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Acauan: Método ULTRA-conservador de ensino acaba de se superar

2»

Comentários

  • NeotribalistaNeotribalista Membro
    edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Cameron escreveu: »
    Ok, tem mais exemplos que endossem a tese? Entre os cinco primeiros ou entre os vinte melhores predominam aqueles que separam homens e mulheres ou os mais disciplinados?

    Se for só o colégio citado você há de convir que a amostragem é limitada.
    A amostragem e pequena porque o numero de colegios praticando a segregacao e pequeno. Tambem e desnecessario dizer que a segregacao por si so, desligada da Tradicao, nao vale nada. A escola do afroreggae continuaria tendo desempenho horroroso, mesmo segregando alunos por sexo.

    Mas a tese de que homens mudam radicalmente seu comportamento na frente de mulheres, mesmo na idade adulta, mas principalmente na juventude, nao e um obscurantismo conservador, e sim objeto de estudo da psicologia evolutiva (Ironico que me acusem de ser criacionista da Terra Jovem).
    Homens correm mais riscos na frente de mulheres: http://www.livescience.com/8118-men-risks-pretty-women.html
    Homens perdem cognicao ao interagir com mulheres: http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=why-interacting-with-woman-leave-man-cognitively-impaired
    Homens comem mais na frente de mulheres: http://abcnews.go.com/Health/sex-eating-companions-influences-people-eat-study/story?id=14666081#.UHXThhZUNH9
    Homens sao mais generosos financeiramente na frente de mulheres: http://www.huffingtonpost.com/2012/02/04/men-behave-better_n_1254849.html
    A proporcao de homens e mulheres influencia o quanto os homens gastarao num encontro: http://www.businessinsider.com/the-number-of-women-around-affects-what-men-will-spend-on-a-date-2012-8#ixzz28vudZWMK

    Ja tinha lido uma resenha de um estudo que indica que a insubordinacao masculina diante de autoridades tambem e mais comum na presenca de mulheres, uma forma de mostrar dominancia e atitude. Nao encontrei agora.

    Que mulheres sao distaidas pelas iniciativas masculinas apenas em ambientes mistos e auto-evidente.

    Repare que nao tem nada a ver com "homens sao educados para agir assim", mas com "machos sao biologicamente projetados pela selecao natural para agir desta maneira".
    Cameron escreveu: »
    Que os colégios que optaram por "formar cidadãos" ao invés de ensinar de forma disciplinada são um lixo que ocupam as últimas colocações está mais do que claro e definido.

    Mas ai que esta. Uma vez que nao ha parametro objetivo pra definir o que e "formar cidadaos", e simplesmente impossivel qualificar o desempenho da escola como um lixo. Afinal de contas, o objetivo dela nunca fora disputar as primeiras colocacoes...
    Post edited by Neotribalista on
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • SilvanaSilvana Membro
    edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Saudações Cameron
    Saudações aos demais participantes

    Cameron disse: Mas tenho cá minhas dúvidas sobre esse desempenho ser resultado do colégio em questão não aceitar mulheres, me parece que o grande trunfo dele é a disciplina.

    Concordo com seu apontamento. Creio que mesmo aceitando mulheres ainda assim o nível educativo não cairá.

    Destaco porém, que não seria somente pela disciplina em si, mas pelo conjunto da obra Pedagógica(PPP) que lá é definida e pela metodologia de preparar para resultados, isso conta muito...

    Abraços fraternos a ti
    Abraços fraternos a todos
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • Acauan escreveu:
    Agora, se o objetivo é formar o cidadão, no fim do ano toda comunidade escolar pode simplesmente dizer que fez o que pode com os recursos que tinha, que a escola não pode fazer tudo e saem alegres para suas férias para repetir o fracasso no ano seguinte sem nenhum tipo de preocupação ou sentimento de responsabilidade.
    Você tem razão, a maioria das escolas públicas está mais preocupada com o calendário de festas e eventos esportivos do que com o ensino. Enquanto os colégios particulares, que conseguem aprovar pessoas em cursos como medicina e engenharia, faz essas coisas se sobra tempo.

    O mais importante é o professor ensinar e dar todo o conteúdo programado, mas ficam perdendo tempo com festas e eventos culturais e esportivos que formam cidadãos e integram a comunidade e no final esses alunos vão sair da escola pra trabalhar em empregos de baixa qualificação, enquanto os colégios particulares levam todas as vagas na universidade pública...

    De onde saiu essa mentalidade de formar cidadãos e não ensinar nada? Dos filmes da sessão da tarde?
  • Silvana escreveu:
    Isso já é uma “pré-seleção”. O que nos remete ao ponto em que trabalhar com alunos já pré-selecionados “facilita” gerando resultados potencializados... rs
    É essa ideia idealizada de que os alunos de escolas particulares são melhores por natureza/acaso do que os de escola pública é que faz com que professores do ensino público não passem todo o conteúdo programado no ensino médio e fundamental.

