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Oitenta anos da segunda surra que demos nos paulistas

Oitenta anos da segunda surra que demos nos paulistas

São Paulo faz feriado hoje, 9 de julho.

Comemora os 80 anos da chamada Revolução Constitucionalista de 1932.

Foi o segundo laço que tivemos de dar nos paulistas.

Em 1930, a turma de Osvaldo Aranha, João Neves da Fontoura e Osvaldo Aranha, aliada aos mineiros e aos paraibanos, botou os paulistas para correr do poder federal. Bastava de fraude eleitoral e de barões do café. O pau comeu.

Em 1932, com alguns gaúchos, como João Neves e Borges de Medeiros, mudando de lado, demos a segunda surra.

Quer dizer, em 1930, não houve propriamente luta. Os paulistas retiraram o time de campo.

Em 1932, decididos a retomar seus privilégios, vieram para o confronto.

Aí, apanharam.

Não se curaram até hoje.

Odeiam Getúlio Vargas.

Volta e meia, tenta se vingar de nós na mão grande.

A última vez foi em 2005, quando o Corinthians surrupiou o Brasileiro do Internacional.

Quase tudo que os paulistas têm de melhor – por exemplo, a USP – surgiu no período Vargas.

São Paulo e Rio Grande do Sul, contudo, possuem algo em comum: comemoram guerras civis que perderam.


http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=2883
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Comentários

  • 33 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Diogo Costa


    A defesa constante, permanente e ignorante da “Revolução de 1932″ expõe ao ridículo àqueles que teimam em brigar com os fatos para exaltar seu bairrismo tosco e regional. Uma das mentiras mais rotundas que se contam até hoje é dizer que a “Revolução” era a favor da Constituição e contra o despotismo de Getúlio Vargas. Essa mentira rotunda e canhestra tem de ser devidamente desmascarada, para o bem da historiografia brasileira, para o bem da verdade e daqueles que não se deixam enganar.
    A “Revolução Constitucionalista” irrompeu em 09 de julho de 1932 reivindicando eleições livres, democracia e uma nova Constituição. O que os defensores da farsa rocambolesca protagonizada pela oligarquia paulista e seus jornalões da época omitem é que Getúlio Vargas promulgou a nova lei eleitoral em fevereiro de 1932 e já havia marcado em 03 de maio de 1932 a data das eleições que originariam a Assembléia Nacional Constituinte. Essas eleições ocorreriam em 03 de maio de 1933. Portanto, mais de 02 meses antes da irrupção da intentona da oligarquia paulista, o Brasil inteiro já conhecia a data das eleições e se preparava para eleger seus representantes na Constituinte que seria formada em maio de 33, o que era uma das maiores reivindicações do baronato da terra da garoa.
    Logo, vê-se que a desculpa esfarrapada da oligarquia paulista não resiste ao mais simples exame dos fatos históricos. Com ou sem a “Revolução Constitucionalista” de 32, haveriam eleições, haveria democracia, haveria Assembléia Nacional Constituinte e haveria a normalização do Estado Democrático de Direito no país. A oligarquia mente até hoje quando diz ou atribui à sua fracassada Intentona o sucesso das eleições e a construção de uma nova Constituição. Na verdade, a oligarquia paulista, que fora desalojada do poder por Getúlio Vargas, simplesmente não admitia o fim do liberal regime da República do Café com Leite e queria recuperar de qualquer jeito o quinhão de poder que perdera com a Revolução de 1930 chefiada por Vargas.
    É preciso recuperar esses fatos históricos, não é possível que em pleno século XXI tenhamos que conviver com a mentira diversionista que contam a respeito da “Revolução Constitucionalista”. Essa fracassada revolta não foi a origem da Constituição de 1934, muito antes pelo contrário! Foi apenas o último suspiro de uma oligarquia desalojada do poder e saudosa da moribunda República do Café com Leite e dos não menos moribundos currais eleitorais fraudulentos que foram destruídos por Getúlio Vargas a partir da reforma do Código Eleitoral.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Reducionismo panfletário, prá dizer o mínimo.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    1. O Movimento de 32 não foi obra da "Oligarquia Paulista". Esta oligarquia já havia feito as pazes com Getúlio Vargas quando o governo federal comprou as safras de café encalhadas com a paralisação das exportações devido a crise de 1929 e queimou o produto comprado para manter o preço e salvar os "Barões";

