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A defesa da classe média
O melhor programa social que existe chama-se emprego. Ele garante dignidade ao ser humano, ao contrário de esmolas estatais, que criam uma perigosa dependência
RODRIGO CONSTANTINO - Publicado: 28/05/13
Todos vimos, chocados, uma turba ensandecida invadindo agências da Caixa em diferentes estados, após rumores de suspensão do pagamento do Bolsa Família. Impressionou o fato de que a maioria ali era bem nutrida, em perfeitas condições de trabalho em um país com pleno emprego.
Uma das beneficiadas pelo programa, em entrevista, reclamou que a quantia não era suficiente para comprar uma calça para sua filha de 16 anos. O valor da calça: trezentos reais! Talvez seja parte do conceito de “justiça social” da esquerda progressista garantir que adolescentes tenham roupas de grife para bailes funk.
Não quero, naturalmente, alegar que todos aqueles agraciados pelas benesses estatais não precisam delas. Ainda há muita pobreza no Brasil, ao contrário do que o próprio governo diz, manipulando os dados. Mas essa pobreza tem forte ligação com esse modelo de governo inchado, intervencionista e paternalista.
O melhor programa social que existe chama-se emprego. Ele garante dignidade ao ser humano, ao contrário de esmolas estatais, que criam uma perigosa dependência. Para gerar melhores empregos, precisamos de menos burocracia, menos gastos públicos e impostos, mais flexibilidade nas leis trabalhistas, mais concorrência de livre mercado e um sistema melhor de educação (não confundir com jogar mais dinheiro público nesse modelo atual).
O ex-presidente Lula criticava, quando era oposição, o “voto de cabresto”, a compra de eleitores por meio de migalhas, esquema típico do coronelismo nordestino. Quão diferente é o Bolsa Família, que já contempla dezenas de milhões de pessoas, sem uma estratégia de saída? Um programa que comemora o crescimento do número de dependentes! O leitor vê tanta diferença assim?
A presidente Dilma disse que quem espalhou os boatos era “desumano”, “criminoso”, e garantiu que o programa era “definitivo”, para “sempre”. Isso diz muito. “Nada é tão permanente quanto uma medida temporária de governo”, sabia Milton Friedman. Não custa lembrar que o próprio PT costuma apelar para o “terrorismo eleitoral” em época de eleição, espalhando rumores de que a oposição pode encerrar o programa. Desumano? Criminoso?
Depois que o governo cria privilégios concentrados, com custos dispersos, quem tem coragem de ir contra? Seria suicídio político. Por isso ninguém toca no assunto, ninguém vem a público dizer o óbvio: essas esmolas prejudicam nossa democracia e não tiram essas pessoas da pobreza. As esmolas estimulam a preguiça, a passividade e a informalidade. Por que correr atrás quando o “papai” governo dá mesada?
O agravante disso tudo é que os recursos do governo não caem do céu. Para bancar as esmolas, tanto para os mais pobres como para os grandes empresários favorecidos pelo BNDES, o governo avança sobre a classe média. É esta que paga o preço mais alto desse modelo perverso. Ela tem seu couro esfolado para sustentar um estado paquidérmico e “benevolente”.
Para adicionar insulto à injúria, não recebe nada em troca. Paga impostos escandinavos para serviços africanos. Conta com escolas públicas terríveis, antros de doutrinação marxista. Os hospitais públicos também são péssimos. A infraestrutura e os meios de transporte são caóticos. A insegurança é total. Acabamos tendo que pagar tudo em dobro, fugindo para o setor privado, sempre mais eficiente.
Como se não bastasse tanto descaso, ainda somos obrigados a ver uma das representantes da esquerda, a filósofa Marilena Chauí, soltando sua verborragia em evento de lançamento de livro sobre Lula e Dilma. Chauí, aquela que diz que o mundo se ilumina quando Lula abre a boca, declarou na ocasião: “A classe média é um atraso de vida. A classe média é estupidez, é o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista.”
