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O comunismo ainda está vivo na Rússia?

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Comentários

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fabi disse: Assim é fácil ser desenvolvido e ter tecnologia de ponta, é só roubar dos outros...

    Um dos exemplos mais memoráveis disto:

    concord02b.jpg

    O avião de cima é o Tupolev TU 144 de fabricação soviética e o de baixo o célebre Concorde.

    Qualquer semelhança não é mera coincidência.


    Acauan dos Tupis
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    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Darkside disse: E esse tipo de distorção sobre o desenvolvimento de um país continua até hoje, já que a China é vista por muitos como um exemplo de economia bem sucedida, enquanto a maioria da população vive em condições sub-humanas.
    A China talvez seja um bom exemplo de capitalismo selvagem, onde alguns ficam MUITO ricos e outros são explorados nas fábricas, a ponto de ser necessário se instalarem grades nas janelas dos prédios para que não se suicidem.

    Enquanto que o Ocidente levou muito tempo aperfeiçoando a relação entre trabalhadores e empregadores, a China passou de um regime onde o imperador era quase uma divindade e o povo não era nada, para o socialismo mais obtuso e daí pulou de repente para um capitalismo sem regras.
  • Acauan disse: Um dos exemplos mais memoráveis disto:

    Tem também o onibus espacial sovietico.

    Ha poucos anos, revelaram fotos do N1, que seria o foguete que colocaria no espaço uma missão humana para explorar a Lua. A explosão de um desses foguetes matou várias pessoas responsaveis pelo programa espacial sovietico.




    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Mas não há um único aspecto negativo do czarismo que não foi terrivelmente agravado pelos bolcheviques que destruíram uma por uma das realizações positivas que o país acumulava nos últimos cinquenta anos.
    Um dos motivos para a insatisfação popular na época não foi a situação até 1914, mas os problemas resultantes da Primeira Guerra. E os bolcheviques se aproveitaram disto.
    Aliás, os bolcheviques eram apenas um dos grupos revolucionários, mas acabaram esmagando os outros.
    Acauan disse: De qualquer modo, como imagens às vezes dizem mais que palavras, eis uma coletânea de fotos da Rússia de 1907 a 1915.

    A grande fome na URSS:
    http://www.artukraine.com/famineart/russie.htm

    icard24.jpg

    brussels-s.jpg

    Um link em português:
    http://www.ukremigrantpt.ipsys.net/index_files/Golodomor_video_pt.htm
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    http://en.wikipedia.org/wiki/Russian_famine_of_1921
    Origins of the catastrophe

    Victims_of_the_1921_famine_in_Russia.jpg

    Before the famine began, Russia had suffered six and a half years of the First World War and the Civil Wars of 1918-20, many of the conflicts fought inside Russia.[1]
    Before the famine, all sides in the Russian Civil Wars of 1918-20 — the Bolsheviks, the Whites, the Anarchists, the seceding nationalities — had provisioned themselves by the ancient method of "living off the land": they seized food from those who grew it, gave it to their armies and supporters, and denied it to their enemies. The Bolshevik government had requisitioned supplies from the peasantry for little or nothing in exchange. This led peasants to drastically reduce their crop production. According to the official Bolshevik position, which is still maintained by some modern Marxists, the rich peasants (kulaks) withheld their surplus grain in order to preserve their lives;[4] statistics indicate that most of the grain and the other food supplies passed through the black market.[5] The Bolsheviks believed that peasants were actively trying to undermine the war effort. The Black Book of Communism states that Lenin ordered the seizure of the food peasants had grown for their own subsistence and their seed grain in retaliation for this "sabotage," leading to widespread peasant revolts. In 1920, Lenin had ordered increased emphasis on food requisitioning from the peasantry.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    http://en.wikipedia.org/wiki/Soviet_famine_of_1932–1933
    Soviet famine of 1932–1933

