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A MORTE

Por estar passando por esse momento da vida em que tenho tido crises de Pãnico, tenho pesquisado muito na internet a respeito, afinal na crise de Pânico o medo que se tem é de morrer, mesmo sabendo que isso não vai acontecer, tive várias crises e estou vivo.Achei esse interessante artigo sobre a morte .



http://www.psicoloucos.com/Medos/como-perder-o-medo-da-morte.html
Nós todos vamos morrer. E, acredite ou não, esse é um evento tão natural quanto nascer, crescer ou ter filhos. No entanto, a ideia da finitude nos enche de terror. Por quê? Será que precisa ser assim? Dá para sofrer menos?

Texto Maria Fernanda Vomero

Há muito tempo, no Tibete, uma mulher viu seu filho, ainda bebê, adoecer e morrer em seus braços, sem que ela pudesse fazer nada. Desesperada, saiu pelas ruas implorando que alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre budista, colocou o corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a estava abatendo. O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a sua dor. Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda nascida em uma casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu, exultante, em busca da semente. Foi de casa em casa. Sempre ouvindo as mesmas respostas. “Muita gente já morreu nesta casa”; “Desculpe, já houve morte em nossa família”; “Aqui nós já perdemos um bebê também.” Depois de percorrer a cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher compreendeu a lição. Voltou a ele e disse: “O sofrimento me cegou a ponto de eu imaginar que era a única pessoa que sofria nas mãos da morte”.

A morte pode ser vista como um mistério incompreensível. Ou como um absurdo inaceitável. A morte pode até ser tratada como um tabu. Mas, seja como for, aceitemos isso ou não, a morte é uma realidade inexorável. Por mais que queiramos nos esconder dela, deixar de existir é tão natural quanto existir. Na verdade, a morte é provavelmente a única coisa certa na sua existência ou na minha: é certo que todos nós vamos morrer um dia.

Pode-se aceitar a inevitabilidade da morte e olhá-la de frente. Ou pode-se negá-la, fugir dela, imaginar que não pensar na morte possa fazer com que ela deixe de acontecer com você ou com a sua família. Mas todos nós estamos programados para nascer, crescer e morrer – uma obviedade esquecida por boa parte da sociedade ocidental contemporânea, que teima em ver a morte como um evento inesperado e injusto. Sobretudo, costumamos vê-la como um evento exclusivo, pessoal, que isola quem sofre uma perda de todo o resto do mundo. Mas não há nada menos exclusivo do que morrer. Como está expresso na fábula tibetana, a morte não é privilégio nem desgraça particular de ninguém. Ela chega para todos, sem exceção.

Mas, afinal, se a morte é tão comum e corriqueira, por que ela nos causa tanto medo? “O maior desejo do homem é a imortalidade”, diz a psicóloga Ingrid Esslinger, do Laboratório de Estudos sobre a morte do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), acostumada a atender pessoas em situação de luto. “Por isso, muitas vezes a morte é considerada uma inimiga.” E uma adversária, que poderia ser vencida pelos avanços científico-tecnológicos do século 20, que aumentaram a eficiência dos diagnósticos, dos medicamentos, das técnicas cirúrgicas etc. Soa como um despropósito falar de morte a quem tem as descobertas da ciência a seu favor. Afinal, se existem meios de prolongar a vida útil do ser humano, de manter-se jovem, por que pensar na finitude?

É um paradoxo: a valorização da vida e a ilusão de eterna beleza e jovialidade trazidas pela vida moderna acabam gerando, por meio do apego a tudo isso, muito mais tristeza e sofrimento pelo fim inevitável da existência do que felicidade pelo mais de vida que proporcionam. O ocidente transformou a morte em tabu: ela costuma ser banida das conversas cotidianas. Tudo aquilo que possa lembrá-la é escamoteado. Os doentes morrem no hospital, longe dos olhos – e, não raro, do coração – de seus amigos e parentes. E os rituais de luto são cada vez mais rápidos. O medo natural que todo ser humano sente diante da própria finitude vira pânico. E mesmo a morte natural acaba virando sinônimo de aniquilamento sumário. O que, no mais das vezes, não corresponde à realidade por se tratar simplesmente de uma vida que chegou ao fim.

