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Questão ao Acauan: Casamento indígena

Acauan escreveu:
Ainda mais a instituição do casamento, que é Universal e Primitiva em todas as civilizações e culturas humanas de todos os tempos.
Até então, não tinha parado para pensar. Como é melhor perguntar a um índio que tem conhecimento sobre suas tradições do que pesquisar por algum artigo de um antropólogo que muito provavelmente apenas contribui para um caricatura de índio, resolvi criar o tópico.

Como é o casamento indígena na sua tribo, Acauan?

Pergunto de forma geral, em aspectos culturais, religiosos, sociais e econômicos. Existia poligamia para os líderes da tribo? Como era tratado relacionamentos extra-conjugais, ou filhos fora do casamento? A cerimônia carrega alguma semelhança com a do casamento cristão? E a vida em casal? Havia pressão para se casar ao atingir certa idade? Ou casamentos arranjados? Casamentos com índios de outras tribos era permitido?

Índios coletores-caçadores mais primitivos chegaram a desenvolver o casamento?
"In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
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Comentários

  • 33 Comentários sorted by Votes Date Added
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Apatico disse:
    Como é o casamento indígena na sua tribo, Acauan?

    Meus ancestrais são aculturados há gerações, mas preservaram a identidade étnica por conta de um isolamento geográfico em núcleos agrícolas autossuficientes.
    Embora a maior parte da tradição tenha se perdido, restando resquícios de tradição oral, era muito evidente a sobrevivência do sistema de Clãs patriarcais. Como a densidade demográfica naquelas regiões era muito baixa, os clãs se associavam e os casamentos se davam entre as famílias de clãs diferentes, de modo a prevenir casamentos consanguíneos. Após algumas gerações alguns clãs se fundiam e outros se formavam e as associações eram refeitas.
    Na minha família, por exemplo, tenho vários casais de tios em que a tia era irmã de minha mãe e o tio irmão de meu pai ou vice-versa.

    Apatico disse: Pergunto de forma geral, em aspectos culturais, religiosos, sociais e econômicos. Existia poligamia para os líderes da tribo? Como era tratado relacionamentos extra-conjugais, ou filhos fora do casamento? A cerimônia carrega alguma semelhança com a do casamento cristão? E a vida em casal? Havia pressão para se casar ao atingir certa idade? Ou casamentos arranjados? Casamentos com índios de outras tribos era permitido? Índios coletores-caçadores mais primitivos chegaram a desenvolver o casamento?

    No geral as tribos brasileiras seguiam o padrão antropológico das sociedades tribais primitivas, embora os costumes variassem de grupamento para grupamento, no geral o que definia as regras do casamento era a necessidade de ajuste populacional.

    Este é um assunto um tanto tabu, porque evidencia um lado brutal dos Índios que tanto podiam matar ou abandonar crianças quando a população tribal excedia o limite estabelecido pela disponibilidade de recursos, quanto podiam sequestrar crianças de outras tribos quando a população decaía por conta de guerras ou períodos de escassez.

    A monogamia ou poligamia seguia mais ou menos este ciclo, variando conforme a cultura de cada tribo, sendo admissível que um homem tivesse várias esposas quando a população masculina decaía - de novo por conta das guerras - ou mais dentro de uma monogamia mais rigorosa quando o número de homens e mulheres ficava equilibrado (ao contrário do que se pensa, mesmo entre tribos muçulmanas esta regra valia).
    A poligamia também, como em várias culturas primitivas, podia ser um sinal de status social, exclusivo dos abaetês, membros proeminentes da tribo.

    Os relacionamentos extra-conjugais, outra vez variando de tribo para tribo, muitas vezes eram tratadas dentro de uma hierarquia de gravidade, considerando que a habitação coletiva da maloca não permitia o tipo de privacidade conjugal que nos é típica. A traição conjugal - de novo, conforme a situação - dependia mais do que como ou com quem se traía do que pelo ato em si. Os filhos seguiam a regra, mesmo porque tendiam a ser considerados membros de uma família coletiva.

    A idade do casamento era praticamente definida pelos ritos de maturidade. Também seguindo uma regra válida para as culturas tribais, a maturidade sexual denotava que chegou o tempo de casar.
    A escolha do parceiro era limitada pela população e pela prevenção de casamentos consanguíneos, embora casamentos entre primos ou tio e sobrinha mais jovem pudessem ser admissíveis. De novo as demandas populacionais influcenciavam os casamentos. Nos excessos populacionais mulheres podiam ser cedidas a tribos amigas ou recebidas delas quando a população chegava a um nível crítico.