    The Soviet famine of 1932–1933 killed many millions in the major grain-producing areas of the Soviet Union. These areas included Ukraine, Northern Caucasus, Volga Region and Kazakhstan,[1] the South Urals, and West Siberia.[2][3] Holodomor, ‘hungry mass-death’, is the term used to describe the famine within the borders of the Ukrainian Soviet Socialist Republic and other areas with significant Ukrainian population.
    Unlike a 1921 famine in the Russian SFSR, information about the famine of 1932–33 was suppressed by the Soviet authorities until perestroika, the political and economic reforms which ended the Soviet Union in the early 1990s.
    Estimation of the loss of life

    The famine destroyed a significant part of the local populations, especially in Ukraine. Many villages were destroyed.
    The 2004 book The Years of Hunger: Soviet Agriculture, 1931–33 by R.W. Davies and S.G. Wheatcroft, gives an estimate of 5.5 to 6.5 million deaths.[6]
    The Black Book of Communism estimates 6 million deaths in 1932–33.
    Encyclopædia Britannica estimates that 6 to 8 million people died from hunger in the Soviet Union during this period, of whom 4 to 5 million were Ukrainians.[7]
    Robert Conquest estimated at least 7 million peasants' deaths from hunger in the European part of the Soviet Union in 1932–33 (5 million in Ukraine, 1 million in the North Caucasus, and 1 million elsewhere), and an additional 1 million of deaths from hunger as a result of collectivization in Kazakhstan.[8]
    Another study by Michael Ellman using data given by Davies and Wheatcroft estimates "‘about eight and a half million’ victims of famine and repression", combined, in the period 1930–33.[9]
    In his 2010 book Stalin's Genocides, Norman Naimark estimates that 3 to 5 million Ukrainians died in the famine.[10]
  • Cameron escreveu:
    Isso não se restringe apenas aos mercados financeiros, essa atitude irracional de criar expectativas surreais com base em um cenário perfeito é comum em várias outras situações.


    O mercado e um processo impessoal e mal compreendido.

    Isso o torna um bode expiatorio perfeito para politicos justificarem seus fracassos.

    E uma questao interessante entre economistas se mercados completamente livres estariam eles sujeitos a episodios maiores de contracao de moeda e credito.

    Ou seja, se crises sao endogenas ao comportamento coletivo dos mercados, ou se elas sao um fenomeno induzido pela intervencao exogena de “macro” agentes (governos, bancos centrais).

    Eu acredito que haja um aspecto endogeno nao negligenciavel. Isto e, eu acho que mercados podem acumular distorcoes que eventualmente levam a fenomenos de cascada. Isso porque mercados sao processos estocasticos com aspectos cumulativos.

    Nisso eu difiro de alguns economistas austriacos que alegam que ciclos economicos e crises de larga escala sao produto exclusivo da intervencao de governos no funcionamento auto-regulatorio dos mercados. Eu acho que essas intervencoes frequentemente intensificam e prolongam crises, mas nao sao a causa exclusiva delas.

    A causa dessas mas alocacoes em larga escala esta simplesmente no fato de que sequencias de decisoes sao tomadas em regimes de informacao incompleta. E muitas vezes o sinal que mostra que uma sequencia de decisoes e inadequada nao e compreendido, ou demora a se manifestar claramente. No meio tempo, certos tipos de decisao acabam intensifcando-se mutuamente, no fenomeno conhecido como comportamento de manada.

    Nao sao governos centrais a origem de todos os comportamentos de manada vistos no mercado, e ao remove-los da equacao me parece pouco provavel que esses comportamentos desapareceriam.

    O que eu nao acredito e que essa caracteristica possa ser suavizada pela intervencao de burocratas do Estado. E isso por um fato bem simples: burocratas nao conhecem o futuro.

    Agencias burocraticas nao controlam mais informacao do que os agentes dispersos no mercado. Ao contrario, a estrutura centralizada dificulta a gestao de informacao essencialmente dispersa entre os setores. E seu impacto desinformado no sistema de precos por sua vez desarticula a tomada de decisoes consequentes que os agentes dispersos no mercado poderiam tomar.

    Tudo que agencias burocraticas fazem de util e formalizar regras de conduta que visam evitar a repeticao da sequencia de eventos que produziu a ultima crise. E isso e tudo o que elas podem fazer, ja que elas nao conhecem a sequencia de eventos que produzira a proxima crise, e portanto nada podem fazer para evita-la.