Como perder o medo da morte - Hora de ir embora

O primeiro passo para conviver melhor com a idéia da morte é esquecer aquela imagem medieval, um tanto tétrica, de um esqueleto coberto com uma capa preta carregando uma foice afiada na mão. Talvez uma imagem melhor para a morte seja imaginá-la como o fim de uma festa: você já sabia que ela teria que acabar, em algum momento. E, pensando bem, talvez não seja de todo mal que a festa termine. Você agüentaria dançar na pista para sempre? Por melhor que seja a música, tem uma hora que seu corpo e sua mente pedem descanso. E aí, talvez, seja o momento mesmo de sair da pista, serenamente, sem traumas, e dar lugar a quem está chegando à festa cheio de gás.

O medo da morte é inerente ao desenvolvimento humano. Aparece na infância, a partir das primeiras experiências de perda. E tem várias facetas: trata-se de um medo do desconhecido, somado ao medo da própria extinção, da ruptura da teia afetiva, da solidão e do sofrimento. “O medo da morte é fundador da cultura”, diz a socioantropóloga Luce des Aulniers, responsável pela disciplina de estudos sobre a morte, da Universidade de Quebec, em Montreal, Canadá. “Esse medo funciona como pivô e como motor de todas as civilizações. A partir do desejo de perenidade, se desenvolvem as instituições, as crenças, as ciências, as artes, as técnicas e mesmo as organizações políticas e econômicas.”

Esse é o lado, digamos, vital da morte. “O medo da morte nos força a viver – a nos relacionar, a procriar, a criar, a construir coisas que nos transcendam”, diz a pesquisadora canadense. Na ilusão da imortalidade, o ser humano acredita que suas obras sejam permanentes e garantam que ele não seja esquecido. Cada um adapta, à sua própria maneira, a máxima “plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho”. Para o nosso inconsciente, a morte nunca é possível nem admissível quando se trata de nós mesmos. “A idéia da não-existência provoca tal desconforto que a mente humana acaba criando alguns mecanismos de defesa para fugir dessa realidade”, diz o psiquiatra e psicanalista Roosevelt Smeke Cassorla, da Sociedade Brasileira de Psicanálise, em São Paulo. A negação e a repressão da idéia de morte são exemplos desses artifícios.

Como perder o medo da morte - Terror ancestral

Nada disso é novidade. Desde os tempos mais remotos, os homens já enxergavam a morte como elemento antagônico à vida. Talvez fosse mais fácil aceitá-la como fato natural quando ela acontecia aos borbotões, quando a expectativa de vida das pessoas era de 35 anos. Mas o estranhamento e o terror sempre existiram. As pinturas nas paredes de cavernas como Lascaux e Chauvert, na França, revelam o incômodo que a morte provocava no homem de 30 mil anos atrás. Episódios alegres, como caçadas, eram retratados em cores vivas. As imagens fúnebres, por sua vez, eram pintadas com cores escuras.

O antagonismo se mantém dentro de cada um de nós, no jogo constante entre Eros, o deus grego do amor, e Tanatos, o deus da morte, para usar uma imagem cunhada por Sigmund Freud, fundador da psicanálise. As forças da vida, representadas por Eros, estimulariam o crescimento, a integração, a autoproteção e a sobrevivência. As forças da morte, representadas por Tanatos, alimentariam os instintos destrutivos e as atitudes de auto-sabotagem, por exemplo. Da conciliação de todas essas forças contraditórias, surgiriam o equilíbrio e o vigor emocional necessários para viver.

No entanto, o medo de morrer pode gerar um apego desmedido a elementos cotidianos e um conseqüente desespero diante da possibilidade de vir a “perder tudo” com a morte – a companhia dos amigos, o carro novo, os imóveis, o status social, os projetos não realizados. No budismo, assim como na tradição cristã, o desapego é condição essencial para uma “boa morte”. “Normalmente assumimos que precisamos dominar alguma coisa para que ela nos traga felicidade. E nos perguntamos: como é possível saborear alguma coisa se não podemos possuí-la?”, escreve Sogyal Rinpoche, em seu O Livro Tibetano do Viver e do Morrer. “Mas, na morte, não podemos levar nada conosco.” Eis aqui outro paradoxo: para viver bem, sem o tormento da idéia do fim, é preciso cultivar um certo desapego em relação à vida.