    Acha que alunos de escola pública e mais pobres não querem estudar? São piores que os ricos?

    Alunos bagunceiros e desinteressados tem em qualquer lugar, desde o colégio público até o de 2 mil de mensalidade. A diferença é que no colégio particular os professores tem que dar todo o conteúdo e ensinar os alunos e são cobrados por isso, já os de escola pública não tem essa cobrança...
  • SilvanaSilvana Membro
    edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Saudações Fabi
    Saudações aos demais participantes
    Fabi disse: Acha que alunos de escola pública e mais pobres não querem estudar? São piores que os ricos?

    Fabi, não sei se me expressei bem. O que eu destaquei foi sobre trabalhar(desenvolver o conteúdo programático) a partir de um material humano(alunos/clientela) melhor "preparado de base". Ou seja, os alunos que entram nesse ritmo de estudo que é o do Colégio citado, já trazem em sua maioria uma aprendizagem basificada através das grades metodológicas tradicionais quando adentram por seleção e, se por acaso algum dos que conseguiram entrar no sistema sem uma "base forte", irão conseguir se enquadrar por conta de aulas de nivelamento de conteúdo, escolas como a citada preparam seus conteúdos nivelando por enquadramento do conteúdo da respectiva série...

    Fabi disse: Alunos bagunceiros e desinteressados tem em qualquer lugar, desde o colégio público até o de 2 mil de mensalidade. A diferença é que no colégio particular os professores tem que dar todo o conteúdo e ensinar os alunos e são cobrados por isso, já os de escola pública não tem essa cobrança...

    Fabi, na verdade os alunos de hj assim como os de outrora refletem muito o mestre em sala e o conjunto da comunidade educativa.
    Se o professor der liberdade demais, os alunos irão se comportar conforme o exemplo em sala(o mestre).
    O que podemos apenas perceber nas diferenças entre escolas liberais, progressistas ou tradicionais, seria justamente a forma do apoio disciplinar dada aos mestres em sala, isso forma o conjunto do processo educativo disciplinar, ou seja, o mestre não deve ser o único a ser responsabilizado pelo processo disciplinar.

    Por exemplo: Se um professor é agredido, como sei do caso de uma amiga minha que colocaram pó-de-mico na cabeça dela, enquanto ela era rodeada pelos alunos em sua mesa ao explicar dúvidas... Ela precisou ir ao hospital pois era alérgica, precisando raspar a cabeça, ficou traumatizada e sua autoestima foi no chão. E ainda não recebeu apoio da coordenação da escola pública em que trabalhava há mais de dez anos. E infelizmente ela não sabia quem foi o aluno, pois eram muitos ao redor dela.

    A direção pedagógica(diretora) na época nada fez, não moveu uma palha em apoio a colega, nem mesmo tentou saber quem foram os responsáveis... Então, o que podemos esperar dos exemplos a(em seguida) seguir???

    Se a ineficiência(incompetência) passa pelo medo da comunidade educativa em locais onde é grande a violência, como sabemos, em que momento essa diretora estará estruturada para coibir demais processos de vandalismo?
    Não está(estava) mais, perdeu sua capacidade de administrar a disciplina na escola, possibilitando assim um estado de coisas que aconteceram depois...

    Não digo com isso que esses alunos eram marginais, mas se a educação não for um conjunto de fatores, o processo se perde, dando infelizmente um caráter de ineficácia, principalmente por parte do professor em sala, muitos se sentem frustrados. Perceba que tbm não estou culpando a equipe pedagógica de apoio ao professor, pois muitos vivem pressionados por conta de estados de grande conflito fora da escola como citei antes, onde então acabam refletindo no desempenho dos resultados.

    Quando vc citou a transmissão do conteúdo e as diferenças entre essas duas realidades opostas, como no caso da comunidade de uma escola como o São Bento e uma escola pública dentro de um local onde tiros e suspensão das aulas é frequente, o processo educativo fica sobre pressão constante, o aproveitamento sofre danos em sua sequência.

    Sobre os conteúdos transmitidos... Nas escolas públicas os conteúdos são cobrados tbm e existem até estímulos(programas/projetos) para professores em que as escolas apresentam bom desempenho. Ganham pontuação e prêmios.

    Bem, para concluir o pensamento... O processo educativo não é somente o professor em sala passando conteúdo em palavras simples... O processo educativo é uma composição de fatores que permitem a facilitação da aprendizagem.

    Sendo então que para isso o objeto final que é a clientela(alunos) desse processo, apreenda conceitos de respeito e respeitar(deveres e direitos), ser orientada por um princípio de liberdade na medida certa, para que assim se sinta estimulada a progredir na assimilação dos conteúdos ministrados em sala.

