Folha - O título do livro é um tanto provocativo, até mesmo para atrair o leitor. Mas não seria pouco filosófico chamar de "idiota" quem não compartilha certas ideias?
Olavo de Carvalho - Ninguém é ali chamado de idiota por "não compartilhar certas ideias", e sim por pretender julgar o que não conhece, por ignorar informações elementares indispensáveis e obrigatórias na sua própria área de estudo ou de atuação intelectual.
Nesse sentido, creio ter demonstrado meticulosamente, neste e em outros livros, que alguns dos principais líderes intelectuais da esquerda brasileira, assim como uns quantos da direita nascente, são realmente idiotas e fabricantes de idiotas.
O sr. comenta que a normalidade democrática é a concorrência "efetiva, livre, aberta, legal e ordenada" entre direita e esquerda. Mas também que todo esquerdista é "mau, sem exceção". Como é possível equilibrar esses dois aspectos?
Depende do que você chama de esquerda. Há uma esquerda que aceita concorrer democraticamente com a direita, sair do poder quando perde as eleições e continuar disputando cargos normalmente sem quebrar as regras do jogo. O Partido Trabalhista inglês é assim. Nosso antigo PTB era assim. Disputavam o poder, mas sabiam que, sem uma oposição de direita, perderiam sua razão de ser.
Há uma segunda esquerda que deseja suprimir a direita pela matança dos seus representantes reais ou imaginários. Esta governa Cuba, a China, a Coreia do Norte etc., assim como governou a URSS e os países satélites.
Há uma terceira esquerda que, aliada da segunda, diverge dela em estratégia: pretende conquistar primeiro a hegemonia, de modo que, nos termos de Antonio Gramsci, o seu partido se torne "um poder onipresente e invisível, como um mandamento divino ou um imperativo categórico"; e, em seguida, tendo controlado a sociedade por completo, apossar-se do Estado quando já não haja nem mesmo a possibilidade remota de uma oposição de direita. Só aí virá um toque de violência, para dar acabamento à obra-prima.
A existência da primeira esquerda é essencial ao processo democrático. A segunda e a terceira devem ser expulsas da política e dos canais de cultura porque sua essência mesma é a supressão de todas as oposições pela violência ou pela fraude e porque se infiltram na primeira esquerda, corrompendo-a e prostituindo-a.
Ninguém pode apoiar esse tipo de esquerda por "boa intenção". Você já viu algum militante dessa esquerda sonhar em implantar o socialismo e depois ir para casa e viver como um humilde operário do paraíso socialista? Eu nunca vi.
Cada militante se imagina um futuro primeiro-ministro ou chefe da polícia política. Quando matam, é para conquistar o direito de matar mais, de matar legalmente. São porcos selvagens -sem ofensa aos mimosos animais.
O sr. argumenta que o brasileiro é maciçamente conservador, mas desprovido de representação política. Por que não temos políticos e partidos que tomem tal bandeira?
Já está respondido na pergunta anterior. O método da "ocupação de espaços" realizou no Brasil o ideal gramsciano de fazer com que todo mundo nas classes falantes seja de esquerda mesmo sem sabê-lo, de modo que toda ideia que pareça "de direita" já seja vista, instintivamente, sob uma ótica deformante e caluniosa, com chances mínimas ou nulas de argumentar em defesa própria.
Suas próprias perguntas ilustram o sucesso dessa operação no Brasil. Você pode não ser um militante de esquerda, mas raciocina como se fosse, porque na atmosfera mental criada pela hegemonia esquerdista isso é a única maneira "normal" de pensar, às vezes a única maneira conhecida.
Por isso, você, ao formular as perguntas, fala em nome dos meus críticos de esquerda, como se eles, e não o público que gosta do que escrevo, fossem os juízes abalizados aos quais devo satisfações.
Suas ideias podem ser consideradas de direita?
Algumas sim, outras não. Nem tudo no mundo cabe numa dessas categorias. Você não viu a turma da direita enfezada cair de paus e pedras em cima de mim quando afirmei que homossexualismo não é doença nem "antinatural"? É ridículo tomar uma posição ideológica primeiro e depois julgar tudo com base nela por mero automatismo, embora no Brasil de hoje isso seja obrigatório.
Em quais pontos suas ideias podem ser classificadas de direita e em quais não?
Não tenho a menor ideia, nem me interessa. O coeficiente de esquerdismo ou direitismo está antes nos olhos do observador e varia conforme as épocas e os lugares.
