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Comentários
Diz q budismo n eh religiao e sim uma "filosofia de vida", isso eh verdade ou nao? :D
e qto a "religiões" diria o mesmo, talvez tenha ateh algumas coisas indianas interessantes <g>
Como diria um certo vulcano: "Se matar pra NÃO ver os outros se matarem é uma atitude ilógica!"
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O Budismo é uma religião sim e tem características da mesma. Por exemplo, a doutrina budista faz alegações de reencarnações e, para aqueles que alcançam a Shamatha, de percepção extrassensorial. Ou seja, há pressuposição espiritualista de que exista um “plano místico”, “intangível”, mas causalmente relacionado com o mundo.
Todavia, essa observação não descreve tudo o que é o budismo.
Uma das características mais notáveis que chamam a atenção dos psicólogos ocidentais acerca da doutrina é o treino da atenção através da meditação. Cientistas têm curiosidade em saber como as maiores capacidades de atenção de certos budistas se relacionam com a meditação de plena atenção. Isso é importante porque a atenção tem um papel de destaque na plasticidade do auto-controle emocional e do aumento do prazer.
E dizer apenas "Budismo", "Taoismo", "Xintoismo" e etc sem mais explicações é complicado, porque todas elas tem trocentas ramificações e variedades, umas que puxam mais pro lado de misticismo new-age da moda e outras mais pro lado da filosofia. Evidentemente acho as ultimas variedades muito, muito mais interessantes. É o que gente como Zhuangzi, Laozi, Buda, Nagarjuna e outros do mesmo calibre deixaram.
Tenho tambem explorado a meditação, destilada de seus aspectos místico-religiosos, portanto num sentido prático-utilitarista, como meio para melhorar a concentração de uma mente sem foco e tambem de dar descanço a uma mente estressada.
No universo religioso, creio que nada sofreu um ataque difamatório mais brutal do que o Yoga. O nível de desvirtuamento e corrupção de princípios, praticado em larga escala no ocidente, deveria estar previsto em algum parágrafo do Código Penal: Um verdadeiro crime!
E tenho certeza que você, Sybok, sabe do que estou falando.
Perdoe-me a chatice, Fenrir, mas, por apego à exatidão, preciso fazer esta correção.
Se você retirou o aspecto místico-religioso da meditação, você está fazendo alguma coisa, qualquer coisa, mesmo que muito boa, mas NÃO É meditação.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Posso então supor que voce considera coisas como o "mindfulness" dos Americanos como algo tão corrupto quanto as versões ocidentais do Yoga?
Ora, pois o que me levou a meditação (ou seja-la qual for o nome disso) foi justamente ter tomado conhecimento dos beneficios da mesma por artigos leigos e científicos.
Ha aqueles que a praticam ou praticaram e colheram beneficios dela e o fizeram sem se ater ao lado mistico-religioso da coisa. Obviamente, o que todo bom cético faria seria questionar a realidade dos tais benefícios, artigos e tal e coisa.
Como tudo nesta vida, nunca tenho 100% de fé, certeza ou coisa similar.
No que diz respeito a coisas de fé e crença Fenrir esta condenado a ser incapaz para o todo sempre, amem.
A despeito disso tudo, nada me impede de tentar. Mal, certamente não vai fazer.
Na pior das hipóteses, relaxarei e reduzirei o ruido mental pelo tempo em que estiver meditando.
Exato. Não é preciso que ela esteja associada a uma filosofia ou religião. Simples auto-controle do corpo e da mente, sem o objetivo de se fazer contacto com alguma divindade. Atingir a 'iluminação'? Pode ser, se isto significar clareza de ideias, raciocínio mais eficiente, desenvolvimento da intuição ou coisa assim.
Eu alertei que era apego à exatidão.
Sim, os benefícios são muitos e não há nada errado em procurar por eles. Ninguém é obrigado a observar todos os princípios inerentes à meditação para conquistar o direito de ser um praticante. Você é livre para fazer qualquer coisa e, repito, colherá os frutos do seu esforço. Mas o nome disso não seria, sob o rigor da definição, meditação.
(Com relação ao Yoga eu sou um pouco mais radical)
Vamos tentar de uma outra forma:
Se você diz que é um lutador de Krav Maga, mas todo o seu treinamento se resume aos movimentos do Jiu-Jitsu, você não luta Krav Maga. Isso não significa que você não é um lutador, tampouco diminui suas habilidades como atleta marcial. Mas não é Krav Maga.
