito um que é. Ele não foi feito pra representar nenhuma raça, ele é só um homem doutrinado para fazer certa coisa.”
O personagem Iron Fist é um praticante de artes marciais, cuja estética envolve termos e técnicas asiáticas. Logicamente, para a galerinha, o fato de seu alter ego se chamar Danny Rand e ser branco é ‘problemático’ (inclusive, por pouco a Marvel não escalou um ator asiático para o papel por causa disso). Sobre os justiceiros sociais que vociferam indignação com tudo, o roteirista demonstrou impaciência:
“Eu tento não pensar muito sobre isso. Eu tenho pouquíssima paciência pros sentimentos de certas pessoas. Quer dizer, eu entendo de onde isso vem. Você sabe, ‘apropriação cultural’, meu Deus. É só uma história de aventura. Esse povo não tem nada melhor pra fazer a não ser se preocuparem com o fato do Iron Fist não ser ‘oriental’ ou seja lá qual é a palavra? Eu sei que oriental não é a palavra do momento.”
E deixou um conselho:
“Eles possuem uma capacidade infinita para ficarem indignados moralmente. E, no geral, isso tende a ser canalizado da forma errada, por que se você fica chateado com coisas que são só histórias, e não gosta delas, ao invés de querer mudar o trabalho dos outros, vá lá e crie o seu próprio personagem e faça um bom trabalho. Tudo bem. Mas por que perder tempo tentando manchar os personagens de outra pessoa só por que eles não foram baseados nos seus padrões?”
A fala de Roy explicita a reação de criadores, principalmente os mais velhos, acostumados a não terem de lidar com a pressão ideológica do politicamente correto, quando terceiros chegam querendo ditar as regras da sua arte. E demonstra os desafios que envolvem o processo criativo nos dias de hoje, onde a vontade do criador pode ser derrubada devido ao medo da empresa de confrontar os indignados profissionais.
http://lolygon.moe/2017/03/co-criador-de-iron-fist-manda-a-real-sobre-polemica-de-whitewashing/
Esta discussão está fechada.
Comentários
E tomou no rabo @Botânico tanto que esse ano estão tentando reverter o quadro de prejuízo que tomaram em 2016.
Depois de tantos personagens panfletagem de minorias, agora eles tão vendo que não dá certo. Não é porque o público é machista/racista/homofóbico. É porque as histórias eram ruins: eram panfletagem da cartilha dos justiceiros sociais.
O irônico é que: onde estavam essas pessoas que reclamavam que queriam um Thor mulher e um Homem de Gelo Gay na hora que essas publicações foram lançadas? Não deram um tostão.
É muito fácil chegar e reclamar de uma indústria que cria um tipo de história pra um público, exigir que mude pela vontade de uma minoria e eu não consumir.
Como bem explica esse link:
http://contraditorium.com/2017/02/10/militar-e-preciso-mas-tirar-escorpiao-bolso-tambem-ajuda-floquinho/
É esse câncer em todas as mídias.
Pelo menos neste ponto, o Maurício de Souza está segurando as pontas: não vai ter gay, nem lésbica, nem traveco, e nem nada que melindre a turma conservadora. Essa aí é a grande maioria e a minoria militante não compra aquilo que querem obrigar produzir.
Bem, dizem que lá na Bela e a Fera tem algum personagem gay, mas pelo jeito ele é tão sutil que o filme está vendendo bem. Se a história é boa, até dá para se engolir algum sapo. Mas se é ruim, nem agradando a militância do politicamente correto se consegue salvação.
No panorama atual, grande parte do que foi lançado era genérico e descaracterizava o personagem ou o universo dele. A rejeição do público foi previsível, porque ninguém quer panfletagem ou crítica social foda - o que querem são boas histórias, independente do que se trata.