    Geralmente havia ritos formais para o casamento que sendo sempre associado à fertilidade recebia conotação religiosa afins.


    Acauan dos Tupis
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Acauan disse: A monogamia ou poligamia seguia mais ou menos este ciclo, variando conforme a cultura de cada tribo, sendo admissível que um homem tivesse várias esposas quando a população masculina decaía - de novo por conta das guerras - ou mais dentro de uma monogamia mais rigorosa quando o número de homens e mulheres ficava equilibrado (ao contrário do que se pensa, mesmo entre tribos muçulmanas esta regra valia).
    Décadas atrás, o Fantástico apresentou uma reportagem sobre uma tribo da Amazônia que praticava poliandria e poligamia. O repórter mostrou a "poderosa da aldeia", com 5 maridos, cada um encarregado de uma tarefa.

    Não lembro do nome da tribo, mas eles furavam o lábio inferior e enfiavam um tubo branco que ficava pendurado por uma flange.
  • Grato pelas informações.

    Não perguntei sobre casamento entre iguais porque a resposta seria que "não existem índios gays".
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Apatico disse: Não perguntei sobre casamento entre iguais porque a resposta seria que "não existem índios gays".

    Obviamente.
    Acauan dos Tupis
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  • emmedradoemmedrado Membro
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Obviamente.

    Não havia Índios Gays Acauam ?
    Isso é fato ?
    Qual seria a explicação para tal ?

    Post edited by emmedrado on
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
    http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    emmcri disse: Não havia Índios Gays Acauam ?

    Não!
    emmcri disse: Isso é fato ?

    Sim!
    emmcri disse: Qual seria a explicação para tal ?

    Todas as fontes que citam Índios gays estão erradas ou reproduzem boatos.
    Não existem Índios gays.


    Acauan dos Tupis
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  • <g>
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse:
    emmcri disse: Não havia Índios Gays Acauam ?

    Não!

    Complementando a resposta, não havia, não há e não haverá!

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Acauan disse: Os filhos seguiam a regra, mesmo porque tendiam a ser considerados membros de uma família coletiva.

    Imagino que como tudo entre os índios-de-verdade, e não entre os índios-de-antropólogo, variava bastante de tribo para tribo e de necessidade para necessidade, mas poderia dar mais detalhes desta parte?

    Se havia uma tendência à criação coletiva, qual era o papel do casal de pais biológicos diante deste tipo de criação? Como este casal era visto na sociedade, que coletivamente se responsabilizava pela criação dos infantes?
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Acauan disse: Complementando a resposta, não havia, não há e não haverá!

    O motivo é cultural ou biológico?
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Apatico disse: Se havia uma tendência à criação coletiva, qual era o papel do casal de pais biológicos diante deste tipo de criação? Como este casal era visto na sociedade, que coletivamente se responsabilizava pela criação dos infantes?

    O exemplo da minha própria família ajuda, embora sem qualquer vestígio de vida tribal.

    Quando meu Pai se referia à família, frequentemente não se restringia à família nuclear - pai, mãe e filhos.
    A família para ele era o Clã, cujas responsabilidades de auxílio mútuo entre os membros era compartilhada em uma hierarquia na qual - claro - os pais eram responsáveis pela criação de seus próprios filhos, mas assumiam também parcela de responsabilidade no cuidado com os filhos do núcleo familiar estendido, responsabilidade que diminuía na proporção em que os laços com o núcleo central ficam mais distantes.

    É comum neste tipo de família expandida uma distinção muito tênue entre as definições de irmão e primo, inclusive com palavras semelhantes para designar as duas relações de parentesco.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Apatico disse: O motivo é cultural ou biológico?

    Isto e mais físico, químico, geográfico, meteorológico, estético dentre outros.
    Acauan dos Tupis
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  • NeotribalistaNeotribalista Membro
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: O exemplo da minha própria família ajuda, embora sem qualquer vestígio de vida tribal.

    Quando meu Pai se referia à família, frequentemente não se restringia à família nuclear - pai, mãe e filhos.
    A família para ele era o Clã, cujas responsabilidades de auxílio mútuo entre os membros era compartilhada em uma hierarquia na qual - claro - os pais eram responsáveis pela criação de seus próprios filhos, mas assumiam também parcela de responsabilidade no cuidado com os filhos do núcleo familiar estendido, responsabilidade que diminuía na proporção em que os laços com o núcleo central ficam mais distantes.

    É comum neste tipo de família expandida uma distinção muito tênue entre as definições de irmão e primo, inclusive com palavras semelhantes para designar as duas relações de parentesco.