    Abraços fraternos a ti
    Abraços fraternos a todos
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • Silvana escreveu:
    Fabi, não sei se me expressei bem. O que eu destaquei foi sobre trabalhar(desenvolver o conteúdo programático) a partir de um material humano(alunos/clientela) melhor "preparado de base". Ou seja, os alunos que entram nesse ritmo de estudo que é o do Colégio citado, já trazem em sua maioria uma aprendizagem basificada através das grades metodológicas tradicionais quando adentram por seleção e, se por acaso algum dos que conseguiram entrar no sistema sem uma "base forte", irão conseguir se enquadrar por conta de aulas de nivelamento de conteúdo, escolas como a citada preparam seus conteúdos nivelando por enquadramento do conteúdo da respectiva série...
    Você citou o valor da mensalidade na matéria e disse: "O que nos remete ao ponto em que trabalhar com alunos já pré-selecionados “facilita” gerando resultados potencializados... rs". Como se a seleção dos melhores já começasse com o melhor bolso, ou seja, pobre não é melhor em nada, é isso?

    E segundo, nivelamento por enquadramento...? Como você acha que funciona o ensino em escolas particulares? O aluno chega na escola e tem que se adaptar a escola e não o contrário, e se identificam um problema por falta de conteúdo básico eles encaixam aulas extras no contraturno, não existe nivelamento.

    Mas em escola pública não, a escola se adapta ao aluno, que é pobre e burro portanto não adianta ensinar muito e nem cobrar nada porque já nascem com falta de vontade (é assim que professor de escola pública trata o aluno).
    Silvana escreveu:
    Fabi, na verdade os alunos de hj assim como os de outrora refletem muito o mestre em sala e o conjunto da comunidade educativa.
    Verdade? Então porque alunos bagunceiros existem em qualquer escola (pública e privada)? Não percebe que o que os professores/diretos/coordenadores de escola pública acham que é algo extraordinário e de pobre na verdade acontece até em colégios de 2 mil a mensalidade?
    Silvana escreveu:
    Se um professor é agredido, como sei do caso de uma amiga minha que colocaram pó-de-mico na cabeça dela, enquanto ela era rodeada pelos alunos em sua mesa ao explicar dúvidas... Ela precisou ir ao hospital pois era alérgica, precisando raspar a cabeça, ficou traumatizada e sua autoestima foi no chão. E ainda não recebeu apoio da coordenação da escola pública em que trabalhava há mais de dez anos. E infelizmente ela não sabia quem foi o aluno, pois eram muitos ao redor dela.
    Tenho contra exemplos também, eu estudei em escola pública e já vi alunos colando professores com superbonder ou colocando tachinhas na cadeira do professore, mas sabe o que essas situações tinham em comum? É que o professor-alvo ou era um daqueles que queria ser mais amigo do que professor ou era daquele tipo que entrava na sala de aula reclamando da vida, dizendo que os alunos não tinham vontade de estudar etc etc etc (aquelas mesmas reclamações de sempre).

    Percebeu? Feedback, se o professor não sabe ser professor, não impõe limites e ainda vem com aquele de que não trabalha direito porque não ganha bem então os alunos vão responder de acordo.
    O que podemos apenas perceber nas diferenças entre escolas liberais, progressistas ou tradicionais, seria justamente a forma do apoio disciplinar dada aos mestres em sala, isso forma o conjunto do processo educativo disciplinar, ou seja, o mestre não deve ser o único a ser responsabilizado pelo processo disciplinar.
    Não, a diferença é que nessas escolas tradicionais e campeãs em aprovação no vestibular o processo seletivo dos professores é rigoroso.

    Os professores que querem trabalhar na instituição tem que fazer uma prova de conhecimentos específicos sobre a matéria, e ainda responder questões sobre situações hipotéticas em sala de aula (os professores reclamões nem passam dessa fase) e depois de ser aprovado em tudo ainda tem que dar uma aula teste para uma banca composta de diretores, donos, coordenadores da instituição, se eles acharem que você consegue enfrentar uma turma de alunos aí você é contratado.

    Se os alunos de escola particular fossem tão superiores quanto os de escola pública no quesito de bagunça, problemas e "força de vontade" então por que colocariam situações problemáticas no meio do processo seletivo? Por que existiria a aula teste?
    Silvana escreveu:
    Se a ineficiência(incompetência) passa pelo medo da comunidade educativa em locais onde é grande a violência, como sabemos, em que momento essa diretora estará estruturada para coibir demais processos de vandalismo?
    Das 200 mil escolas públicas que existem no país, quantas são extremamente violentas? As vezes trocar o diretor melhora a aparência da escola, deixa os professores felizes mas o ensino continua uma porcaria. Aí a culpa é de quem? Da diretoria? Da coordenação? Do Barack Obama?
    Silvana escreveu:
    Quando vc citou a transmissão do conteúdo e as diferenças entre essas duas realidades opostas, como no caso da comunidade de uma escola como o São Bento e uma escola pública dentro de um local onde tiros e suspensão das aulas é frequente, o processo educativo fica sobre pressão constante, o aproveitamento sofre danos em sua sequência.
    Não adianta comparar uma situação extrema com o ensino privado, até porque a pior escola de SP não era uma rural sem teto e carteiras, não era uma no meio de uma favela com tiroteios constantes, era uma com laboratório de informática e lousa digital.