Nem sei a razão de reclamar, eles já tinham uma princesa lesbica:
http://rd1.com.br/power-rangers-o-filme-inova-com-ranger-amarela-lesbica/
A notícia diz que inova como se ó fosse uma grande coisa.
Bom pelo que vejo o filme quer apelar pra nostalgia dos fãs, sendo que Power Rangers é um seriado do tipo Sentai (Esquadrão) baseado em Kyoru Sentai Zyuranger (Esquadrão dinossauro Zyuranger). Ou seja, pegaram uma série que existia e montaram uma nova ocidental usando material da série Zyuranger (cenas de luta).
Aí que a polêmica começa: a ranger amarela é HOMEM no original:
Tanto que você reparar a diferença de uniforme da ranger a amrela com a rosa. O amarelo é igual aos dos personagens masculino e esse uniforme é diferenciado em diversas produções.
Por si só a personagem ja era polêmica na época por essa bizarrice.
Pior que eles resolvem fazer a mesma coisa com o ranger amarelo Hyakujuu Sentai Gaoranger (esquadrão da 100 feras Gaoranger) em que o amarelo volta a ser usado como mulher:
O que posso entender é que o Haim Saban quando começou a trabalhar com esses sériados e queria adaptar viu que na dinâmica deles o ranger amarelo sempre é uma mulher, poucas vezes foi homem. Como no caso do Dai Sentai Goggle V :
Aí resolveu adotar amarelo como padrão pra mulher, sem levar em conta o roteiro original. Aí nas cenas de luta a ranger amarela é sacuda e sem peito.
E ninguém nunca falou nada disso nem polemizou e problematizou. Ainda bem, mas que é bizarro é.
Sim eu me referi a não saber a razão desse pessoal querer tanto um Thor mulher se eles já tinham uma princesa lesbica.
[*] Adam Frey. “Comics: You’ve Got Your Diversity, So Why Don’t You Buy Them?“. Pop Culture Uncovered, 18 de Abril de 2016.
E Betinha, como gosta de ficar, em muitas ocasiões, de Bruce,
http://contraditorium.com/2017/03/29/complicada-perigosa-diversidade-da-bela-fera/
https://supercaixadegibis.wordpress.com/2017/04/05/a-diversidade-contra-a-tradicao-nos-quadrinhos-de-herois-2/
Eu sempre acompanhei com um pouco de ceticismo pois poderia ser torcida de blogueiros de direita, mas até a grande mídia de esquerda está tendo que assumir isso.
https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2017/04/03/mulher-negra-ou-muculmana-marvel-culpa-diversidade-pela-queda-nas-vendas.htm
Midiaticamente o progressismo estava sufocando a cultura pop, ao menos os quadrinhos estão se salvando. O problema é o cinema...
Os tais diálogos arrastados, diálogos políticos pretensiosos,(como citado do link), além de uma falastrice verborrágica intolerável simplemente "quebraram paradigmas" na novela da Globo, "Velho Chico"!
Ainda não se sabe quem será o escritor que assumirá os roteiros da Mulher Maravilha.
http://www.hqfan.com.br/2017/04/mulher-maravilha-apos-duras-criticas-e.html
E já ganhou nova desenhista e roteirista:
http://www.hqfan.com.br/2017/04/mulher-maravilhaconheca-nova-equipe-da.html
A Marvel possui diversos fãs de suas mudanças em favor da diversidade, apesar de questionável o modo que o que muitos consideram "diversidade forçada" teria sido imposta, "em favor de mudanças radicais contra boas histórias". Podemos todos respeitar o posicionamento dessas pessoas, o que fica difícil é quando supostamente sites "se fariam de cegos" para possíveis problemas em favor de ideologia ou dinheiro.
