Polícia Federal abre inquérito sobre vazamento de óleo
Segundo delegado, há divergências nas informações sobre derramamento em poço da Chevron na Bacia de Campos
Navios trabalham na operação realizada pela Chevron para conter o vazamento de óleo na área do Frade, na Bacia de Campos
Navios trabalham na operação realizada pela Chevron para conter o vazamento de óleo na área do Frade, na Bacia de Campos Terceiro / Divulgação
A Polícia Federal vai instaurar inquérito para apurar o vazamento de petróleo que está ocorrendo há uma semana no campo de Frade da gigante americana Chevron, na Bacia de Campos, no litoral do Estado do Rio. A informação foi dada há pouco pelo Chefe da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal, o delegado federal Fábio Scliar. Segundo o delegado, a decisão de abir o inquérito foi tomada após uma inspeção feita por duas equipes da Polícia Federal, nesta terça-feira, no local onde se localiza a mancha de óleo e a plataforma da petrolífera.
— Existem várias incongruências. Os funcionários da plataforma nos informaram que não há previsão para o fim do vazamento. E a fenda aberta no solo tem de 280 metros a 300 metros de extensão — destacou o Scliar.
Segundo o delegado, se comprovada culpa dos operadores da plataforma, tanto os responsáveis diretos, como a própria Chevron, poderão ser indiciados por crime de poluição que prevê várias penalidades, entre elas prisão de um ano a três anos.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) abriu um processo administrativo para investigar as causas do acidente e informou, em nota, que poderá aplicar "medidas cabíveis" com base na legislação em vigor, sem entrar em detalhes. A ANP informou que mancha de óleo está se dispersando para longe do litoral brasileiro e que isso "gera um aumento da superfície de mancha, com menor densidade de óleo". E ainda que a diluição "é resultado do trabalho de dispersão mecânica realizada por navios que se encontram no local e por condições climáticas". Dos 18 navios que estão operando na área para conter o vazamento, dez foram cedidos pela Petrobras, Statoil, BP, Repsol e Shell e oito são da Chevron.
O campo Frade fica a 370 quilômetros a Nordeste da costa do Estado do Rio, a cerca de 1.200 metros de profundidade, e produz diariamente cerca de 79 mil barris de petróleo. O vazamento na Bacia de Campos, começou um dia antes da passeata que mobilizou o estado do Rio em torno da situação dos royalties. Desde o último dia 10, quando foi confirmada a existência de uma mancha de óleo no local estima-se que tenha jorrado um volume entre 400 e 650 barris por dia no mar da região, que fica a 370 quilômetros a nordeste do Rio de Janeiro. Na segunda-feira, a mancha chegou a ter uma área de 163 quilômetros quadrados.
A empresa informara, nesta terça-feira, que o vazamento estava controlado. O motivo do vazamento ainda está sendo investigado. Mas, segundo a companhia, as inspeções feitas no local mostram que o vazamento não estaria relacionado às atividades de produção, por isso o campo continua produzindo normalmente. Apenas as atividades de perfuração de poços vizinhos foram paralisadas, já que a origem do petróleo seria uma falha na superfície do fundo do mar, que ficaria próxima a um ponto de perfuração.
Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/economia/policia-federal-abre-inquerito-sobre-vazamento-de-oleo-3251431#ixzz1dwjgn1lQ
Comentários
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Lembro que os problemas da P-35, onde houve 2 casos seguidos de intoxicação geral por entrada de gases venenosos no ar condicionado, não saíram na primeira página. Nem os problemas de várias outras unidades, caindo de podres de tanta ferrugem.
O que isso tem a ver com uma rachadura no subsolo capaz de causar um vazamento gigantesco, Fernando? Como já disse, se fôsse a PEtrobras, jjá estariam fazendo o maior terrorismo, FERNANDO.
Tem tudo a ver. Toda a tripulação da P-35 poderia ter morrido dormindo. Outras plataformas andaram pegando fogo. Isto é menos importante que um vazamento?