    Eu estudei num colégio particular depois que nem isso tinha, e ainda o ar condicionado era ruim, mas é um dos colégios que mais aprovam no vestibular. E sabe por que? Os professores são bons e cumprem rigorosamente o cronograma de aulas e se não cumprirem a coordenação fica em cima, e faltas não são bem vistas, tem que repor na semana, não é como em escola pública onde o professor falta e da uma lista de exercícios pra turma.
    Silvana escreveu:
    Sobre os conteúdos transmitidos... Nas escolas públicas os conteúdos são cobrados tbm e existem até estímulos(programas/projetos) para professores em que as escolas apresentam bom desempenho. Ganham pontuação e prêmios.
    Em escola particular professor que não ensina o conteúdo programado é demitido.
    Silvana escreveu:
    Bem, para concluir o pensamento... O processo educativo não é somente o professor em sala passando conteúdo em palavras simples... O processo educativo é uma composição de fatores que permitem a facilitação da aprendizagem.
    Na verdade o processo educativo é isso mesmo, ensinar o conteúdo em palavras simples.

    E essa composição de fatores é o que? Festas e eventos culturais e esportivos pra ensinar os alunos do ensino público a serem bons cidadãos e atendentes do Mac Donalds? É bonito fazer essas coisas, só que não são elas que vão fazer aluno aprender geometria analítica e nem logaritmos.

    O problema do ensino público no Brasil é essa idealização do ensino privado e dos alunos que fazem parte dele. Todos os envolvidos nas engrenagens do ensino público são preconceituosos e acham que pobres nascem com falta de vontade, violentos e burros, e os professores acham que estão fazendo um favor para esses alunos pobres e burros. Como se falta de vontade e bagunça fossem inexistentes entre os ricos.
  • SilvanaSilvana Membro
    edited dezembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Saudações Fabi
    Saudações aos demais participantes
    Fabi citando: Você citou o valor da mensalidade na matéria e disse: "O que nos remete ao ponto em que trabalhar com alunos já pré-selecionados “facilita” gerando resultados potencializados... rs".

    Fabi destaca: Como se a seleção dos melhores já começasse com o melhor bolso, ou seja, pobre não é melhor em nada, é isso?

    Fabi, eu não falava sobre à condição social em si como um fim, mas antes como um meio...

    Somente para elucidar melhor os posicionamentos:
    Quem fez a abordagem foi a Agência Brasil, o que eu fiz foi somente destacar o enunciado das entrelinhas...

    Segue abaixo o enunciado pela matéria divulgada:
    “Com uma mensalidade de até R$ 2.140 mil e recusando a matrícula de meninas, o Colégio São Bento, na capital fluminense, ficou pela quarta vez na primeira colocação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova é aplicada pelo Ministério da Educação e avalia o desempenho de estudantes da rede pública e privada em todo o país.”

    Fabi, vc jamais “ouviria”(leria) de minha boca qualquer tipo de discriminação aos pobres, pelo simples motivo que sou pobre... Estaria dando eu um tiro em meu próprio pé. rs

    Mas já que vc tocou no assunto: Se me permites... A análise pode ser ampliada tbm ao fato de que essas escolas são formadas na base da religiosidade com objetivação a caridade, pois são escolas religiosas, mas não vemos um quadro grande de alunos de classe baixa, pois a mensalidade já demonstra o grau de caridade efetuado na instituição. Cabendo aqui destacar que mesmo sendo a instituição de fomento religioso a mesma tem responsabilidades com folhas de pagamento funcional, luz, água, impostos e etc...
    Quero destacar tbm que devem existir bolsas, nesse ponto uns 10% seria destinada aos menos favorecidos que ainda assim teria uma subdivisão uma parte destinada a classe média baixa e talvez um ou dois alunos de periferia ou de favela... Ou seja, não podemos praticar críticas ao regimento da escola citada, pois a mesma de alguma forma pratica a possibilidade da “melhoria educativa” tbm aos menos favorecidos.
    Percebes que as vezes é besteira discutir lutas de classes num país tão humano...

    Fabi disse: Verdade? Então porque alunos bagunceiros existem em qualquer escola (pública e privada)? Não percebe que o que os professores/diretores/coordenadores de escola pública acham que é algo extraordinário e de pobre na verdade acontece até em colégios de 2 mil a mensalidade?

    Concordo. Eu falei exatamente isso.
    Perceba o que eu havia dito:
    Fabi, na verdade os alunos de hj assim como os de outrora refletem muito o mestre em sala e o conjunto da comunidade educativa.