Diversos pequenos sites gringos e donos de comic shops afirmam em postagens divulgadas em redes sociais que além de fraudar as suas vendas, a Marvel teria chegado a dar dinheiro para que sites tentassem fazer reviews positivos de suas histórias, sem falar de apoiar suas mudanças, inclusive criando uma cartilha de como responder as duras e obvias críticas dos fãs, a seguir vão elas e a minha resposta pessoal a cada uma:1) É tudo uma metáfora da era Trump - Apesar dos editores, chefes, roteiristas e desenhistas dentro da editora terem dado dinheiro para a campanha presidencial de Trump e suas fundações de ajuda humanitária, a editora tentou insistir que está criticando com suas mudanças radicais a política de trump.
Pode ser verdade que algumas histórias que atacam diretamente o presidente tentaram vender para a parcela da população que o odeia, mas dizer que todas as grandes mudanças foram por esse motivo é realmente tentar fazer o leitor de idiota, as mudanças são radicais para tentar vender mais quadrinhos, eles tentaram focar em um público que acabou não comprando, basicamente aquela galera que faz textão na internet, mas quando se tata de comprar as revistas apenas prefere gastar seu dinheiro com outras coisas.
=12pt2) A Diversidade forçada não funcionou porque os leitores são "reacionários" ou "conservadores" - Os Leitores de quadrinhos são conservadores, mas não no sentido político e sim no sentido de que querem seus heróis clássicos seguindo um padrão de personalidade, esse fato é o que tem feito os quadrinhos de super heróis ainda existirem por 100 anos, eles aceitam novos personagens, mas não aceitam que a editora "destrua" seus personagens clássicos para isso, os leitores não querem que os personagens sejam "indignos", "virem vilões", "morram" e etc, eles querem que o novo e o antigo andem juntos, afinal qual é o sentido de um legado passando o manto quando ele é "maligno"?3) A Hidra não é mais nazista, relaxem é tudo uma metáfora a era trump - Novamente não importa o que a Marvel tente fazer, a Hidra sempre será uma organização nazista, ela foi criada para usar os nazistas em aventuras, não tem como não vincular ela ao nazismo.
4) Mega sagas são necessárias para aquecer as vendas, os leitores não podem reclamar disso - O que um leitor mais odeia é ter que parar com a revista que gosta, para entrar em spin offs que atrapalham completamente sua leitura, sem falar que normalmente com tantas mega sagas o leitor se perde completamente em saber que versão do personagem ele está vendo.
5) A Marvel não está em crise, de fato ela nunca vendeu tanto - Apesar dos próprios chefões da Marvel terem dito que a editora está em crise, alguns sites ficam insistindo que as vendas estão boas, mostrando analise de vendas (do tempo que os editores admitiram que estavam maquiando), como justificativa para o rendimento da marvel.
A editora publica em média 105 edições contra 60 da DC, sem falar que cancelou 60 revistas que nem chegaram no número 10 esse ano, ou seja ela cancelou o mesmo número de revistas que a DC está vendendo atualmente, além das baixas vendas isso demonstra claramente que a editora tem se perdido, enchendo as bancas de títulos que ela sabe que não vão funcionar, apenas para tentar vender mais por serem de primeiras edições.6) Relaxem a Marvel está aprendendo com seus erros - Não, a Marvel não aprendeu nada com seus erros, ela não admitiu que o que falta são boas histórias, em seu pronunciamento oficial ela culpou os leitores pelas baixas vendas, acusando e eles de serem reacionários e sendo culpa deles as vendas estarem baixas, não admitindo que as histórias estavam ruins, que as mudanças nos personagens clássicos foram desnecessárias, que lançar mega saga em cima de mega saga desgasta o publica, ainda que ter tantos títulos torna impossível de um leitor acompanhar todas as mudanças que está acontecendo em seu universo.
A Marvel é vinculada a Disney, que assim como grandes estúdios e corporações, supostamente pagariam a veículos de comunicação (incluindo sites) direta ou indiretamente para falar bem de seus produtos (merchandising), assim como diversas outras empresas (um caso curioso aconteceu com a Sony). Isso inclui o mercado de quadrinhos, então, algum site falando apenas pontos positivos de determinada série considerada ruim pela maioria do público levantaria dúvidas sobre sua veracidade. Vale lembrar que a prática do merchandising é lícita, desde que haja algum informe sobre se tratar de um post patrocinado, destacado no conteúdo.