    Esta resposta me fez eu me sentir um pouco burro.

    Estava olhando tribos indígenas como se fossem cidades modernas, aglomerados que podem abrigar até dezenas de milhões de pessoas. Só agora me liguei do que se trata uma tribo indígena.

    É comum até entre conservadores apontarem sucesso de formas coletivistas de organização em grupos pequenos e homogêneos, o maior problema é tentar impor a grupos maiores e sem nenhuma ligação. Como por exemplo, o welfary state funcionar melhor em países pouco povoados, pouco populosos, com pouca diversidade étnica e religiosa. Ou dentro de uma família ou pequena corporação.

    Olavo de Carvalho, que é conservador num nível bem mais profundo do que geralmente se chama de conservador hoje em dia, alega que a verdadeira família tradicional é algo bem parecido com esta a qual seu pai se referia, e que o núcleo familiar que os cristãos modernos defendem na verdade é um estereótipo hollywoodiano:

    http://www.olavodecarvalho.org/semana/121001dc.html
    http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/13462-a-familia-em-busca-da-extincao.html

    A família em busca da extinção

    Olavo de Carvalho
    Diário do Comércio, primeiro de outubro de 2012


    A “família tradicional” que os cristãos e conservadores defendem ardorosamente contra o assédio feminista, gayzista, pansexualista etc., bem como contra a usurpação do pátrio poder pelo Estado, é essencialmente a família nuclear constituída de pai, mãe e filhos (poucos). O cinema consagrou essa imagem como símbolo vivente dos valores fundamentais da cultura americana, e a transmitiu a todos os países da órbita cultural dos EUA.

    Mas esse modelo de família nada tem de tradicional. É um subproduto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. A primeira desmantelou as culturas regionais e as unidades de trabalho familiar em que habilidades agrícolas ou artesanais se transmitiam de pai a filho ao longo das gerações; as famílias tradicionais desmembraram-se em pequenas unidades desarraigadas, que vieram para as cidades em busca de emprego. A Revolução Francesa completou o serviço, abolindo os laços tradicionais de lealdade territorial, familiar, pessoal e grupal e instaurando em lugar deles um novo sistema de liames legais e burocráticos em que a obrigação de cada indivíduo vai para o Estado em primeiro lugar e só secundariamente – por permissão do Estado – a seus familiares e amigos. A sociedade “natural”, formada ao longo dos séculos sem nenhum planejamento, por experiência e erro, foi enfim substituída pela sociedade planejada, racional-burocrática, em que os átomos humanos, amputados de qualquer ligação profunda de ordem pessoal e orgânica, só têm uns com os outros relações mecânicas fundadas nos regulamentos do Estado ou afinidades de superfície nascidas de encontros casuais nos ambientes de trabalho e lazer. Tal é a base e origem da moderna família nuclear.

    Max Weber descreve esse processo como um capítulo essencial do “desencantamento do mundo”, em que a perda de um sentido maior da existência é mal compensada por sucedâneos ideológicos, pela indústria das diversões públicas e por uma “religião” cada vez mais despojada da sua função essencial de moldar a cultura como um todo. Nessas condições, assinala Weber, é natural que a busca de uma ligação com o sentido profundo da existência reflua para a intimidade de ambientes cada vez mais restritos, entre os quais, evidentemente, a família nuclear. Mas, na medida mesma em que esta é uma entidade jurídica altamente regulamentada e cada vez mais exposta às intrusões da autoridade estatal, ela deixa de ser aos poucos o abrigo ideal da intimidade e é substituída, nessa função, pelas relações extramatrimoniais.

    Separada da proteção patriarcal, solta no espaço, dependente inteiramente da burocracia estatal que a esmaga, a família nuclear moderna é por sua estrutura mesma uma entidade muito frágil, incapaz de resistir ao impacto das mudanças sociais aceleradas e a cada “crise de gerações” que as acompanha necessariamente. Longe de ser a morada dos valores tradicionais, ela é uma etapa de um processo histórico-social abrangente que vai em direção à total erradicação da autoridade familiar e à sua substituição pelo poder impessoal da burocracia.

