MISES.ORG.BR , eu não concordo .

Acauan

ENCOSTO disse: Na verdade, a discrição pode ser oferecido também por qualquer empresa. "Embalagem discreta" e tal.

As propostas de legalização falam em estabelecer controle individual sobre as compras de drogas legalizadas.

ENCOSTO disse: O argumento principal é que cada um deve ter o direito de ser o dono do seu nariz e arcar com as consequências.

Isto cria conflitos legais e morais insolúveis.
Arcar com as consequências do uso de drogas pesadas implica em proibir que viciados sejam atendidos pela Saúde Pública, por exemplo, o que é contra a lei.

ENCOSTO disse: A diferença do crack para o solvente é que Solvente é legalizado e rende mais

A diferença é que solvente tem muitos usos e crack só serve para fazer zumbis.

Acauan

ENCOSTO disse: O argumento principal é que cada um deve ter o direito de ser o dono do seu nariz e arcar com as consequências.

O argumento do "cada um deve ter o direito de ser o dono do seu nariz" deve ser reescrito de modo completo como "Em uma sociedade civilizada e livre, cada um deve ter o direito de ser o dono do seu nariz".

Posta de modo completo, a afirmação estabelece o pressuposto de que a civilização e a liberdade precedem e definem o que é "ser dono do próprio nariz".

Não há dúvidas de que alguém que more sozinho em algum lugar nenhum pode fazer o que lhe der na telha, exceto quando considerados alguns valores morais específicos.

Em sociedades civilizadas e livres isto não é possível, pois muito do que se faz porque deu na telha atenta contra a civilização e a liberdade.

Um exemplo simples:
Eu sei dirigir, mas não tenho carteira de habilitação. O carro é meu, logo tenho o direito de dirigi-lo porque estou apenas sendo dono do meu próprio nariz sem prejudicar ninguém.
Certo?
Errado!
Exigir carteira de habilitação e proibir que se dirija sem ela é uma salvaguarda da segurança comunitária.

Se admitimos que a obrigatoriedade da carteira de habilitação é uma exigência que não afeta a liberdade individual - basta obtê-la para garantir a plenitude do direito de dirigir automotores - por que cargas d'água a mesma lógica não deveria servir para algo mil vezes mais grave como o consumo de drogas pesadas?

A resposta poderia ser, então basta habilitar as pessoas para consumirem drogas tóxicas.
E a contradição da resposta encerra a questão.

ENCOSTO

Acauan disse: Um exemplo simples:
Eu sei dirigir, mas não tenho carteira de habilitação. O carro é meu, logo tenho o direito de dirigi-lo porque estou apenas sendo dono do meu próprio nariz sem prejudicar ninguém.
Certo?
Errado!
Exigir carteira de habilitação e proibir que se dirija sem ela é uma salvaguarda da segurança comunitária

Acauan, eu não vejo qualquer problema de alguém andar de carro sem carteira. Esse documento não atesta que alguém necessariamente tenha condições de dirigir.

Você, certa vez, citou o CREA como instituição parasita, que por alguma desgraça do destino conseguiu fazer com que o seu registro fosse obrigatorio para alguem projetar pontes e edificios, casas, etc.

Quando essas obras caem na cabeça de alguém, o registro do CREA serviu para alguma coisa? Não. O CREA não é punido e o engenheiro (ou leigo, no caso) leva a culpa (como deve ser, diga-se de passagem).

Eu sei que estou sendo meio radical e posso estar totalmente enganado mas essas ideias liberais estão me parecendo muito lógicas.

Sei que jamais serão implementadas e não posso afirmar que dariam certo.

Não quero ser comparado a um comunista ou a um crente e estou aberto para ler refutação robusta e consistente.

Não pretendo também bancar o Claudio Loredo e mudar o meu estilo de vida. Quero apenas discutir isso aqui no forum

ENCOSTO

Acauan disse: A diferença é que solvente tem muitos usos e crack só serve para fazer zumbis.

Hipoteticamente: Se for encontrado outras aplicações ao crack, quem sabe espantar mosquito com a fumaça, isso irá melhorar a sua reputação?

Fernando_Silva

ENCOSTO disse:
Acauan, eu não vejo qualquer problema de alguém andar de carro sem carteira. Esse documento não atesta que alguém necessariamente tenha condições de dirigir.

É preciso se ter um mínimo de controle para impedir que qualquer um pegue um carro e saia por aí. O fato de algumas pessoas serem ótimas motoristas e não terem habilitação não muda isto.
O que não significa que este controle vá impedir que motoristas com carteira façam merda.

ENCOSTO disse: Quando essas obras caem na cabeça de alguém, o registro do CREA serviu para alguma coisa? Não. O CREA não é punido e o engenheiro (ou leigo, no caso) leva a culpa (como deve ser, diga-se de passagem).

Idem acima. Deveria impedir que pessoas não capacitadas construam prédios ou pontes e o fato de obras caírem às vezes não invalida a necessidade.
Não, a culpa não é do CREA, a menos que o registro tenha sido concedido indevidamente.

Fernando_Silva

ENCOSTO disse: Hipoteticamente: Se for encontrado outras aplicações ao crack, quem sabe espantar mosquito com a fumaça, isso irá melhorar a sua reputação?

Haverá um motivo para se produzir crack, continuará não havendo motivo para se fumar crack.

ENCOSTO

Fernando_Silva disse: Haverá um motivo para se produzir crack, continuará não havendo motivo para se fumar crack.

Sim, e quem deve definir isso é o Estado?

E se o Estado decretar que é proibido cheirar solvente, seus usuários deixarão de cheirar solvente?

ENCOSTO

Fernando_Silva disse: É preciso se ter um mínimo de controle para impedir que qualquer um pegue um carro e saia por aí. O fato de algumas pessoas serem ótimas motoristas e não terem habilitação não muda isto.

O impedimento se dará quando esse individuo estiver nitidamente sem condições de dirigir, fazendo besteira no transito e prejudicando outras pessoas.

Ha uns 30 anos atrás, pagava-se para o inspetor da policia entregar a carteira e o motorista acabava aprendendo na marra.

As avaliações, quando realizadas aos que queriam tirar a carteira, era toscas e não padronizadas

Os índices de acidente eram maiores antes?

Não.