Ou significa que a minha definição de meditação é diferente da sua.
A percepção de um conceito será sempre um processo individual, mesmo que, em um contexto maior, conceitos pessoais sejam tão efêmeros quanto seu criador. Nós dois podemos definir meditação, ou Yoga, ou Deus, da forma que melhor nos aprouver, cientes de que esse esforço semântico não tem qualquer poder sobre a realidade.
O que me leva a pensar sobre qual seria o significado correto ou mais adequado que poderiamos associar ao termo meditação.
Seria aquele que o(s) primeiro(s) meditador(es) tinham em mente quando criaram a pratica?
Posso apostar que nunca saberemos ao certo, já que que a meditação é pratica bem, bem antiga e que se desenvolveu e se aprimorou lentamente ao longo dos seculos.
Sendo assim, o que te da segurança de que o termo deva obrigatoriamente incluir algo de religioso ou mistico?
Ok, podemos supor que conceitos religiosos possam ser arrancados de sua pureza original para uma acomodação racional às necessidades modernas. Talvez a aquiescência de muitos – a maioria, quem sabe? – garanta legitimidade a essa metamorfose.
Ou, talvez, aquela pureza permaneça inalterada, a despeito de toda a evolução provocada e referendada pela sociedade. Meu breve contato com esses conceitos, muito menos pela quantidade do que pela qualidade, me incentivam a fazer essa aposta.
Eu estou experimentando a meditação vipassana, que costuma estar associada ao ramo Theravada do budismo.
Queria tentar a zazen tambem (rimou), mas preciso domar minha mente-macaco primeiro.
Outro livro: "Zen and the brain. Toward an understanding of meditation and consciousness"
"A própria prática de concentrar a atenção em um processo automático que não requer monitoramento consciente conduz atenção a outros processos automáticos. Respiramos sem pensar sem direção consciente de cada inspiração e expiração. A natureza não requer que desviemos nossa atenção. Quando tentamos prestar atenção em cada respiração, as pessoas consideram difícil fazer isso por mais de um minuto sem se distrair pelos pensamentos. Aprender a concentrar a nossa atenção na respiração requer prática diária, em que desenvolvemos novos caminhos neurais que nos permitem fazê-lo. Além disso, aqui está o auge da história: essas habilidades se transferem, beneficiando a consciência do comportamento emocional e, com o tempo, a consciência de impulso.
EKMAN, Paul. A linguagem das emoções. São Paulo: Editora Lua de Papel, 2011, p. 247.
acho q tem uma pesquisa sobre isso, e acho q eu mesmo ja postei aki no forum, n to lembrado direito :D
Tem que ver se o seu conceito de "automático" é o mesmo que o usado pelos psicólogos cognitivos. Existem sim processos de pensamentos muito mais próximos do "totalmente controlado" do que do "totalmente automático", segundo os psicólogos cognitivos. Mais tarde verei se escrevo algo sobre essas definições.
Sim. Paul Ekman ou qualquer outro psicólogo sério jamais negou isso:
"Muitos processos cognitivos também podem ser diferenciados em termos de exigência ou não de controle consciente."
"É possível que haja um continuum de processos cognitivos, desde os totalmente controlados até os completamente automáticos; esses traços caracterizam os extremos polares de cada grupo."
STERNBERG, Robert J. Psicologia cognitiva. 5. ed. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2010, p. 112-113.
As variações na “forma” não são aspectos relevantes o suficiente para estabelecer uma diferenciação no processo. Sendo verdadeira essa afirmação, não teríamos diferentes formas de meditação a ponto de encontrar uma ou outra que atendesse às expectativas de determinado praticante. Posso dizer, figurativamente, que você deve ir à montanha, pois a montanha não virá até você. Vamos usar outra analogia: Lembra do Cascão, da turma da Mônica? Então... Digamos que ele resolvesse praticar natação, pois ficou sabendo que existem diversos estilos e, talvez, um deles prescinda da água. Ele poderá se tornar um grande atleta, poderá conquistar pódios e tal, mas nunca será um nadador sem entrar na água.
Não pense, nem por um segundo, que estou menosprezando seu conhecimento e sua prática de meditação. Acho fantástico o que você está fazendo e, por mais insignificante que seja o conselho de um estranho, digo a você que nunca abandone seus estudos e suas práticas. Você está dando um grande passo e se colocando em uma direção promissora. Minhas poucas intervenções, além da chatice, deve-se a esse purismo, que me persegue...