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Acauan: Maconha faz bem à saúde e ao cérebro

2»

Comentários

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2012 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: Quase como uma ação afirmativa?

    Sim. Aí que mora o perigo.
    sybok disse: Acho que o governo já passou dos limites com o cigarro, estão proibindo fumódromos privados e tabacarias, seguindo nessa direção tem deputados já querendo proibir de vez o tabaco.

    Estas ações estão de fato na fronteira do estado democrático de direito. A única defesa que se pode fazer destas restrições legais ao fumo é que não houve nenhuma manifestação contrária por parte da sociedade ou setores interessados dela, mesmo com todos os meios jornalísticos e judiciais abertos a isto, o que sinaliza que o povo está de saco cheio dos males causados pelo tabaco e concluiu que é hora de tratar seriamente o problema.
    sybok disse: Cara, eu já fui viciado em tabaco, colocada entre drogas mais viciantes, acho que salvo algumas exceções existem alguns exageros quanto a ideia de dependência.

    Quase tudo que se fala de dependência é dramatização da propaganda contrária, cuja eficácia é nula. Drogas como cocaína não produzem dependência no sentido de compulsão irresistível ao consumo, atuando quando muito em casos especiais como potencializador de outras compulsões já existentes.
    sybok disse: Exceto por drogas como heroína e crack, que causam forte dependência química, acho um tanto exagerado a noção comum de vicio, mesmo em relação ao cigarro e olha que é tão dificil largar o maldito, que até hoje tenho pesadelos de que voltei a fumar e vou ter que fazer o sacrifício de largar novamente.

    Mesmo a tal "dependência química" sendo apenas uma figura de linguagem na maioria dos casos, a indústria das drogas legais ou ilegais explora a dependência cotidiana que as pessoas tem de se apegar a determinados elementos que aliviam aspectos desagradáveis de sua rotina. O melhor exemplo não é o álcool, tabaco ou cocaína e sim o chocolate explorado abertamente como alívio de tensões diversas para mulheres. De qualquer modo, existe um planejamento estratégico que determina como transformar compulsões potenciais em consumo de massa e o indivíduo isolado está em uma luta desigual contra uma estrutura muito maior que ele que estuda detalhadamente como explorar suas fraquezas.
    sybok disse: O ser humano é um animal da hábitos, ele se "vicia" na própria rotina. Digamos que largar o cigarro seja tão dificil quanto começar a fazer exercícios ou mudar a alimentação.

    Isto é razoavelmente aplicável para as novas gerações.
    Para as anteriores, que conheceram a imagem mítica do fumante criada pelas propagandas das grandes marcas de tabaco lembra a ilusão de prestígio social criada pelos publicitários do ramo. Para os pais desta geração anterior o cigarro era um símbolo de masculinidade, com meninos fumando escondido como ritual de iniciação para mostrar que já eram homens. Desmontar esta cultura, natural e artificialmente criada, é trabalho para uma ou duas gerações.

    sybok disse: Talvez fosse uma questão de capacidade de avaliação psicológica e acompanhamento dos usuários. Uso com acompanhamento medico. Separar assim os problemáticos e com problemas mentais pré-existentes dos outros, bem como separar viciados de usuários. Hoje colocam tudo no mesmo balaio e não punem ninguém.

    O Brasil não tem acompanhamento médico satisfatório nem para portadores de Diabetes, que dirá para usuários de drogas.
    sybok disse: Uma produção empenhada em acentuar o vicio é preocupante, mas parece mais mito que realidade. Não vejo o fabricante do "Johnny Walker" seguir essa direção, muito embora não tenha a mesma confiança na industria do cigarro... Isso é certamente algo que precisaria de regulamentação e ainda assim sempre existiriam zonas bem "nebulosas".

    A única razão pela qual marcas como Johnny Walker se empenham em produzir bebidas mais suaves e com menos efeitos desagradáveis no dia seguinte é para estimular o consumo. Como estas bebidas refinadas são caras, o preço contrabalança o efeito da melhoria da qualidade no que se refere ao consumo de massa.
    sybok disse: Foram mortos por um cara perturbado, drogas e religião são mesmo atrativas a esse tipo de gente, misturadas então... Não acho, no entanto, que isso seja tão preocupante quanto o trafico e acho que os problemas seriam mais fáceis de evitar.