Só gente muito estúpida --isto é, a esquerda brasileira praticamente inteira-- imagina que direita e esquerda são categorias metafísicas imutáveis, a chave suprema para a catalogação de todos os pensamentos.
Outros, principalmente na direita, dizem que direita e esquerda não existem mais, o que é também uma bobagem, porque basta uma corrente se autodefinir como "de esquerda" para que todos os que se opõem a ela passem a ser julgados como se fossem a "direita", querendo ou não. A esquerda define-se a si mesma e define seu adversário, por menos que este se encaixe objetivamente na definição.
Nos EUA, alinho-me nitidamente à direita, porque ela existe como agente histórico, é definida e é autoconsciente, mas no Brasil essas coisas são uma confusão dos diabos na qual prefiro não me meter. O sr. Lula não foi, na mesma semana, homenageado no Fórum Econômico de Davos por sua adesão ao capitalismo e no Foro de São Paulo por sua fidelidade ao comunismo?
A última moda na esquerda nacional é cultuar o russo Alexandre Duguin, que é o suprassumo do reacionarismo, enquanto na "direita liberal" muitos adoram abortismo e casamento gay, pontos essenciais da estratégia esquerdista. Prefiro manter distância da direita brasileira, seja isso lá o que for.
No capítulo sobre o golpe de 64, o senhor diz que Castelo Branco foi "um grande presidente", e Médici, "o melhor administrador que já tivemos". Comenta ainda que está na hora de repensar o governo militar. Qual é sua opinião hoje?
No Brasil de hoje não se pode louvar um mérito específico e limitado sem que imediatamente a plateia idiota transforme isso numa adesão completa e incondicional. Neste país, as pessoas, mesmo com algo que chamam de "formação universitária", só sabem louvar ou condenar em bloco, perderam totalmente o senso das comparações, das proporções e das nuances. Isso é efeito de 30 anos de deseducação.
Os méritos dos governos militares no campo econômico, administrativo e das obras públicas são óbvios e, comparativamente, bem superiores a tudo o que veio depois. Ao mesmo tempo, esses governos destruíram a classe política, infantilizaram os eleitores e, por timidez caipira de entrar na guerra ideológica ostensiva, preferiram matar comunistas no porão (embora em doses incomparavelmente menores do que os próprios comunistas matavam em Cuba ou no Camboja) em vez de mover uma campanha de esclarecimento popular sobre os horrores do comunismo. Tudo isso foi uma miséria.
Foi o que eu sempre disse, mas, hoje em dia, se você reconhece uma pontinha de mérito em alguém, já o transformam em devoto partidário dele. Não distinguem nem mesmo entre aplaudir um governo enquanto ele está no poder e tentar avaliá-lo com algum senso de objetividade histórica depois de extinto, mesmo se você, como foi o meu caso, o combateu enquanto durou. O fanatismo idiota tornou-se obrigatório. É disso que o meu livro fala.
O sr. é bastante crítico ao movimento gay. Não acredita que ele foi o responsável por conquistas importantes?
No começo, quando lutava apenas contra a discriminação e a violência anti-homossexual, esse movimento parecia bom e necessário. Mas isso foi só a fachada, a camuflagem do que viria depois: um projeto de dominação total que proíbe críticas e não descansará enquanto não banir a religião da face da Terra ou criar em lugar dela uma pseudorreligião biônica, dócil às suas exigências.
O que o sr. pensa sobre o projeto da cura gay?
Ninguém pede ajuda a um psicólogo para livrar-se de uma conduta indesejada se é capaz de controlá-la pessoalmente ou se não quer abandoná-la de maneira alguma. Quando alguém vai a uma terapia com o propósito de livrar-se do homossexualismo, é porque não o vivencia como uma tendência natural da sua pessoa, e sim como uma compulsão neurótica que o escraviza.
É bem diferente de alguém que é homossexual porque quer, ou de alguém que deixou de ser homossexual porque quis e teve forças para isso. Proibir o tratamento de uma compulsão é torná-la obrigatória, é fazer de um sintoma neurótico um valor protegido pelo Estado. É uma ideia criada por psicopatas e aplaudida por histéricos.
O sr. apoiou a invasão do Iraque em 2003. Nos anos seguintes, vários abusos e atrocidades dos soldados americanos foram divulgados. Acredita que, no saldo geral, a guerra foi positiva?