    Não por coincidência, o esfarelamento da sociedade em unidades familiares pequenas permanentemente ameaçadas de autodestruição veio acompanhada do fortalecimento inaudito de umas poucas famílias patriarcais, justamente aquelas que estavam e estão na liderança do mesmo processo. Refiro-me às dinastias nobiliárquicas e financeiras que hoje constituem o núcleo da elite globalista. Quanto mais uma “ciência social” subsidiada por essas grandes fortunas persuade a população de que a dissolução do patriarcalismo foi um grande progresso da liberdade e dos direitos humanos, mais fortemente a elite mandante se apega à continuidade patriarcalista que garante a perpetuação e ampliação do seu poder ao longo das gerações. Com toda a evidência, a família patriarcal é uma fonte de poder: a história social dos dois últimos séculos é a da transformação do poder patriarcal num privilégio dos muito ricos, negado simultaneamente a milhões de bocós cujos filhos aprendem, na universidade, a festejar o fim do patriarcado como o advento de uma era de liberdade quase paradisíaca. O desenvolvimento inevitável desse processo é a destruição – ou autodestruição -- das próprias famílias nucleares, ou do que delas reste após cada nova “crise de gerações”.

    A “defesa da família” torna-se, nesse contexto, a defesa de uma entidade abstrata cujo correspondente no mundo concreto só veio à existência com a finalidade de extinguir-se. A ameaça feminista, gayzista ou pansexualista existe, mas só se torna temível graças à fragilidade intrínseca da entidade contra a qual se volta.

    Ou as famílias se agrupam em unidades maiores fundadas em laços pessoais profundos e duradouros, ou sua erradicação é apenas questão de tempo. As comunidades religiosas funcionam às vezes como abrigos temporários onde as famílias encontram proteção e solidariedade. Mas essas comunidades baseiam-se numa uniformidade moral estrita, que exclui os divergentes, motivo pelo qual se tornam vítimas fáceis da drenagem de fiéis pela “crise de gerações”. A família patriarcal não é uma unidade ético-dogmática: é uma unidade biológica e funcional forjada em torno de interesses objetivos permanentes, onde os maus e desajustados sempre acabam sendo aproveitados em alguma função útil ao conjunto.

    Em últimas contas, se o patriarcalismo fosse coisa ruim os ricos não o guardariam ciumentamente para si mesmos, mas o distribuiriam aos pobres, preferindo, por seu lado, esfarelar-se em pequenas famílias nucleares. Se fazem precisamente o oposto, é porque sabem o que estão fazendo.

    Fotos: família Rockefeller e feministas alemãs.

    MídiaSemMáscara
    OlavodeCarvalho

    Só discordaria sobre o poder do progressismo nesta visão da família. Talvez o arquétipo de Hollywood tenha sido mais um modismo espontâneo do que uma conspiração planejada e o desmantelamento tenha ocorrido mais pela simples migração de famílias de distritos rurais para grandes cidades, e a dificuldade de conciliação com os hábitos da vida moderna do que pela estratégia vil progressista. Famílias abastadas como os Rockefellers não têm que lidar com a escassez de recursos da mesma forma que famílias de classe-média urbana.

    Assim como a pílula anti-concepcional, que não deve ter sido inventada apenas por apelo progressista, mudou mais a vida da mulher do que qualquer campanha feminista.

    Não dá pra deixar de fazer uma citação:
    600full-my-profile.jpg
    AMERICAN-GYSPSIES-CAST.jpg
    Acauan disse: Isto e mais físico, químico, geográfico, meteorológico, estético dentre outros.

    Então, resta a pergunta: Quando alguém deixa ser índio?

    Um holandês que vive sob a cultura, território e clima holandeses, com um tetravô índio continua sendo índio, estando imune ao homossexualismo?
    Post edited by Neotribalista on
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Apatico disse: Então, resta a pergunta: Quando alguém deixa ser índio?

    Quando a pessoa deixa de se considerar como tal. Os Vikings não deixaram de existir porque não deixaram descendentes, mas, porque estes passaram a se chamar noruegueses, dinamarqueses, etc. Por outro lado, os chineses ainda o são, porque ainda chamam a si próprios de chineses e mantém o mesmo cerne cultural até os dias de hoje.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Apatico disse: Então, resta a pergunta: Quando alguém deixa ser índio?

    É como dizem.
    Você pode tirar um Índio de dentro da tribo, mas não pode tirar a tribo de dentro do Índio.


    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Acauan escreveu: »
    Acauan disse:
    emmcri disse: Não havia Índios Gays Acauam ?

    Não!

    Complementando a resposta, não havia, não há e não haverá!