    O tráfico de drogas criou enclaves de guerrilha urbana que são ameaças à segurança nacional, sendo a prioridade a ser combatida.
    Mesmo assim, fechar os olhos para os danos causados por esquisitices como o Santo Daime só porque os esquisitos alegam propósitos religiosos é ficar esperando de braços cruzados a próxima tragédia.

    sybok disse: Seria a favor mesmo de um teste em liberar a produção e comercio, mas proibir o consumo?
    A ideia é meio bizarra e contraditória (seria o oposto do que querem os que defendem a descriminalização do uso), mas vai contra o trafico e contra o usuário.

    Uma sociedade sem drogas é um ideal a ser buscado.
    Este ideal encontra seu melhor projeto naquele que não viola as liberdades individuais.
    Encontrar este ponto de equilíbrio é o desafio dos governantes de hoje e do futuro próximo.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Acauan disse: Uma sociedade sem drogas é um ideal a ser buscado.
    Este ideal encontra seu melhor projeto naquele que não viola as liberdades individuais.
    Encontrar este ponto de equilíbrio é o desafio dos governantes de hoje e do futuro próximo.

    Diria que o ideal a ser buscado estende-se a todos os outros campos.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    sybok disse: Pensando mais nessa questão, lembrei do caso dos solventes. Os solventes são legalizados e se feito mal uso deles, podem ser cheirados pra dar barato (e essa informação é bem conhecida).Ao menos no caso desse tipo de "droga", não me parece que o fato de serem legalizadas estimule que um bando de desocupado vire cheirador de cola ou clorofórmio. Isso em parte depõem contra o argumento de que, do ponto de vista do consumo, a produção legalizada o estimularia por si só. Também não vejo "trafico" disso.

    Na verdade o solvente de cola de sapateiro foi o crack dos anos oitenta entre crianças de rua do centro de São Paulo, sendo seu consumo tão disseminado que motivou a proibição da venda do produto para menores e quem vendesse cola para crianças era tratado como traficante pela polícia.
    Já o clorofórmio não é eficaz como entorpecente se não for misturado a pelo menos outros dois produtos na proporção certa. Os três produtos são legais, mas a mistura pronta é ilegal. Como montar a droga comprando seus componentes separadamente é trabalhoso, caro e pouco competitivo com outras drogas, a fórmula caiu em desuso

    sybok disse: Existe uma diferença obvia ai, outras drogas não tem outros fins além do consumo como droga.
    Ainda assim, talvez isso demonstre uma relação ao tipo especifico de droga e o tratamento de cada droga como um caso a parte. Por exemplo, as casas de opio não seriam um bom exemplo ao se discutir a liberação da maconha. Os problemas podem ter relação única com uma droga especifica e a analogia com outro tipo de droga não funciona.

    O ponto comum para todas as drogas é o risco social da disseminação de substâncias entorpecentes, de algum modo viciantes e que causam alteração do comportamento.
    Nisto as Casas de Ópio da China são um exemplo clássico de como um consumo inicialmente considerado como recreação inofensiva só tem seus efeitos catastróficos percebidos quando já é tarde demais.
    Todas as sociedades desenvolveram regras estritas para lidar com drogas permitidas, como o álcool. Ninguém se importa se um profissional for viso após o expediente bebendo vários chopes, mas haverá comentários se o mesmo chegar a uma reunião após o almoço com bafo de cachaça. A maior parte do mal produzido pelo tabaco decorre que o produto não estava sujeito a estas restrições, podendo ser consumido em qualquer hora ou lugar.
    Certas drogas ilegais também podem ser consumidas em qualquer lugar ou hora, deixando vestígios sutis facilmente disfarçáveis por um usuário habilidoso, o que não torna seus efeitos menos danosos. Aí que mora o perigo.


    Acauan dos Tupis
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  • sybok disse: Pensando mais nessa questão, lembrei do caso dos solventes.
    Os solventes são legalizados e se feito mal uso deles, podem ser cheirados pra dar barato (e essa informação é bem conhecida).

    Ao menos no caso desse tipo de "droga", não me parece que o fato de serem legalizadas estimule que um bando de desocupado vire cheirador de cola ou clorofórmio.
    Isso em parte depõem contra o argumento de que, do ponto de vista do consumo, a produção legalizada o estimularia por si só.
    Também não vejo "trafico" disso.

    Muitas colas foram alteradas, adicionadas elementos de odor desagradável para coibir seu uso. Não tem como proibir uso de Thinner, mas já estão aditivando-o para reduzir sua volaticidade. Não se pode mais comprar um mero frasconete de acetona no supermercado, pois foi proibida visando impedir o refino de cocaína.

    Fora outras pérolas que só FODEM com quem é honesto e os fora da lei mesmo estão cagando em nossas cabeças.
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