É fácil dizer isso quando ganha um belo salário na USP, pago pela classe média. Chauí não dá nome aos bois, pois é mais fácil tripudiar de uma abstração de classe. Mas não nos enganemos: a classe média que ela odeia somos nós, aqueles que simplesmente pretendem trabalhar e melhorar de vida, ter mais conforto material, em vez de se engajar em luta ideológica em nome dos proletários, representados pelos ricos petistas.
Pergunto: quem vai olhar por nós? Que partido representa a classe média? Com certeza, não é a esquerda das esmolas estatais bancadas com nosso suor, que depois ainda vem declarar todo seu ódio a quem paga a fatura.
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Perdemos dois ícones da imprensa independente: Dr. Ruy Mesquita e Roberto Civita. Que a chama da liberdade de imprensa continue acesa!
Rodrigo Constantino é economista
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/a-defesa-da-classe-media-8517275#ixzz2Ubd2GyND
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Comentários
Depoimento de santo do século IV, mais de 1500 anos antes de programas assistencialistas brasileiros:
Que diabos ele tanto bate na gravação desse vídeo? Um barulhão o tempo todo...
A coisa mais interessante dessa história toda é o PSDB vir a público falar que não pretende nem vai acabar com a bolsa família.
Ele corre o risco de não conseguir convencer os que são a favor da bolsa e corre o risco de convencer os que são contra, seria o pior dos dois mundos.
Mas, se o Psdb não vai mudar nada então por que diabos mudaríamos o governo? Deixemos como está e pronto.
Mas Michelangelo, Mozart e Karl Marx eram, cada qual conforme seu tempo, Classe Média. Os exemplos do tipo abundam aos milhares.
E geralmente, quem fala mal da Classe Média é idiota querendo parecer mais inteligente do que jamais será.
Um dos valores desta classe mal falada é o extremo sacrifício para dar aos filhos a melhor educação que possam.
Diante desta única virtude, dentre outras tantas, o grasnar dos corvos ideológicos e bobalhões que querem parecer espertos é bulshit.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Eu sei. Mas ele criou com outro nome, era bolsa escola.
Aécio Neves no programa do ratinho disse:
"Se nós tivéssemos jeito de pegar o programa Bolsa Família, botar no berço e trazer na sexta-feira aqui no 'Teste de DNA' e levasse na clínica para fazer exame, o pai dele estaria escrito 'PSDB-FHC (Fernando Henrique Cardoso)'"
A questão é uma oposição que pretende fazer o mesmo, ou até mais do mesmo.
O que se espera de uma oposição é que ela se oponha.
Não necessáriamente: o que ocorre é que esses programas deveriam servir de base para algo que fizesse com que o cidadão melhorasse sua condição social. Não criar dependentes permanentes disto. O que espera da oposição é que se critique o rumo que este tipo de coisa está tomando e que se tenha propostas melhores e que convenca o povo desta conscientização da importância de sair da inércia.
― Winston Churchill
Lula apenas distribuiu dinheiro, sem uma contrapartida, sem prazo para terminar.
Isso.
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
Não é o que o PSDB tenta dizer, ele tenta passar a ideia de continuidade, de que não haverá mudanças se o PSDB for eleito.
Pior que isso. Tenta passar que tudo o que o governo atual faz é apenas u a cópia do que ele inventou. Aliás, se é realmente isso, não entendo por que criticam o governo atual e não o que criou os bolsas esmola...
Continuidade do programa ás vezes não significa o programa da mesma maneira.
― Winston Churchill
Já viu alguém querer assumir filho de rapariga?
O que o PSDB quer é assumir que ele foi o grande idealizador do programa de assistência que deu origem ao bolsa família. Ele não diz que o programa é uma merda, me arrisco a dizer que vão falar em aumentar benefícios e/ou aumentar o número de beneficiados na campanha para presidência.
Isto está parecendo aquela discussão sobre conservadores.
Continuar é continuar. Se for mudar então não é continuar, é mudar.