Não apoiei a invasão do Iraque. De início fui contra. Foi só depois, quando os americanos começaram a exumar os cadáveres das vítimas de Saddam Hussein e viram que eram mais de 300 mil, que comecei a achar que a guerra era moralmente justificável.
Das tais "atrocidades americanas", a maioria é pura invencionice, e as genuínas, inevitáveis em qualquer guerra, nem de longe se comparam ao que Saddam Hussein fez contra o seu próprio povo em tempo de paz.
A guerra, em si, foi positiva do ponto de vista moral, mas a tentativa de forçar o Iraque a adotar uma democracia de tipo ocidental foi ridícula e suicida. A primeira Guerra do Golfo foi bem-sucedida porque se limitou às metas militares, sem sonhos "neocons" de reformar o mundo.
E como o sr. avalia as recentes manifestações em cidades do Brasil?
Tudo começou como uma tentativa de golpe, planejada pelo Foro de São Paulo [coalizão de partidos de esquerda latino-americanos] e pelo governo federal para fazer um "upgrade" no processo revolucionário nacional, passando da fase de "transição" para a da implantação do socialismo "stricto sensu".
Isso incluía, como foi bem provado, o uso de gente treinada em guerrilha urbana para espalhar a violência e o medo e lançar as culpas na "direita". Aconteceu que os planejadores perderam o controle da coisa quando toda uma massa alheia à esquerda saiu às ruas, e eles decidiram voltar atrás e esperar por uma chance melhor. Isso foi tudo. Não há um só líder da esquerda que não saiba que foi exatamente isso.
Comentários
- Certo! - Mas ele está se contradizendo, pois em outro ponto ele diz que o brasileiro é maciçamente conservador.
Abraços,
Não está se contradizendo. Olavo de Carvalho se referiu ao esquerdismo das "classes falantes", intelectuais, jornalistas e midiáticos, não do povo brasileiro em si:
"O método da "ocupação de espaços" realizou no Brasil o ideal gramsciano de fazer com que todo mundo nas classes falantes seja de esquerda mesmo sem sabê-lo..."
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
- Isso aconteceu porque 110% dos professores de história e geografia do Brasil são de esquerda, não sei dizer se isso acontece devido a um plano ardiloso de infestação comunista ou devido a algum contexto histórico.
Abraços,
É justamente esta uma das táticas que o OC descreve: doutrinar aos poucos até que os absurdos sejam aceitos como coisa normal e aí tomar o poder sem resistência.
Quando a Esquerda perdeu a luta armada, se concentrou na Guerra Cultural.
Levou sua luta do Araguaia para as universidades e redações de jornais.
Ao mesmo tempo o que se podia chamar de intelectualidade de direita brasileira envelheceu e não foi substituída por outra geração, acomodada com a ilusão de que a Esquerda havia sido derrotada.
Coisa parecida aconteceu, em escala mundial, após a queda do muro de Berlim.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Quem quiser fazer um teste que puxe assunto em roda de bar de periferia e tente defender posições esquerdistas como criminosos serem vítimas da sociedade, casamento gay ou liberdade para os réus do mensalão.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Ah é..., o povo só pensa assim porque é manipulado pela Globo, pela Veja e pelo Papai Noel.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
:D :D :D
XD
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
Esquerda ou centro-esquerda não tem nada ver com essas coisas, essas questões de movimento gay, feminismo, etc... são trasversais, esquerda ou centro-esquerda não é isso, centro-esquerda é simplesmente a visão econômica e distributiva que a maioria entre os 50% mas pobres ou menos ricos de CARNE E OSSO têm, isso é, na maioria dos países, a maioria entre esses 50% mais pobres ou menos ricos da população é a favor de impostos distributivos que alcancem em uma proporção muito maior de ricos e de pessoas de classe média alto do que aos outros, ou melhor que não alcancem aos 50% mas pobres ou menos ricos da população, e que eles, pelo contrário tenham ajuda social, os a favor disso são de centro-esquerda, os contra isso são de centro-direita. O resto são questões transversais, uma coluna em "y", enquanto que a divisão entre esquerda e direita é uma coluna em "x".
Conservadorismo nao significa repressao. Esta e uma das mentiras repetidas mil vezes que a esquerda difundiu. Os regimes mais revolucionarios foram justamente os mais repressores e genocidas.
Ta, feminismo e gayzismo nao tem nada a ver com esquerda, e simplesmente uma incrivel coincidencia que sejam todos esquerdistas.