    Fabi disse: Tenho contra exemplos também, eu estudei em escola pública e já vi alunos colando professores com superbonder ou colocando tachinhas na cadeira do professore, mas sabe o que essas situações tinham em comum? É que o professor-alvo ou era um daqueles que queria ser mais amigo do que professor ou era daquele tipo que entrava na sala de aula reclamando da vida, dizendo que os alunos não tinham vontade de estudar etc etc etc (aquelas mesmas reclamações de sempre).

    Percebeu? Feedback, se o professor não sabe ser professor, não impõe limites e ainda vem com aquele de que não trabalha direito porque não ganha bem então os alunos vão responder de acordo.


    Sim eu falei sobre isso. Concordo em parte com sua observação.

    O feedback escolar(escola repressora de outrora) remete-nos ao reforço da escola opressora de hj.

    Ou seja, as escolas tradicionais mantêm um modelo mais próximo do antigo sistema, por isso o equilíbrio e a sensação de muitos de que esse método é o mais sólido e próprio para resultados positivos na pontuação das avaliações de desempenho.
    Essas escolas estabelecem escalas e matem o ritmo acadêmico, não fazem mudanças em suas linhas pedagógicas, pois o sistema deve ser progressivo, a mudança deve ser progressiva, ir adequando aos poucos os modelos do que funciona ao que não funciona.

    Já as escolas mais “humanizadas” são modelos mais flexíveis e voltadas para o aluno como único centro do processo.
    O espaço aqui é curto para comentários filosóficos, mas em linha geral, o problema é que existe confusão entre “liberdade com libertinagem”, ao tratar o aluno como se fosse pai, mãe ou tia do aluno, onde está o espaço do aprendizado dos conteúdos?

    Nesse ponto, o motivo pelo qual vimos percebendo o grande número de distorções nos valores onde alunos agridem professores em sala, começa pelo fator primário, educação de base no núcleo familiar, juntando-se então a um regime liberal demais sem as devidas adaptações a nossa realidade no tratamento das linhas pedagógicas.
    Resultado: os limites são ultrapassados uma hora ou outra, quando os valores se perdem, cabe a comunidade educativa impor limites e regras, pois ESCOLA MAIS HUMANA e menos repressora não é sinônimo de libertinagem e/ou vandalismo.
    Pelo contrário, se a família peca em apoio emocional e formação básica de valores sociais, é nesse momento que a escola deve dar o exemplo, apoiando esses alunos com o reforço da liberdade e responsabilidade de seus atos. Não pelo simples fato de castigar, mas de demonstrar amor através de valores sociais sólidos e sadios.

    Fabi citou / Silvana disse: O que podemos apenas perceber nas diferenças entre escolas liberais, progressistas ou tradicionais, seria justamente a forma do apoio disciplinar dada aos mestres em sala, isso forma o conjunto do processo educativo disciplinar, ou seja, o mestre não deve ser o único a ser responsabilizado pelo processo disciplinar.

    Fabi disse: Não, a diferença é que nessas escolas tradicionais e campeãs em aprovação no vestibular o processo seletivo dos professores é rigoroso.

    Sim. Concordo.

    Fabi disse: Se os alunos de escola particular fossem tão superiores quanto os de escola pública no quesito de bagunça, problemas e "força de vontade" então por que colocariam situações problemáticas no meio do processo seletivo? Por que existiria a aula teste?

    Pelo simples fato de que os alunos dessas escolas têm pais cobrando seus desempenhos. Foi por isso que matricularam seus filhos lá, e sabem o esforço com que pagam essas mensalidades.


    Obs.: Eu não me lembro de ter dito que os alunos menos favorecidos eram inferiores ao tipo de clientela supracitado. Disse antes que o aproveitamento desses alunos é mediado pelo modelo de recursos pré e pós-educativos que formam um conjunto de saberes e competências... Meramente para resultados esperados.

    Fabi disse: Das 200 mil escolas públicas que existem no país, quantas são extremamente violentas? As vezes trocar o diretor melhora a aparência da escola, deixa os professores felizes mas o ensino continua uma porcaria. Aí a culpa é de quem? Da diretoria? Da coordenação? Do Barack Obama?

    Bem se vc quer um bode espiatório de alto escalão...
    A culpa é do povo Brasileiro.
    Que acha normal(obrigatório) o recebimento do bolsa família para manter o filho na escola... Único compromisso deles(alguns pais que concordam com esse pensamento) para com os filhos.

    Fabi disse: Não adianta comparar uma situação extrema com o ensino privado, até porque a pior escola de SP não era uma rural sem teto e carteiras, não era uma no meio de uma favela com tiroteios constantes, era uma com laboratório de informática e lousa digital.


    Nesse caso então, nem sua sugestão para parâmetros avaliativos de qualidade serve.
    Pois então deveria haver comparação entre os resultados da primeira colocada particular e da melhor colocada do ensino público.

