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São Paulo- A teoria de que nosso universo não é único acaba de ganhar mais força com a publicação de um novo estudo.
Cientistas detectaram padrões que indicam que nosso Universo colidiu com outros; embora os primeiros resultados não sejam ainda conclusivos, a técnica desenvolvida para análise é promissora.
A chamada teoria do “Multiverso” propõe que nosso universo está contido em uma bolha e que outros universos alternativos existem também no cosmos, dentro de suas próprias bolhas. Nesses outros ambientes, as constantes fundamentais e até mesmo as leis básicas da natureza poderiam ser diferentes.
Pela primeira vez, essa hipótese, prevista em muitas teorias modernas da física, começa a ser testada em dois trabalhos publicados na Physical Review Letters e Physical Review D. Nele, os físicos da University College de Londres, Imperial College London e Perimeter Institute for Theoretical Physics detalham os resultados inicias de um novo algoritmo, capaz de detectar a existências dessas outras “bolhas”.
Marcas cósmicas
A maneira de detectar a presença de outros universos é buscar por alguns padrões na chamada radiação cósmica de fundo (CMB, da sigla em inglês) que forneceriam evidências de colisões entre outros universos e o nosso. A teoria do Big Bang prevê que o universo primitivo era um local muito quente, cujo gás acabou resfriando com a expansão. Hoje, ele está repleto de radiação CMB que é, literalmente, o resquício desse calor inicial do Big Bang.
Até agora, ninguém havia encontrado uma maneira eficiente de buscar por sinais das colisões dos universos-bolha nas radiações CMB. O principal problema é que esses padrões, que são em forma de disco, poderiam estar em qualquer lugar do céu. Além disso, os físicos precisam analisar uma quantidade enorme de dados e padrões aleatórios para detectar se os resultados são de colisões ou apenas ruídos.
O primeiro passo para a criação do algoritmo foi simular como seria o céu com ou sem essas colisões cósmicas, em seguida, utilizando os dados da radiação CMB coletados pela sonda WMAP, da Nasa, o programa passou a explicar o que melhor elas representavam. Para evitar interpretações “forçadas”, o algoritmo possui regras muito rígidas para exclusão de evidências – afinal, é muito fácil encaixar padrões aleatórios nos resultados que se espera encontrar.
Os autores ressaltam que esses primeiros resultados não confirmam e nem excluem a teoria do multiverso – mas são um grande avanço na busca pela resposta.
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Comentários
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Eu acredito na possibilidade da existência de outros universos além do nosso, mas, vejam bem, não seriam "universos paralelos", onde existiriam cópias de cada um de nós ou, onde fatos históricos teriam se desenrolado de outras formas, nesses universos.
Para mim, esse conceito de “universos paralelos” é uma tremenda viagem na maionese promovida pela física quântica.
Se nada é verdadeiramente único, por que o nosso universo seria único?
A possibilidade de existirem outros universos, que nada tem a ver com nosso próprio universo, da mesma forma como existem inúmeras galáxias em nosso universo, além de nossa própria galáxia, é até reconfortante.
;-)
http://gilghamesh.blogspot.com/
Essa idéia de universos paralelos divergindo a partir de pontos de bifurcação é coisa da ficção científica mesmo...
Sob essa nova abordagem, nada sei, está fora de minha área de capacidade!
Aliás, em minha opinião, uma das abordagens mais interessantes de universos paralelos na ficção veio de Asimov com seu "Os Próprios Deuses" (Também traduzido como O Despertar dos Deuses).
A física quântica em sí, não, mas...
Os físicos quanticos vivem aparecendo em programas para divulgar e corroborar esse tipo de fantasia cósmica!
É um dos livros do bom Doutor que eu mais gostei! :)
http://gilghamesh.blogspot.com/
E prevejo crentes dizendo que "A casa de meu pai tem muitas moradas".
Não que eu desconfie especialmente dos resultados técnicos do estudo até porque eu não li e tenho quase certeza que não entenderia. (e em áreas altamente especulativas como cosmologia resultados técnicos costumem ser indícios remotos para teorias complexas)
Mas ao que me parece esse é um exemplo de emprego vulgar de terminologias mal definidas.
Do ponto de mais metafísico ou mais infoteórico (acabei de inventar a palavra), o universo poderia ser definido de maneira coerente como o conjunto de todas as coisas acessíveis a um dado observador. O caráter "relativo" desse universo é resolvido pelo fato de observadores diferentes estarem em contato e poderem trocar informação (ainda que certas medidas possam depender do referencial, o conjunto de eventos conectados não depende de referencial, já que a comunicação do evento feita por um observador torna o evento observável por outro observador).
O universo coerente seria a soma das percepções relativas dos eventos tal qual elas são sentidas por todos os observadores que podem comunicar-se entre si.
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Cabeça, como fica essa idéia, relacionada com o período do universo em que ainda não existiam observadores?