Distributivismo e tambem uma bandeira de esquerda, pois e um pensamento revolucionario, e nao depende de classe social. A nao ser que queira incluir gente como Warren Buffet entre os mais pobres.
O que nao ha, entretanto, e uma exigencia de coerencia. Pessoas que possuem posicoes conservadoras em alguns pontos, podem possuir posicoes revolucionarias em outros.
Sobre conservadorismo: http://religiaoeveneno.com.br/discussion/1650/postulados-do-conservadorismo/p1
Na verdade trata-se apenas de oportunismo tático da Esquerda.
Alguém consegue imaginar algo mais "burguês" que o militante homossexual típico?
Historicamente as Esquerdas sempre usaram o homossexualismo como exemplo de decadência da burguesia.
Se hoje fazem o contrário é porque os Esquerdistas sabem que sua massa de manobra original, o Proletariado, deu-lhes uma banana e foi aproveitar as benesses do capitalismo para virar classe média e consumir.
Restou a eles procurar outros grupos a quem associar o discurso dos oprimidos, dar-lhes relevância desproporcional pela propaganda e assim criar um espaço inventado que substitua o espaço real que perderam.
E quanto ao Feminismo, este é um nome genérico de um movimento que começa lá nas sufragistas, passa pelas hippies queimadoras de sutiãs e chega às militantes de esquerda de hoje. De novo, passada a régua da História as origens do Movimento não passariam pelo controle de qualidade ideológico dos Partidões da época.
Toda questão é aritmética.
O proletariado era maioria.
A Esquerda perdeu os corações e mentes dos proletários.
Tentam então juntar várias minorias para tentar formar uma maioria falsa.
Quem lembra do significado do nome Bolchevique e de como ele falsificava a realidade entende do que falo.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Esquerda e Direita são definições móveis e relativas, decorrência do fato de a Direita ser historicamente reativa e a Esquerda ser historicamente mutável.
A dinâmica esquerdista é definir um ideal de sociedade futura e, com base nele, ajustar sua ação no presente visando direcionar a sociedade rumo àquele objetivo.
Assim, a Esquerda pode em determinado momento histórico assumir posições aparentemente contraditórias aos seus princípios sem ser contraditória de fato, pois sua coerência se define pelos fins, não pelos meios.
Já a Direita tenta reagir às iniciativas da Esquerda que considera destrutivas, sendo assim forçada a constantemente se readaptar e se redefinir, o que lhe é muito mais difícil, pois ao contrário da Esquerda esta mutabilidade lhes gera contradições insolúveis, pois a Direita se pauta pelo equilíbrio temporal, a pesagem da experiência passada e da percepção do presente para escolher os passos futuros. Não existe para a Direita um futuro pré-definido que oriente ou justifique suas escolhas, assim, suas decisões à reboque da Esquerda lhe colocam sempre em desvantagem no que se refere à iniciativa estratégica.
Um exemplo claro é o Fascismo.
O Fascismo é uma reação da Direita contra os movimentos revolucionários dos quais adota o discurso, estética e dinâmica de atuação, tornando-se a certa altura indistinguível daqueles movimentos que combate.
Daí aquela discussão vazia de Internet sobre o nazismo ser de Direita ou de Esquerda. É evidente que o Nazismo é um movimento de reação ao comunismo que adota os métodos do inimigo, substituindo um coletivismo de classe por um coletivismo nacionalista e racista.
Há exemplos abundantes na net de como os signos gráficos nazistas e comunistas correspondem nos mínimos detalhes.
Assim como a organização paramilitar do partido, centralização do poder no partido único, estado policial etc.
E por aí vai.
Todo mundo gosta de citar a Assembléia Francesa para explicar Direita e Esquerda. Esquecem que movimentos revolucionários já existiam antes - sem ter um nome genérico - e continuam depois, adaptando-se estrategicamente ao momento histórico, mas mantendo sua concepção fundamental que é renegar a sociedade existente e pleitear a sua substituição por outra que só existe na imaginação de seus ideólogos.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Eu estou simplesmente considerando as pesquisas com amostragem científica sobre a maioria dos apoiadores dessas medidas de impostos do tipo progressivo e sem atingir os 50% mais pobres ou menos ricos, e sobretudo a maioria entre os que apoiam mais aumentos desses impostos quando atinjam aos 50% mais ricos ou menos pobres. E a maioria desses apoiadores está entre os 50% mais pobres ou menos ricos, há exceções, mas é uma minoria entre esses apoiadores. Eu não digo tipos folclóricos como a esquerdona, estilo PCdoB no Brasil, mas grupos com grande apoio mesmo, como o PT hoje no Brasil, ou como o PTB de entre 1945 e 1964 no Brasil, ou como o partido trabalhista na Grã-Bretanha ou como os partidos social-democratas escandinavos e da Alemanha ou como os partidos de nome socialista da França e Espanha (na verdade social-democratas), e em se tratando desses partidos, as pesquisas com amostragem científica mostram que a maioria dos seus votantes estão entre os 50% mais pobres ou menos ricos, há exceções, é claro, mas são uma minoria entre seus votantes.