Em certas ordens religiosas católicas, os monges, ao se encontrarem nos corredores do mosteiro, costumam dizer uns aos outros: “Memento mori”, expressão latina que significa “lembre-se de que vai morrer”. A saudação – que é o contraponto de “Carpe diem” (“aproveite o dia”) – funciona como um exercício de aceitação da morte. O contrário disso é o culto ao ego, ao “pequeno eu” que há dentro de cada um de nós, manifestado na não-aceitação do curso natural dos acontecimentos. E que está presente no indivíduo que tenta se colocar acima do todo a que pertence. Na vida, quanto mais você está centrado em si mesmo, mais você sofre com a ausência de solidariedade, com a falsa idéia de que está desamparado. Na morte, acontece a mesma coisa. Quanto menos você compartilha a sua dor, mais insuportável ela se torna.

Como perder o medo da morte - Morra na filosofia

Para quem busca na filosofia maneiras de lidar melhor com a morte, as reflexões finais do filósofo grego Sócrates – condenado a tomar cicuta, um veneno letal –, feitas no século 5 a.C., representam um excelente exercício de aceitação. “Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas. Ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja. Ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para outro”, afirmou Sócrates. Para quem não acredita na continuação da vida, a morte é o nada, é o fim das aflições. E para quem acredita na continuação da vida, a morte é a passagem desta existência para outra melhor. De qualquer modo, a dor estaria na vida e não na morte.

A morte é um assunto tão complexo que sequer há uma concordância entre os cientistas quanto à sua definição. No campo filosófico, essa discussão fica ainda mais sinuosa. “Apesar de considerarmos a morte como um evento biologicamente irreversível, ela não pode ser determinada exclusivamente pelo critério biológico, pois envolve também questões ontológicas e filosóficas”, afirma o patologista forense Marcos de Almeida, professor de medicina legal e bioética da Universidade Federal de São Paulo. Alma e consciência são sinônimos? Existe uma alma imortal? Se sim, para onde ela vai quando morremos? Sem respostas da ciência, o homem busca nas religiões as explicações para a morte. Para uns, trata-se de uma passagem. Para outros, é uma forma de libertação do sofrimento. Há ainda aqueles para quem morrer é simplesmente deixar de existir.

“Pesquisas demonstram que pessoas com forte grau de envolvimento religioso, independentemente da crença, geralmente têm menos medo da morte”, afirma a psicóloga Maria Júlia Kovácz, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a morte da USP e autora de morte e Desenvolvimento Humano. “A fé ajuda a superar a ansiedade em relação à idéia de finitude”, diz ela. Para o psicanalista Roosevelt Cassorla, “na religião o indivíduo convive melhor com a finitude porque lá encontra certezas sobre por que vive, por que morre e o que acontece após a morte”.

Se há uma outra vida que se segue à morte, existiria então uma continuidade da mente ou do espírito. “Viver em função dessa continuidade nos torna mais responsáveis pelas conseqüências dos nossos atos”, diz a psicóloga Bel Cesar, do Centro de Dharma da Paz, em São Paulo, e autora de Morrer Não se Improvisa. “O fruto apodrece, cai no chão, mas deixa a semente que dará vida a outro fruto. Assim também conosco.” A visão espiritual da morte implica desapego. Afinal, é também por meio da aceitação da impermanência humana que a religião ajuda a suavizar o sofrimento causado pela finitude. Por outro lado, a idéia de transcendência, do indivíduo que vence a morte, paradoxalmente embute uma aspiração à perenidade, ao não admitir que o sujeito chegue a um fim.

Como perder o medo da morte - A negação do fim

Em oposição à visão espiritualista da morte, há a tradição materialista ocidental, que surgiu na Antiguidade e depois foi retomada pelos filósofos do iluminismo, a partir do século 18, para a qual a morte é o fim total e absoluto. Nada mais do que a interrupção de um processo neurofisiológico. Essa concepção, mais tarde lapidada pelos existencialistas, como o francês Jean-Paul Sartre, funda muito da nossa visão de que morrer é uma idéia inconcebível com a qual é impossível lidar. “Morrer é um absurdo”, escreveu o filósofo existencialista Arthur Schopenhauer (1788-1860). A morte não cabe na idéia cartesiana de vida – para a qual tudo poderia ser medido, compreendido, planejado.