Não é só entre os fãs de quadrinhos que a teoria do "post pago" é constantemente questionada, video games e filmes também tem casos conhecidos da adoção deste tipo de pratica como podem ver aqui, aqui e aqui.
http://www.hqfan.com.br/2017/04/marvel-sites-nerds-estavam-sendo-pagos.html
9 de maio de 2017
As barrinhas de proteína Think Thin estão sendo perseguidas por justiceiros sociais por estarem promovendo o filme da Mulher Maravilha.
Jenanieve Hatch, uma justiceira social que escreve para o Huffington Post, fez um artigo chamado “Wonder Woman’ Partnered With Think Thin In Tone-Deaf Branding Move”.
Hatch disse que a parceria manda uma “mensagem muito conflitante às mulheres” e questiona “por que um filme de ação com uma mulher poderosa iria promover a ideia perigosa de que a magreza é sinônimo de saúde?”.
Aparentemente ninguém deu bola para esta narrativa.
Em tempo: a atriz Gal Gadot é costumeiramente perseguida por justiceiros sociais por ser israelense e já ter lutado no Exército de Israel.
Abaixo as barrinhas com as quais eles não estão sabendo lidar…
http://www.ceticismopolitico.com/justiceira-social-surta-ao-ver-a-mulher-maravilha-em-barrinhas-de-proteina/#more
Essa imagem aí de cima é de powerless. É uma bobagem, uma série bestinha e engraçadinha, uma aposta leve no Universo DC Comics. Não deu certo. Não deu certo mesmo. A audiência estava tão baixa que ela foi mais que cancelada, foi retirada do ar com dois ou três episódios ainda inéditos.
Timeless, uma série que eu gosto por fazer mais do mesmo mas muito corretinho foi cancelada E descancelada depois de alguns dias. Agentes da SHIELD, depois de sabotada pela Marvel Cinema e levar uma facada nas costas com o anúncio de Inumanos, para surpresa de todo mundo foi renovada, foi a última série da ABC a ser anunciada.
Chato? Com certeza, mas faz parte da vida, séries vem e vão, com muita sorte elas conseguem um final digno, não é a regra, não é a norma. Por isso me espantei tanto com o chilique histérico dos fãs de Sense8, uma série que fui um dos primeiros a resenhar e elogiar.
A Netflix decidiu não renovar Sense8 para uma terceira temporada. Chato? Com certeza, mas acontece. Faz parte. Quando o Sítio do Pica-Pau Amarelo acabou eu chorei horrores, me descabelei, mas eu tinha, sei lá, uns oito anos. Me admira ver essa mesma reação de gente com barba na cara e sovaco cabeludo.
Os “fãs” estão irados. A Netflix virou a Vilã da Hora, os proverbiais Homens Brancos Heteros que mandam no mundo aparentemente decidiram, DEPOIS DE GASTAR US$200 MILHÕES NA SÉRIE, que não querem promover paz amor igualdade e diversidade de gênero, bla bla bla.
Estão atacando Stranger Things, 13 Reasons Why e basicamente toda série da Netflix que foi renovada. É uma imensa perseguição à perseguida minoria LGBTTQQFAGPBDSM (acha que estou zoando?). Daí estão planejando protestos com Surubaços e boicotes, só tem um problema:
Se você não tinha relevância para a audiência da série como acha que vai ter relevância em um boicote?