Eu estou ciente deste vazamento faz tempo. E você também. Houve destaque suficiente para isto. Ontem saiu uma reportagem de página inteira sobre o assunto, com diagramas detalhados da rachadura.
Por outro lado, uma mancha de óleo no mar é coisa comum. Uma mancha de óleo que não para de aumentar e que se descobre ser resultado de um vazamento é outra coisa. Mas isto só se descobre depois de algum tempo e, aí sim, justifica-se dar destaque.
Claro, claro... Se a imprensa não divulga tanto quanto acha que deveria é porque a conspiração midiática judia, digo, comunista, digo, burguesa, digo maçônica-Iluminatti, digo das quatro famílias que controlam a mídia no Brasil não quer que o público saiba de um vazamento de óleo, o que comprometeria seriamente os planos diabólicos destes meios de comunicação de poluir todos os mares do mundo.
E se a imprensa divulga é porque houve pressão internacional...
Ridículo.
No mesmo dia que postou este tópico o site da Veja já divulgava o vazamento com destaque.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Pois é, e por um passe de mágica, agora passou a ser assunto para mais tempo, como se o início do vazamento tivesse sido algo fútil, como se o desastre do Golfo causado pela mesma empresa não tivesse importância, num mundo onde a midia nacional se diz comprometida com a ecologia. Me angane que eu gosto...
DO ponto de vista internacional? Depende do foco que se dê. Quantas empresas privadas tem problemas de segurança na produção? Nenhuma? Quantas mortes temos e tivemos na construção civil? Cara, trabalhei dois anos de meio na Pirelli e presenciei nada menos que 20 (VINTE) amputações por acidente de trabalho. A pirelli tem menos que 2000 empregados e a PEtrobras, sei lá, uns 40 mil. Vai saber o que acontece na Vale e outras com vastas áreas perigosas. A questão é, o mundo liga para isso?
Conheço a fábrica da Pirelli de Santo André. Longe de ser das mais modernas, as melhorias ambientais e de segurança na planta acumuladas nos últimos vinte anos são notáveis.
Como em toda indústria paulista e nas bases industriais modernas - automotiva, petroquímica, farmacêutica etc.
Desconheço como é a fábrica da Pirelli de Gravataí, com a qual tive apenas contato indireto, mas vinte amputações por acidente de trabalho em dois anos e meio, uma amputação a cada mês e meio, é um número absurdo até prá indústria dos anos sessenta, na qual morria gente prá dedéu em acidentes.
Por muito menos a delegacia regional do trabalho fecha fábricas em São Paulo ou diretorias inteiras são substituídas por incompetência administrativa.
Não vou questionar sua informação, mas só conheço números assim nas antigas manufaturas de sisal do nordeste, que eram o inferno na terra, e mesmo elas melhoraram de lá prá cá.
Em uma indústria multinacional, com engenharia de segurança, sindicatos de trabalhadores, sócio-patrulhamento internacional (vide Nike) e outras tantas cobranças, tais números são simplesmente absurdos.
Nós, Indios.
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Só virou manchete quando se constatou a gravidade da situação.
A questão aqui é que a mídia brasileira poderia ter noticiado essas quase tragédias na primeira página e não o fez.
Por que então ela deveria ter noticiado uma mancha de óleo em primeira página antes de saber a causa?
Não precisa crer apenas no que eu digo Acauan. Trabalhei numa época em que a segurança do trabalho era só para inglês ver (meados de 80) e CIPA era para mebros de sindicato ou incompetentes que não "podiam" ser demitidos. O que eu coloquei é que, por mais que se gaste em educação com segurança (até minha filha está tendo uma matéria de segurança no trabalho), sempre haverá o fator humano. Uma pequenina ação fora do padrão e está feita a merda. Um funcionário revoltado ou com um monte de problemas na cabeça, que faça com que ele perca o foco da verificação. O ponto desta discussão aqui está no fato de que a Chevron teve problemas seríssimos no Golfo, omitiu muitas informações, voltou a omitir e defraglado o embuste pela midia DE LÁ, passou então a passar os informes verdadeiros. E aqui ela fez a mesma coisa, mas parece que aqui no país das bananas, os gringos são uns coitados que chegam aqui com uma mão na frente e outra atrás e só querem o bem estar dos brasileirinhos. A Shell que o diga...