O Ocidente, em seu esforço por não admitir a morte, está há pelo menos 30 anos obcecado pela idéia do jovem como metáfora de vida saudável. O envelhecimento é visto sempre como decrepitude – e a morte é vista sempre como a epítome disso. “Há uma negação muito clara da finitude. Sobretudo porque os valores da sociedade de massa e de consumo são antagônicos à idéia de morte: o fetichismo da juventude eterna, os ideais de progresso, a acumulação de bens, a busca da imortalidade”, diz Olgária Feres Matos, professora do Departamento de Filosofia da USP. A sociedade ocidental vive um presente perpétuo. “Não há nem a visão de um futuro nem a evocação de um passado. Por isso, a morte não é admitida como uma experiência humana aceitável”, afirma Olgária. O resultado é uma sociedade atormentada, que busca inutilmente a felicidade em fugas da realidade de que um dia iremos deixar de existir.

Mesmo no mundo ocidental, no entanto, sobrevivem tradições que, ao festejar a morte, celebram a vida. O “Dia dos Mortos”, no México, é um exemplo disso. “Ainda existem aldeias que desenterram os mortos nesse dia. Trata-se de um costume indígena milenar. As refeições são feitas no cemitério, e as crianças ganham doces e bombons em forma de caveiras”, diz o historiador Leandro Karnal, professor de história da América na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “No interior do país, sobrevive a prática de conversar com os mortos para colocá-los a par do que aconteceu durante o ano.” As famílias preparam altares para seus falecidos e neles colocam os objetos que guardam uma relação afetiva com o parente que se foi: livros, discos, cigarros, comidas, fotografias. Vale tudo que tenha tido algum valor para o morto.

A morte já foi vista de modo mais familiar pelo Ocidente. E não faz tanto tempo. Até meados do século passado, era costume morrer em casa. “A família reunia-se em volta do leito para ouvir a última palavra daquele que estava mor--rendo”, afirma o historiador Eduardo Basto de Albuquerque, da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. “Era um momento de despedida.” Não se ocultava das crianças a morte como se faz atualmente. O velório também era, na maioria das vezes, realizado em casa – tradição que sobrevive em algumas cidades do interior do Brasil. “Existiam comidas típicas para a ocasião. Os parentes preparavam alguns pratos para receber os conhecidos que participavam do enterro. Havia, inclusive, cânticos e orações especiais para o momento”, diz Eduardo.

A expulsão da morte da nossa intimidade é uma metáfora da negação da finitude que operamos em nossas próprias vidas. “Os rituais de morte estão presentes em todas as sociedades do planeta. Servem para a compreensão ‘social’ do fenômeno: ajudam a digerir o impacto provocado pela perda do outro e funcionam como fator de agregação daquela sociedade”, diz o antropólogo Guillermo Ruben, da Unicamp. “Os rituais seculares foram esvaziados de sentimentos e significado”, escreveu o sociólogo alemão Nobert Elias, na arguta análise da experiência de morte nos dias de hoje, presente em A Solidão dos Moribundos. “O crescente tabu da civilização em relação à expressão de sentimentos espontâneos e fortes trava suas línguas e mãos. E os viventes podem, de maneira semiconsciente, sentir que a morte é contagiosa e ameaçadora; afastam-se involuntariamente dos moribundos”, afirmou.

O temor do “contágio” pela morte explica a solidão e a frieza das unidades de terapia intensiva, onde, muitas vezes, os doentes terminais morrem sem a possibilidade de dizer uma última palavra aos que amam e sem ninguém que lhes ofereça conforto espiritual. Claro que morrer assim dá muito medo. Estabelece-se aí um círculo vicioso: temos pânico da morte porque ela parece horrível e a tornamos mais horrível do que poderia ser porque nos afastamos dela – e de quem morre.