    Fabi disse: E essa composição de fatores é o que? Festas e eventos culturais e esportivos pra ensinar os alunos do ensino público a serem bons cidadãos e atendentes do Mac Donalds? É bonito fazer essas coisas, só que não são elas que vão fazer aluno aprender geometria analítica e nem logaritmos.

    As composições de fatores que abordei são questões práticas referentes ao conteúdo programático.

    Já quanto a abordagem sobre os atendentes de serviços gerais, desculpe, não percebo que um trabalho por mais humilde que seja inferiorize os pobres ou ricos, o que diferencia as inteligências é a permanência no serviço, sem ambições futuras, essas sim, é que demonstram as diferenças de capacidades intelectuais...

    Por exemplo: um jovem pode trabalhar como atendente para pagar seus estudos, afinal, ninguém começa como supervisor gerente de uma grande loja de departamentos, sem ter sido balconista(ou promotor de vendas).

    O problema é quando as pessoas não ambicionam uma melhor colocação ou melhoria de currículo.

    Fabi disse: O problema do ensino público no Brasil é essa idealização do ensino privado e dos alunos que fazem parte dele. Todos os envolvidos nas engrenagens do ensino público são preconceituosos e acham que pobres nascem com falta de vontade, violentos e burros, e os professores acham que estão fazendo um favor para esses alunos pobres e burros. Como se falta de vontade e bagunça fossem inexistentes entre os ricos.


    Fabi, concordo com grande parte do que disse.
    Permita-me fazer algumas observações.

    Existem muitos profissionais do ensino que não desistiram da educação de uma forma geral, seja ela de base ou profissional.
    Sabemos que o que tem promovido nossa população(país) mais carente impulsionando-o a entrar no mercado de trabalho é a premissa apontada pela UNESCO:aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros, aprender a ser.
    http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001923/192356por.pdf

    O que isso tem haver, alguns perguntariam...
    Bem, quando pensamos que existem regras internacionais estabelecidas para a melhoria dos países em desenvolvimento(leia-se Brasil), isso nos leva a uma igualdade assim como a pretendida por Anísio Teixeira, Manuel Bergström, Lourenço Filho e Fernando de Azevedo, que defendiam uma educação igualitária sob a responsabilidade do Estado, na pasta do então Ministro Gustavo Capanema. Do outro, situava-se o movimento católico, liderado por Alceu Amoroso Lima, propugnando o ensino religioso e livre da tutela do Estado.

    O que me refiro neste ponto, era que já desde outrora uma ótica muito extrema formada em nossas elites Brasileiras(política) sobre o futuro delineado de nossa população...
    Perceba por este destaque do link
    http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf_legislacao/tecnico/legisla_tecnico_parecer1699.pdf

    Seguindo a proposta:
    “A educação para o trabalho não tem sido tradicionalmente colocada na pauta da sociedade brasileira como universal. O não entendimento da abrangência da educação profissional na ótica do direito à educação e ao trabalho, associando-a unicamente à “formação de mão–de-obra”, tem reproduzido o dualismo existente na sociedade brasileira entre as “elites condutoras” e a maioria da população, levando, inclusive, a se considerar o ensino normal e a educação superior como não tendo nenhuma relação com educação profissional.
    A formação profissional, desde as suas origens, sempre foi reservada às classes menos favorecidas, estabelecendo-se uma nítida distinção entre aqueles que detinham o saber (ensino secundário, normal e superior) e os que executavam tarefas manuais (ensino profissional).”

    Sendo assim, entendemos que os intelectuais são a “casta” que não precisa se profissionalizar, pois os mesmos já dispõem de ensino diferenciado e colocação distinta no mesmo...


    Ou seja, a idéia estimulada de consenso internacional é de que a mão-de-obra qualificada precisa ser formada em tenra formação acadêmica, para atender as necessidades de ambos os lados, as empresas e os trabalhadores de massa que precisam abandonar(por motivos os mais variados) cada vez mais cedo os bancos escolares(não adentrando ao nível superior)*...


    Fabi e demais participantes, o que abordei não foi um manifesto de desaprovação, descontentamento ou acomodação ao sistema de situações que se formaram durante anos a fim em nosso país...
    Mas para citar que as mudanças podem surgir e que as mesmas deveriam vir da necessidade do povo e para o povo, mas se o próprio povo prefere as bolsas famílias como mecanismo de manutenção de seus filhos na escola...
    (Salvo alguns que só fazem uso por falta de opção e não de visão da idéia proposta.)

    Querer seus filhos na escola pelo simples motivo de que a única forma de ocorrer mudança em suas vidas passa pela EDUCAÇÂO...

    Bem, desculpem o longo texto.
    E por favor, não levem o mesmo para o lado político do discurso, pois não foi minha intenção.


    (*) Existem dados de que vem aumentando a procura pelos estudos superiores de uma forma geral, estava lendo os mesmos, dia desses. O que acho ser um início de mudança de paradigmas sociais. Só não coloquei aqui como fonte de dado, pois este texto já está por demais longo.