Mas já houve lugares em que partidos comunistas, tiveram o apoio de 25% da população como um todo, o apoio de 50% da população entre a os 50% mais pobres ou menos ricos da população (isso é, 25% da população total como um todo), o próprio partido comunista russo, aliais ainda hoje, segundo pesquisas de opinião com amostragem científica, inclusive feitas também por institutos ocidentais, 50% dos russos de hoje pensam que Stalin foi uma figura boa na historia da Rússia, e a maioria desses está entre os 50% mais pobres ou menos ricos da população (embora o partido comunista atual só tenha 25% dos votos, e os partidos comunistas mais extremistas do que o principal na Rússia de hoje, só tenham já somados todos os seus votos, só 2% de apoio, mas isso é porque esses 25% que hoje não votam ao partido comunista principal da Rússia nem nos à sua esquerda, é porque pensam que não está mais na época desses extremismos, mas pensam que para a época dos governos de Stalin, essas eram atitudes adequadas. Só que esses partidos comunistas, reprimiam a homossexualidade, em parte reprimiam à própria sexualidade mesmo hetera, reprimiam a pessoas que saiam demais de noite e iam a festas demais, reprimiam aos que chegavam tarde ao trabalho (às vezes ferozmente). Todas atitudes que não são progressistas, se você não quer que essas atitudes sejam chamadas de "conservadoras" para não confundir com outros significados da palavra "conservador" é melhor arranjar outro nome, mais é preciso dizer que a esquerda pode ser tão ou mais repressora ao prazer do que a direita.
Na verdade, no caso da assembleia francesa, houve duas fases, na primeira foram os pró-absolutistas que foram chamados de direita, mas na segunda (só 3 anos depois) os girondinos originalmente chamados também de esquerda, e girondinos também republicanos e anti-absolutistas e inclusive a favor dos direitos regionais ao contrário dos centralizadores jacobinos, esses girondinos passaram a ser chamados de direita ante o radicalismo jacobino, que passaram a ser os mais chamados de esquerda. Mais para um significado mais preciso dessas palavras e para um uso para os últimos cem anos e para hoje em dia, é preciso evitar confundir extremismo com centro-esquerda e centro-direita. A atitude revolucionaria é extremista e o extremismo é transversal à divisão direita-esquerda, é uma coluna em "y" enquanto a divisão entre direita e esquerda é uma divisão em "x".
Agora em se tratando desses resíduos de extremistas de esquerda que ficam apoiando a versões extremistas demais de todos esses movimentos, na verdade isso não vai dar em apoios para esses extremistas, pois essas versões extremistas desses movimentos se contradizem entre si, então o que os resíduos de extremistas de esquerda ganham de um lado, eles perdem de outro, eu por exemplo, sou mulher, e sou contra as versões extremistas do feminismo, inclusive porque essas versões extremistas apoiam a versões extremistas dos movimentos homossexuais, apoiam ao transexualismo que me parece que vai contra os direitos e necessidades das mulheres verdadeiras e de seus filhos, no entanto há as versões moderadas também, mas essas versões moderadas não têm a ver com esses resíduos de extremistas de esquerda, também não me agradam versões extremistas de leis como a Maria da Penha, até que a versão brasileira parece que não é tão extremista, mas a versão da Espanha, por exemplo, a "ley de violencia de género" espanhola me parece extremista demais, e portanto, estou contra essa versão, inclusive porque ela acaba prejudicando paradoxalmente, às próprias mulheres, em primeiro lugar, tirando a credibilidade dos casos verdadeiros de maltrato e assassinatos por motivos de possessividade masculina e depois porque casos de denuncias e sanções caluniosas a homens, acabam prejudicando às filhas, irmãs, mães, novas esposas ou novas namoradas ou até mesmo a esposas e namoradas anteriores à mais recente que é caluniadora, e essa anterior a tudo, às vezes é amiga do ex-marido ou ex-namorado, ao contrario da dessa de posição intermediaria caluniadora. Eu sou a favor do argumento do interesse bem entendido, e esses extremistas de versões mais extremistas só atrapalham tudo, com essas idiotices, mas eles também perdem o apoio das partes moderadas desses movimentos, então o que eles ganham de um lado eles perdem de outro, e eu também não gosto de 70% dos movimentos negros, sou contra as cotas raciais (embora a favor das sociais) e SOBRETUDO sou contra leis inquisitoriais repressoras da consciência, repressoras de opiniões, sobretudo porque AO MESMO TEMPO, eles falam mal da "falsidade" da "sutileza na repressão" uma atitude verdadeiramente inquisidora e stalinista e igualmente por isso, também sou contra leis "anti-homofobia" e "anti-tratamento-da-homossexualidade".