Como perder o medo da morte - Processo natural

No início dos anos 70, iniciou-se um movimento de humanização da medicina, principalmente no campo do atendimento aos pacientes terminais. A enfermeira britânica Cicely Saunders inovou ao propor um atendimento multiprofissional aos portadores de câncer avançado, em locais chamados hospices. Nesses abrigos, o doente conta com os cuidados médicos e com a proximidade da família. Da equipe multiprofissional fazem parte também psicólogos e sacerdotes de diferentes religiões, prontos a oferecer assistência psicológica e espiritual. O “movimento hospice” incentivou a criação das unidades de cuidados paliativos, que funcionam ligadas aos hospitais, e do home care, o atendimento domiciliar a pacientes terminais.

No Brasil, o pioneiro na divulgação dos cuidados paliativos foi o médico Marco Tullio de Assis Figueiredo, professor da Universidade Federal de São Paulo. Além de ter criado dois cursos voltados aos estudantes da área de saúde – um sobre tanatologia (o estudo da morte) e outro sobre cuidados paliativos –, ele implantou uma Unidade de Cuidados Paliativos no Hospital São Paulo. “Os estudantes de medicina, em geral, nada aprendem, em seus cursos, sobre a morte”, diz ele. “Por isso, vemos médicos tentando manter a vida do paciente a qualquer preço, mesmo que isso implique mais sofrimento para o doente.” Tal prática é conhecida como distanásia, conceito que significa a tentativa de adiar a morte o máximo possível e de conseguir uma sobrevida sem qualquer qualidade.

Num esforço para reaproximar o tema do cotidiano de crianças, adolescentes, adultos e idosos, a equipe do Laboratório de Estudos sobre a morte, da USP, preparou uma trilogia de ví-deos chamada Falando de morte. Cada episódio é dedicado a uma fase da vida. E a morte é vista como uma delas. O objetivo é estimular discussões sobre o assunto na escola, na família, nos hospitais. “Falar da morte é transformá-la em aliada, conselheira, em uma presença natural”, afirma Ingrid Esslinger, integrante da equipe.

Na filosofia oriental, existem práticas específicas de preparação para a morte. A principal delas é a meditação, que tem o objetivo de domar a mente, a ansiedade e as emoções negativas sempre – mas especialmente no momento em que a pessoa se aproxima da morte. Uma das imagens utilizadas na meditação para caracterizar os instantes finais da existência é a de uma bela atriz sentada em frente ao espelho. O último espetáculo está prestes a começar. Ela retoca a maquiagem e repassa toda a sua fala antes de pisar no palco pela última vez. Está preparada para a apresentação derradeira.

Reconcilie-se com a morte. Não por morbidez, não para se esquecer de viver, não porque seja bom deixar de existir. Mas simplesmente porque ela vai acontecer e não somente com você – mas com todos os que andaram, andam ou venham a andar sobre a Terra. A você e a mim, portanto, resta apenas aprender a conviver com ela. Encará-la de frente, compreendê-la, admiti-la. Em vez de tentar escamoteá-la, negá-la, escondê-la debaixo do tapete. E, quem sabe, assim, sofrer menos com a visita que ela nos fará um dia e com os eventuais sinais da sua presença que ela já tenha plantado ao nosso redor. Desejo uma excelente vida para você, caro leitor. E uma boa morte.
Post edited by emmedrado on
A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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Comentários

  • 43 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Somos apenas uma breve centelha entre duas eternidades de escuridão.

    "Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris"

    "O mundo é um palco e o homem é um ator que entra em cena, gagueja em sua única fala, desce do palco e desaparece para sempre" (Shakespeare)
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    s-death2.jpg

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    Post edited by Fernando_Silva on
  • emmedradoemmedrado Membro
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    emmcri disse: Aparece na infância, a partir das primeiras experiências de perda.
    Não sei se isso é certo. Pelo que me lembro a primeira vez que tive medo da morte foi quando perguntei o qua acontecia depois e minha mãe respondeu que nunca mais eu veria eles,fiquei com muito medo.
    Mas é claro é só um achismo meu baseado em minha experiência.