    Obrigada!!!


    Abraço fraterno a ti Fabi
    Abraços fraternos aos demais participantes
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • Silvana escreveu:
    Nesse ponto, o motivo pelo qual vimos percebendo o grande número de distorções nos valores onde alunos agridem professores em sala, começa pelo fator primário, educação de base no núcleo familiar,
    Entendo, pobres tem mães prostitutas e pais bandidos e ricos são chiques, educados, superiores, e passam o dia inteiro em casa com a criança esbanjando riqueza. Todos sabemos que os pais de alunos pobres tem que passar o dia inteiro "trabalhando" e só tem tempo pra cerveja, brigar em casa, arrumar confusão com vizinho, sabe, não são chiques...
    Silvana escreveu:
    Pelo contrário, se a família peca em apoio emocional e formação básica de valores sociais, é nesse momento que a escola deve dar o exemplo, apoiando esses alunos com o reforço da liberdade e responsabilidade de seus atos. Não pelo simples fato de castigar, mas de demonstrar amor através de valores sociais sólidos e sadios.
    Sim, também entendo essa parte da escola ter que passar um pouco dessa chiqueza que todos sabemos que pais pobres não tem condições de fornecer...

    Olha, não sei onde começou essa idealização de pessoas ricas e esse preconceito com pobres, mas isso tem que acabar. Ricos trabalham, sabia? A maioria não tem tempo de ficar com os filhos passando valores sociais sadios e sólidos, os filhos tem babás, empregadas e os pais são ausentes e também tem problemas(chocante né? rico com problema...). E os pobres não são todos bandidos e burros com valores invertidos, a maioria (eu sei, pode parecer chocante para alguns) é honesto e tenta educar os filhos, eles tem menos dinheiro que os ricos, mas só dinheiro, não tem menos valores, são iguais os ricos sabia? São seres humanos....
    Silvana escreveu:
    Pelo simples fato de que os alunos dessas escolas têm pais cobrando seus desempenhos. Foi por isso que matricularam seus filhos lá, e sabem o esforço com que pagam essas mensalidades.
    Ou não, muitos pais nem cobram e deixam tudo por responsabilidade do filho, se ele não tiver desempenho bom tanto faz, o pai fez o que pode pagando a escola e o filho que não se esforça... Vê? Não são tão superiores e perfeitos como os professores de escola pública acham que são.
    Silvana escreveu:
    Eu não me lembro de ter dito que os alunos menos favorecidos eram inferiores ao tipo de clientela supracitado. Disse antes que o aproveitamento desses alunos é mediado pelo modelo de recursos pré e pós-educativos que formam um conjunto de saberes e competências... Meramente para resultados esperados.
    Você diz que não são inferiores numa frase e na próxima praticamente diz: o aproveitamento desses alunos é resultado do pai bandido e mãe prostituta e do gene da burrice e falta de vontade que faz com que tenham menos rendimento.

    Professores e pedagogos ficam fantasiando sobre a bagagem do aluno e acham que essa bagagem é culpada da falta de rendimento na escola pública, nunca pararam pra pensar que tratar esse aluno como burro e inferior e que não adianta ensinar que não vai aprender é que é responsável pela falta de rendimento?
    Silvana escreveu:
    A culpa é do povo Brasileiro.
    Que acha normal(obrigatório) o recebimento do bolsa família para manter o filho na escola... Único compromisso deles(alguns pais que concordam com esse pensamento) para com os filhos.
    A culpa é dos professores, diretores, e coordenadores da escola pública que tratam esses alunos como uma pessoa miserável que nunca vai querer aprender e que só vai pra escola por causa do bolsa família. Antes de serem preconceituosos com uma criança de 10 anos, vocês já pararam pra perguntar se ele não quer aprender e ser alguém na vida?
    Silvana escreveu:
    Pois então deveria haver comparação entre os resultados da primeira colocada particular e da melhor colocada do ensino público.
    Não, porque a primeira colocada do ensino público é uma federal que seleciona alunos que não tem o gene da burrice e falta de vontade que todo pobre tem.
    Silvana escreveu:
    O problema é quando as pessoas não ambicionam uma melhor colocação ou melhoria de currículo.
    Não ambicionam porque desde criança são tratados como se nascessem burros e tivessem os pais bandidos e que só ricos são superiores e capazes de conseguir melhorar. E esse tratamento já começa com os professores na escola...
    Silvana escreveu:
    Mas para citar que as mudanças podem surgir e que as mesmas deveriam vir da necessidade do povo e para o povo, mas se o próprio povo prefere as bolsas famílias como mecanismo de manutenção de seus filhos na escola...
    Talvez só continuem o ciclo iniciado pelas pessoas que trataram os pobres como inferiores e incapazes desde o começo....