Agora a maior burrice desse pessoal resíduo da parte extremista de esquerda, é ficar apoiando os fundamentalistas islâmicos e apoiando àquela parte infanticida dos índios, com isso eles perdem apoio de vez nas versões moderadas dos outros grupos, e a segunda maior burrice é apoiar as versões eco-maniacas e não as versões razoáveis de ecologia científica, 70% do programa dos partidos verdes é extremismo não-científico...resíduo, da talvez MAIOR burrice da esquerdona....o anti-"consumismo" de "esquerda" e o anti-hedonismo de "esquerda", estilo os últimos 10 anos do pensamento de Marcuse e Adorno, tudo isso, no fundo, para defender o militarismo dos países comunistas, com de 20% a 40% de orçamento para usos militares, o que fazia haver menos conforto e menos prazer nesses países.
E quanto ao fascismo, você está usando essa palavra simplesmente como sinônimo de ditadura de direita, e a sua descrição é mais uma descrição de ditaduras estilo a de Franco de Espanha, a dos militares do Brasil e a de Pinochet no Chile, enquanto que o fascismo italiano e sobretudo o nazismo alemão, eram expansionistas, eram invasores militares de outros países, enquanto o franquismo na Espanha, por exemplo, até foi mais indulgente para com suas colonias do Marrocos do que a França da década de 1950 foi para com suas colonias do Vietnam e Argélia, onde os francesas da década de 1950, fizeram muito mais atrocidades do que a Espanha de Fraco fez no Marrocos....(se bem que o fascismo italiano e o nazismo também tinham a maioria dos seus apoios entre os 50% mais ricos ou menos pobres da população, segundo por exemplo, pesquisas de opinião com amostragem cientifica na Alemanha de 1932 quando ainda era democracia mas em que o partido nazista, já tinha um enorme apoio).
Errado. Não usei Fascismo como sinônimo de ditadura de Direita, erro que frequentemente aponto, não cometo.
Demonstrando.
1. Apresentei Fascismo como uma anomalia da Direita, que termina por assimilar formas e conteúdos do movimento revolucionário esquerdista ao ponto de tornar-se indistinguível dele, exceto pela oposição entre coletivismo de classe de um lado e coletivismo nacionalista ou racista do outro. Esta característica identifica o Fascismo alemão e italiano, mas não o Franquismo, que era conservador, católico e monarquista, que em momento algum de sua ditadura se define como um movimento revolucionário ou apresenta uma "luta nacionalista" como opção à luta de classes.
2. É uma lenda histórica que a ascensão do Nazismo foi promovida pela burguesia alemã.
O discurso original de Hitler era sindical, a começar do nome do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e disputava votos com os Partidos Comunista e Socialista, com objetivo específico de cooptar as massas trabalhadoras alemãs. Exemplo marcante é que a maior parte das SA foi recrutada entre as classe baixas alemãs, desempregados, ex-soldados e arruaceiros de todo tipo, que correram ao chamado de Ernst Röhm.
No início da militância de Hitler, as classes educadas alemãs viam os nazistas como uma ralé ridícula, gente grosseira e desprezível.
Depois de consolidada uma base eleitoral no proletariado alemão, Hitler amenizou o discurso de modo a torná-lo mais palatável à classe média e abandonou aos poucos os conteúdos socialistas e anti-capitalistas típicos do discurso inicial.