    Ora, mas aqueles que sairam financeiramente prejudicados na ultima crise tem todo o incentivo para procurar por si proprios mecanismos contratuais que os defendam da repeticao desse cenario. E eles normalmente o fazem. E assim que as instituicoes evoluem no mercado livre. Novos dispositivos contratuais sao acrescentados de maneira a evitar cenarios passados indesejaveis.

    Logo, qualquer beneficio introduzido por uma gestao burocratica e completamente superfluo, ja que num regime de competicao os incentivos seriam empregados para criar contratos eficientes e protegidos contra riscos conhecidos.

    Quando observados em retrospecto, mercados sao inerentemente ineficientes. Isso e um fato inescapavel da assimetria de informacao que existe entre nosso estado futuro e nosso estado passado. No futuro, nos sabemos exatamente aquilo que deveria ter sido feito no passado.

    Mas regulacao estatal nao aumenta a eficiencia de mercados. Burocratas nao possuem bolas de cristal. E e bastante consequente supor que se burocratas tivessem habilidades preditivas superiores aquelas dos empreendedores, eles poderiam estar fazendo muito mais dinheiro investindo no mercado por si mesmos.

    Regulacao estatal apenas distorce os incentivos necessarios para o comportamento saudavel do mercado. Num cenario regulado, agentes que competiriam entre si para oferecer eficiencia a seus clientes passam a competir pela protecao e controle dos orgaos reguladores.

    Qualquer entendimento das imperfeicoes presentes no mercado pode ser empregado de maneira a se fazer dinheiro.
    Porque imperfeicoes no mercado, em tempos menos pedantes, eram chamadas de oportunidades.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: Aliás, os bolcheviques eram apenas um dos grupos revolucionários, mas acabaram esmagando os outros.

    Os Mencheviques eram maioria na esquerda russa, mas estupidamente aceitaram a designação de "minoristas" astutamente atribuída a eles pelos bolcheviques, "maioristas" autoentitulados.
    Mas o feito decisivo que levou à vitória dos bolcheviques foi terem sido bem sucedidos em sua infiltração nas forças armadas russas, passando a controlar os sovietes de soldados e a explorar tanto os sofrimentos da guerra quanto o ódio dos praças ao oficialato aristocrático. A certa altura da guerra, os soldados montavam comitês para votar entre eles as táticas a serem usadas nas batalhas, totalmente alheios ao comando.
    Foi o que no fim decidiu a conquista do poder total quando um golpe militar dissolveu a Assembléia Constituinte democraticamente eleita e dominada pelos partidos camponeses, opositores dos bolcheviques.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Acauan disse: Foi o que no fim decidiu a conquista do poder total quando um golpe militar dissolveu a Assembléia Constituinte democraticamente eleita e dominada pelos partidos camponeses, opositores dos bolcheviques.

    Não muito diferente da revolução cubana, que era até compreensível no início, teve um governo normal e uma imprensa livre, mas onde, em pouco tempo, um grupinho tomou o poder e fuzilou ou prendeu os antigos companheiros de revolução que discordavam das arbitrariedades.

    E, da mesma forma, convenceu os otários de que aquela ainda era a mesma revolução original.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fernando_Silva disse: Não muito diferente da revolução cubana, que era até compreensível no início, teve um governo normal e uma imprensa livre, mas onde, em pouco tempo, um grupinho tomou o poder e fuzilou ou prendeu os antigos companheiros de revolução que discordavam das arbitrariedades.

    E os companheiros que concordavam e executavam as arbitrariedades, mas que se tornaram politicamente indesejáveis foram mandados para o fim do mundo tentar fazer revolução e se acabar na tentativa.

    Acauan dos Tupis
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  • Fernando_Silva disse: A China talvez seja um bom exemplo de capitalismo selvagem, onde alguns ficam MUITO ricos e outros são explorados nas fábricas, a ponto de ser necessário se instalarem grades nas janelas dos prédios para que não se suicidem.

    Enquanto que o Ocidente levou muito tempo aperfeiçoando a relação entre trabalhadores e empregadores, a China passou de um regime onde o imperador era quase uma divindade e o povo não era nada, para o socialismo mais obtuso e daí pulou de repente para um capitalismo sem regras.