Continuar da mesma maneira não é mudar, mudar algo que existe é mudar. Senão ainda teríamos relógios de ponteiro.
― Winston Churchill
O único jeito de isto acontecer é quando o tal cidadão consegue encontrar um trabalho que o remunere bem, de forma que não precise do bolsa algumacoisa para comprar a sua pinga. Só que para acontecer uma situação onde o cidadão consiga emprego, é preciso que se faça uma reforma fiscal para desonerar as empresas e cortar a burocracia mutante, ajeitar a infra estrutura, eliminando os gargalos de estradas ruins, portos ruins, aeroportos capengas, serviços capengas, parar com os preconceitos contra os lucros, enfim, uma reforma de mentalidade.
Improvável que aconteça, pois o PSDB é a Sorbonne Intelectual do PMDB e continua com os mesmos maneirismos esquerdistas.
O Mulla já foi difamado várias vezes ao longo de suas campanhas fracassadas. Teve gente que acreditou que ele ia obrigar famílias que tinham mais de dois quartos em suas casas a ceder um para uma miserável família de baiano... Apesar de tão burro, conseguiu aprender como se joga o jogo político. E o que ele fez para neutralizar o Picolé de Chuchu? Disse que ele ia privatizar a Petrobrás. Pra quê! O Alckim entrou em pânico e colocou uma camiseta com vários logotipos de estatais com o escrito acima: _ Não vendo.
O que o imbecil deveria ter feito é perguntado: para quê serve uma estatal? E listar a incompetência de todas elas, lembrando inclusive que o mensalão foi descoberto graças a um funcionário dos Correios que aceitou propina. Mas a Petrobras é a casca de ferida do nacionalismo brasileiro. Falou em mexer com ela...
O problema deste PSDB é que além de não ter um programa que o diferencie do PT, é que não tem lábia, apesar de todo o seu intelectualismo, ou por causa dele.
Eu não li isso...
O PSDB prega a continuidade da bolsa família, ou seja, não precisam se preocupar porque ela não vai acabar.
Isso é continuidade, vão CONTINUAR os programas de assistencialismo que tanto criticamos aqui.
Mas se vão continuar essa merda então do que adiantaria mudar o PT pelo PSDB?
Eu considero o PSDB ainda pior que o PT sob alguns aspectos. O PSDB tenta a todo custo lascar com o funcionalismo público, para eles todo funcionário público é vagabundo e recebe mais do que merece, porém o PSDB não vê problema algum em distribuir dinheiro de forma totalmente irresponsável aos moldes do PT, se o PT incentiva a vagabundagem o PSDB incentiva a vagabundagem e ao mesmo tempo desincentiva o trabalho.
PT vs PSDB é igual a Alien vs Predador, não importa quem vença estamos ferrados... :/
Meu caso não critico o assistencialismo e sim a maneira como ele está sendo usado, criando parasitas que não saem da inércia.
Pegar só uma parte da minha frase e não o todo, bonito isso.
Eles não conseguem convencer o povão, que não tem educação e condições de decidir o que é melhor para eles. É estão tão mal acostumados a receber dinheiro sem fazer nada que acham que tá tudo bem. Não importa se tiver um outro partido fora do eixo PT/PSDB não vai fazer efeito na situação que nos encontramos.
E tem um detalhe: melhoria de condição social é gradativa, não acontece de um dia pro outro. Depende do esforço dedicação do cara. Claro que um governo como esse lima as oportunidades que uma empresa possa oferecer.
― Winston Churchill
Perfeito!
Já que você faz tanta questão da frase toda.
Mas me veio uma pergunta, há como mudar algo que não exista?
Só se pode mudar algo que exista, se ela ainda não existe então seria criar.
Essa frase é incompreensível, poderia explicar?
Você não entendeu.
Se eu tenho algo que existe e mudo sua estrutura sua maneira de como é feita eu mudei aquela coisa. Tá eu utilizei a coisa que existia, mas seu implantei mudanças ela se torna uma coisa aparentemente igual, mas com algo diferente.
― Winston Churchill