    2. Não existe um único documento histórico no qual as lideranças de 1932 declarem as intenções subreptícias que seus detratores lhe apregoam, por exemplo, nunca um dos líderes declarou intenções separatistas. Quem tiver fontes primárias que provem o contrário, que apresentem;

    3. As fontes primárias, principalmente discursos e atos documentados dos líderes de 32 provam sim suas intenções declaradas;

    4. Quem duvidar do Patriotismo e da honestidade de intenções de um general Euclides Figueiredo, prá ficar em um único nome, que apresente evidências históricas;

    5. Vitorioso em 32, Getulio Vargas logo após impor seu projeto político aplicou um golpe e instalou o Estado Novo, uma das ditaduras mais violentas da História do Brasil.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Kairós disse:
    A defesa constante, permanente e ignorante da “Revolução de 1932″ expõe ao ridículo àqueles que teimam em brigar com os fatos para exaltar seu bairrismo tosco e regional. Uma das mentiras mais rotundas que se contam até hoje é dizer que a “Revolução” era a favor da Constituição e contra o despotismo de Getúlio Vargas. Essa mentira rotunda e canhestra tem de ser devidamente desmascarada, para o bem da historiografia brasileira, para o bem da verdade e daqueles que não se deixam enganar.

    Quais documentos de fontes primárias evidenciam a tese acima?
    Acauan dos Tupis
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Os paulistas foram bombardeados por aviões do governo, coisa inédita no Brasil. Dizem que o desgosto que isto causou a Santos Dumont foi um dos motivos que o levaram ao suicídio.
  • Eu gostaria de saber como estaria o Brasil hoje sem o governo Vargas: Melhor ou pior?

    No RS, é muito comemorado o tal movimento pela legalidade, capitaneado pelo Brizola que quase colocou o RS numa guerra civil contra o resto do Brasil. O movimento do Brizola queria a posse do comunista Jango, que ao meu ver seria catastrofica para o Brasil.
    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • CameronCameron Membro
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    Kairós disse: São Paulo e Rio Grande do Sul, contudo, possuem algo em comum: comemoram guerras civis que perderam.
    De fato a guerra foi perdida mas não sem deixar o oponente mortalmente ferido...

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • ENCOSTO disse: O movimento do Brizola queria a posse do comunista Jango, que ao meu ver seria catastrofica para o Brasil.

    O Brizola defendia um monte de ecas , mas colocou em prática uma grande ideia do Darcy Ribeiro que forma os CIEPS , pena que por pura politicagem o Moreira franco não deu continuidade ao projeto idem os seguidos governantes
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    emmcri disse: O Brizola defendia um monte de ecas , mas colocou em prática uma grande ideia do Darcy Ribeiro que forma os CIEPS , pena que por pura politicagem o Moreira franco não deu continuidade ao projeto idem os seguidos governantes
    João Brizola, o filho dele, ganhou muito dinheiro com superfaturamento.
    E aqueles monstrengos são muito feios, a maioria localizada em beira de estrada para ficarem visíveis, em vez de reformarem as escolas antigas dentro das comunidades (e escondidas...).
  • PercivalPercival Membro
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    Ou seja: construir mais escolas ao invés de melhorar as existentes, que não resolvem o problema e são ótimas maneiras de se desviar verba. Nunca muda o modus operanti.
    Post edited by Percival on
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Fernando_Silva disse: João Brizola, o filho dele, ganhou muito dinheiro com superfaturamento.
    Pode ser .
    Fernando_Silva disse: E aqueles monstrengos são muito feios, a maioria localizada em beira de estrada para ficarem visíveis, em vez de reformarem as escolas antigas dentro das comunidades (e escondidas...).
    O CIEPS não era apenas uma nova escola mais uma nova politica na educação.
    Quanto a estar localizada em lugares para ser visto nada contra , desde que haja fácil acesso.
    As escolas da época já estavam uma eca.
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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  • emmedradoemmedrado Membro
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    Percival disse: Ou seja: construir mais escolas ao invés de melhorar as existentes, que não resolvem o problema e são ótimas maneiras de se desviar verba. Nunca muda o modus operanti.[code] Percival haviam muitas muitas mesmo escolas que estavam praticamente destruídas , tipo sem teto .[code] Percival haviam muitas muitas mesmo escolas que estavam praticamente destruídas , tipo sem teto .[code]