    Post edited by emmedrado on
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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  • O Fernando sua morte ta da horinha! parabéns pelo bom gosto, assim da até vontade de morrer....hje..he...he...he
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    emmcri disse: Não sei se isso é certo. Pelo que me lembro a primeira vez que tive medo da morte foi quando perguntei o qua acontecia depois e minha mãe respondeu que nunca mais eu veria eles,fiquei com muito medo.
    Mas é claro é só um achismo meu baseado em minha esperiência.

    sua mãe é ou foi atéia ?
    Meu ratinho morrerá em muito pouco tempo, sabe qual deve ser a maior preocupação dele?
    Nenhuma! isso mesmo ele "simplesmente" vive o presente sem se preocupar com o futuro.
    Veja por esse angulo se voce não existia antes do seu nascimento e passou a existir mesmo se vier a deixar de existir, ja esta no lucro de ter tido a oportunidade de pelos menos uma vida.
    Se voce ja existia antes de ter nascido neste mundo fisico, se agora vive aqui então ja tem um lucro dobrado em poder ter vivido duas vidas.
    Agora só te falta superar esse trauma de infancia e aumentar a sua fé na possibilidade das vidas serem eternas, apenas mudamos de endereço,para sermos obrigados a experimentar novas sensações que aumentaram o nosso conhecimento, transformando em seres mais sensíveis.
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • hello-kitty-tarot-death1.jpg

    5308_Grim_Reaper_300.gif

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • emmedradoemmedrado Membro
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    CRIATURO disse: sua mãe é ou foi atéia ?

    Minha mãe é católica, foi uma infelicidade momentanea dela,falar assim com uma criança.

    Post edited by emmedrado on
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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  • CRIATURO disse: Meu ratinho morrerá em muito pouco tempo, sabe qual deve ser a maior preocupação dele?
    Nenhuma! isso mesmo ele "simplesmente" vive o presente sem se preocupar com o futuro.

    Isso porque ele é um animal irracional diferentemente de nós que somos movidos pela razão (e pelos sentimentos) e pensamos no passado, presente e futuro.
    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

    "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
  • Cientista1 disse: Isso porque ele é um animal irracional diferentemente de nós que somos movidos pela razão (e pelos sentimentos) e pensamos no passado, presente e futuro.

    existe casos que a irracionalidade ou a ignorância tornam-se uma benção!
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATURO disse: existe casos que a irracionalidade ou a ignorância tornam-se uma benção!

    Cite estes casos.
    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

    "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
  • Cientista1 disse: Isso porque ele é um animal irracional diferentemente de nós que somos movidos pela razão (e pelos sentimentos) e pensamos no passado, presente e futuro.

    sim, esse é o preço que pagamos pela racionalidade,mas podemos considerar isso bom ou ruim ?
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Cientista1 disse: CRIATURO disse: existe casos que a irracionalidade ou a ignorância tornam-se uma benção!

    Cite estes casos.

    principalmente pelo prazer de que o aprendizado proporciona ao homem, por isso costumo dizer que a nossa ignorância seja a parte infantil de Deus.
    ignorar a morte tambem considero uma benção, ja que ela é motivo de grandes aflições humanas.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATURO disse: sim, esse é o preço que pagamos pela racionalidade,mas podemos considerar isso bom ou ruim ?

    Depende do seu ponto de vista, na qual terá de se levado em conta o contexto utilizado.


    CRIATURO disse: principalmente pelo prazer de que o aprendizado proporciona ao homem, por isso costumo dizer que a nossa ignorância seja a parte infantil de Deus.

    Se a ignorancia é a parte infantil de deus encarnado no homem, então deus teve um infancia ou é apenas ele "brincando"? Mas se ele é o ser infinitamente inatingível de conhecimento, então há que ponto a infantilidade pode se tornar verdadeira?
    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

    "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
  • CRIATURO disse: existe casos que a irracionalidade ou a ignorância tornam-se uma benção!

    Eu também gostaria de saber esses casos e não as supostas teorias suas.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Cientista1 disse: Se a ignorancia é a parte infantil de deus encarnado no homem, então deus teve um infancia ou é apenas ele "brincando"? Mas se ele é o ser infinitamente inatingível de conhecimento, então há que ponto a infantilidade pode se tornar verdadeira?

