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Comentários
Qualquer método de comprovação que denuncie determinados restos mortais como sendo do Jesus histórico podem ser contestados pelos religiosos de alguma forma. Métodos científicos não são eficazes nestes casos de particularidade extrema.
É preciso cuidado para ao escapar do dogmatismo religioso não cair no dogmatismo anti-religioso.
Desculpas tiradas de cartola para alimentar fé cega e infundada são mais comuns no discurso apologético, que no geral é bem raso, do que na teologia, que em seu melhor nível é filosofia de qualidade. As posições individuais podem ser refratárias às premissas teológicas, mas tais premissas não podem ser comprovadas falsas.
Não é um argumento válido. Religiosos minimamente competentes podem desmontá-lo facilmente. Não vou entrar no mérito para não assumir partidarismos que não são meus.
Cristãos protestantes negam a transubstanciação e a consideram um erro de interpretação bíblica dos católicos romanos. No fim temos vários discursos em conflito, mas o que resta é o simbolismo do dogma, cujo entendimento é não verbal, mas isto também implica em se aprofundar na interpretação teológica, que não cabe aqui.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
'Conhecimento é a única arma contra a ignorância. Deixem a fé para os avós.
por Otávio Barcellos a propósito de
Conhecimento científico é incompatível com fé e religião
Quando eu era jovem, acreditar em Deus já era démodé. Coisa exclusiva de famílias ortodoxas, que geralmente davam gordas contribuições à Igreja em troca de bençãos particulares.
Nós estudávamos em colégios católicos porque eram os melhores na época. Contudo, entre meus colegas poucos eram tão alienados a ponto de crer na incoerência absoluta das estórias bíblicas.
E quase todos sabíamos que isso não não poderia vingar para sempre, tamanha a discrepância entre Ciência (que só avançava) e religião (que só retrocedia).
Hoje, aos 71 anos de idade, vejo com surpresa que há jovens aqui mais alienados do que na minha época. No meu tempo nós tínhamos que ler grossos e complexos livros para compreender o mundo, hoje vocês só precisam dar alguns cliques.
O conhecimento é a única arma contra a ignorância. Deixem a fé para seus avós.
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz1i2JiZHkI
Não são devido a especifidade deste caso (a base(s) de Jesus ter(em) morrido de forma anônima) e do fato de "coincidentemente" ter acontecido quando não existia as ferramentas e o conhecimento atual, mas é um bom exemplo que nem todo dogma religioso é etéreo suficiente para escapar de um exame material e exatamente por isso que acho que a religião revelada é tão contrária a toda a bagagem do conhecimento humano.
Discurso apologético que é parte da teologia, presente mesmo entre aqueles que estão entre os grandes pensadores e as obras do cânone ocidental. Em nenhum momento quero desmerecer a importância da teologia para a filosofia e cultura.O que está sendo discutido aqui são as mudanças ocasionadas por descobertas seculares para conciliar a colcha de retalhos e imaterialidade das alegações religiosas. Os argumentos bizarros como o de Tertuliano (É certo porque é impossível), Irineu(Os evangelhos são quatro pois há quatro regiões no mundo) são comuns (ainda mais agora) e meras tentativas de sofisma.
Eu também conheço a contra-argumentação que é baseada unicamente em um desculpa e uma maquiagem, com respaldo bíblico é verdade, para simular uma resposta. É o mesmo caso do sofrimento de um justo no livro de Jó.
Mencionei o fato a título de exemplificação do que se segue quando se renega a experiência e a razão para o segundo plano nas decisão de crer.
Quem acredita piamente que realmente a quantidade astronômica de pessoas fugiu na narrativa do Exôdo não tem motivo nenhum para duvidar de que extra-terrestres construíram as piramides. É a mesma falta de base e a mesma abundância de fé.
A questão é: Será que os religiosos manteriam essa divisão caso o cenário fosse outro? Se aparecesse algum sujeito, na frente de todos, milagrosamente restaurando membros amputados em nome de Jesus, será que a religião diria que fé e razão não se misturam? Ou será que avidamente fariam uso do evento para apontar sua fé como verdade objetiva em detrimento de todas as outras?
Se eles não respeitariam essa divisão caso a realidade favorecesse sua crença em particular por que as pessoas céticas deveriam assim proceder em um cenário que não favorece?