    Percival haviam muitas muitas mesmo escolas que estavam praticamente destruídas , tipo sem teto .
    Post edited by emmedrado on
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    emmcri disse: O CIEPS não era apenas uma nova escola mais uma nova politica na educação.
    Quanto a estar localizada em lugares para ser visto nada contra , desde que haja fácil acesso.
    As escolas da época já estavam uma eca.
    A ideia do Darcy Ribeiro era boa, mas a execução foi uma bosta.
    Muitos CIEPS ficavam longe da comunidade e na beira das estradas para fazer propaganda do Brizola.
    Sim, as escolas da época estavam velhas, mas eram tradicionais, estavam dentro da comunidade e podiam ser reformadas ou demolidas e reconstruidas.


    Post edited by Fernando_Silva on
  • Ah, o Fernando já respondeu.





    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    ENCOSTO disse: Eu gostaria de saber como estaria o Brasil hoje sem o governo Vargas: Melhor ou pior?

    Um fato que pouco se lembra é que Vargas foi um dos detonadores da instabilidade política que culminou no Movimento Militar de 1964.

    Sua "saída da vida para entrar na História" criou um dos equívocos mais inexplicáveis nas instituições da República, quando um governante desacreditado, imerso no "mar de lama" e a um passo da deposição - de novo - transforma a fuga na morte em redenção e martírio.

    Os militares já haviam derrubado Vargas uma vez e o fariam de novo, mas o suicídio deixou uma realidade de instituições trincadas e fardados pulando nos cascos, loucos de vontade de salva a Pátria, mas agora sem uma justificativa plausível.

    Nos dez anos seguintes Juscelino parece juntar bem os cacos, mas aí vem o Jânio e o Jango que jogam o vaso no chão e pisam em cima.

    Tudo isto prá dizer que sem o personalismo populista e teatral do Getúlio é muito provável que o Movimento de 1964 não tivesse ocorrido e o Brasil tivesse consolidado sua democracia com vinte anos de antecipação, com os potenciais ganhos na Economia.

    Talvez...
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Acauan,

    Os gaúchos sempre foram arrogantes e metidos a machões, mas eles deviam pensar melhor na imagem que O RESTO do Brasil tem a respeito deles: paulista tem fama de ser trabalhador (eu diria até workaholic), baiano tem fana de ser preguiçoso, carioca de malandro, e qual é mesmo a fama dos gaúchos, que tem gerado excelentes piadas? O que foi mesmo que o Lula falou em Pelotas, sem saber que o microfone estava ligado? Todo boato tem um fundo de verdade, portanto...
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Azathoth disse: Os gaúchos sempre foram arrogantes e metidos a machões, mas eles deviam pensar melhor na imagem que O RESTO do Brasil tem a respeito deles:

    Há uma semelhança e uma diferença básicas entre paulistas e gaúchos.
    Ambos são bairristas, mas São Paulo abriga um bairrismo multicultural, enquanto os gaúchos se apegam à ilusão de uma cultura ancestral única.

    A aristocracia paulista, os Quatrocentões, é reconhecida pelos próprios como formada por mestiços de mãe Índia e pai Bandeirante, a elite econômica se renova a cada vinte anos e a classe média é composta por italianos netos de colonos, japoneses filhos de feirantes, portugueses donos de padaria e nordestinos descendentes de trabalhadores na construção civil.

    Assim, qualquer idiota que defenda a ideia de um racismo paulista - e os há - é apenas isto, um idiota.

    Já no Sul os gaúchos montaram os CTG, Centros de Tradições Gaúchas, que pretende recuperar e manter a identidade popular do Rio Grande, mas que na verdade se baseia mais nos livros de Érico Veríssimo do que nas histórias contadas pelos avós.

    Daí a imagem de São Paulo como uma sociedade conservadora, porém meritocrática, enquanto os gaúchos passam a impressão de se fecharem em sua própria panelinha, o que leva às piadas conhecidas.

    Acauan dos Tupis
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  • Interessante.

    Sempre achei que cidades cosmopolitas como São Paulo não forneciam terreno fértil para o florescimento de bairrismo, sendo melhor um lugar com homogeneidade étnica, cultural e religiosa, onde todo mundo conhece todo mundo.