De fato, em meados dos anos oitenta a coisa ainda era muito feia na maioria das indústrias, mesmo as grandes, com praticamente nenhuma preocupação ambiental e segurança do trabalho capenga.
Nós, Indios.
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Acho que o único bobão nesta época, que ficava puto quanto um idiota jogava uma lata de cerveja no mangue em Ubatuba era eu. Que ódio!
Conheço a fabrica de Gravataí e trabalho numa multinacional proximo a ela.
A Pirelli é uma das Empresas mais bem vistas aqui na região. Muita gente gostaria de trabalhar lá. Destaco o pessoal de chão de fabrica. O PLR deles é destaque na região.
Tiveram o grave incendio ha uns 3 meses sem vitima alguma. Uma fatalidade que qualquer empresa pode enfrentar.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Você continua não entendendo. Aqui no Rio, pelo menos, mancha de óleo aparece a toda hora. Basta, por exemplo, que um navio lave os tanques e jogue a água no mar. Ou um erro de manobra num oleoduto. A notícia sai na página 38. Por outro lado, se a mancha não para de aumentar, já se justifica pensar em problema grave e dar a notícia em destaque.
No ABC a Pirelli perde no comparativo com as montadoras alemãs, americanas e a sueca Scania, no geral mais progressistas que os italianos nas relações do trabalho, além do Polo Petroquímico local, que apesar de velho e anacrônico (situado a alguns poucos quilometros do centro de Santo André) é uma mãe para os funcionários efetivos.
Mas mesmo assim as ofertas de emprego da Pirelli são muito disputadas e as seleções de pessoal parecem concursos públicos.
De qualquer modo, até o fim dos anos 80 a Pirelli e as demais fábricas de pneus eram um horror, principalmente nas áreas de manipulação de negro de fumo, que empretecia os funcionários por fora e os consumia por dentro, além de sujar lençóis nos varais em um raio de quilômetros em dias de vento.
Hoje as manipulações de negro de fumo, se não assépticas, atendem a padrões rigorosos de saúde ocupacional e segurança ambiental e pode-se andar pela fábrica sem ter que depois por prá lavar toda a roupa que usou durante a visita, coisa impossível naquela época.
Nós, Indios.
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Toda esta falsa celeuma quanto ao suposto silêncio da imprensa brasileira sobre o vazamento de óleo foi orquestrado pela militância esquerdista na Internet, como mais um lance de sua cruzada contra a imprensa livre, que como todo esquerdista sabe, é a pior coisa do mundo e o Brasil só será uma grande nação quando todos os meios de comunicação forem controlados pelo Partido dos Trabalhadores.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O vazamento de petróleo na Bacia de Campos (Rio de Janeiro) pode ser 23 vezes maior que o divulgado pela Chevron, empresa responsável pela exploração da região. Essa é a estimativa do geólogo John Amos, da ONG SkyTruth, com base nas imagens captadas pela Nasa. Amos afirma que há um vazamento de 3.738 barris por dia entre 9 e 12 de novembro, o que representa aproximadamente 15 mil barris.
http://br.noticias.yahoo.com/vazamento-de-óleo-no-rio-de-janeiro-pode-ser-23-vezes-maior-que-o-divulgado.html
ReutersPor Jeb Blount | Reuters – 10 horas atrás
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A empresa de petróleo Chevron assume toda a responsabilidade pelo vazamento em águas brasileiras, disse neste domingo (20) o presidente da subsidiária local, George Buck.
Nossa, quanta benevolência para com os tupiniquins.