Religiões com dogmas falseáveis não se estabelecem. No geral surgem, são moda por um tempo e somem, como ocorre hoje e sempre ocorreu com uma pá de esoterismos. O que permite que uma determinada religião atravesse séculos ou milênios é um núcleo duro de dogmas e idéias que resista à crítica secular e das religiões concorrentes, por isto subestimar o arcabouço de sustentação das grandes tradições religiosas é sempre uma posição precipitada.
Estes argumentos e tantos outros passaram pela crítica Escolástica , que era notável em termos de honestidade intelectual, mesmo que vista de nossa época pareça ingênua certas (ou muitas) vezes. Argumentos teológicos são argumentos, não dogmas. A discussão crítica dentro do cristianismo (e em natureza e grau diferentes no Islã) faz parte do processo de consolidação e mesmo evolução da doutrina.
Sua referência ao vidro blindado de proteção ao Papa não pode ser usado para contestar a fé do pontífice, dado que a história do cristianismo é construída sobre o martírio, começando pelo de Jesus de Nazaré, seguida pelos santos e martíres católicos. Não existe nenhuma garantia doutrinária de que homens de fé devam ser invulneráveis, isto só existe nas versões populares e distorcidas do cristianismo.
A decisão religiosa de crer se dá a partir do momento em que o indivíduo admite a existência de instâncias da realidade não alcançáveis pela razão e experiência humana.
Outros renegam a possibilidade da existência desta instância, mas a razão e experiência não podem ser chamadas para provar sua inexistência, conforme o paradigma científico mais aceito.
E questões geográficas e históricas continuam sendo assessórias, como o são em toda mitologia, cujos conteúdos simbólicos prescindem da exatidão factual - o que não implica que sejam totalmente falsos.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
A idéia de que fé e religião não se misturam é externa à religião. Para todos os efeitos, dentro de suas premissas a teologia é a sustentação racional da Fé.
O que a maioria dos religiosos admite - salvo facções fundamentalistas específicas - é que os métodos de experimentação empíricos não se aplicam aos dogmas de fé, mas estes dogmas podem ser compreendidos e explicados metafisicamente.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O modelo cosmológico da Igreja Católica no século XVII não fala por toda a categoria "religião". E o modelo heliocêntrico também não é sinônimo de "ciência".
Eu posso aceitar que um modelo explicativo seja compatível ou incompatível com outro modelo explicativo. Que um credo seja compatível ou incompatível com outro credo, etc. Só podemos falar de uma relação de compatibilidade entre duas coisas que partilham uma mesma natureza, por assim dizer.
Mas ciência e religião são coisas diferentes. Uma é um método de investigação de fenômenos naturais, outra é a busca de uma explicação para o sobrenatural.
Numa escala de abrangência explicativa, a religião está acima dos modelos científicos. Uma determinada doutrina religiosa pode tanto ter ensinamentos que contrariem alguns modelos científicos amplamente aceitos como pode também estar de acordo com todos. É uma grande besteira dizer que há em princípio uma incoerência entre a busca de explicações para o sobrenatural (religião) e o emprego do método científico para investigar fenômenos naturais (ciência).
A existência de diversos cientistas religiosos, no presente e no passado, deveria por si só colocar um ponto final na questão. Aí aparece um sujeito como o autor do texto e diz: "Ah, mas ele só empregou o método científico para fazer suas descobertas científicas, e não seus dogmas religiosos". Claro: se houvesse empregado outra coisa além do método científico ele nem seria um "cientista", pra começo de conversa, e com isso você nem estaria se perguntando se ele era ou não um exemplo de compatibilidade entre ciência e religião, duh...
Eu vejo muitos religiosos contestando a evolução biológica, o big bang e os modelos que tratam da formação da Terra, mas não me lembro de algum que conteste o próprio método científico.
Conheço muito pouco da área, mas só o que eu já vi são religiosos tentando explicar cientificamente os relatos bíblicos. O resultado é obviamente patético, mas não é o que está em discussão aqui. Não me recordo de algum que contestasse a própria ideia de observar fenômenos, formular hipóteses e fazer experimentos.
Com isso Jesus quis dizer a Tomé que o caminho para Deus é a fé.