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Comentários
Cientistas não lidam com fé Johnny, lidam com empirismo, se ele não conseguir provar o que ele diz, ele não tem fé que está certo. Ele procura provar, com fé não dá mesmo.
Eu evito usar o termo fé ao invés de crença, apesar de serem sinônimos exatamente para evitar a confusão com a ideia religiosa de fé, aquela crença que seu defensor mantém a qualquer custo independente dos fatos.
Eu evito usar o termo fé ao invés de crença, apesar de serem sinônimos exatamente para evitar a confusão com a ideia religiosa de fé, aquela crença que seu defensor mantém a qualquer custo independente dos fatos."
Pois é! Dentro deste seu raciocínio presenciei um debate ferrenho entre ateus, lá no blog do PAULOPES, o cara lá afirmava, que não dava para definir o ser ateu, apenas dentro da etimologia e que tinha que se definir o ateísmo dentro de um contexto filosófico e que ateísmo filosoficamente é uma crença e não tem nehum demérito nisto, segundo ele filosoficamente, ateuísmo é a crença, nãonão existência no divino.Prá mim tanto faz.
O que é ciência? No sentido estrito, é um método de investigação dos fenômenos naturais. No sentido amplo, é todo o corpo de modelos explicativos de fenômenos naturais, didaticamente divididos e classificados, formulados a partir das informações obtidas por este método.
O que é religião? É uma categoria que engloba todas as doutrinas que, grosso modo, procuram, cada uma à sua maneira, dar uma unidade a todos os aspectos da existência humana e um sentido para ela.
Definindo os termos claramente assim, vejam se há algum sentido em afirmações e perguntas que colocam ciência e religião como duas coisas de mesma natureza, sujeitas à relação de compatibilidade/incompatibilidade.
O único conflito que eu vejo não é entre ciência e religião, mas entre cientificistas e certos adeptos de certas religiões. Quem vê mais do que isso, a meu ver, pertence a uma destas categorias e está apenas buscando dar alguma camuflagem de racionalidade à sua antipatia contra o outro lado da contenda.
É uma boa definição.
Ok, vamos prosseguir então com essa definição nos comentários a seguir.
Sim, existe sentido, principalmente quando (seguindo suas definições) o método de investigação dos fenômenos naturais entram em choque com as doutrinas que tentam dar um sentido a existência humana, o exemplo clássico disso foi Galileu, quando suas pesquisas e investigações dos fenômenos naturais entraram em choque com a ideia religiosa que a Terra era o centro do universo, um dogma que visava dar sentido a existência humana o resultado foi a tentativa dessa silenciar a ciência, portanto, existe sim compatibilidade/incompatibilidade. Poderíamos ficar citando vários exemplos de conflito entre o avanço da ciência e a tentativa de se manter o dogma religioso a qualquer custo, utilizando de todas as ferramentas políticas e judiciais que tais dispunham.
Você pode chamar esse tipo de conflito de ser entre "religiosos e cientistas" ao invés de chamar de conflito entre "religião e ciência" se isso fizer alguma diferença para você, mas como a ciência e a religião são feitas por pessoas eu não imagino como existiria um conflito de outra forma.
Seria o mesmo que dizer que nunca existiu conflito entre Japão e China, apenas entre japoneses e chineses.
Pode parecer gozado, Cameron, mas É ISSO MESMO. Dizer que China e Japão se estranharam no século XX é uma BAITA SIMPLIFICAÇÃO. Quem bateu e levou nessa foram de fato os chineses e japoneses. Sem eles, não teria havido conflito... Nem existiriam China, nem Japão.
No Julgamento de Nurembergue, os advogados tentaram uma manobra, alegando que as leis do Direito Internacional seriam aplicáveis a ESTADOS SOBERANOS, mas não aos membros de um Governo individualmente. Os juízes refutaram tal alegação, dizendo que são PESSOAS que cometem crimes e não INSTITUIÇÕES ABSTRATAS.
Portanto a REALIDADE são as pessoas e não as instituições que supostamente as representam.
Tá Botânico, mas certa vez você refutou isso quando eu disse que não era a igreja católica que cometia os "erros" e sim os que regiam estas. Acho que cabe a mesma coisa aqui, com a diferença de que uma instituição é construida e montada pelas pessoas e um país "nasce pronto".
Sobre isto o historiador Thomas Woods destaca uma questão muitíssimo relevante e pouquíssimo difundida que é o fato histórico documentado de que uma das razões principais para Igreja refutar as proposições de Galileu foi a falta de explicação por parte do astrônomo do fenômeno da paralaxe estelar - se a Terra se movia, porque as estrelas fixas não mudam de posição no céu, como deveria ocorrer.
Levou algum tempo para se descobrir que as estrelas fixas mudam de posição no céu, só que as distâncias estelares tornam a mudança perceptível apenas a instrumentos especializados.
Mas o fato é que Galileu não soube dar uma explicação convinvente, o que fez com que sua teoria fosse considerada incompleta e por isto não poderia substituir o modelo aceito.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O que ocorre é que cientistas e religiosos adeptos de determinadas facções político-ideológicas querem criar uma disputa de poder entre os dois grupos, na qual cada facção defende que a outra tem poder demais sobre a sociedade e que tal poder deveria ser transferido para ela própria.