Mesmo assim a alta burguesia industrial alemão manteve-se reticente em apoiá-lo, com exceção do magnata Thiessen e alguns empresários de menor monta. Prova disto é que a contabilidade do Partido Nazista foi cronicamente deficitária ao longo de toda sua militância antes de conquistar o poder (fato documentado e registrado em diversas fontes).
Somente quando as manobras nazistas levaram o sistema parlamentar alemão à beira do colapso e o país à beira de uma crise institucional que poderia resultar em uma guerra civil, que as lideranças empresariais cederam e aceitaram Hitler como tábua de salvação. Um erro monstruoso, mas um erro que assumiram em última instância, não em primeira é comum tentarem fazer crer.
Toda a movimentação político-partidário e reação do empresariado alemão que resultou no Estado Totalitário nazista está descrita detalhadamente na biografia de Hitler escrita por Ian Kershaw, considerada uma das mais completas sobre o tema, e que demole completamente o mito de que somente a burguesia alemã apoiou Hitler. Toda a sociedade alemã da época, com contadas exceções, é cúmplice daquele mal.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
No entanto há alguma coisa de valida nas versões mais moderadas de todos esses movimentos, mas atualmente, 70% desses movimentos são extremistas em que inclusive cada um desses movimentos se contradiz com os outros, no entanto com isso eles só perdem apoio nas próprias populações que deveriam ser suas apoiadoras....isso só enfraquece esses movimentos a medio prazo (inclusive enfraquece a parte moderada deles, eles dão uma punhalada nas costas da parte moderada desses movimentos, e na verdade os das partes moderadas desses movimentos percebem isso, ficam com raiva disso).
Na verdade, o que importa é se a pessoa do movimento é mais hedonista pura ou se têm mais vontade de poder puro do tipo sado-masoquista e do tipo que quer atingir também a não-masoquistas e nem sempre na versão sexual, e os das versões extremistas acham mais importante arranjar um inimigo total para exercer o poder puro, do que conseguir ficar melhor, só que a maioria das pessoas acha mais importante ficar melhor do que o ódio como um fim em si mesmo.
Eu não falei só a burguesia alemã, eu falei apoio entre a maioria dos 50%, DOS CINQUENTA POR CENTO, menos pobres da população alemã, isso não é de modo algum só a burguesia que era só de no máximo 10% da população, se é que chegava a ser tanto, e depois não foi só a ação direta nazista que estava deixando a Alemanha de entre 1929 y 1933 ingovernável, também havia a ação direta comunista-stalinista com a teoria do "social-fascismo" (que durou de 1929 a 1934 entre os comunistas-stalinistas) a teoria de que os social-democratas (e por extensão os sociais-liberais) eram "piores" do que os nazistas e do que outros extremistas de direita e que por causa disso, se teria que lutar especialmente contra esses moderados, com o que os comunistas-stalinistas de entre 1929 y 1933 fizeram TANTA AÇÃO DIREITA VIOLENTA quanto os nazistas, e atingindo enormemente aos moderados e às vezes até com os comunistas-stalinistas junto com os nazistas contra os moderados, e igualmente, os comunistas-stalinistas daquela época, votavam junto com os nazistas no congresso contra qualquer medida moderada e sensata que a direção dos partidos moderados (tanto de direita quanto de esquerda) propunham e dadas as listas abertas com voto distrital, eles sempre conseguiam o apoio de uma pequena proporção dos deputados rasos dos partidos moderados (sendo que os partidos comunista e nazista somando suas bancadas já tinham em 1932, uns 40% dos votos, então era só um ou outro deputado de partidos moderados pensando em seus eleitores pessoais de seu distrito votar junto com eles, que já dava para ganhar) e ainda propunham e votavam a favor de políticas extremistas.
Verdade que o partido nazista, tinha entre seus votos (e entre seus grupos violentos de ação direta violenta), um terço de votos (e de apoio sindical) de pessoas dos 50% mais pobres da população, mas os partidos social-democrata e inclusive o partido comunista alemão, tinham uma proporção bem maior de votos e apoio sindical dos 50% mais pobres da população, o partido nazista foi mais opressor físico do que grupo com apoio dos 50% mais pobres da população, e havia uma proporção muito maior de comunizados-stalinizados (inclusive membros de grupos violentos de ação direta comunistas-stalinistas) entre os 50% mais pobres do que nazificados e membros de grupos ação direta violenta nazistas entre os 50% mais pobres dos alemães daquela época.
_ Pode nomear alguém ministro hoje e destituí-lo amanhã.