    Teoricamente deduzimos que Deus deva saber tudo, neste caso ele precisaria experimentar o que seria não ser Deus, então podemos pensar que Deus experimenta a sensação de não ser Deus, encarnando e vivenciando seres primitivos inclusive a raça humana.
    penso que nós somos a menor parte da consciência Deus, que auto regrediu até atingir a completa ignorância da sua Maior Consciência Deus controlando o todo o resto.
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • sleep+2.jpg
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • CRIATURO disse: Teoricamente deduzimos que Deus deva saber tudo, neste caso ele precisaria experimentar o que seria não ser Deus, então podemos pensar que Deus experimenta a sensação de não ser Deus, encarnando e vivenciando seres primitivos inclusive a raça humana.

    Mas se ele detêm todo o conhecimento como ele pode não saber como não ser ele mesmo?
    Se ele sabe tudo deveria saber como é a experiencia de não ser ele mesmo não é?

    Voce ta vendo que você so ta dando voltas e enrolando?
    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

    "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
  • A morte? É o fim da vida que começou com o nascer.
    O que há depois da morte? O mesmo que havia antes do nascer.
    O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
    '' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
  • Cientista1 disse: Mas se ele detêm todo o conhecimento como ele pode não saber como não ser ele mesmo?
    Se ele sabe tudo deveria saber como é a experiencia de não ser ele mesmo não é?

    Voce ta vendo que você so ta dando voltas e enrolando?

    Entre a teoria e a pratica existe uma grande diferença, entre o saber e o experimentar tambem, talvez nossa existência seja o próprio pensamento de Deus, que como voce disse possua uma onisciência.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Marcio disse: A morte? É o fim da vida que começou com o nascer.
    O que há depois da morte? O mesmo que havia antes do nascer.
    A vida é a evolução do que havia antes e morte seria a continuação desse processo evolutivo.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Biologicamente se passa adiante um "pedacinho" de si, e a vida continua tentando viver.
    A mente única, morre de fato. Essa é a verdadeira dor!
    O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
    '' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
  • CRIATURO disse: Entre a teoria e a pratica existe uma grande diferença, entre o saber e o experimentar tambem, talvez nossa existência seja o próprio pensamento de Deus, que como voce disse possua uma onisciência.

    Se ele possui onisciencia, ele deve saber como seria sua experimentação na prática certo, pois seu deus possui todo o conhecimento tanto teórico quanto na prática.

    Voce não respondeu a minha pergunta.
    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

    "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
  • Marcio disse: Biologicamente se passa adiante um "pedacinho" de si, e a vida continua tentando viver.
    A mente única, morre de fato. Essa é a verdadeira dor!

    voce acredita que a energia seja eterna mesmo passando por estados existentes diferentes,mas acredita que a sua inteligencia, a sua razão, a sua consciência seja um efeito secundário da matéria e não uma causa externa a ela.
    Acredita num deus material burro e sem sentido nenhum.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Cientista1 disse: Se ele possui onisciencia, ele deve saber como seria sua experimentação na prática certo, pois seu deus possui todo o conhecimento tanto teórico quanto na prática.

    Voce não respondeu a minha pergunta.
    CRIATURO disse: Cientista1 disse: Mas se ele detêm todo o conhecimento como ele pode não saber como não ser ele mesmo?
    Se ele sabe tudo deveria saber como é a experiencia de não ser ele mesmo não é?

    primeiro não sou quem acredita em um Deus ilimitado.
    Na minha visão os sentimentos antecederam o raciocínio, assim para "ser" Não basta saber tem que sentir-se, voce mesmo esta partindo da premissa que Deus saiba tudo antes da sua existencia, neste caso ele só poderá sentir -se um ignorante tornando se um ignorante de si mesmo, ou seja Ateu...he..he...he..he
    Por isso que eu disse que nós somos a parte infantil de deus que pensa ser órfã.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATURO disse: Na minha visão os sentimentos antecederam o raciocínio, assim para "ser" Não basta saber tem que sentir-se, voce mesmo esta partindo da premissa que Deus saiba tudo antes da sua existencia, neste caso ele só poderá sentir -se um ignorante tornando se um ignorante de si mesmo, ou seja Ateu...he..he...he..he
    Por isso que eu disse que nós somos a parte infantil de deus que pensa ser órfã.

    Então deus teve um início, ja que seu argumento diz que ele precisa sentir antes de saber????

    Vamos responder minhas perguntas primeiro antes de fazer suas considerações errôneas.
    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

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