No mais, ciência trata de verdades relativas que podem ser observadas, explicadas e demonstradas empiricamente, enquanto o objeto da religião são verdades absolutas reveladas, intuídas ou inspiradas.
Cada macaco no seu galho e tudo acaba bem.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Agora você está dizendo que esse historiador tem provas históricas que tudo não passou de um mal entendido técnico, é isso?
Bem, Johnny, eu precisaria rever em que contexto refutei essa colocação, pois também foi da minha opinião que a INSTITUIÇÃO Igreja é uma instituição abstrata e, de per si, não seria criminosa. Até porque em muitos casos era usada como fachada. As Inquisições Portuguesa e Espanhola eram mais instituições dos respectivos Estados do que da própria Igreja.
Contudo, a Santa Madre Igreja pode hoje ser entendida como uma instituição criminosa. A catolicíssima Irlanda tinha uma lei que determinava que órfãos ou filhos de famílias desfuncionais fossem obrigatoriamente internados em orfanatos controlados pela Igreja Católica. Ao longo de sua história, em tais orfanatos, padres e freiras acumularam casos de abusos físicos, psicológicos e sexuais contra as crianças lá internadas. Em vista do manto de respeitabilidade, não se davam crédito às denúncias desses maus tratos, até que um dia a casa caiu. Não podendo mais se omitir, o Governo Irlandês acabou sancionando uma lei PROIBINDO a Igreja de manter orfanatos.
Recentemente houve um julgamento dos casos desses abusos, em que os nomes dos culpados, vários dos quais já mortos, foi omitido e o representante da Igreja Católica ASSUMIU A CULPA EM NOME DA DITA IGREJA. Agora sim a Instituição Igreja torna-se culpada de crimes, já que um representante autorizado falou em nome dela e não houve contestação da autoridade máxima.
É isso.
Pois é..., uma situação muito comum.
Muito do que se difunde como sendo História na verdade são mitos, distorções ou falsificações que por acidente ou manipulação terminam sendo aceitos como fatos, sem qualquer base documental que os sustente.
A lista é enorme, dos cintos de castidade medievais (que mulher nenhuma usou) ao já discutido revisionismo esquerdista da Guerra do Paraguai.
No caso Galileu não houve um mau entendido, mas uma deturpação histórica que criou o mito do cientista perseguido pelas forças obscurantistas, o que é parcialmente verdadeiro - Galileu foi sim vítima de censura, mas o fato é que o debate sobre o heliocentrismo foi mais complexo do que normalmente se diz por aí.
Recomendo assistir aos vídeos do próprio Woods, que são muito esclarecedores:
Nós, Indios.
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A quase totalidade dos cientistas querem apenas fazer o seu trabalho, o que não impede que grupos de interesse sequestrem o discurso científico para angariar poder político.
Uma ação comum destes grupos é tentar desviar o julgamento de polêmicas morais complexas - como a questão do aborto - exclusivamente para a discussão técnico-científica, taxando de obscurantistas todos que argumentem que a dimensão do problema extrapola as paredes do laboratório.
Nós, Indios.
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Mas durante essas observações pode-se chegar a verdades que falseiam as afirmações das religiões reveladas. Como exemplo temos a crítica bíblica que demonstra as inserções, exclusões, plágios e adulterações através dos séculos; A arqueologia que levanta a falta de registros e os exageros de grande parte da história deuteronomista; A biologia que abalou a teologia; A astronomia que mostrou como era infundada e primitiva os relatos de criação; A química que demonstrou a fraude do Sudário de Turim; A historiografia que mostra as incongruências e a implausibilidade de certos relatos...
Além disso a inescapável conclusão de Hume sobre a natureza do milagre. Somente com muito duplipensar alguém pode conseguir confiar, simultaneamente, na própria racionalidade e no seus sentidos enquanto acredita que um objeto que tem todas as características de um pão pode ser outra coisa.
O problema epistemológico não se resume a cientistas e entusiastas, mas a qualquer individuo racional.
A ciência só pode falsear os aspectos da religião que são passíveis de experimentação empírica. Tais aspectos não constituem a essência da religião que pode reinterpretar tais elementos consideráveis assessórios, enquanto conserva seus dogmas de fé, que não são falseáveis.
Religiosos confiam mais em sua fé do que em sua racionalidade.
E a natureza humana não se resume ao problema epistemológico.
Nós, Indios.
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A ressurreição de Jesus é um tema imprescindível para o cristianismo como conhecemos hoje, é exatamente o que diz Paulo "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a nossa fé". Essa afirmação poderia ser comprovada empiricamente e ainda pode ser falseada. Caso fosse encontrada os restos mortais do Jesus histórico, só restaria a modificação da fé ou a costumeira negação da realidade.
E essas reinterpretações e desculpas tiradas da cartola que são frequentes entre teólogo deveriam demonstrar para pessoas habituadas com o uso da racionalidade e da metodologia investigativa, para todas as outras coisas que a sua fé é cega e infundada.
Religiosos não vivem só de fé. Mesmo que o Papa seja o vigário de Deus na terra não dispensa o vidro blindado. Para manter a fé enquanto a realidade dá todas as provas do contrário(Aqui a suposta proteção mencionada tanto no antigo como no novo testamento que todo justo seguidor de Jeová possui) só com auto-engano e duplipensar.
Mas é exatamente isso que está sendo tratado aqui e foi justamente por isso que mencionei o argumento de Hume e o de Tillotson sobre a transubstanciação.