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http://gilghamesh.blogspot.com/
Sendo assim qual ou como seriam os limites do universo? e se são infinitos como teriam limites? e se eles se cruzam não seriam partes da mesma " bolha" ?
Não consigo " viajar " tanto
Essa pergunta só faz sentido operando-se de uma noção "tridimensional" do universo.
Mas veja que eu falei do universo como um conjunto de eventos e processos relacionados, e eventos e processos, no referencial de um observador, são pontos e trajetórias no espaço-tempo.
Os eventos que interferem na realidade do observador (e que portanto existem) estão separados dele tanto no espaço quanto no tempo.
Nessa outra perspectiva o problema se torna trivial: todos os eventos que existem sempre existiram e sempre existirão, sendo localizados não apenas por coordenadas espaciais mas por suas coordenadas temporais, todas elas dependentes do observador.
Não existe um "relógio universal" que determina que estamos, agora, aproximadamente 14 bilhões de anos pós-big-bang. O que ocorre é que nossos processos de consciência dentro do universo é que estariam a essa distância temporal do evento identificado como Big-Bang (definido como um teórico ponto de densidade infinita da matéria, e mais afastado possível na dimensão temporal de nós).
E nossos processos de consciência "sempre" estarão a essa distância temporal do Big Bang. Outros processos de consciência podem estar mais próximos ou menos próximos, mas eles estariam afastados demais de nós no tempo de maneira a impedir comunicação bilateral que estamos tendo.
Mas mensagens podem ser enviadas unilateralmente, para o futuro distante. Essa talvez seja a assimetria básica entre as dimensões de espaço e tempo. A informação pode trafegar em mão dupla nas direções espaciais, mas há apenas um sentido autorizado para o trânsito temporal. Nada de mensagens para o passado, ao menos em princípio.
Nós detectamos o passado sob forma de informação captada, e tentamos projetar cenários futuros com base em modelos rudimentares e incompletos de como as coisas funcionam.
...
Mas o ponto aqui é que a própria existência é uma condição dependente da observação.
Eventos inacessíveis se passando em universos paralelos hipotéticos podem muito bem ser definidos como inexistentes, pois eles preenchem todos os requisitos metafísicos para uma não-coisa.
A existência das coisas é condicionada portanto a sua interatividade com uma dada consciência, e a existência da consciência para si própria é uma tautologia.
Isto me lembra as entidades que mantinham o wormhole da Deep Space 9, para quem todos os eventos eram simultâneos.
Segundo os últimos cálculos matemáticos sobre idade e tamanho do universo, ele teria entre 18 e 20 bilhões de anos luz de idade, ou seja, seu limite de fronteira atual seria de mais ou menos 20 bilhões de anos luz, a contar de um raio hipotético do centro do universo (o big bang), até o limite de 20 bilhões de anos luz de distância.
Atualmente, nossos equipamentos, só podem alcançar até 13,5 bilhões de anos luz de distância.
Quando conseguirmos criar equipamentos óticos mais sensíveis, poderemos alcançar a fronteira do nosso universo, ou seja, poderemos ver o que existe para além dessa fronteira.
Nosso universo tem fronteiras, é finito, mas ele se expande, mas ainda não sabemos se ele continuará a se expandir indefinidamente aumentando as suas fronteiras.
http://gilghamesh.blogspot.com/
E lembra algumas definições teológicas de eternidade.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Essa é uma das grandes brigas que eu tenho, em relação aquilo que pregam as teorias quânticas, que postulam que é o observador que interfere na realidade.
Não há qualquer indicio de que a informação possa andar em mão dupla, o que me leva a questionar certos princípios da relatividade Einsteniana.
O tempo se movimenta para uma única direção, o futuro.
Em relação a universos paralelos, sim, em relação a outros universos independentes de nosso próprio universo, não.
http://gilghamesh.blogspot.com/
Cuidado com as unidades!! Anos-luz é uma medida de distância. E os dados estão meio estranhos... As medidas mais precisas indicam que o universo tem idade em torno de 14 bilhões de anos. Já o universo visível tem raio de cerca de 47 bilhões de anos-luz. Note que isso não bate com a conta (idade do universo)*(velocidade da luz), pois com a expansão métrica do espaço, distâncias se deformaram ao longo da evolução do universo. E por fim, é estimado que o tamanho mínimo do universo (se ele for finito) é de 20 bilhões de anos luz. Parece estranho que esse raio seja menor que o raio do universo observável, mas não é. Se o universo for mesmo finito e de raio 20 bilhões de anos luz, isso quer dizer que parte da luz emitida no Big Bang já deu uma volta no universo e hoje pode ser observada como uma imagem secundária.
http://en.wikipedia.org/wiki/Observable_universe#Misconceptions
"Ser finito" não é sinônimo de "ter fronteiras". Por exemplo, a superfície de uma esfera é finita e não possui nenhuma fronteira. E a expansão do universo é métrica, ou seja, ele não está crescendo dentro de algo. Talvez o modo informal mais correto de descrever a expansão é que ele está se esticando... Deixo a tirinha como referência sobre a frustração de professores e divulgadores de ciência em explicar o conceito!
http://www.xkcd.com/895/
E se existem outros universos, não necessariamente eles compartilham nosso espaço-tempo. Em uma construção hiper-dimensional, poderíamos pensar que nosso universo é uma região quadridimensional de uma estrutura maior.