    Como ser bairrista num conglomerado de dezenas de milhões de pessoas, onde cada um é só mais um anônimo na multidão sem qualquer identificação?
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Azathoth disse: Os gaúchos sempre foram arrogantes e metidos a machões, mas eles deviam pensar melhor na imagem que O RESTO do Brasil tem a respeito deles: paulista tem fama de ser trabalhador (eu diria até workaholic), baiano tem fana de ser preguiçoso, carioca de malandro, e qual é mesmo a fama dos gaúchos, que tem gerado excelentes piadas?

    Fatos não foram feitos para serem contestados. Gazelas são gazelas ou como dizia o Falcão, por quê homem é homem, cachorro é cachorro, menino é menino e viado é viado.

    Acho apenas que eles deveriam assumir, como o fazem a maioria dos ingleses...
  • O Grupo de Rock Ira tem uma música chamada Pobre Paulista

    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
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    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    sybok disse: Engraçado, o bairrismo gaúcho é bem evidente, mas não sabia que paulistas também tinham esse traço. Alias isso é coisa de paulistas em geral ou só de paulistanos?

    O interior de São Paulo é tão bairrista que em alguns rincões tratam paulistanos como "forasteiros".
    Acauan dos Tupis
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  • Acauan disse: O interior de São Paulo é tão bairrista que em alguns rincões tratam paulistanos como "forasteiros".
    Acauan dos Tupis
    Já visitou Santa Olímpia em Piracicaba ou Águas de São Pedro? Não chega a tanto de chamar visitantes de forasteiros mas fica bem caracterizada uma cultura a parte.

    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    Apatico disse: Sempre achei que cidades cosmopolitas como São Paulo não forneciam terreno fértil para o florescimento de bairrismo, sendo melhor um lugar com homogeneidade étnica, cultural e religiosa, onde todo mundo conhece todo mundo.
    Como ser bairrista num conglomerado de dezenas de milhões de pessoas, onde cada um é só mais um anônimo na multidão sem qualquer identificação?

    São Paulo não é cosmopolita, é provinciana, e parte de sua força reside nesta mescla de economia global e mentalidade interiorana.

    Em São Paulo todo mundo que chegou um pouco antes torce o nariz pra quem chegou um pouco depois, Quatrocentões portugueses torceram o nariz para os imigrantes italianos, que torceram o nariz para os nordestinos que hoje devem torcer o nariz para os bolivianos.

    Mas todos os grupos aqui encontram seu próprio ideal do que é ser paulista e passam a se orgulhar disto.

    São Paulo fez a proeza de absorver os descendentes de japoneses, que há tempos romperam a tradição de casar somente dentro de seu grupo e hoje os casais mistos são a maioria.
    Em uma ou duas gerações ninguém mais identificará um japonês "puro" em São Paulo.

    Não temos "WASP's" paulistas. Nossos Quatrocentões viraram apenas um símbolo e, como dito, já se orgulhavam de ser mestiços na origem.

    Esta diversidade sem donos permite que cada qual seja bairrista ao seu modo, o que nos protege do perigo de o bairrismo inocente se transformar em xenofobia.

    Nomeamos nosso primeiro prefeito negro da capital ainda nos anos quarenta. De lá prá cá passaram pela cadeira a nordestina, a sexóloga, o turquinho, o negro carioca, o filho do feirante e aquele cara que a sexóloga insinuou que era viado.

    Prá quem nos acusa de sermos discriminadores e retrógrados a melhor resposta é perguntar quem foi o primeiro prefeito negro de Salvador...







    Post edited by Acauan on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: Já visitou Santa Olímpia em Piracicaba ou Águas de São Pedro? Não chega a tanto de chamar visitantes de forasteiros mas fica bem caracterizada uma cultura a parte.

    Já estive lá na condição de visitante, situação em que os interioranos são muito hospitaleiros.
    O problema é quando alguém "de fora" muda para a cidade e descobre que dez ou vinte anos depois de mudar continua sendo o "de fora".


    Acauan dos Tupis
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Acauan disse:
    Não temos "WASP's" paulistas. Nossos Quatrocentões viraram apenas um símbolo e, como dito, já se orgulhavam de ser mestiços na origem.
    Mestiços que falavam tupi guarani ou, no máximo, um caçanje, até que João VI chegou e impôs o português.
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