    Na verdade, o capitalismo de lá não é sem regras, pois não podem existir mercados sem elas.

    O que acontece é que o próprio governo chinês promove uma exploração em larga escala de sua população de várias maneiras, pois o único objetivo dele é encher os próprios cofres de dinheiro. O governo da China é extremamente autoritário em outros aspectos e possui meios de sobra pra estabelecer relações justas de trabalho, não faz isso porque vai contra seus interesses.

    Aliás, a melhor forma de descrever a atitude do governo chinês em relação ao capitalismo não é liberdade demais, e sim desonestidade demais. A China é um notório ladrão de propriedade intelectual, mantém sua moeda desvalorizada de propósito pra prejudicar seus parceiros comerciais e qualquer mudança que aparenta promover é só pra passar uma imagem de país sério.

    É um país que não serve de exemplo de progresso nem pra liberais e nem pra socialistas.
  • CameronCameron Membro
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: O erro é professor. Sistemas que tentam eliminar o erro somente impedem o aprendizado.
    O mesmo pode ser aplicado as crises, ao ouvir políticos e economistas falando de crises econômicas e as intervenções necessárias para se evitá-las parecem que elas são o arauto do apocalipse, ao invés disso, crises são choques de realidade quando nossas abstrações, inconsequências e insensatez atingem determinada massa crítica.

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • O comunismo não é solução, o capitalismo também não.

    A solução vai ser encontrada, independentemente da nossa vontade.
  • O capitalismo ( do crescimento ilimitado) não precisa ser abolido, somente desaparecer.

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Mig29 disse: O comunismo não é solução, o capitalismo também não.

    A solução vai ser encontrada, independentemente da nossa vontade.
    O que é 'capitalismo'?

  • Capitalismo varia entre dois extremos. No primeiro temos, quase ou toda a produção e distribuição nas mãos do coletivo. No segundo caso, temos o inverso.

    O fim do capitalismo ocorrerá quando se terminar de aplicar a sua versão extrema do segundo caso.

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Para mim, capitalismo é o direito à propriedade e à livre iniciativa.
    O resto são distorções.

    Isto vai gerar desigualdade? Sim, mas ... e daí?
  • Mig29Mig29 Membro
    edited dezembro 2011 Vote Up0Vote Down
    Se definir o capitalismo como direito à iniciativa individual, então, não acabará.

    Existir desigualdade (móvel) não é problema, excepto quando se torna permanente e imóvel. Trocando por miúdos, enquanto existir perspectiva de ascensão social, tudo rolará numa boa.
    A desigualdade é um dos motivos do colapso das sociedades. Nunca deve ser vista com ligeireza.
    Post edited by Mig29 on

  • Voce esta atacando uma definicao propria de capitalismo.

    A propaganda esquerdista acabou por transformar a palavra "capitalismo" em uma especie de termo guarda-chuva que serve para designar "tudo isso de ruim que esta ai".

    Mas o regime capitalista que Marx atacava e o regime legal onde individuos tem o direito de tomar as decisoes finais sobre a fracao de recursos economicos que eles produziram ou adquiriram legalmente.

    Socialismo e qualquer desculpa inventada para violar esse direito.
  • Mig29 disse: O fim do capitalismo ocorrerá quando se terminar de aplicar a sua versão extrema do segundo caso.
    Tipo igual o que acontece no comunismo? Onde toda a riqueza vai parar nas mãos dos membros do partido dominante?
  • Fernando_Silva disse: Isto vai gerar desigualdade? Sim, mas ... e daí?

    Acho importante sempre deixar claro o que esse "e daí?" do capitalismo pra desigualdade significa.

    Ao contrário do que possa parecer, ele não é um ato de ignorar solenemente a vida dos miseráveis, e sim um dos aspectos do reconhecimento ao direito de ser livre para trabalhar e de realmente possuir o que recebe em troca de seu trabalho, em um cenário onde as pessoas podem combater a miséria com as próprias mãos, ao invés de depender da caridade de um governo ladrão que se considera o dono verdadeiro de toda a riqueza do país.
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