Eu defendo sempre a tese de que quem chilica não consome, fato comprovado de forma mais que suficiente pelas evidências:
Yes, crianças, esse é o problema de Sense8. Audiência baixa. DESCULPE, eu sei que a Netflix brinca muito no Twitter e tchuns, mas ela não é uma ONG. Ela funciona assim: Você paga a assinatura, ela pega esse dinheiro e produz séries. As que você assiste ela faz mais episódios. As outras, cancela pois se ninguém assiste está jogando dinheiro fora, e corre o risco de você perder o interesse.
A militância está chilicando horrores acusando a Netflix de homofobia, mas eu pergunto, digníssimo militante FILHO DE UMA PUTA: Se a Netflix odeia tanto assim a comunidade pq ela tem uma categoria LGBT no menu e ORANGE IS THE NEW BLACK foi renovada pra quinta temporada antes da quarta ir ao ar?
Eu explico, usando o Google Trends, que mede a popularidade de um termo, e consegue inclusive fazer comparações. Vejamos nos últimos 5 anos, como fica a disputa entre Sense8 e OITNB:
Mesmo comparando com uma série que não tem uma temática exatamente leve, Sense8 perde no mundo todo, com exceção de dois países na África que não faço idéia qual sejam e você também não.
Vamos comparar com outra série da Netflix, que não tem dificuldades de renovação: House of Cards:
Curioso, né? No mundo inteiro House of Cards é imensamente mais popular, exceto no Brasil. Drama político pelo visto é complexo demais pro espectador médio brasileiro, perdemos até para o Marrocos e o Quênia (eu googlei).
Sense8 é, não se engane, uma ótima série, instigante, com algumas ótimas sacadas e personagens tridimensionais, mesmo o galã latino secretamente gay, que deveria ser alívio cômico, é tão real que a gente se preocupa genuinamente com ele, mas não é pra todo mundo.
Deuses Americanos é uma série FANTÁSTICA, uma versão excelente do magnífico livro de Neil Gaiman, e por isso mesmo não é pra todo mundo. Eu não aconselho que você veja com sua mãe ou sua avó, por mais que um sujeito com a juruponga entumecida explicitamente rígida flutuando no espaço sideral faça todo o sentido na história, não é pra todo mundo.
O problema de Sense8 não é nem que não seja pra pra mundo, o problema é que como sempre quem chilica não consome. Quanto mais militante e lacradora a série mais ela se afasta do público médio, mais ela é incensada na internet e MENOS ela é assistida, pois os militantes querem se divertir com séries comuns E caçar momentos problemáticos, para poder postar textões indignados, compartilhando em sua câmara de eco sua consciência social e virtude.
O Brasil é o país que mais assiste Sense8 no mundo, é uma espécie de Orkut Gay (eu sei). Mesmo assim se formos comparar com The Walking Dead, este é o resultado:
Sense8 é massacrado. é um produto de nicho, feito para um nicho que não consome, que pega a conta do amigo emprestada, usa o Netflix da família ou apenas pirateia. E pior, não comentam, não divulgam. Esses dados do Google não são de audiência, são de buzz, de quanto a série é comentada na Internet, em posts, artigos, comentários.
“Ah Cardoso você só comparou com série grande”
OK, vamos pegar aquela bosta, 3%, a distopia de um futuro pós-apocalíptico onde o mundo é controlado por gerentes de RH. Como Sense8 se sairia contra uma série brasileira feita com orçamento de conserto de geladeira e chata pra porra?
Isso mesmo. 3% em seu lançamento conseguiu gerar MAIS interesse online do que Sense8 em seu Especial de Natal, lançado quase 2 anos após o final da primeira temporada, com os fãs doidos atrás de conteúdo novo.
Ou seja: No mundo todo, menos na Terra da Jabuticaba, Marco Polo era bem mais popular que Sense8, e continuou acima da média mesmo tendo sido cancelada em Dezembro de 2016. Eu não via a série, mas só li coisas boas sobre Marco Polo, os únicos problemas foram a qualidade, que caiu na segunda temporada, e o custo, que era muito alto.