    Bom, é a escola (professores, que são os que tem mais contato com os alunos) que tem que parar de tratar esses alunos como se fossem burros e sem vontade de nascença e que os ricos é que são perfeitos e capazes...
  • sybok escreveu:
    A diretora virou e disse algo como: "Você sabe que não é assim, mesmo que nós quiséssemos ensinar algo, a maior parte dos alunos aqui não tem condições de aprender, olha em volta, só de olhar você sabe que a maioria dessas pessoas não vai ser nada na vida, é gente sem interesse e que não recebeu nenhuma base em casa, é gente que não tem o mesmo nível que você ou eu".
    É o que to dizendo, para os professores, diretores e coordenadores de escola pública os alunos são incapazes porque são pobres e não são chiques como os ricos.

    Eu tive uma professora de matemática (de escola pública e cujo os alunos colaram ela com superbonder) que disse no segundo semestre que ela não ia ensinar mais nada porque os alunos não iriam ser capazes de aprender mais nada.

    E depois no colégio chique, com alunos chiques eu vi que a diferença entre colégio público e particular não tava no ar condicionado quebrado e na sala superlotada do colégio particular e sim na postura dos professores, coordenadores e diretores. Os professores tinham que dar aula, e não importava o quanto os alunos eram bagunceiros e desinteressados, a coordenação cobrava o professor e também dava apoio ao professor no caso de alunos bagunceiros (o que fica fácil já que o professor faz a parte dele de verdade) e os diretores tinham que fazer de tudo pra ter resultados(aka aprovados no vestibular, aparecer no ranking dos 20 melhores colégios do Brasil etc etc). E é um colégio com 900 alunos concluindo o ensino médio, e 3 mil alunos espalhados em 3 unidades.

    Ou seja, enquanto não acabar com o pensamento elitista dos professores de escola pública, o ensino público no Brasil nunca vai melhorar e os pobres nunca terão chances.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    sybok escreveu: »
    Não é nenhuma escola violenta de periferia não, é uma tipica escola de bairro aqui perto do metrô Santa Cruz, fica numa rua atrás do colégio Arquidiocesano, não é bairro rico, mas também não é pobre e comporta boas escolas particulares como a citada.

    É um lugar legal, com padrão sócio-econômico muito acima da média brasileira.
    sybok escreveu: »
    Essa papo de violência, falta de estrutura, falta de incentivo, falta de base dos alunos, etc, isso é tudo papo furado. Se fosse assim em escolas de bairros bons como esse as coisas seriam melhores, mas não são.
    Eu já dei aula de informática em lugar muito mais pobres, ali na avenida do Rio Pequeno, os alunos vinham na maioria duma favela que tem logo no fim da avenida e eles eram não só perfeitamente capazes de aprender, como também de pagar pelo curso.

    Nestes casos sempre cito o contraponto do SENAI. Quando a instituição era 100% gratuita, uma parte de seus alunos eram favelados. Os indisciplinados eram sumariamente expulsos. Os que se formavam eram contratados pela indústria e uma grande parte fazia carreira. Lembrando que no SENAI, professor vagabundo também levava um pé na bunda.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Acauan escreveu:
    Lembrando que no SENAI, professor vagabundo também levava um pé na bunda.
    Atualmente é difícil demitir um professor numa escola pública, por mais vagabundo que seja....
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited dezembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Fabi escreveu: »
    Atualmente é difícil demitir um professor numa escola pública, por mais vagabundo que seja....

    Por absurdo que pareça e é, nada obriga um professor da rede pública a dar aulas.
    Que dirá, aulas de Qualidade.

    O professor da rede pública é cobrado por suas obrigações administrativas: marcar o ponto, entregar diários e notas nos prazos estabelecidos, comparecer nas reuniões do calendário.
    Uma vez dentro da sala de aula, NINGUÉM, absolutamente ninguém controla a Qualidade ou a Produtividade do trabalho do professor, que pode registrar em seus diários de classe o que quiser e bem entender, único compromisso real que tem para justificar o recebimento do salário, uma vez registrado o ponto.

    Que ver professor de rede pública subir pelas paredes é falar em avaliação de desempenho baseado no aprendizado dos alunos. Ecoarão os discursos entusiasmados recitando como educação é "Construção Coletiva" e é absurdo avaliar professores individualmente.

    A realidade dura e simples é que só professor vagabundo tem medo de avaliação.
    Basta comparar os resultados do ENEM ou outro sistema de provas baseado no conteúdo básico e logo ficará evidente que classes com mesmo perfil apresentam resultados diferentes na mesma disciplina de professor para professor.

    Se em uma mesma escola em que todos os alunos tem aproximadamente o mesmo perfil sócio-econômico e se valem dos mesmos recursos ou falta deles a classe do professor A da disciplina Tal se sai melhor que a classe do professor B da mesma disciplina, cabe perguntar o que o professor A pode estar fazendo de certo e o que o professor B pode estar fazendo de errado.

    Diga isto em uma sala de professores de Escola Estadual e será linchado.


    Post edited by Acauan on
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