Oitenta anos da segunda surra que demos nos paulistas

ENCOSTO

Já no Sul os gaúchos montaram os CTG, Centros de Tradições Gaúchas, que pretende recuperar e manter a identidade popular do Rio Grande, mas que na verdade se baseia mais nos livros de Érico Veríssimo do que nas histórias contadas pelos avós.

Ótimo.

ENCOSTO

Eu acho que o pessoal do norte do Brasil conhece o RS pelas piadas do Casseta e Planeta. E só. A maioria banca o intelectual de esquerda quando critica a globo
mas jamais tirou os olhos desse canal para verificar outras fontes de informação.

Porto Alegre, por ser muito menor do que São Paulo, acabou não criando bairros exclusivos de italianos, ou portugueses, como há em SP. Se destaca apenas o bairro judeu: Bom Fim. E lá os judeus devem ser a minoria hoje.

Todos os povos que vieram trabalhar e fincar residencia no RS sempre foram bem recebidos. To vendo até umas maometanas mostrando suas burkas por Porto Alegre ultimamente.

Angra_Mayniu

Fernando_Silva disse: Mestiços que falavam tupi guarani ou, no máximo, um caçanje, até que João VI chegou e impôs o português.

Na verdade a imposição da língua portuguesa se deu um pouco antes, com o ministro Marquês de Pombal, durante o reinado de D. José I.

Fernando_Silva

ENCOSTO disse: Porto Alegre, por ser muito menor do que São Paulo, acabou não criando bairros exclusivos de italianos, ou portugueses, como há em SP. Se destaca apenas o bairro judeu: Bom Fim. E lá os judeus devem ser a minoria hoje.

No Rio, tirando o Saara, onde se concentravam lojinhas de judeus e árabes, as etnias se agrupavam por profissão:

-Italianos: bancas de jornal
-Portugueses: botequins e quitandas
-Espanhóis: hotéis
-Sírio-libaneses: bancas de frutas ou venda a granel de alimentos

Esse pessoal já morreu de velho e hoje em dia não funciona mais assim.

Jones

Na onda das caracterizações e comparações regionais, compartilho isso:

http://pedrosette.com/2013/07/02/a-diferenca-entre-o-rio-de-janeiro-e-sao-paulo/

Jones

ENCOSTO disse: To vendo até umas maometanas mostrando suas burkas por Porto Alegre ultimamente.

E imigrantes africanos falando entre si em algum idioma natal, enquanto trabalham na limpeza do shopping center.

Fernando_Silva

Jones disse: Na onda das caracterizações e comparações regionais, compartilho isso:

http://pedrosette.com/2013/07/02/a-diferenca-entre-o-rio-de-janeiro-e-sao-paulo/

E essa é a chave para pegar o que há de burguês em São Paulo. Se no Rio todo mundo parece filho de um aristocrata decadente, em São Paulo todo mundo parece filho do dono do armazém, mesmo que seja bilionário. São burgueses que se ilustram e não conseguem deixar de se orgulhar de sua ilustração, de querer alardeá-la.

O equivalente carioca a esses burgueses são os emergentes: nascem no subúrbio distante, ficam ricos e vão logo para um condomínio fechado na Barra da Tijuca, onde recriarão o subúrbio.

E lá vai: a diferença entre o Rio e São Paulo é que o Rio é uma sociedade aristocrática, com os vícios e as virtudes de uma sociedade aristocrática, e São Paulo é uma sociedade burguesa, com os vícios e as virtudes de uma sociedade burguesa.

Uma diferença não citada é que em SP a periferia fica na periferia, enquanto que, no Rio, bairros de classe média alta estão sempre entremeados por favelas como se fossem camadas geológicas.