    Na verdade, pelo menos bissexuais sem dúvida que havia e há e haverá, aliais, tudo indica que o que natural mesmo, e ainda assim, só em metade das populações, é o bissexualismo, homossexualismo no sentido de ser eunuco para a heterossexualidade ou não existe ou é doença e bem minoritária, agora bissexualismo para suprir a falta de sexo oposto é natural, e provavelmente tem relação com épocas em que há necessidade de diminuir a população e ao mesmo tempo não acabar o instinto sexual, coisa que também deve ser a origem da masturbação, ambas coisas que também acontecem nos outros mamíferos e também porque nos mamíferos (sobretudo os sem cio mas também um pouco nos outros mamíferos) a parte do cérebro reservada para o instituto sexual ocupou uma parte do cérebro para outras coisas que há nos pássaros por exemplo, e por isso nos mamíferos a pratica sexual não é só para reprodução mas para ativar essa parte do cérebro necessária para o equilíbrio que nos pássaros já está ativa mesmo sem a pratica sexual.
    Post edited by LaraAlvaerengaSip on
  • edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Apático: Um grupo local indígena (nome que se prefere dar hoje para o pequeno grupo indígena onde há mesmo a coletividade verdadeira e total) tem no máximo cerca de 1000 membros e na maioria só 200 membros, é bom não confundir isso com o grupo linguístico-cultural (esse último, sim pode ter centenas de milhares de membros, ou até milhões em alguns casos), alguns fazem essa confusão entre as duas coisas, e há mesmo às vezes, uma ambiguidade entre os dois usos do termo "tribo" por isso, que alguns estudiosos resolveram não usar mais essa palavra, ou menos não usá-la para os casos dos grupos locais onde há mesmo a coletividade verdadeira e total. Nesse último caso, há no máximo cerca de 1000 membros....Com relação aos outros grupos locais, inclusive em relação a outros grupos de mesma língua e cultura, o que há fora de ocasiões de generosidade ritual, ou fora de ocasiões em que são poucos os visitantes, fora essas situações rituais, o há que entre os grupos locais, é a competitividade, com, em sua vida quando sem contato com os brancos, há uma guerra por ano entre os grupos locais...com raríssimas exceções, como os esquimós e os bosquímanos, mas são exceções raríssimas, de só 0,1 das culturas, se tanto e além disso são de povos em lugares em que os grupos locais só se encontram muito raramente.
    Post edited by LaraAlvaerengaSip on
  • Acauan escreveu: »
    Apatico disse: Então, resta a pergunta: Quando alguém deixa ser índio?

    É como dizem.
    Você pode tirar um Índio de dentro da tribo, mas não pode tirar a tribo de dentro do Índio.



    No entanto, inclusive a aparência cabeça-chata de muitas pessoas no nordeste vem de uns índios com essas características físicas que havia por lá....e segundo pesquisas de DNA feita com uma amostragem cientificamente calculada, entre os com aparência 100% branca no Brasil todo, há 33% de genes indígenas mitocondriais, cerca de 15% ao todo.....
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Na verdade, pelo menos bissexuais sem dúvida que havia e há e haverá,
    Você não vai conseguir fazer o Acauan admitir que há índios gays :-)
  • Nao existem indios gays. Tambem nao existem vikings e sicilianos gays.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Acauan escreveu: »
    Acauan disse:
    emmcri disse: Não havia Índios Gays Acauam ?

    Não!
    Complementando a resposta, não havia, não há e não haverá!

    Na verdade, pelo menos bissexuais sem dúvida que havia e há e haverá, ...

    Não.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fernando_Silva escreveu: »
    Na verdade, pelo menos bissexuais sem dúvida que havia e há e haverá,
    Você não vai conseguir fazer o Acauan admitir que há índios gays :-)

    Porque não existem Índios gays.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    sybok escreveu: »
    A provável resposta dele a sua postagem seria algo como: "Não, não existem idios gays!".

    Porque é a única resposta sensata.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
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  • NeotribalistaNeotribalista Membro
    edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Os relatos de indios gays devem ser frutos de alguma incompreensao do real significado de indio (ou de gay). E como um triangulo de quatro lados, um oximoro. A propria condicao indigena ja pressupoe a heterossexualidade. Nao ha escolha.
    Post edited by Neotribalista on
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Na verdade, em um sentido de ser eunuco para a heterossexualidade não existem gays em nenhum lugar do mundo, ou pelo menos são muitíssimo poucos, menos de 1% das pessoas das populações do mundo e além do mais, aí sim que é doença, o que realmente existe é a bissexualidade, 50% das pessoas das populações do mundo são bissexuais, mas a noção de homossexuais puros no sentido de serem eunucos para a heterossexualidade é mítica em todo lugar.
    Post edited by LaraAlvaerengaSip on
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