Nada pessoal, apenas negócios, coisas que os floquinhos pirracentos têm dificuldade em entender, e pelo visto até quem se diz profissional também tem.
Leia mais aqui: https://contraditorium.com/2017/06/04/histeria-de-sense8-como-os-fas-pirracentos-nao-entendem-como-netflix-ou-mundo-funcionam/
A animação "Red Shoes & the 7 Dwarves", que chega aos cinemas 2018, causou polêmica ao divulgar as primeiras peças de sua campanha de marketing.
A produção, que é da Coreia do Sul, brinca com a história de "Branca de Neve"; no filme, ela usa sapatos mágicos, que a deixam alta, magra e elegante. Sem eles, fica mais baixa e com alguns quilos a mais.
Branca de Neve com os 'Red Shoes' do título da animação: sem os sapatos seu visual muda - Reprodução Youtube
A campanha publicitária de "Red Shoes" mostra a personagem em suas duas formas físicas e pergunta: "E se a Branca de Neve não fosse mais tão bonita?"
Branca de Neve na animação 'Red Shoes': duas formas físicas - Reprodução Youtube
Internautas publicaram imagens do cartaz com a frase e acusaram o filme de "body shame", expressão usada para situações em que as pessoas são levadas a se envergonhar de seu físico.
Internauta criticou no Twitter campanha publicitária da animação 'Red Shoes' - Reprodução / Twitter
"Por que está tudo bem dizer para crianças que ser gorda é igual a ser feia?", questionou uma internauta no Twitter.
A produtora do filme, em seu site oficial, se justificou dizendo que o filme é "sobre uma princesa em busca de aceitar a si mesma e celebrar quem ela é por dentro e por fora".
O trailer, no entanto, deixa claro a opinião dos criadores da animação sobre padrões de beleza: Dois anões espiam Branca de Neve se despindo e se assustam quando veem sua outra forma. Assista aqui.
Acontece que as gordinhas que aparecem nos posts são sexy, bonitas e bem proporcionadas.
Elas são a exceção e não a regra.
Assim como já havia acontecido anteriormente no Líbano e um festival na Argélia, Mulher-Maravilha teve suas sessões suspensas na Tunísia. A nova produção do DC Films teria uma pré-estreia no país nesta quarta-feira (7) e depois entraria em cartaz em pelo menos duas salas, mas o lançamento foi embargado após uma associação de advogados mover uma ação contra a estreia.
Segundo jornais locais (via Variety), todas as sessões do longa foram canceladas enquanto o tribunal analisa a petição dos advogados. O principal motivo por tal ação seria a nacionalidade de Gal Gadot, que é Israelense. Tais advogados inclusive chegaram a acusar a atriz de ser uma “defensora do sionismo”.
Até o momento, nenhum detalhe adicional foi revelado.
No Brasil, Mulher-Maravilha já está em cartaz nos cinemas desde a última quinta-feira (1).
http://ovicio.com.br/mulher-maravilha-filme-e-banido-na-tunisia-devido-nacionalidade-de-gal-gadot/
O que a bunda tem a ver com as calças?
http://www.dw.com/pt-br/orquestra-de-israel-quebra-tabu-e-toca-wagner-na-alemanha/a-15267848
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u15310.shtml
https://en.wikipedia.org/wiki/Wagner_controversies#Wagner.27s_music_in_Israel
Não é mais proíbido: rolam apresentações, mas há protestos quando elas acontecem.
Mesma colocação a minha: O que a bunda tem a ver com as calças?
Não gosta do compositor? Então fique em casa ou na sinagoga e deixe quem gosta em paz.
No caso do filme da Mulher Maravilha o filme foi simplesmente banido das salas de cinema sem ao menos ter sido chance de ser exibido, quando as apresentações de Wagner aconteceram, apesar dos protestos elas não foram impedidas. Mesmo se fosse uma parte significativa da população, existiam pessoas interessadas em assistir.