Mas isso até que é preciso! Um sistema quântico isolado não possui nenhuma observável, ou seja, não existe em um estado determinado mas em uma superposição de todos estados possíveis. Somente a observação define a observável.
As questões pertinentes são: o que é um observador? Um observador é qualquer sistema físico que interage com o sistema em questão; o observador precisa ser "consciente" seja lá o que isso signifique? NÃO; o observador pode escolher o valor observado? DEFINITIVAMENTE NÃO.
Uma demonstração simples, seria por exemplo: pegar uma bexiga vazia, pintar nela centenas de pontinhos, cada pontinho é a representação de uma galáxia.
Agora, infle a bexiga, os pontos pintados, se afastarão uns dos outros, dando uma idéia aproximada do que seria expansão.
E você está certo, o universo não está crescendo dentro de algo, uma vez que, é o universo que cria seu próprio espaço.
Já, o conceito de "fronteira", eu dei, apenas como uma referência para que as pessoas percebam que o universo não é infinito.
Agora, em relação ao observador, ambos concordamos que o observador, não interfere no resultado do evento observado.
http://gilghamesh.blogspot.com/
[/quote]
Que coisa mais ...mais...inconsistente...Leigamente minha mente não aceita o nada como "espaço" para expansão e criação. Alguma coisa tem que ceder espaço. O que seria que está por fora de tudo? E depois do tudo, está o quê?
Um observador, não precisa ser algo consciente.
Por exemplo, eu aponto um satélite para coletar dados sobre o sol.
O satélite é um observador, e a sua observação, não afeta o objeto observado.
http://gilghamesh.blogspot.com/
Se nós já soubessemos todas as respostas, não teriamos mais perguntas a fazer...
O que podemos dizer no momento é que: ainda não sabemos.
http://gilghamesh.blogspot.com/
Acho que uma das melhores formas de se observar isso é com uma ilustração do grande artista M. C. Escher (cuja exposição está rodando o Brasil e esteve em São Paulo até o fim do mês passado, visitem se puderem!!):
http://britton.disted.camosun.bc.ca/escher/circle_limit_IV.jpg
Note que o padrão de anjos e demônios entrelaçados se repede indefinidamente. Se a métrica (grossamente falando o quanto o espaço é deformado) fosse linear, a figura teria aspecto plano e todos os seres teriam exatamente as mesmas dimensões, como em um ladrilho regular no chão. Ficaria parecido com isso:
http://plus.maths.org/issue18/xfile/flat.jpg
Porém nessa figura a métrica é não-linear, e, perto da borda do cículo, a quantidade de anjos e demônios tende o infinito. Poderíamos deformar ainda mais a métrica dessa figura forçando mais conjuntos de anjos e demônios dentro dessa área limitada. O espaço-tempo se deforma e se expande de forma parecida: se deformando dentro das 4 dimensões espaciais que o compõe, por isso ele não cresce dentro de algo, ele simplesmente se deforma de modo interno.
Interessantes :)
http://www.bb.com.br/portalbb/page511,128,10173,1,0,1,1.bb?codigoEvento=3721
Para partículas isoladas a observação interfere no evento, vide o princípio da incerteza.
Talvez para grandes sistemas a interferência seja tão irrelevante que sequer é percebida grosso modo, já ouvi dizer que todos os eventos que percebemos naturalmente acabam sendo sempre aproximações, pela incapacidade de se ter uma precisão absoluta na observação-medição.
Essa estória do observador determinar e alterar o evento observado deriva então do principio da incerteza, isso não quer dizer que funcione assim dramaticamente para objetos macros e massivos, como apregoam certos místicos quânticos.
Na verdade o objeto massivo observado na maioria das vezes é que muda o estado do observador, o filme fotográfico queima produzindo a imagem, por exemplo.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Já ouvi dizer que o universo se expande como uma esfera, também ouvi que ele expande como um disco. Qual seria o correto?
Outra:
Sobre a radiação de fundo ser resquício dos primórdios da formação do universo. Como pode ser isso? Sendo emissão de micro-ondas, portanto, ondas eletromagnéticas, tais radiações não deveriam mais estar presentes hoje em dia pois viajando na velocidade da luz, teriam se dissipado indo na frente da borda do universo que se expande numa velocidade muito menor que a luz. Assim sendo só observadores fora do universo poderiam detectar essa frente de ondas quando ela passasse por eles. Isso seria válido também para a luz emanada pelos primeiros objetos massivos.
Essa radiação de fundo não seria apenas resultado dos eventos atuais ocorrendo?
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)