Só que no caso da Dilma ela NÃO TEM essa prerrogativa. Ela NÃO PODE nem nomear ministros e nem destituí-los. Quem nomeia os ministros são os partidos da base aliada. E se algum ministro não estiver agradando ou fizer coisa muito feia que não se consiga esconder da mídia golpista, então é preciso negociar com o partido da base aliada que é o real dono do ministério em questão.
Vejam só que tempos atrás houve uma "faxina" em alguns ministérios. No dos Transportes, salvo engano, ficou um cara do PR, mas mesmo assim esse partido estava puto da vida e rebelado contra o Governo. Eles queriam que a Dilma nomeasse outro ministro, indicado pelo Partido. O motivo certamente é óbvio.
No Ministério do Trabalho também houve faxina e o PDT ficou revoltado. Tempos depois, dona Dilma teve de nomear o cara que está lá, com a bênção do faxinado Carlos Lupi. E esse cara já deu problema. Dilma até pensou em faxiná-lo, mas mudou de ideia assim que ele ameaçou entregar todo mundo caso ela ousasse demiti-lo.
Nessas condições, nem pedindo ao Papai Noel a dona Dilma vai conseguir ministros eficientes...
Era um machado amarrado a um feixe (fascio) de varas.
https://it.wikipedia.org/wiki/Fascio_littorio
Depende do que você chama de Burguesia.
Na classificação marxista da época, que é a que interessa para efeitos de análise, a sociedade se divide entre burgueses e proletários, sendo que a Burguesia pode se dividir em alta e baixa, ou Grandes e Pequenos Burgueses, estes últimos a Classe Média.
Cabe destacar que nenhum partido na Alemanha da época tinha mais de 50% dos votos. As eleições eram ganhas com representatividades relativamente baixas e dentro desta relação comparativa a participação do Partido Nazista entre as classes populares era, sim, muito expressiva.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Quanto ao primeiro ponto, para o marxismo clássico, pequena-burguesia são os donos de pequenos negócios e empresas (mas sem chegar a ser camelôs, pequenos mas não pequeníssimos, os estilo camelô são pelo contrario mas é considerados perto de ser lupens pelo marxismo clássico) e donos de médios negócios e empresas, e no máximo dos máximos o acréscimo disso com profissionais com seus próprios consultórios e escritórios como advogados e dentistas, mas não assalariados de luxo como engenheiros e secretárias executivas e nem mesmo médicos do tipo assalariado mesmo que em hospitais como o sírio-libanês que pagam bem, todos esses tipos considerados como nem sequer pequena burguesia pelo marxismo clássico, mas mesmo que se estenda a definição de pequena burguesia para os assalariados de luxo com empregos de nível universitário, sem dúvida que não eram 50% dos alemães que eram esse tipo de assalariados de luxo....na verdade, naquela época nem sequer eram 50% dos alemães os assalariados de nível de ensino técnico secundário . No máximo eram mais comuns entre os 50% menos pobres da população, empregos em que eram necessários cursos estilo a variante mais simples de cursos para ser para metalúrgico em que já dá para cursar com só o equivalente à 5ª serie (6º ano) de estudos, sem ter relação com diploma de nível secundário e sem dar diploma de nível secundário, e os com emprego relacionados a esses cursos, nem forçando a barra se pode considerá-los como pequenos burgueses pela definição marxista.
Quanto ao segundo ponto, eu falei que DENTRO dos próprios votantes dos nazistas, 30% estavam entre os 50% mais pobres da população, e 70% estavam entre os 50% menos pobres da população, não que isso signifique que todos esses votavam ao partido nazista, é essa proporção entre os específicos votantes dos nazistas, e contando assim,e entre os específicos votantes do partido social-democrata, era o oposto, 70% dos seus votantes estavam entre os 50% mais pobres da população e 30% estavam entre os 50% menos pobres da população e no partido comunista, 60% estavam entre os 50% mais pobres da população e 40% entre os menos pobres da população (por causa do apoio de intelectuais de humanidades do tipo não prático e/ou articulistas e colunistas de jornais ou revistas semanais ou mensais e de artistas ao partido comunista que era maior do que o apoio desses grupos ao partido social-democrata).
Isso nao impede a existencia da esquerda caviar, tema do novo livro do Constantino, entre os mais vendidos no Brasil.
http://www.ijreview.com/2013/11/92863-wall-shame-100-left-wing-millionaires-billionaire-celebs/